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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE JACUNDÁ COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL/MENTAL Professora: Rosana "Somos diferentes, mas não queremos ser transformados em desiguais. As nossas vidas só precisam ser acrescidas de recursos especiais”.

Deficiencia intelectual

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO DE JACUNDCOORDENAO DE EDUCAO ESPECIAL E INCLUSIVADEFICINCIA INTELECTUAL/MENTAL

Professora: Rosana"Somos diferentes, mas no queremos sertransformados em desiguais. As nossas vidas sprecisam ser acrescidas de recursos especiais.

LEGISLAO ESPECFICA EDUCAO ESPECIALConstituio Federal: Artigos 5; 205; 206 (incisos I e VII); 208 (incisosIII e V).Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional LDBEN (Lei n9.394, de 20 de dezembro de 1996): Artigos 4 (inciso III); 58(pargrafos 1 a 3); 59 (incisos I a IV). Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da EducaoInclusiva, MEC, 2008 Deliberao CEE n 68/2007Resoluo SE n 11/2008, alterada pela Resoluo SE n 31/2008.Decreto Federal n 7.611, de 17 de novembro de 2011. Decreto Federal n 7.612, de 17 de novembro de 2011.] Todos esses documentos podem ser consultados na pgina do CAPE na internet (http://cape.edunet.sp.gov.br, menu Legislao).DEFICINCIA INTELECTUAL/MENTAL Segundo DAntino, a definio de deficincia mental mais difundida e aceita a da Associao Americana de Deficincia Mental, de 1992, que representa um avano conceitual : Deficincia mental corresponde a um funcionamento intelectual significativamente abaixo da mdia, coexistindo com outras limitaes relativas a duas ou mais das seguintes reas de habilidades adaptativas: Comunicao, auto cuidado, habilidades sociais, participao familiar e comunitria, autonomia, sade e segurana, funcionalidade acadmica, lazer e trabalho, manifestando-se antes dos dezoito anos de idade DAntino (1997, p.97)CARACTERSTICAS

Segundo descrio da Associao Americana sobre Deficincia Intelectual do Desenvolvimento (AIDD), pessoas com dficit intelectual possuem o Quociente de Inteligncia (QI) inferior mdia. Elas possuem limitaes em ao menos dois tipos de habilidades: comunicao, autocuidado, funes acadmicas, adaptao social, vida no lar, segurana e sade, dentre outras. De acordo com a Associao de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), quase sempre a deficincia intelectual costuma ser resultado de uma alterao no crebro causada por condies genticas. Mas uma pessoa com necessidades especiais tambm pode ter sofrido com distrbios na gestao, problemas no parto e at mesmo aps o nascimento. Dentre os principais tipos de deficincia intelectual esto as sndromes de Down, X-Frgil, Prader-Willi, Angelman e Williams

"DEFICINCIA MENTAL Segundo a educadora Ana Beatriz Arajo, da APAE de Salvador, as deficincias intelectual e mental so sinnimos. O ltimo termo, porm, foi banido pela Organizao das Naes Unidas (ONU) em 2004. So dois termos que querem dizer a mesma coisa. Houve uma mudana de nomenclatura em relao deficincia intelectual para no confundir com o transtorno mental, afirma. A ONU optou por excluir a expresso "deficincia mental" para evitar a confuso e a discriminao destas pessoas, que representam 5% da populao mundial, de acordo com a Organizao Mundial da Sade (OMS

Como identificar a Deficincia Intelectual?

Observando-se duas coisas : 1- a capacidade do crebro da pessoa para aprender, resolver problemas, encontrar um sentido do mundo, uma inteligncia do mundo que as rodeia (a esta capacidade chama-se funcionamento cognitivo ou funcionamento intelectual 2- a competncia necessria para viver com autonomia e independncia na comunidade em que se insere (a esta competncia tambm se chama comportamento adaptativo ou funcionamento adaptativo).

Enquanto o diagnstico do funcionamento cognitivo normalmente realizado por tcnicos devidamente habilitados (psiclogos, neurologistas, fonoaudilogos, psiquiatras, etc.), j o funcionamento adaptativo deve ser objeto de observao e anlise por parte da famlia, dos pais e dos educadores que convivem com a criana.

COMO LIDAR COM ALUNOS COM DEFICINCIA INTELECTUAL NA ESCOLA?

