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Wania Tedeschi CEFETSP / FEUSP wania.[email protected] .br A CURIOSIDADE EPISTEMOLÓGICA E A ATIVIDADE DE ENSINO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

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apresentação ENDIPE2008

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Wania TedeschiCEFETSP / FEUSP

[email protected]

A CURIOSIDADE EPISTEMOLÓGICA E

A ATIVIDADE DE ENSINO

NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

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Metáforas para formação do professor

O professor técnico especializado e transmissor do conhecimento estabelecido.

O professor reflexivo, conhecimentos amplificados e formação contínua.

Reflexão não é em si, mas um processo coletivo, inserido num ambiente institucional.

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A prática pedagógica subentende a atividade objetiva do homem que transforma a natureza e o mundo social, como a transformação do próprio sujeito, o currículo como praxis.

A constituição docente pela praxis

Prática e teoria juntam-se no julgamento prático do professor como parte essencial para a construção do currículo com base na experiência, no conhecimento e nas situações práticas.

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A REFLEXÃO-AÇÃO E A FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR

A reflexão pode ser fluxo livre de pensamentos que impulsiona nossas ações em busca de soluções para os problemas.

Para formar um professor reflexivo, pesquisador na ação e sobre a ação, é necessário relacionar as experiências mais próximas com aquelas já sistematizadas por meio de uma educação problematizadora.

Considerando o professor um profissional produtor de conhecimentos ele se faz no diálogo e na ação-reflexão (FREIRE, 2005).

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CONTEXTOS, CENÁRIOS E ATIVIDADE DE ENSINO

Sobre a atividade Werstsch ( apud Daniels, p.111) considera:

“ Uma das características mais importantes de uma atividade é que ela não é determinada, nem mesmo fortemente circunscrita pelo contexto físico ou perceptual em que os humanos funcionam. Ela é, antes, uma interpretação ou criação sociocultural imposta sobre o contexto pelo(s) participante(s)”.

As experiências mais próximas, estabelecem uma combinação de objetivos, ferramentas e cenários que constituem, simultaneamente, o contexto dos comportamentos e das maneiras em que a cognição pode se relacionar.

“Atuam elementos de uma construção ativa do contexto pela maneira como os indivíduos ou os grupos usam os artefatos e que transformam o modelo dos contextos que existem num dado momento e num cenário particular. (Cole, apud Daniels, p.31)

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ATIVIDADE DE ENSINO E A ESPECIFICIDADE DE SE FORMAR

PROFESSORES Atividade de ensino é uma possibilidade de construir

aquilo que compreendemos ser específico na formação docente que é o estudo, o ensinar e a possibilidade da promoção da aprendizagem dos alunos.

A estrutura da atividade ensino é de caráter comunitário e partindo de uma necessidade que cria um motivo para a sua realização, visa permitir que os sujeitos interajam, mediados por um conteúdo e negociando significados, com o objetivo de solucionar coletivamente uma situação problema.

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Sinergia

Curiosidade e interesse na formação e na atuação inicial

do professor de matemática

Formação do professor de matemática

Ação docente na Educação Matemática

da escola básica

PROCEDIMENTOS ESTIMULADORES DA

CURIOSIDADE

INTERESSE NA EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA

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PADRÕES DE COMUNICAÇÃO ALRØ e SKOVSMOSE (2006) nomeiam de

paradigma do exercício o modelo tradicional de ensino da matemática no qual o professor confere as respostas a exercícios previamente programados e realizados pelos alunos.

Propõem a superação do tratamento burocrático dado ensino da matemática (respostas fechadas) construindo o que nomeiam de cenários de investigação que visa trabalhar sob perspectivas e permitir aproximações e debates sobre os erros.

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LIMITAÇÕES SOBRE O USO EXERCÍCIOS

Utilizam semi-realidades ou situações artificiais; Privilegiam as informações do enunciado para a

resolução; O propósito de um exercício é simplesmente de ser

resolvido; Explorá-los por meio de curiosidades não é relevante; A exatidão das medidas está associada à regra de que

‘somente uma resposta está correta’; Para dados reais utilizados, algum nível de

confiabilidade passa a ser parte da reflexão da resolução.

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CENÁRIOS DE INVESTIGAÇÃO

São por natureza cenários abertos;

No planejamento de linhas de investigação pode-se encontrar

perguntas abertas como: O que acontece se...?

