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1 Renata Hubner 2 Cristiane Deimling 3 Atualmente, a China é a segunda maior economia do mundo, com um crescimento anual de 7,8% em 2012. Sua população gira em torno de 1,35 bilhão de habitantes, segundo dados do Ministério de Relações Exteriores do Brasil. Há estimativas que a população da China seja ainda maior, pois muitos pais não realizam o registro do segundo filho devido à politica de controle de natalidade implantada pelo governo(VIEIRA, 2006). O crescimento da economia chinesa iniciou durante a década de 1980, a partir da implantação de Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) em determinadas áreas do território Chinês, com o objetivo de atrair grandes empresas estrangeiras, seus capitais e tecnologia. Isso ocorreu através da redução de impostos e uma forte política de incentivo e atração de investimentos (FREITAS, 2013). As cinco zonas econômicas especiais da China são: cidades de Shenzhen, Zhuhai, Shantou, Xiamen e província de Hainan. Entre as empresas instaladas na China encontram-se há 20 anos, a Volkswagen, que estabeleceu duas joint-ventures e uma fabricante de autopeças de veículo em Shanghai e Changchun. A relação da China com a Boeing iniciou em 1972. Ultrapassam de 3.300 unidades da Boeing que voam em todo o mundo com as peças fabricadas em território Chinês. No ano de 1985, a empresa Nokia instala-se. Em 1990, a Nokia tornou a China, a base de fabricação em todo o mundo. Possui dois institutos globais de estudo e pesquisa com seus escritórios espalhados em todo o país e 4.500 funcionários. A empresa está fabricando seus principais produtos na China (As PRINCIPAIS..., 2014). Entretanto, não foram apenas os incentivos tributários que atraíram empresas e capital estrangeiro para a China. Os investidores foram atraídos também pela farta mão de obra barata e pelo enorme potencial do mercado interno (1,35 bilhões de pessoas), que possibilita a venda de seus produtos para este imenso mercado consumidor (FREITAS, 2013). Segundo dados do Ministério de Relações Exteriores, o Produto Interno Bruto (PIB) nominal da China é US$ 8,22 trilhões. O PIB nominal “per capita”– que divide o valor do PIB pela população residente no país é de US$ 6.071 (MRE, 2012). Este dado demonstra que a economia e as riquezas da China são centralizadas, o que é confirmado através dos dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico da população. O IDH da China em 2010 era de 0,663. Enquanto é a segunda economia que mais cresce no mundo (VIEIRA, 2006), no ranking mundial do IDH ocupa o 101º (MRE,2013). No ano de 2012, o comércio exterior chinês teve um crescimento de 42,9%, em relação ao ano de 2008. Em valores absolutos passou de US$ 2.563 bilhões para US$ 3.793 bilhões. É hoje o primeiro país em valores de exportação e o segundo em importação (MRE, 2013). Em relação às exportações, pode-se observar que as vendas da China, se destinam em grande parte aos países da Ásia, sendo responsáveis por 49% Em relação a cada país, (Gráfico 01)pode-se perceber que os Estados Unidos foram responsáveis por 17,2% do total das exportações, Hong Kong é responsável por 15,8%, Correia do Sul 4,3%, e os Países Baixos 1 Este estudo de caso consiste como trabalho da disciplina de organização do espaço mundial, da setima fase do curso de geografia _Licenciatura, da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó. 2 Acadêmica do curso de Geografia da Universidade Federal da Fronteira Sul. 3 Acadêmica do curso de Geografia da Universidade Federal da Fronteira Sul.

Dados Gerais da China

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Texto com dados gerais da China, elaborado pelos alunos da 7ª fase do curso de Geografia - Licenciatura, campus Chapecó/SC, sob a coordenação da Prof. Dra. ANELISE GRACIELE RAMBO, na disciplina de Organização do Espaço Mundial. Essa elaboração são resultado de pesquisas e podem servir - aos professores e alunos do Ensino Fundamental e Médio - como fonte para análises e planejamentos de aulas.

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1 Renata Hubner2

Cristiane Deimling3

Atualmente, a China é a segunda maior economia do mundo, com um crescimento anual de 7,8% em 2012. Sua população gira em torno de 1,35 bilhão de habitantes, segundo dados do Ministério de Relações Exteriores do Brasil. Há estimativas que a população da China seja ainda maior, pois muitos pais não realizam o registro do segundo filho devido à politica de controle de natalidade implantada pelo governo(VIEIRA, 2006).

