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Desejos obscuros livro II- Fragmentada

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DESEJOS

OBSCUROS-

VOLUME II

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2017. Raquel Alves

Todos os direitos reservados.

Produção, Diagramação e Capa: Raquel Alves

Imagem da Capa: Site Pixabay

Revisão: Raquel Alves

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização prévia do autor.

Todos os direitos estão devidamente registrados.

ALVES, Raquel.

Desejos obscuros- Volume II

Juazeiro do Norte, Ce, 2017.

30 f.

1. Poesias

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Agradecimentos:

O ano de 2017 foi extremamente corrido. Significou para

mim, uma grande vitória, em razão de estar perto de finalizar o

meu mestrado. Negligenciei um pouco o blog, mas na medida

do possível estive sempre produzido algum escrito literário que

mantivesse perto de mim, o público que carinhosamente

acompanha todas as minhas aventuras desde 2012 nesta

blogosfera.

Faço votos que estejamos juntos em 2018, prontos para

uma aventura além da imaginação. Dúvidas ou sugestões, entre

em contato por meio do link a seguir:

http://ladyblackraven.blogspot.com.br/2015/07/contato.html

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Sumário:

Arte anônima......................................................................pág. 05

Medusa...............................................................................pág. 11

Puna-me!............................................................................pág. 19

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Arte

anônima

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O sagrado momento1

Você sente as sombras tocarem seu corpo nesta solidão? Como um espinho prestes a ferir seu núcleo iluminado? Apresse os passos, sinta o pulso, mantenha-se focado Segure a forçada respiração Fale incontáveis palavras Mas não permita viver em agonia Adeus! Mesmo sendo terrível Adeus! Mesmo sendo inadmissível para você O sagrado momento de viver ou morrer Deixe o pêndulo do tempo contar as horas Não há ritmo certo para expressar este pesar O sagrado momento Acorde ou sonhe mais Deixe as horas acabarem transformando Sossegue e respire, este é o seu sagrado momento Você sente o fogo acusador, o olho que espreita Como se você estivesse entre o céu e o inferno, tempestade de emoções Prepare-se! Sinta este amor! Mantenha-se focado! A espera se dissipa nesse nevoeiro A carruagem já vai passar Mas não permita viver em rodopios

1 Poesia Inédita

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O sagrado momento de viver ou morrer Deixe o pêndulo do tempo contar as horas Não há ritmo certo para expressar este pesar O sagrado momento Acorde ou sonhe mais Deixe as horas acabarem transformando Sossegue e respire, este é o seu sagrado momento

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Anônimo2

Já estou cansado desse pesado respirar Mas vejo o meu esforço inacabado O relógio solar marca interromper da arte Quando me proponho a mergulhar no eu Eu, anônimo criador Eu, atmosfera bailante Eu, amigo e inimigo Coloco minha identidade em tua imagem Coloco minha assinatura neste destino Já estou suspirando alto, é hora de rezar Mas vejo que a pintura precisa de mais cor O relógio biológico diz: É hora de dizer adeus Quando proponho a me eternizar na arte Eu, anônimo artista Eu, atmosfera humana Eu, mestre e escravo Coloco minha essência em um lugar de pertença Coloco minha assinatura neste destino É aconselhável olhar para o que eu fiz (Pela última vez) É aconselhável esperar este dolorido sopro vital (Dançar por entre os mundos) (Nesta arte) Coloco minha identidade em tua imagem

2 Poesia Inédita

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O fogo

Tenho núcleo explosivo Uma faísca louca Querendo incendiar Destruir Minha ruína Meu paraíso Meu anjo caído Ilusão possessiva Macabra fantasia

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Medo

Por mais uma vez ouço inacreditáveis palavras Enquanto caminho rumo a reconstruir o que acredito Por mais confuso que o jogo pareça, ele não está ganho Enquanto houver fôlego por trás da mesa Podemos recomeçar a caçada rumo ao primeiro lugar? Não grite ou diga o que precisa Sei que devemos quebrá-lo agora Antes que nos consuma mais Quebre esse medo Por mais uma vez eu acho que estou juntando o que restou Enquanto grito com as feridas abertas por você Por mais confuso que este pesadelo possa nos assombrar, há uma luz Enquanto houver a promessa de você acreditar em mim Podemos silenciar nossos corações hoje a noite? Não grite ou diga o que precisa Sei que devemos quebrá-lo agora Antes que nos consuma mais Quebre esse medo É só mais um arrepio E só mais uma sensação ruim Você pode quebrá-lo agora Antes que ele vença sua fé Quebre este medo!

