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cmyb cyan magenta yellow black TRIBUNA DO VALE 21 DE JULHO DE 2010 DIRETOR: BENEDITO FRANCISQUINI ANO XIV - N 0 1694 - R$ 1,00 Colunista do dia Ruth Bolognese OS 100 DIAS DE PESSUTI www.tribunadovale.com.br 22 0 12 0 Quarta-feira PÁG. A5 PÁG. A6 PÁG. A5 Caixa Eletrônico do BB volta a funcionar Moradora acorda com carro dentro de sua casa PÁG. A4 Município vai aplicar mais de R$ 150 mil na Compra Direta S.A.PLATINA PÁG. A4 “Cidade Empreendedora” incentiva empresários S.CAMPOS PÁG. A6 Jornalista permanece em estado grave no HU S.A.PLATINA PÁG. A6 Casa quase é atingida por incêndio em terreno baldio JACAREZINHO PÁG. A8 Colheita da safra do Trigo começa em agosto REGIÃO PÁG. B1 Colégio distribui mais de 500 peças de agasalhos ARAPOTI PÁG. B1 Parques aquícolas começam a produzir ainda em 2010 PEIXES S.A. PLATINA SUSTO COMÉRCIO ENSINO SUPERIOR Denúncias marcam eleição na UENP Demanda aumenta e preço do tomate cai PÁG. A3 Antônio de Picolli Antônio de Picolli Antônio de Picolli Uma série de denúncias envolvendo supostas irregularidades na Universidade Estadual do Norte do Paraná ameaça o desfecho da disputa para eleição dos membros da Reitoria da insti- tuição. A polêmica chegou ao governo estadual através de uma denúncia protocolada na Ou- vidoria do Estado, possibilitando, inclusive, a anulação do pleito, tendo em vista que a atual direção da Universidade não teria concluído o processo de legalização da instituição, com a eleição dos membros do Conselho Universitário e do Conselho de Administração. Até mesmo os candidatos a reitor, Eduardo Meneghel Rando e vice-reitor, Rinaldo Bernardelli, aparecem como alvo de outras denúncias. O quilo do tomate que custava até R$ 2, há um mês, hoje pode ser encontrado por R$ 0,99. A explicação encontra- da para o fato é que está havendo maior oferta do produto por conta do clima adequado, que fez com que a produção aumentasse. Na feira li- vre de Santo Antônio da Platina, consumidores e feirantes comemoram a queda do preço. A banca de Abel Juliano, que trabalha com a co- mercialização de frutas e legumes, o tomate estava custando, ontem, R$ 1,00. Depois de ficar interditado por mais de um mês, o terminal de auto-atendimento do Banco do Brasil, localizado nas proxi- midades da prefeitura de Santo Antônio da Platina, voltou a fun- cionar. Técnicos especializados consertaram o defeito, que tanto transtornou a vida dos usuários. Com movimento intenso, os clientes do banco não paravam de reclamar do problema. Com as mãos trêmulas e ain- da atordoada, a moradora da rua 1008, no bairro Aparecidinho 2, Luiza Jesus da Silva, 73, contou que dormia tranqüila quando, por volta da meia-noite e meia, o GM Classic placas (ANY 6057) invadiu sua residência. O fato até agora não está esclarecido. A versão do proprietário, que está sendo checada porque não convenceu as autoridades, é que o veículo teria sido furtado e os ladrões é que teriam provoca- do o acidente. “Não sei o que aconteceu, só quero saber quem vai pagar a conta desse estrago”, disse a morada, ainda em estado de choque.