O crescimento da economia chinesa iniciou durante a década de 1980, a partir da implantação de Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) em determinadas áreas do território Chinês, com o objetivo de atrair grandes empresas estrangeiras, seus capitais e tecnologia. Isso ocorreu através da redução de impostos e uma forte política de incentivo e atração de investimentos (FREITAS, 2013).

As cinco zonas econômicas especiais da China são: cidades de Shenzhen, Zhuhai, Shantou, Xiamen e província de Hainan. Entre as empresas instaladas na China encontram-se há 20 anos, a Volkswagen, que estabeleceu duas joint-ventures e uma fabricante de autopeças de veículo em Shanghai e Changchun. A relação da China com a Boeing iniciou em 1972. Ultrapassam de 3.300 unidades da Boeing que voam em todo o mundo com as peças fabricadas em território Chinês. No ano de 1985, a empresa Nokia instala-se. Em 1990, a Nokia tornou a China, a base de fabricação em todo o mundo. Possui dois institutos globais de estudo e pesquisa com seus escritórios espalhados em todo o país e 4.500 funcionários. A empresa está fabricando seus principais produtos na China (As PRINCIPAIS..., 2014).

Entretanto, não foram apenas os incentivos tributários que atraíram empresas e capital estrangeiro para a China. Os investidores foram atraídos também pela farta mão de obra barata e pelo enorme potencial do mercado interno (1,35 bilhões de pessoas), que possibilita a venda de seus produtos para este imenso mercado consumidor (FREITAS, 2013).

Segundo dados do Ministério de Relações Exteriores, o Produto Interno Bruto (PIB) nominal da China é US$ 8,22 trilhões. O PIB nominal “per capita”– que divide o valor do PIB pela população residente no país – é de US$ 6.071 (MRE, 2012). Este dado demonstra que a economia e as riquezas da China são centralizadas, o que é confirmado através dos dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico da população. O IDH da China em 2010 era de 0,663. Enquanto

é a segunda economia que mais cresce no mundo (VIEIRA, 2006), no ranking mundial do IDH ocupa o 101º (MRE,2013).

No ano de 2012, o comércio exterior chinês teve um crescimento de 42,9%, em relação ao ano de 2008. Em valores absolutos passou de US$ 2.563 bilhões para US$ 3.793 bilhões. É hoje o primeiro país em valores de exportação e o segundo em importação (MRE, 2013).

Em relação às exportações, pode-se observar que as vendas da China, se destinam em grande parte aos países da Ásia, sendo responsáveis por 49% Em relação a cada país, (Gráfico 01)pode-se perceber que os Estados Unidos foram responsáveis por 17,2% do total das exportações, Hong Kong é responsável por 15,8%, Correia do Sul 4,3%, e os Países Baixos

1 Este estudo de caso consiste como trabalho da disciplina de organização do espaço mundial, da setima fase do curso de geografia _Licenciatura, da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó. 2Acadêmica do curso de Geografia da Universidade Federal da Fronteira Sul. 3Acadêmica do curso de Geografia da Universidade Federal da Fronteira Sul.

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respondem por 2,9%. O Brasilocupa o 16º lugar, com um total de 1,6% das exportações da China.

Figura 1: China direção das exportações (US$ bilhões) Fonte: MRE, 2013.

No rol de produtos exportados pela China encontramos produtos de alto valor agregado. Em 2012, as máquinas representaram 42%, podendo-se destacar, entre eles, aparelhos elétricos de telefonia/telegrafia, computadores e impressoras, aparelhos de ar-condicionado, bombas de ar ou de vácuo. Os vestuários de malha respondem por 4,3%, móveis 3,8%, e instrumentos de precisão 3,6% (MRE, 2013).

Quanto às importações chinesas, a Ásia é responsável por 59% do volume. O Japão foi o país que mais forneceu, representando um total de 10,2%. Segue a Correia do Sul com 9,5%, Taiwan 7,6%, Estados Unidos 7,4%, Alemanha 5,3%. O Brasil encontra-se como o 9º maior fornecedor de bens, contribuindo com 3% da importação chinesa (Figura 2).

Figura 2: China - Origem das importações (US$ bilhões)

Fonte: MRE, 2013.

