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Corpos menores do Sistema Solar Lucas Guimarães 1 08 de Dezembro de 2015

Corpos menores do Sistema Solar

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Page 1: Corpos menores do Sistema Solar

Corpos menores do Sistema Solar

Lucas Guimarães

1

08 de Dezembro de 2015

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1. Satélites !

2. Asteroides !

3. Centauros

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Classificação de corpos menores do SS

Classificação de objetos menores do Sistema Solar. Algumas das definições de diferentes tipos de objetos se sobrepõem.

Por exemplo, os maiores asteroides são também

classificados como planetas anões. Fonte:

Comins; Kaufmann, 2011, p. 255.

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Introdução

• A formação do Sistema Solar ocorreu de forma bastante desordenada,

com planetesimais colidindo para formar

planetas e os seus satélites, durante bilhões de anos.

Por isso, o estudo desses corpos é importante para melhor compreensão da formação do SS.

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Formação do Sistema Solar

• Os anéis ao redor da massa central - que deu origem ao Sol - se estruturariam para formar os planetas. Exceto um desses anéis não deu origem a um planeta - o Cinturão de Asteroides, que veremos mais adiante.

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Introdução• O Sistema Solar contém elementos pesados, constituídos

das primeiras gerações de estrelas. !

• Colisões nos primórdios do Sistema Solar levaram à formação dos planetas. !

• Formação dos planetas interiores resultante de impactos de rochas e pequenas partículas do disco protoplanetário do Sistema Solar. !

• Muitos desses fragmentos são classificados como planetesimais, corpos que podem ter alguns quilômetros de diâmetro.

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Introdução

Simulação da formação dos planetas interiores ao longo do tempo. Fonte: COMINS; KAUFMAN, 2011, p. 134.

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1. Satélites!!

2. Asteroides !

3. Centauros

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Satélites de Marte

Fobos e Deimos corresponde aos nomes dos satélites de Marte que, na mitologia grega, significam "medo" e "pânico". Foram descobertos em 1877 por Asaph Hall. !Sugere-se que esses astros tenham se originado do Cinturão de Asteroides, localizado a 1,3 UA de Marte, com órbitas de grande excentricidade e, sendo assim, foram capturados pela gravidade de Marte.

Fobos Deimos

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Satélites de MarteÉ um dos satél i tes com período orbital mais rápido (7,67h) - visto que dista a apenas 6 mil km de Marte. Nasce a Oeste e se põe a leste na superfície de Marte. Possui forma elipsoidal com dimensões de 27 x 21 x 19 km. É uma das poucas luas no Sistema Solar que orbita o planeta mais rapidamente que o período de rotação do próprio planeta. !

Fobos

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Satélites de Marte

Lentamente, o satélite vai sendo despedaçado pelas forças de maré devidas a Marte.

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Satélites de Marte

Possui período orbital de 30,3 horas. Suas dimensões são 15 x 12 x 11 km. Da mesma forma que Fobos, Deimos também possui uma super f ície marcada por crateras.

Deimos

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Satélites de Júpiter

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Estrutura interna

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IoPeríodo orbital de 1,8 dias.

Possui rotação sincronizada com o planeta. Superfície

marcada por vulcões e gêiseres. Estima-se que

os vulcões lancem até 10 trilhões de toneladas de matéria por ano, a uma altura de até 500 km da

superfície, material suficiente para ressurgir Io a uma profundidade de 1

metro/século.

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Europa

Constituído principalmente por rochas e silicatos, possui densidade próxima à da Lua. Além da Terra, seria um dos poucos lugares do

SS onde existiria água líquida em quantidades significativas. A temperatura na superfície varia entre os -148°C e - 223 °C.

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Ganimedes

Maior satélite do SS, superando planetas como

Mercúrio. Possui um movimento rotacional

sincronizado, orbitando Júpiter em 7,2 dias. Semelhantemente a

Europa, possui um núcleo rico em ferro, um manto

rochoso e oceano líquido abaixo da superfície. A atmosfera é bastante

tênue.