Denúncias marcam eleições

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TRIBUNA DO VALE21 DE JULHO DE 2010 DIRETOR: BENEDITO FRANCISQUINI ANO XIV - N0 1694 - R$ 1,00

Colunista do diaRuth Bolognese

OS 100 DIAS DE PESSUTI

www.tribunadovale.com.br

220 120Quarta-feira

PÁG. A5

PÁG. A6

PÁG. A5

Caixa Eletrônico do BB volta a funcionar

Moradora acorda com carro dentro de sua casa

PÁG. A4

Município vai aplicar maisde R$ 150 mil na Compra Direta

S.A.PLATINA

PÁG. A4

“Cidade Empreendedora”incentiva empresários

S.CAMPOS

PÁG. A6

Jornalista permaneceem estado grave no HU

S.A.PLATINA

PÁG. A6

Casa quase é atingida por incêndio em terreno baldio

JACAREZINHO

PÁG. A8

Colheita da safra do Trigo começa em agosto

REGIÃO

PÁG. B1

Colégio distribui mais de 500 peças de agasalhos

ARAPOTI

PÁG. B1

Parques aquícolas começam a produzir ainda em 2010

PEIXES

S.A. PLATINA

SUSTO

COMÉRCIO

ENSINO SUPERIOR

Denúncias marcam eleição na UENP

Demanda aumenta e preço do tomate cai

PÁG. A3

Antônio de Picolli

Antônio de Picolli

Antônio de Picolli

Uma série de denúncias envolvendo supostas irregularidades na Universidade Estadual do Norte do Paraná ameaça o desfecho da disputa para eleição dos membros da Reitoria da insti-tuição. A polêmica chegou ao governo estadual

através de uma denúncia protocolada na Ou-vidoria do Estado, possibilitando, inclusive, a anulação do pleito, tendo em vista que a atual direção da Universidade não teria concluído o processo de legalização da instituição, com a

eleição dos membros do Conselho Universitário e do Conselho de Administração. Até mesmo os candidatos a reitor, Eduardo Meneghel Rando e vice-reitor, Rinaldo Bernardelli, aparecem como alvo de outras denúncias.

O quilo do tomate que custava até R$ 2, há um mês, hoje pode ser encontrado por R$ 0,99. A explicação encontra-da para o fato é que está havendo maior oferta do produto por conta do clima adequado, que fez com que a produção aumentasse. Na feira li-vre de Santo Antônio da Platina, consumidores e feirantes comemoram a queda do preço. A banca de Abel Juliano, que trabalha com a co-mercialização de frutas e legumes, o tomate estava custando, ontem, R$ 1,00.

Depois de � car interditado por mais de um mês, o terminal de auto-atendimento do Banco do Brasil, localizado nas proxi-midades da prefeitura de Santo Antônio da Platina, voltou a fun-cionar. Técnicos especializados consertaram o defeito, que tanto transtornou a vida dos usuários. Com movimento intenso, os clientes do banco não paravam de reclamar do problema.

Com as mãos trêmulas e ain-da atordoada, a moradora da rua 1008, no bairro Aparecidinho 2, Luiza Jesus da Silva, 73, contou que dormia tranqüila quando, por volta da meia-noite e meia, o GM Classic placas (ANY 6057) invadiu sua residência. O fato até agora não está esclarecido. A versão do proprietário, que está sendo checada porque não convenceu as autoridades, é que o veículo teria sido furtado e os ladrões é que teriam provoca-do o acidente. “Não sei o que aconteceu, só quero saber quem vai pagar a conta desse estrago”, disse a morada, ainda em estado de choque.

Page 2: Denúncias marcam eleições

“ Segundo a informação levada ao governo, a Uenp, ao ter sua constituição o� cializada,

deveria ter realizado a eleições envolvendo a comunidade acadêmica das antigas faculda-

des isoladas.”

Irregularidades administrativas foram denunciadas à Ouvidoria do Estado

Quarta-feira, 20 de julho de 2010TRIBUNA DO VALE Política A-3

P anorama Regional

FPM em baixa

E-mail: [email protected]

JACAREZINHO

Eleição para reitoria da Uenp poderá ser anulada

O segundo repasse do Fun-do de Participação dos Mu-nicípios (FPM), referente ao segundo decêndio do mês de julho, foi creditado ontem (dia 20), nas contas das prefeituras brasileiras. O valor líquido, de R$ 309,2 milhões, está 3,05% abaixo do valor estimado para o período, que era de R$ 318 milhões. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), espera-

se que até o � nal do mês os valores do FPM equivalham ao recebido pelas prefeituras no mesmo período de 2009, quando os repasses totaliza-ram R$ 3,09 bilhões. Em re-lação a 2008, considerado um bom ano para os municípios, o valor ainda assim seria 10% inferior, mantendo-se assim as dificuldades pelas quais vêm passando os gestores municipais.