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medusa

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Medusa3

Eu não me arrependo, eu fui despertada

Eu não me lembro dos 250 anos passados

Deveria pedir perdão diante de teus olhos?

Eu encontro caída em seus braços, sem força

Passo por passo, eu desejo segui-lo além

Eu não me arrependo, eu fui programada

A quebrar em mil pedaços quando meus filhos

Nos embalos do sonho ousarem me culpar

Serei que nunca serei perdoada?

Passo por passo, eu desejo segui-lo além

Pode parecer errado e perigoso

Meu corpo já foi profanado

(Seu tabernáculo de experiências)

Deixe-me dormir novamente

(Meus tentáculos podem lhe ferir)

Você me ensinou a viver (Sou sua Medusa)

3 Baseada na trilogia Xenogenesis da autora afro-americana Octavia

Estelle Butler

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Você me ensinou a sofrer (Sou sua híbrida)

Você me ensinou a amar (Sou sua vadia)

Prometa-me o Paraíso reconstruído

Por obra de suas habilidades alienígenas

Eu não me arrependo, eu fui instruída

A reconstruir as categorias sociais

Mesmo ainda crente na cegueira ignorante

Ao homem foi dado a oportunidade de gritar

Passo por passo, ele deve sair de meu útero

Pode parecer errado e perigoso

Meu corpo foi experimentado

(Sou aprovada para este caminhar)

Deixe-me dormir novamente

(Meus tentáculos podem lhe ferir)

Você me ensinou a viver (Sou sua Medusa)

Você me ensinou a sofrer (Sou sua híbrida)

Você me ensinou a amar (Sou sua vadia)

Prometa-me o Paraíso reconstruído

Por obra de suas habilidades alienígenas

Oankali: Não é um crime ou feitiço mágico lunar

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Não há prisioneiros, apenas espíritos livres

Na espera evolutiva deste universo

Lilith: Não posso deixar de dizer que continuo

amedrontada

O que será de mim no final deste jogo de arrogâncias?

Amada? Odiada? Rejeitada? Esquecida?

Sou sua nova Medusa

Minhas majestosas e pequenas serpentes podem lhe ferir

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DARK LULLABY

Rolando em um beco de sentidos

Intocável pelo tempo, sonhos!

Qual o sentimento de ser isolado?

As cinzas dizem que o final do romance é agora

O puro eco de palavras vazias

Uma harpa de sons evocam danações

Qual a razão de sua graça?

Tão docilmente me arrepia o núcleo

O puro desejo de sentar e escutar

O desvantajoso silêncio há de vencer

Rolando em um terrível lamaçal

Sem controle pelo tempo desligado!

Toque o réquiem

Rolando em espinhos na cama

Sem ação pelo tempo, jogo puro!

Qual o sentimento de ser isolado?

Qual a razão de sua graça?

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ALIEN NATION

Eles clamam por revolução Olhar triste lançado no espaço Desejosos pelo arrebatamento (Alien Nation) Eles clamam por recuperação Um teste nuclear pela destruição O fim misericordioso perdido (Alien Nation) E neste universo, estou dispersa como uma partícula Juntando as energias renováveis de minha fé Abduzida pelo seu amor Abduzida pelo seu comando Alien Nation A nova raça da era de aquário!