As limitaes impostas pela deficincia dependem muito do desenvolvimento do indivduo nas relaes sociais e de seus aprendizados, variando bastante de uma criana para outra. Em geral, a deficincia intelectual traz mais dificuldades para que a criana interprete contedos abstratos. Isso exige estratgias diferenciadas por parte do professor, que diversifica os modos de exposio nas aulas, relacionando os contedos curriculares a situaes do cotidiano, e mostrar exemplos concretos para ilustrar idias mais complexas. O professor capaz de identificar rapidamente o que o aluno no capaz de fazer. O melhor caminho para se trabalhar, no entanto, identificar as competncias e habilidades que o aluno tem. Propor atividades paralelas com contedos mais simples ou diferentes, no caracteriza uma situao de incluso. preciso redimensionar o contedo com relao s formas de exposio, flexibilizar o tempo para a realizao das atividades e usar estratgias diversificadas, como a ajuda dos colegas de sala o que tambm contribui para a integrao e para a socializao do aluno. Em sala, tambm importante a mediao do adulto no que diz respeito organizao da rotina. Falar para o aluno com deficincia intelectual, previamente, o que ser necessrio para realizar determinada tarefa e quais etapas devem ser seguidas fundamental.

MOTIVAO Os fatores motivacionais afetam o desempenho de alunos com Deficincia Intelectual. Dentre esses fatores se destacam a qualidade das relaes sociais, as interaes sociais negativas, a expectativa de fracasso, a dependncia dos outros e a baixa autoestima. No plano pedaggico: 1- Reconhecer o esforo do aluno; 2- Acompanhar o aluno em seu percurso de resoluo de problema quando ele apresenta dificuldade, mas jamais fazer a tarefa em seu lugar; 3- Propor ao aluno problemas compatveis com o seu nvel de desenvolvimento (zona de desenvolvimento proximal);

ATENO

Na deficincia intelectual o sujeito possui dficit de ateno, sente dificuldade em orientar sua ateno para aquilo que realmente interessa, comprometendo o desenvolvimento do aluno: No ritmo de aprendizagem; Na resoluo de problemas; Na transferncia de informaes no interior de um procedimento. No plano pedaggico, fundamental: 1- Dar orientaes breves e precisas aos alunos; 2- Solicitar ao aluno que explore sistematicamente e descreva o material sobre o qual ele deve trabalhar; 3- Explicar para o aluno exatamente o que est sendo solicitado dele (compreenso do problema); 4- propor atividades de aprendizagem significativas e de interesse do aluno; 5- orientar o aluno a verificar suas respostas.MEMRIA Os sujeitos com deficincia intelectual possuem dificuldades no processo da memria. Suas causas podem ser tanto de natureza estrutural como na ausncia de utilizao de estratgias cognitivas de reagrupamento ou de repetio interna que dificulta o processamento da memria a curto prazo. No plano pedaggico: 1- Solicitar que o aluno formule com suas prprias palavras a demanda do professor ;2- Perguntar ao aluno se ele j realizou aprendizagens ou problemas semelhantes;3- interrogar frequentemente o aluno sobre as orientaes para a realizao da tarefa; 4- Solicitar ao aluno que verifique se ele respeitou as orientaes para a realizao da tarefa; 5- Pedir ao aluno que organize as informaes, reagrupando-as de maneira que possibilite a conservao da informao; 6- Ajudar ao aluno a dar sentido ao seu percurso

O QUE CONSIDERAR ENTO NA PRTICA PEDAGGICA?

Desenvolvimento de habilidades/recursos que esto em conexo com o ensino voltado para as diferenas.2. Anlise dos objetivos que esto sendo perseguidos com relao ao ensino voltado para as diferenas. 3. Identificao das principais estratgias de ensino que desenvolve em sala de aula. 4. Compreenso das estratgias utilizadas.5. Reflexo sobre a eficcia das estratgias e atividades no atendimento s diferenas.6. Reflexo sobre a leitura que faz da dinmica dos seus alunos desde que esto sujeitos a esse contexto de ensino.

AS AULAS DEVEM...

Partir de um planejamento que envolva a organizao da rotina, o clima social da aula, as estratgias e os recursos pedaggicos.Ajudar os alunos a atribuir significado pessoal aprendizagem. Explorar as idias prvias antes de iniciar nova aprendizagem.Adotar uma variedade de estratgias e possibilidades de escolha.Utilizar estratgias de aprendizagem cooperativa.Dar oportunidade para que os alunos pratiquem e apliquem com autonomia o que foi aprendido. Preparar e organizar os materiais e recursos de aprendizagem.Monitorar permanentemente o processo de aprendizagem dos alunos para ajustar o ensino.

COMO SUPERAR ESSES DESAFIOS?