Benedito Francisquini

A eleição para escolha do novo reitor e vice-reitor da Universidade Estadual do Norte Paraná (Uenp), que vai acontecer no dia 18 de agosto nos três campi da instituição nas cidades de Jacarezinho (sede), Bandeirantes e Cor-nélio Procópio, poderá ser anulada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensi-no Superior ou por decisão judicial tendo em vista que a instituição, até o momento, não conclui as etapas de sua organização administrativa que deveria ter ocorrido logo após a sua criação, em 2006.

Uma denúncia sobre o problema foi protocolada na Ouvidoria do Estado, em

Curitiba, mas a identidade da autoria do procedimento não foi revelada pelo governo estadual. Segundo o relato de uma alta fonte do governo, o caso foi levado ao secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nildo Lubke, que teria alertado a atual direção da Uenp, cujo reitor provisório é o bispo diocesano de Jaca-rezinho, Dom Fernando José Penteado. A mesma fonte disse que, apesar da denúncia, o processo eleitoral foi mantido.

Segundo a informação le-vada ao governo, a Uenp, ao ter sua constituição o� cializada, deveria ter realizado a eleições envolvendo a comunidade acadêmica das antigas facul-dades isoladas, Direito, Fa� ja e Fae� ja, em Jacarezinho; Luiz Meneghel, em Bandeirantes; e, Fa� cop, em Cornélio Procó-pio, para escolha dos membros do Conselho Universitário, além da escolha dos membros do Conselho de Administra-ção. Os dois organismos, até o momento, são denominados como “provisórios”, o que não teria amparo legal para proce-der a convocação e coordena-ção da eleição.

Ontem, procurado pela

reportagem, o secretário Nildo Lubke admitiu ter conheci-mento super� cial da situação, mas salientou que não falaria sobre o assunto para não gerar suspeição, pois poderá ter que interferir no processo com tomada de decisões.

PolêmicaO processo eleitoral na

Uenp está cercado de polê-micas. A primeira questão levantada é sobre a legalidade da candidatura do atual diretor do campus de Bandeirantes, Eduardo Meneghel Rando. Ele é remanescente, juntamente com os demais professores da instituição, da antiga Funda-ção Faculdade Luiz Meneghel, instituição de ensino superior municipal, mas funcionando como escola privada, pois era gerida por uma fundação que cobrava pelo ensino mi-nistrado. Até hoje a situação jurídica dos professores está inde� nida, pois eles não são considerados funcionários públicos e nem o� cialmente contratados pela Uenp. Sem esta condição, como poderão votar e ser votados?

Pesa ainda sobre o candida-to a vice-reitor, diretor da an-tiga Fae� ja, professor Rinaldo

Bernardelli, um processo por improbidade administrati-va. Existem ainda casos que começam vir a tona como a existência de uma escola de segundo grau que funciona numa das áreas mais nobres do campus de Bandeirantes e que cobra mensalidade de seus alunos.

São muitos nós para serem desatados, sem contar a denún-cia feita pela candidata da oposi-ção, Maria Lúcia Vinha, de estar sendo discriminada no processo eleitoral, a quem estaria sendo negado o mesmo tratamento dado à Meneghel Rando.

Procurado pela reporta-gem, o chefe de gabinete da reitoria da Uenp e coordena-dor da Comissão Eleitoral, Fernando de Brito Alves, não atendeu a reportagem, por telefone, porque estaria par-ticipando de uma reunião. A secretaria que deveria passar o recado a ele, ligou para a reda-ção informando que ele havia saído após a reunião sem que ela percebesse, impossibilitan-do de passar-lhe a informação. Tanto o celular de Brito, como do reitor Dom Fernando Jose Penteado, não são fornecidos pela secretaria da reitoria.

Reitor rebate críticas, mas dúvidas persistemEm "Nota à Imprensa", publicada

ontem (dia 20) na página A-3 desta Tribuna, o reitor da Universidade Estadual do Norte do Paraná, Dom Fernando José Penteado, tentou esclarecer críticas feitas à Instituição pelo professor Dr. Lino Castellani Filho, reveladas em reportagem deste jornal publicada no dia 15 de julho ("Faculdades revelam sistema feudal de administração").