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O AMOR ME LEVOU PARA BAIXO

Homem: O amor me levou para baixo

Rumo a uma valsa cadavérica

De risos perturbados e corações fatigados

Homem: O amor me levou para mais baixo

Onde o núcleo do hidromel derretido

Exala a fragrância dos deuses que me esqueceram

Mulher: Eu tenho caminhado durantes vidas cíclicas

Buscando a espada por meio do ódio

Para esquecer que a mim este coração fora dado

Homem e Mulher: Calorosos beijos não restam mais

Sinto-me cada vez mais fraco (a)

Quase permito-me morrer

Quase permito-me ver você

Calorosas mentiras sorvidas neste brinde

Sinto-me embriagada pela queda

Quase permito-me morrer

Quase permito-me ter você

Homem: O amor me levou para baixo

Neste cemitério de lápides frias

Este vento anuncia sua presença

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Homem: O amor me levou para mais baixo

Não contemplo a nossa antiga lua

Seu toque é um chamado muito mais tentador

Mulher: Eu tenho esperado a hora de aparecer

Buscando os espinhos certos neste alvorecer

Para esquecer do romantismo que a mim fora dado

Homem e Mulher: Calorosos beijos não restam mais

Sinto-me cada vez mais fraco (a)

Quase permito-me morrer

Quase permito-me ver você

Calorosas mentiras sorvidas neste brinde

Sinto-me embriagada pela queda

Quase permito-me morrer

Quase permito-me ter você

Homem e Mulher: O amor nos levou para baixo

Para baixo, para mais baixo (2 vezes)

Mulher: Eu tenho por mil vidas contado mentiras

Buscando tecer meus cabelos em teu rosto morto

Para esquecer do castigo que a mim fora dado

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PUNA-ME!

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SUSSURROS

Por favor, diga-me quando sairá de minha mente Eu não posso dizer nenhuma palavra sem um sussurro Eu juro, eu estarei perdida em mim mesma neste lugar sombrio Seria um problema se eu ligasse para você esta noite? Eu penso que é melhor encerrar as palavras Eu penso que é melhor ficar em silêncio Eu penso que é melhor procurar nada (de novo estou chorando) Eu penso que é melhor ser uma poeira cósmica em seu coração Mas eu apenas sou um sussurro Ouça-me! Um leve vento sopra de sua liberdade Mulher: Menino, você me deu a chance de escolher um lado agora eu sigo minha própria dança Segurando seu sussurro Segurando sua dor É hora de começar sozinha tudo de novo Homem: Eu prometo que nós ficaremos loucos vivendo assim Como eu posso ser livre sem o seu amor? Sempre eu dou a você um sussurro Eu apenas lhe dou um pouco mais de dor

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Delírios

Homem: Eu tenho uma confissão Pode ser uma impressão equivocada Talvez esteja tão abalado Com o teu olhar Eu tenho uma promessa Não posso me iludir Talvez seja melhor escolher um rumo Deixar meu corpo partir Não quero afundar em dor Não quero mais um novo amor Não quero ter que esperar Não quero permitir sonhar Um dia desses eu ousei dizer Em sonho o quanto gosto de você Baby, eu vou deixar você ir Prefiro amá-la em meus delírios Mulher: Eu tenho uma proposta Acho que vai gostar, digo por mim Melhor se acomodar em sonhos Com o teu olhar Eu tenho um compromisso Não posso adiar por um capricho a mais Já fui tola por trinta anos

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Deixe meu corpo partir Não quero me aproximar Não quero mais me apaixonar Não quero dividir meu ser Não quero permitir morrer Um dia desses a solidão rasgou o meu coração Eu prefiro quebrar seus pensamentos Baby, eu preciso deixar você ir Prefiro amá-lo em meus delírios Homem e mulher: Amar em meus delírios

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Escravos da lua de prata

Você pode me dizer qual o motivo desse choro sem lágrimas? O último dia que você respirou foi hoje Você aprecia-me nua? Minha roupa de luto A última ligação com este mundo é rompida Sinta Necessite (Eu estou aqui) Veja Sussurre (Eu ainda estou aqui) Sinta Necessite (Eu estou aqui) Veja Sussurre (Eu ainda estou aqui) Me diga, nós somos escravos da lua de prata? Você sabe contar os dias exatos que esse mundo pode parar? A última dança dos vivos no lado dos esquecidos Você me ama como eu te amo? Me dia, nós somos escravos da lua de prata?