Pautar-se pelas potencialidades dos alunos;Implementar atividades cooperativas/colaborativas (Aprendizagemcooperativa);Considerar os diferentes nveis, ritmos e estilos de aprendizagem;Rever concepes;Romper com o modelo conservador de ensino;Oferecer opes de materiais diferenciados para a realizao de uma mesma atividade;Fortalecer as Interaes entre professor-aluno e dos alunos entre si;Estabelecer expectativas positivas.

COMO PASSAR INFORMAES DE ALUNOS COM DEFICINCIA PARA A COORDENAO?

Faa um relatrio com a adequao curricular e os objetivos do trabalho, de maneira a ajudar o professor do ano seguinte a planejar novos desafios de acordo com as possibilidades do estudante. Em uma ficha, relate suas habilidades, os atendimentos que recebe, as instituies que j frequentou, as aes que deram certo e as aprendizagens alcanadas. Inclua os registros dos cuidadores e dos profissionais do Atendimento Especializado (AEE). A ficha pode ser anexada ao protocolo de AEE.

AIMPORTNCIA DO REGISTROVOC PENSA VOC ESCREVEO aluno no sabe.O aluno no adquiriu os conceitos, est em fase de aprendizadoNo tem limites nervoso.Apresenta dificuldades de auto-regulao, pois...Ainda no desenvolveu habilidades para o convvio no ambienteescolar, pois...Tem o costume de roubar agressivo.Apresenta dificuldades de autocontrole quando... bagunceiro relaxado, porco no sabe nada.Ainda no desenvolveu hbitos prprios de higiene e de cuidadoscom seus pertences.a Aprendeu algumas noes, mais necessita desenvolver... largado da famlia.Apresenta ser desassistido pela famlia, pois...VOC PENSA VOC ESCREVE agressivo.Demonstra agressividade em situaes de conflito; usa de meiosfsicos para alcanar o que deseja. desobediente.Costuma no aceitar e compreender as solicitaes dos adultos;tem dificuldades em cumprir regras... aptico, distrado.Ainda no demonstra interesse em participar dasatividades propostas; muitas vezes parece se desligarda realidade, envolvido em seus pensamentos. mentiroso.Costuma utilizar inverdade para justificar seus atos ourelatar as atitudes dos colegas. fofoqueiro.Costuma se preocupar com os hbitos e atitudes doscolegas. chiclete. muito afetuoso; demonstra constantemente seucarinho. egosta Ainda no sabe dividir o espao e os materiais de formacoletiva. sonso e dissimulado.Em situaes de conflito coloca-se como espectador,mesmo quando est clara a sua participao. preguioso.No realiza as tarefas, aparentando desnimo e cansao,porm logo parte para brincadeiras e outras atividades. mimado.Aparenta desejar atenes diferenciadas para si, solicitandoque sejam feitas todas as suas vontades. deprimido, isolado, antissocial.Evita o contato e o dilogo com os colegas e professorespreferindo permanecer sozinho;Ainda no desenvolveu hbitos e atitudes prprias do convviosocial. tagarela.Costuma falar mais do que o necessrio, no respeitando osmomentos em que o grupo necessita de silncio.Tem a boca suja.Utiliza-se de palavras pouco cordiais para repelir ou afrontar.Possui distrbio de comportamento.Apresenta comportamento pouco comum para sua idadeo que desfavorece o seu convvio no grupo, tais como...EXEMPLOS DE ALGUMAS ATIVIDADES ADAPTADASExemplo de algumas atividades adaptadas

ATIVIDADES DE PORTUGUS PRODUO TEXTUAL ILUSTRADA MELHOR COMPREENSO PARA O ALUNO COM DEFICIENIA INTELECTUAL.

ATIVIDADES DE PORTUGUS COM INTERPRETAO DE TEXTO PARECE SERBEM SIMPLES E BASTANTE COMPREENSVEL, MAS PARA UM ALUNO COM DEFICINCIA INTELECTUAL NO TEM MUITO SENTIDO.

OBESERVE AS ATIVIDADES DE MATMTICA A SEGUIR E COMPARE, UMA DE CONTINHAS DE ADIO QUE NORMALMENTE OS PROFESSORES USAM NA SALA DE AULA COMUM, MAS SER QUE TEM ALGUM SENTIDO PARA ALUNOS COM DEFICINCIA INTELECTUAL, OU AT MESMO PARA AQUELES COM DIFICULDADES DE APRENDER CLCULOS, SER QUE A PROXIMA ATIVIDADE MAIS FACIL PARA ELES?

O PROCESSO DE FORMAO DOCENTE FRENTE ESCOLA INCLUSIVA: FACES E INTERFACES

GENTE NO NASCE PRONTA E VAI SE GASTANDO; GENTE NASCE NO PRONTA E VAI SE FAZENDO.

Cortella, 2009