Procurando desqualificar o crítico, a quem chamou de "profes-sor paulista", que "não conhece a realidade da Universidade porque nunca foi professor desta IEES, e nunca funcionou como observador externo em qualquer processo de avaliação da UENP", Dom Fer-nando não explicou, entretanto, os motivos pelos quais a Comissão Eleitoral, presidida pelo professor Fernando Brito, deixou de respon-der aos requerimentos formulados pela candidata Maria Lúcia Vinha, que concorre ao cargo de reitora da UENP pela Chapa 2.

Em tom manifestamente agressivo, o Reitor chegou ao ponto de afirmar que "a UENP pertence ao povo do Paraná, presta contas ao povo do Paraná, e é avaliada e � scalizada pelos entes avaliadores e fiscalizadores do Estado do Paraná", insinuando que Castellani, por ser paulista, não deveria se imiscuir em assuntos que não lhe dizem respeito. Ocorre que Castellani foi convidado e manteve contatos com diversos professores, funcionários e alunos da UENP. O que fez foi manifestar, em entrevista, as críticas ouvidas dessas pessoas, todas paranaenses, as quais não partilham da visão de Dom Fernando - de que está tudo bem na Universidade -, a começar pela falta de transparência.

Em seu texto, o Reitor a� rma que o concurso público citado a título de exemplo pelo professor na reportagem foi considerado regular "pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, pela Secretaria de Estado de Adminis-tração e Previdência e pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná, e os professores aprovados foram regu-larmente nomeados por Decreto do

Chefe do Poder Executivo Estadual". O que se pergunta é como pode estar regular um concurso sub judice, alvo de Ação Civil Pública proposta pelo representante do Ministério Público de Jacarezinho.

Dom Fernando finaliza seu esclarecimento afirmando que criticar, "sem conhecer, a Universi-dade Estadual do Norte do Paraná ... é ser desonesto com o processo construído com o trabalho volun-tário, abnegado e comprometido dos diretores das antigas IEES que a compõem". Ele não menciona o fato de que esses diretores foram conduzidos à direção da UENP sem antes passarem por processo eleitoral, fato que põe em dúvida a legitimidade dessa participação. Para o Reitor, só a "experiência de quem conhece pode contribuir efetivamente na consolidação de� -nitiva desta novíssima Instituição!", ou seja, induz à falsa percepção de que apenas um ex-diretor teria condições de substituí-lo a contento.

Requerimentos sem respostaEm sua entrevista, Lino Cas-

tellani fez referência a uma série de requerimentos, protocolados pela Chapa 2 na Reitoria e dirigidos à Comissão Eleitoral, por meio dos quais foram solicitadas informações sobre a Universidade, consideradas fundamentais para o embasamento adequado das propostas de ações das candidatas. A Tribuna solicitou cópias das perguntas a Maria Lúcia Vinha, que informou ter sido ape-nas um deles - o que questionava a regularidade jurídica da Chapa 1 - respondido em tempo hábil. Um dos requerimentos, datado de 6 de julho foi encaminhado solicitando resposta a requerimentos protocolados em 28 de junho e 30 de junho.

Entre as questões encaminha-das pela Chapa 2, estão perguntas sobre a situação funcional atual, do pessoal docente e técnico adminis-trativo no que se refere à estabilidade trabalhista,seu enquadramento na folha de pagamento do Estado do Paraná, termos de convênio junto à Prefeitura de Bandeirantes, cláusu-las, exigências, e acordos relaciona-dos a essas questões; situação o� cial, termos de convênio, cláusulas,

exigências, responsabilidade � scal e � nanceira, prazo de ocupação e permanência da Instituição CIBI, si-tuada nas dependências do Campus Luiz Meneghel em Bandeirantes; situação o� cial, termos de convênio, cláusulas, exigências, de possíveis pesquisas agronômicas desenvol-vidas em áreas rurais da UENP no Campus Luiz Meneghel em parceria com empresas particulares; situação o� cial e termos de convênio do Insti-tuto instalado junto ao Centro de Ci-ências da Saúde de Jacarezinho, bem como a situação o� cial de outros possíveis convênios existentes na UENP, os quais foram respondidos de maneira considerada evasiva ou incompleta pela Comissão Eleitoral, sob a alegação de que os campus têm autonomia.