Por que é dessa forma...?

Podem se constituir e desenvolver-se com referência a semi-

realidade (aspectos de corridas de cavalos, aerodinâmica, etc.);

Podem referir-se de entidades puramente matemáticas para

refletir e explorar as próprias entidades matemáticas;

Cenários com alto grau de referência a situações reais em

geral optam por trabalhar com projetos.

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Nesse tipo de proposta dois elementos são considerados básicos:

-Um cenário que represente um convite estabelecendo uma participação voluntária e

-O envolvimento dos participantes.

Trata-se de uma tentativa de estabelecer qualidades de comunicação e aprendizado em um cenário proposto para atribuir significado às atividades.

CENÁRIOS DE INVESTIGAÇÃO

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O papel da pergunta

A curiosidade é ontológica e de caráter relacional vinculada à sensibilidade do sujeito que se atenta para algo.

Essa primeira idéia de curiosidade, é um importante ponto de

partida, “...afinal: todo conhecimento começa apela pergunta ... Mas curiosidade é uma pergunta!”( FREIRE E FAUNDEZ, 1985, p.46).

Há uma superação e não a ruptura dessa curiosidade primeira que se criticiza em direção a um maior rigor numa aproximação do objeto que conota achados de maior exatidão.

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O diálogoO processo de ensino deve observar,

a construção e reconstrução dos saberes no contato com as informações científicas.

a possibilidade de reatar o diálogo entre a ciência e cultura.

No diálogo, o papel fundamental da pergunta é exploração dos aspectos epistemológicos, heurísticos, técnicos, históricos dos temas de ensino articulados como numa rede que se dispõe na intenção de captar respostas e na direção de uma reflexão crítica de todos os participantes.

Nessa perspectiva, a resposta, que deve estar coerentemente vinculada à pergunta, não visa preencher simplesmente o vazio deixado pela pergunta ou preparar respostas memorizadas e vazias de significado, o objetivo é a valorização das respostas dos sujeitos estabelecendo um processo de exploração e investigação dos temas.

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EXPERIÊNCIAS NA DISCIPLINA DE

CÁLCULO

Nesse caso, propomos a história das idéias mais difundidas do cálculo como elementos de composição das atividades.

Do ponto de vista do formador, a intenção é iniciar uma reflexão sobre o papel das disciplinas específicas nos cursos de formação de professores e sobre o que é valorizado no tratamento desses temas.

Para os licenciandos o objetivo é debater sobre a natureza do conhecimento científico, a impossibilidade desse conhecimento avançar à margem de uma investigação do processo sociopsicológico que lhe deu origem.

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FUNÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DO ENSINO: transformação da atividade de ensino

em atividade de aprendizagem

MEDIAÇÃO DIDÁTICA:

fazer a aquisição do conhecimento (motivo da atividade de ensino) corresponder aos

desejos e necessidades do aluno (motivo da atividade de aprendizagem)

ATIVIDADE DE ENSINO

promoção de pergunta que leve à ação curiosa

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

A ação da ATV corresponde aos motivos, desejos e necessidades do aluno

Mobilização do pensamento para a aprendizagem

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ATIVIDADES

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Aquiles e a tartaruga

Comente o que pode ocorrer.

Discuta possíveis desfechos para esse problema.

Outros problemas propostos por Zenão levantam situações que discutem o problema do contínuo, analise esses

problemas e suas particularidades.

Aquiles vai competir com a tartaruga numa extensão, digamosde 100 m. Uma vez que Aquiles é capaz de correr a uma velocidade dez vezes superior à da tartaruga, é dado um avanço de 10 m à tartaruga. Dá-se início à corrida e Aquiles começa a perseguir a tartaruga.

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Os reais não são enumeráveis

De um intervalo fechado [0,1] e removemos o intervalo(1/3,2/3) aberto, isso nos deixa dois outros intervalos. Agora dividimos novamente cada intervalo restante em três e removemos cada terço intermediário aberto, temos agora quatro intervalos que permanecem. Continuamos esse processo indefinidamente.

O conjunto de Cantor consiste nos números que permanecem em depois de todos esses intervalos terem sido removidos.

Desenvolva esse processo e diga se existem números no conjunto de Cantor e se é possível enumerá-los.

O intervalo original tem medida 1 (um) qual é a soma das medidas dos intervalos retirados? Qual a lógica presente nessas conclusões?