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Olhe para mim Eu estou respirando-a Eu estou queimando-a Eu sobrevivi em você, oh lua de prata Meu corpo é seu último sepulcro, o momento de dizer adeus Eu não estou arrependida de servi-la e amá-la como eu te amei, baby Mas me diga, nós somos escravos da lua de prata? O lado sombrio da luz solar refletida em mim.

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Puna-me!

Esqueça os rostos

Esqueça a melodia

Passo por passo, isto retornará

Como a sombra que sempre persegue

O corpo frágil, prestes a cair

A distância dos sonhos quebrados

A luta diária para ser valorizada

Títulos valem mais do que pessoas

O homem-máquina visa o lucro

O homem-deus visa a adoração

Auto suficiência?

Auto dependência?

Eu errei a flecha por pouco

Me capturaram mais uma vez

Sou aquela que nada contra a corrente

A que brinda com o soldado em plena guerra

A tola que conta os amigos com os dedos

Puna-me!

Borboleta cintilante

Borboleta de corpos

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Este assassinato de almas

A indústria da não liberdade

Prestigia seu triunfo

Puna-me!

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Sobre a autora

Francisca Raquel Queiroz Alves Rocha é formada em Letras,

Comunicação Social (Jornalismo) e Mestranda em Ciências das

Religiões. É natural da cidade de Juazeiro do Norte (Ceará),

conhecida como a terra da fé e da devoção a Padre Cícero e

Nossa Senhora das Dores.

“Escrever sempre fora um alívio para mim. Me sinto livre de

meus medos e feliz ao mesmo tempo, por ter sido agraciada por

Deus com este dom, que é a sensibilidade de captar os mais

variantes sentimentos e dilemas, e pô-los no papel. É assim que

expulso os meus demônios interiores.”

Os escritores que servem de inspiração e referência para a

jovem escritora são Edgar Allan Poe, Oscar Wilde e Siegfried

Sassoon. Raquel Alves também adora tocar guitarra, escrever

músicas e poesias, estar conectada em seu blog Lady Black

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Raven, assistir filmes e seriados, amante do mundo otaku e

gosta de estar ao lado de quem mais ama: seus familiares,

amigos e seus gatos.

-Prêmios, Participações e Antologias/Livros

publicados:

Certificado de Participação II Prêmio Licinho Campos de Poesia

de Amor 2013

III Prêmio Literário Cidade da Poesia (Antologia Poética) 2013-

Nome da Poesia: Noite dos Corvos

Caderno Literário Pragmatha (poesias) contribuiu com poesias

por mais de um ano

101 Vira-latas (Antologia poética) 2014- Nome da Poesia: Você e

eu

Prêmio Literário Galinha Pulando 2014 (Antologia poética)-

Nome da Poesia: A Saída dessa miséria

Participação da X Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

(2015) (lançamento do livro O Reino Mágico de Mystic)

Certificado de Participação VI Concurso de Poesias Prof.

Roberto Tonellotti (2016)- Nome da poesia: O choro de Lázaro

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11º Concurso on-line "Sueli Bittencourt" de poesias- Tema Paz

(2016)- Nome da Poesia: Borboleta

5ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura 2016 (Antologia

poética)- Nome da Poesia: O romantismo precoce do poeta das

penas negras

1ª Coletânea de Poemas- projeto Apparere- 2017 Poema: Por

favor, não morra!

6ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura 2017 (Antologia

poética)- Nome da Poesia: A não existência

- Livros publicados:

O Reino Mágico de Mystic 2015 (livro)

Diário da Mãe-Corvo 2015 (livro)

As mulheres de Poe 2016 (livro)

Jornalismo e Literatura: A análise da poesia de guerra de

Siegfried Sassoon 2016 (livro)

Black Wings 2016 (livro)