Em contato telefônico com o presidente da Comissão, Fernando Brito, a professora Maria Lúcia foi destratada e suas perguntas classi-� cadas como "idiotas" pelo funcio-nário da Reitoria. Ela queria cópias dos despachos do presidente que, inconformado, disse ter mais o que fazer além de � car respondendo aos questionamentos.

A professora quis saber também quais seriam os Órgãos Suplemen-tares da UENP, constantes no Art. 54 do Regimento Geral da UENP, incluindo descrição das atividades desenvolvidas e movimentações � nanceiras. Pediu informações sobre novos cursos de graduação e/ou Pós-Graduação propostos pelos Centros, incluindo seus Projetos Pedagógicos, e a relação de cursos de Pós-Gra-duação em nível de especialização ofertados pela UENP, na sede ou fora dela, constando nome de responsável pela Coordenação. Havendo cursos ofertados sob responsabilidade de outra instituição Maria Lúcia pediu informação, para casos de Curso de Especialização pago, sobre os valores e custos para os alunos. Solicitou tam-bém a relação nominal de docentes e técnicos administrativos da UENP com suas respectivas titulações.

Chapa da situação contradiz Reitor

Uma rápida leitura das propostas da Chapa 1, que tem como candidato a Reitor o professor Eduardo Mene-

ghel Rando, diretor do Campus de Bandeirantes, e a vice o professor cambaraense Rinaldo Bernardelli Junior, diretor do Centro de Ciências da Saúde da UENP em Jacarezinho, é su� ciente para se perceber que a transparência na Universidade ainda não se dá de maneira satisfatória, o que de certa forma contradiz a "Nota à Imprensa" subscrita por Dom Fer-nando, reitor da Instituição. Tanto é assim que a Chapa propõe "mudan-ças de paradigmas", sobretudo em sua "visão quanto à organização e funcionamento de uma Universidade Pública". Apesar de fazerem parte da alta direção da UENP, os candidatos da Chapa 1 redigiram um texto que leva o leitor a pensar que partiu de um grupo oposicionista.

A proposta de trabalho subme-tida à apreciação da comunidade da UENP, segundo o texto a� rma, "se baseia numa concepção de Universi-dade Pública, autônoma e inclusiva", e defende "um modelo pedagógico crítico-re� exivo na formação de nos-sos pro� ssionais", onde se destacam "os princípios da Gestão Democrá-tica, probidade e transparência nas decisões; e do respeito às pessoas, suas organizações e à pluralidade de ideias".

No que se refere mais especi-ficamente à comunicação interna e externa, o plano de trabalho da Chapa 1 prevê a criação de "veículos de divulgação da produção acadê-mica e cientí� ca da UENP e a ado-ção de "metodologia participativa, descentralizada e transparente para elaboração e controle dos planos, da proposta orçamentária, dos orça-mentos e da execução orçamentária".

Em outro trecho, o plano prevê "implantar rotinas de gerenciamento de informações sobre o planejamento e orçamento, de fácil e universal aces-so" a � m de "garantir ampla divulga-ção de todos os relatórios de execução orçamentária". Os candidatos se propõem ainda a "discutir ampla-mente com a comunidade discente da UENP uma Política Estudantil pautada na visão estratégica de uma universidade a serviço dos alunos, preservando-se a independência da mesma perante a quem esteja à frente da Reitoria".

Curiosidade mataPesquisando no site da Universidade Estadual do Norte do Paraná

(UENP) tomamos conhecimento de alguns ofícios, requerimentos e pareceres divulgados pela Instituição em razão da campanha eleito-ral para escolha do novo Reitor. Em uma das páginas, consta que a professora Maria Lúcia Vinha requereu a impugnação da candidatura do professor Eduardo Meneghel Rando, por entender que ele não teria ingressado na Universidade por meio de concurso público - o que é exigido pelo edital que regula a consulta ao corpo acadêmico. O protocolo data de 18/6.