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A predominância da importação chinesa se ateve a máquinas elétricas e mecânicas, com 3,2%, computadores periféricos, motores, bombas de ar ou de vácuo, rolamentos, centrifugadoras, circuitos integrados e impressos, transformadores, condensadores. Os combustíveis foram responsáveis por 17,8%, o minério de ferro 7,6%, instrumentos de precisão 6,1% e automóveis 4% (MRE, 2013).

A China foi um dos principais parceiros comerciais do Brasil, tendo absorvido 16,2% das trocas comerciais, entre os anos de 2008 e 2012. O intercambio comercial brasileiro teve um acréscimo de 106,4%, passando de US$ 36,6 bilhões para US$ 75,6 bilhões. Houve um amento nas exportações de 149,5%, e 70,9% nas importações (MRE, 2013).

Referente ao rol de exportações brasileiras para a China, despontam os produtos básicos (Figura 3), que vão responder por 82,8% das exportações. Em 2012, minérios (minério de ferro) e sementes/grãos (soja) representaram 66% das vendas brasileiras para a China (US$ 27 bilhões). Destacaram-se, também, combustíveis (petróleo em bruto) com 11,7%; pastas de madeira (3%); e açúcar (açúcar em bruto) (2,6%).

As importações chinesas para o Brasil são basicamente de manufaturados (Figura 4) e representaram, em 2012, 97,6%. Dentre eles, podemos destacar máquinas elétricas e mecânicas com 51,8%, incluindo aparelhos de TV, terminais de telefonia celular, circuitos impressos, computadores, aparelhos ar-condicionado, discos óticos, moto compressores. Os produtos químicos orgânicos respondem por 5,2%. Automóveis 2,7% e os plásticos com 2,4%. Já os produtos básicos respondem a 2,1%, os manufaturados com 0,3% (MRE, 2013).

Figura 3: Brasil - China: exportações (US$ milhões) Figura 4: Brasil-China: importações (US$ milhões)

Fonte: MRE, 2013.

Referencias Bibliográficas:

AS PRINCIPAIS companhias multinacionais na China. Disponível em: <http://portuguese.cri.cn/>. Acessado em janeiro de 2014. FREITAS, Eduardo de. Capitalismo na China. Disponível em:<http://www.mundoeducacao.com/china/capitalismo-na-china.htm>. Acessado em 20 de novembro de 2013. FONSECA, Gildette Soares; AFONSO, Priscilla Caires Santana; MAGALHÃES, Sandra Célia Muniz. Organização do Espaço Mundial I. Montes Claros: Editora Unimontes, 2011.

MRE, Ministério das Relações exteriores. China: dados básicos e principais indicadores econômico-comerciais. In: Divisão de Inteligência Comercial, com base em dados do

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MDIC/SECEX/Aliceweb.Disponivelem:http://www.brasilglobalnet.gov.br/ARQUIVOS/IndicadoresEconomicos/INDChina.pdf. Acessado em 15 de novembro de 2013.

PNUD, Programadas Nações Unidas para o Desenvolvimento. Informe sobre Desarrollo Humano 2013. El ascenso del Sur: Progreso humano en un mundo diverso. Disponível em: http://www.undp.org/content/dam/undp/library/corporate/HDR/2013GlobalHDR/Spanish/HDR2013%20Report%20Spanish.pdf. Acesso em: 21 jan 2013. VIEIRA, Flávio Vilela. China: Crescimento Econômico de Longo Prazo. Rev. Econ. Polit., São Paulo, v.26, n. 3, Sept 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-31572006000300005&script.=sci_arttext>. Acessado em 20 de novembro de 2013.

Sugestão de atividade:

Sugere-se realizar uma pesquisa complementar a este texto e, com base nela, organizar

atlas/álbuns/cartazes a partir de embalagens de produtos, propagandas de jornais, revistas,

internet, que ilustrem o rol das importações e exportações chinesas (países de destinos e

origens), bem como com as importações/exportações entre Brasil e China. Analisar e

discutir com os educandos, a partir deste trabalho o crescimento e expansão da economia

chinesa, qual os principais parceiros comerciais da China e do Brasil estimulando os

educandos a localizá-los geograficamente, assim como conhecer e pesquisar dados

importantes sobre estes países a fim de compreender a formação destas trocas comerciais.