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Calisto

Superfície marcada por crateras, resultantes de impacto com um

grande asteroide. Período orbital de 16,7 dias. Atmosfera tênue

constituída de hidrogênio e dióxido de carbono. Semelhantemente a Ganimedes, há indícios de haver

um grande oceano líquido.

A ausência de ranhuras na superfície sugere que Calisto não teve atividade tectônica. O satélite simplesmente congelou-se rapidamente. Temperaturas superficiais oscilando entre os 80K e 155 K.

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Satélites de Saturno

Exceto Phoebe e Iapetus, as demais luas de Saturno localizam-se no plano equatorial do mesmo. São divididas em 3 grupos: 1) Titã - a 6ª maior; 2) luas congeladas - Mimas, Encélado, Tétis, Dione, Rhea, Iapetus; 3) luas menores

- Phoebe, Hiperion, etc. À exceção de Phoebe, todas as luas de Saturno orbitam em um movimento de rotação síncrono.

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Satélites de Saturno

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Satélites de Saturno

Apenas 7 das 60 luas de Saturno possuem formato esférico.

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Titã

Juntamente com Vênus, e Terra, Titã possui uma atmosfera densa (com pressão de 1,5 atm). Isso pode indicar a existência de um núcleo rochoso de

silicatos, envolvido em camadas de gelo

Constituído de rochas e gelo, é a maior lua de Saturno, com

uma massa de 1,37E23 kg. Foi a primeira lua encontrada com

uma atmosfera, sendo esta constituída de Nitrogênio (99%)

e Metano (1%). Foram encontrados também vários hidrocarbonetos - acetileno,

etileno, hidrogênio cianídrico, etc. A

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Satélites de Urano

Muito do que sabemos sobre as luas de Urano se deve à sonda espacial Voyager, que descobriu mais 10 luas, totalizando 15. Além de Puck, com

diâmetro de 170 km, as 9 luas têm diâmetros entre os 40 a 80 km.

Movem-se no plano equatorial do planeta e

giram na mesma direção que o planeta gira.

Miranda, a menor das luas, possui um diâmetro menor que 320 km, enquanto que TItânia e Oberon possuem

1580 e 1550 km, respectivamente

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Satélites de Netuno

As duas luas mais conhecidas de Netuno são Tritão e Nereida. Tritão tem diâmetro de 2720 km, sendo este um dos maiores satélites do Sistema Solar, enquanto que Nereida possui diâmetro de 355 km. O período de rotação de Tritão é de 5 dias, com uma órbita inclinada em 20° em relação ao plano equatorial de Netuno. Já Nereida possui uma órbita bastante excêntrica (e = 0,75), com distâncias em relação a Netuno variando de 1 a 10 milhões de km.

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Satélites de Netuno

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1. Satélites !

2. Asteroides!!

3. Centauros

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Asteroides

São corpos de forma irregular, rochosos e menos massivos que um planeta. O tamanho desses corpos pode ser medido quando um asteroide oculta uma estrela.

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• O tamanho de um asteroide pode ser medido quando este oculta uma estrela. É possível, a partir daí, obter a refletividade da luz visível e a emissão de infravermelho (na faixa dos 10 micrometros), conhecendo-se também a distância do asteroide em relação ao Sol, de modo que o fluxo de energia solar incidente na superfície do asteroide é dado por:

Determinando o raio de um asteroide

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• É possível também obtermos Albedo - fração da luz refletida de volta ao espaço, a partir do fluxo luminoso observado da Terra, dado por: !!!!!!!

• Este fluxo pode ser medido e então determinarmos a quantidade R²A. A fração de energia absorvida, 1 - A, aquece o asteroide e é reemitida para o espaço na frequência do infravermelho, que pode ser medido na Terra.

Determinando o raio de um asteroide

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• A razão entre o fluxo visível observado e o fluxo infravermelho, é dada por: !!!!!!

• A partir dessa medida, determinamos A e utilizamos esse valor na relação R²A, e, finalmente, calculamos R, manipulando a equação anterior.

