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D. João de Portugal-Frei Luis de Sousa

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D. João de Portugal

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D. João de Portugal▪ Era casado com D. Madalena de Vilhena. ▪ D. João de Portugal desapareceu em 1578, em Alcácer-Quibir

com apenas 17 anos. ( “Madalena: Depois que fiquei só, depois daquela funesta jornada de África que me deixou viúva […]” ).

▪ Na manhã da batalha escreveu uma carta a Madalena de Vilhena em que prometia voltar vivo ou morto. ( “Telmo: Às palavras, às formais palavras daquela carta escrita na própria madrugada do dia da batalha, e entregue a Frei Jorge, que vo-la trouxe. – “Vivo ou morto”[…] ”).

▪ Telmo é o único que acredita no seu regresso. A razão para este acreditar é por ter sido seu aio até à sua partida para África.

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D. João de PortugalManuel: “Eu estimei e respeitei sempre a D. João de Portugal; honro

a sua memória (…)”.Manuel: “Aquele era D. João de Portugal, um honrado fidalgo e um

valente cavaleiro.” .

Manuel: “(…) as nobres qualidades de alma, a grandeza e valentia de coração – e a fortaleza daquela vontade, que nunca foi vista mudar. (…)

Maria: E lá ficou naquela batalha!...Manuel: Ficou. Tens muita pena, Maria? Maria: Tenho.”

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D. João de Portugal1º Momento:▪ Honrado entre os vivos▪ Patriota▪ Valente cavaleiro▪ Qualidade de alma▪ Grandeza e bravura no seu coração▪ Grande vontade que nunca mudou

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D. João de Portugal▪ D. João aparece, fisicamente, pela primeira vez na obra na figura

do romeiro. ( “Miranda: (…) É um pobre velho peregrino, um destes romeiros que aqui estão sempre a passar (…)”.

▪ No diálogo com Jorge e Madalena na Cena XIV, o romeiro conta-lhes que viveu nos Santos Lugares durante 20 anos , recebeu muitos maus tratos e passou por muita fome.

▪ No mesmo diálogo é-lhe perguntado pela família, onde ele responde que já não tem.

▪ Também lhe é perguntado pelos parentes e amigos onde ele responde que estes contaram com a sua morte e fizeram disso a sua felicidade.

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D. João de PortugalDiálogo entre Madalena e o romeiro:▪ “Madalena - Haverá tão má gente… e tão vil, que tal faça?▪ Romeiro - Necessidade pode muito. Deus lho perdoará se puder!▪ Madalena - Não façais juízos temerários, bom romeiro. ▪ Romeiro - Não faço. De parentes, já sei mais do que queria;

amigos, tenho um; com esse conto. (…)▪ Romeiro – Não há ofensa verdadeira senão as que se fazem a

Deus. Pedi-lhe vós perdão a Ele, que vos não faltará de quê.”

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D. João de Portugal Neste diálogo, conseguimos perceber através das palavras de D. João que ele volta com o desejo de vingança e na sua fala sobre a ofensa a Deus ele reforça esse desejo.

2º Momento:Vingança No desenlace do diálogo o romeiro vai contando a sua história e a sua razão para estar ali. O romeiro diz a Madalena que fez um juramento a um honrado homem a quem deve a sua liberdade.

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D. João de Portugal▪ “Romeiro: As suas palavras trago-as escritas no coração

com as lágrimas de sangue que lhe vi chorar, que muitas vezes me caíram nestas mãos, que me correram por estas faces. Ninguém o consolava, senão eu… e Deus! Vede se me esqueceriam as suas palavras.”

▪ Aqui D. João fala como se estivesse a referir-se a outro que não ele próprio, por isso emprega alternadamente a primeira e a terceira pessoa.

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D. João de Portugal▪ “Romeiro – Agora acabo: sofrei que ele também sofreu muito. Aqui estão as suas

palavras: “Ide a D. Madalena de Vilhena, e dizei-lhe que um homem que muito bem lhe quis… aqui está vivo… por seu mal… e daqui não pôde sair nem mandar-lhe novas suas de há vinte anos que o trouxeram cativo.””

▪ No decorrer desta fala e em diante, Madalena descobre que D. João estava vivo ao pedir que o romeiro identifique nos retratos do palácio qual o homem que lhe mandou aquelas palavras.

▪ “Jorge – (…) Conheceis bem esse homem, romeiro, não é assim?▪ “Romeiro – Como a mim mesmo.”▪ “Jorge – Se o víreis…, ainda que fora noutros trajos… com menos anos, - pintado,

digamos – conhecê-lo-eis?” ▪ “Romeiro – Como se me visse a mim mesmo num espelho.”

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D. João de Portugal▪ O reconhecimento ( Identificação do romeiro como D. João)

dá-se, na cena XV do segundo Ato, no diálogo de Jorge com o romeiro:

▪ “Jorge – Romeiro, Romeiro! quem és tu?▪ “Romeiro ( apontando com o bordão para o retrato de D.

João de Portugal) – Ninguém!”

▪ Quando o romeiro responde ninguém, refere a sua morte social.

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D. João de Portugal▪ Na cena IV do terceiro Ato Telmo desabafa e na cena

seguinte (V) o romeiro dá-se a conhecer a Telmo criticando o seu rogo. (Agnórise)

▪ O romeiro e Telmo falam sobre a jornada de D. João em África e sobretudo sobre a amizade entre ambos.

▪ Por fim, Telmo conta-lhe o quanto a sua mulher o procurou durante 7 anos, e isso faz com que D. João mude a sua vontade. (Romeiro – “ […] Que lho leve Deus em conta e lhes perdoe como eu perdoei já.”)

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D. João de Portugal▪ D. João muda. Irá sacrificar-se para a felicidade dos outros. Prefere

permanecer na sua memória.

3º Momento:▪ Prefere continuar oculto, revelando-se apenas a Telmo e a Jorge.▪ Deixa de ser honrado até perceber que a sua mulher o procurou e aí

reconhece a honra e a virtude de Madalena.

▪ Por fim, assiste à morte de Maria mas antes pedindo a Telmo que salve aquela honrada família.