Há controvérsiasO presidente da Comissão Eleitoral indeferiu o pedido limi-

narmente porque fora protocolado fora do prazo. Até aí, tudo nos conformes. Na sequência e de ofício, incluiu o processo na pauta da reunião da Comissão Eleitoral do dia 24/6, que rejeitou, por unanimi-dade, o pedido da professora Maria Lúcia Vinha "porque o mesmo foi protocolado fora de prazo e porque no mérito ele descabe de qualquer fundamento, tendo em vista que todos os servidores estatuários e celetistas do Campus Luiz Meneghel de Bandeirantes têm os mesmos direitos e obrigações dos demais servidores da UENP, nos termos da Lei 15.300/2006 e do Decreto 3909/2008" (sic).

Solicitação de parecerOcorre que, no mesmo dia 18/6, uma sexta-feira, o presidente

da Comissão Eleitoral assinou um ofício, de três páginas, dirigido à Procuradoria Regional do Estado em Jacarezinho, solicitando um parecer sobre a legalidade ou não da candidatura de Rando, ou seja, o mérito não "descabia de qualquer fundamento" tanto assim, ou não seria necessária a consulta à Procuradoria.

Santa e� ciência 1Recebido o ofício com a consulta, a Procuradora Mércia Miranda

Vasconcelos emitiu um parecer, datado de 24/6, mesma dia da reunião da Comissão Eleitoral, consubstanciado em 17 (dezessete) páginas, onde analisou mais de uma dezena de leis, decretos, regulamentos e a Constituição Federal para, ao � nal, atestar que o registro da chapa dos postulantes à indicação de reitor e vice-reitor respeita a legalidade. Tudo isso em apenas três dias úteis.

Santa e� ciência 2Curiosamente, ainda no dia 24/6, o presidente da Comissão

Eleitoral assinou dois ofícios, destinados ao juiz e ao representante do Ministério Público da Comarca, encaminhando cópia do parecer da Procuradoria Regional.

SustoO consultor do Sebrae em Jacarezinho, Roberto Janz, sentiu dores

no peito e decidiu ir ao médico. Um exame constatou a existência de uma veia obstruída em seu coração, obrigando-o a internação hospi-talar para procedimento cirúrgico. Em recuperação, Janz passa bem e sua alta está prevista para o � nal desta semana. Depois do susto, só nos resta torcer para seu pronto restabelecimento.

Movimentos SociaisPor iniciativa do deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB) a União

por Moradia Popular do Estado do Paraná (UMP/PR) foi declarada de utilidade pública. O Projeto de Lei nº 280/10, aprovado pelos deputados na segunda-feira (dia 12) em primeira discussão torna a instituição apta a receber recursos do governo estadual. "A partir de agora a associação, que presta um serviço muito importante na área habitacional poderá estabelecer novos convênios com os governos municipal, estadual e federal, ampliando sua capacidade de ação junto à população da cidade", explica Romanelli. A entidade tem um blog na internet, no endereço http:// uniaopormoradiapopularparana.blogspot.com.

TRE começa a analisar candidaturasO Tribunal Regional Eleitoral começou nesta terça-feira a analisar

os pedidos de registro de candidaturas às eleições de 3 de outubro.Na primeira sessão foram deferidas as candidaturas do senador

Osmar Dias e de seu vice, deputado Rodrigo Rocha Loures, ao go-verno do Estado.

Ainda não há previsão quando o pedido de registro da candida-tura do tucano Beto Richa, e de seu vice, Flávio Arns, será analisado.

Na mesma sessão, o TER analisou e deferiu todas as candidaturas do PPS a deputado estadual.

O TRE vai realizar sessões diárias até porque tem até o dia 5 de agosto para julgar todos os pedidos de registros de candidaturas.

Ao todo, são 932 no Paraná – sete candidatos a governador, sete candidatos a vice-governador, 12 candidatos a senador, 24 candidatos a suplente de senador, 289 candidatos a deputado federal e 583 can-didatos a deputado estadual. (Roseli Abrão – Hora H)