Determinando o raio de um asteroide

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• Observações da refletividade na superfície de asteroides fornecem algumas informações sobre a composição dos mesmos, visto que possuem grande proporção de refletividade, desde o asteroide Nysa, com diâmetro de 82 km e Albedo de 35%, até Cybele, com diâmetro de 280 km e Albedo de apenas 2%. Asteroides de baixo albedo contêm um percentual substancial de componentes escuros, tais como carbono e magnetita.

Determinando o raio de um asteroide

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• Com base nos albedos, composições no Cinturão de Asteroides variam bastante com a distância em relação ao Sol. Próximo à órbita de Marte, quase todos os asteroides são brilhantes (apelidados de tipos S). !

• Enquanto que a distâncias maiores (3 UA), 80% dos asteroides são do tipo C - os mais escuros.

Determinando o raio de um asteroide

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Cinturão de Asteroides

Concentra mais de 90% dos asteroides conhecidos. O semi-eixo maior das órbitas desses corpos oscila entre os 2,2 e 3,3 UA.

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Ceres

Foi descoberto por G. Piazzi, em 1801. Possui um diâmetro de 1000 km.Estudos sugerem que Ceres tem um núcleo rochoso e uma camada

exterior de gelo. É classificado também como planeta anão.

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Vesta

Descoberto por William Olbers, em 1807,

possui diâmetro de 530 km. Está

localizado no cinturão de asteroides, a 2,4

UA do Sol. Superfície caracterizada por rocha basáltica.

Page 38: Corpos menores do Sistema Solar

Lacunas de Kirkwood

Corresponde a locais "vazios" do Cinturão de Asteroides onde ocorre ressonância gravitacional devido à gravidade de Júpiter.

Page 39: Corpos menores do Sistema Solar

Asteroides do Cinturão de Kuiper

O catálogo de asteroides dessa região contêm o registro de mais de 1000 objetos que foram descobertos, sendo Eris o maior deles,

observado pela primeira vez em 2003. Com 2400 km de diâmetro, está a uma distância de 97 UA do Sol.

O Cinturão de Kuiper foi predito na primeira metade do séc. XX, reaparecendo em

meados dos anos 1970 com simulações

numéricas do movimento de cometas

de longo período.

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Outros corpos do KB

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1. Satélites !

2. Asteroides !

3. Centauros

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Centauros

Page 43: Corpos menores do Sistema Solar

Centauros

Foi classificado também como cometa, após a identificação de uma coma envolta neste. Orbita a uma distância média de 14 UA do

Sol, com uma excentricidade de 0,37.

São pequenos objetos situados entre Júpiter e Netuno. Um dos mais conhecidos é o objeto

2060 Quiron.

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Centauros

Classificação dos objetos conforme cores que foram observadas

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(10199) Chariklo

É o maior asteroide centauro conhecido do SS, com diâmetro de 250 km. Foi descoberto em meados dos anos 1970. Recentemente, com a

participação de pesquisadores brasileiros, descobriu-se a existência de um sistema de anéis do Centauro, através da observação de ocultações deste em uma estrela. Localiza-se a 14 UA do Sol, e possui uma órbita estável.

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Referências[1] CANIATO, R. (Re)Descobrindo a Astronomia. Campinas - SP: Editora Átomo, 2013. ![2] COMINS, N. F.; KAUFMANN III, W. J. Discovering the Universe. New York: W. H. Freeman and Company, 2011. ![3] ZEILIK, M.; GREGORY, S. A.; SMITH, E. v. P. Astronomy and Astrophysics. ZEILIK, Michael; Philadelphia: Saunders College Pub., c1987. 2nd ed., v. 1. ![4] A formação do Sistema Solar. Disponível em: <http://www.das.inpe.br/ciaa/cd/HTML/sistema_solar/3_4.htm>, acesso em 28 nov. 2015. ![5] Corpos menores do Sistema Solar. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/comast/comast.htm>, acesso em: 28 nov. 2015.