Estatuto do idoso comentado

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Estatuto do Idoso Comentado (Paulo Frange) v.PtBr

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  • 1. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGE- PGINA 1 -

2. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGENDICE Apresentao .................................................................................................................. 03 Biotica e Estatuto do Idoso .......................................................................................... 05 LEI N 10.741, DE 1 DE OUTUBRO DE 2003 ............................................................... 10 TTULO I - Disposies Preliminares .................................................................... 10 TTULO II - Dos Direitos Fundamentais ................................................................ 20 CAP. I - Do Direito Vida ................................................................................ 20 CAP. II - Do Direito Liberdade, ao Respeito e Dignidade .......................... 20 CAP. III - Dos Alimentos .................................................................................. 23 CAP. IV - Do Direito Sade .......................................................................... 24 CAP. V - Da Educao, Cultura, Esporte e Lazer ........................................... 37 CAP. VI - Da Profissionalizao e do Trabalho ............................................... 41 CAP. VII - Da Previdncia Social ..................................................................... 42 CAP. VIII - Da Assistncia Social ..................................................................... 47 CAP. IX - Da Habitao ................................................................................... 51 CAP. X - Do Transporte .................................................................................. 53 TTULO III - Das Medidas de Proteo ................................................................. 57 CAP. I - Das Disposies Gerais ..................................................................... 57 CAP. II - Das Medidas Especficas de Proteo ............................................. 57 TTULO IV - Da Poltica de Atendimento ao Idoso .............................................. 59 CAP. I - Disposies Gerais ............................................................................ 59 CAP. II - Das Entidades de Atendimento ao Idoso .......................................... 59 CAP. III - Da Fiscalizao das Entidades de Atendimento .............................. 63 CAP. IV - Das Infraes Administrativas .......................................................... 65 CAP. V - Da Apurao Administrativa de Infrao s Normas de Proteo ao Idoso ............................................................................ 65 CAP. VI - Da Apurao Judicial de Irregularidades em Entidade de Atendimento ............................................................................... 66 TTULO V - Do Acesso Justia .......................................................................... 67 CAP. I - Disposies Gerais ............................................................................ 67 CAP. II - Do Ministrio Pblico ........................................................................ 71 CAP. III - Da Proteo Judicial dos Interesses Difusos, Coletivos e Individuais Indisponveis ou Homogneos ................................... 73 TTULO VI - Dos Crimes ........................................................................................ 77 CAP. I - Disposies Gerais ............................................................................ 77 CAP. II - Dos Crimes em Espcie .................................................................... 78 TTULO VII - Disposies Finais e Transitrias .................................................. 85 INFORMAES IMPORTANTES .................................................................................... 94 QUEM PAULO FRANGE? ............................................................................................ 98 - PGINA 2 -- PGINA 3 - 3. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEAPRESENTAO motivo de orgulho apresentar-lhes um livro que se prope esmiuar e esclarecer cada artigo do Estatuto do Idoso, trazendo de volta o debate responsvel e a nossa ansiedade pela sua regulamentao. Nossa idade nos permite lembrar de centenas de leis que no saram do papel e o nosso Estatuto tem que ser pra valer. Orgulho maior tambm contar que somos pais do Dr. Paulo Frange, mdico e filho querido, que trouxe tanta alegria para nossa famlia aqui em Uberaba, sua terra natal, e para nossa comunidade libanesa. Precisamos tambm lhes contar que assistimos suas vitrias desde criana: o vestibular, o concurso para mdico residente em cardiologia no Instituto Dante Pazzanese, sua carreira profissional, seu destaque como administrador hospitalar, duas vezes eleito vereador de So Paulo e toda sua dedicao em cada uma das tarefas que tem pela frente. O Paulo Frange que vocs conhecem, o nosso Paulinho, sempre fez muito e com certeza ainda far muito mais. Construiu com as mos o prprio caminho que trilhou desde a infncia, e somos testemunhas que nunca encontrou pela frente as estradas pavimentadas da vida. Isso o faz vencedor. Em 1975 quando foi para So Paulo, sentimos muito sua ausncia e o sofrimento s foi amenizado com o passar do tempo, que nos mostrou a importncia do nosso filho para a sociedade paulistana. Sentimos que no deveramos ser egostas por querer t-lo to perto e exclusivamente para ns. Os quinhentos quilmetros que nos separam nunca nos distanciou, pois, carinhoso como , nos visita periodicamente e fala conosco todos os dias pelo telefone como se estivssemos juntos. Deixando de lado o papel de pais corujas, cuidar de idosos sempre foi sua vocao. Depois de milhares de atendimentos como cardiologista em sua clnica, sabe exatamente os problemas, as dificuldades, as limitaes, as frustraes e as injustias a que so submetidos os idosos. - PGINA 4 -- PGINA 5 - 4. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEA idia de comentar o Estatuto do Idoso, buscar informaes especializadas e repass-las, mostra o caminho certo da importncia do conhecimento da legislao que pode nos proteger. Afinal, menos da metade dos idosos conhece o Estatuto e poucos sabem dos seus direitos. preciso coragem para comentar e criticar, cobrar e propor aes prticas. No agentamos mais discursos. Tambm no suportamos mais a humilhao, a discriminao e principalmente o descaso da Previdncia Social. Tratam-nos sem nenhuma preferncia como manda o Estatuto. No nos respeitam e enfileiram os idosos nas portas dos Postos de Atendimento de todo o pas como se estivssemos mendigando alguma coisa. E pensar que ns idosos comemoramos tanto quando nasceu o sagrado direito das Leis Trabalhistas no Brasil! O que no espervamos que seramos contribuintes por uma vida toda, e depois buscaramos nossos direitos cortados e corrigidos como bem quer o governo, e quase sempre atravs de aes judiciais que se arrastam de forma morosa nos Tribunais. Temos pressa e no podemos esperar! Agora, mais uma vez o Paulinho nos surpreende. Entre tantos livros escritos, resolveu comentar cada artigo do Estatuto do Idoso como se buscasse cobrar do governo pressa para regulament-los. o seu jeito de demonstrar seu esprito de justia. Alis, precisamos fazer justia com os idosos. Gostaramos muito de poder juntar todos e bradar numa s voz: respeitem nossos cabelos grisalhos! Para voc que far uso dessa leitura para se informar, desejamos momentos de reflexo para que, com sabedoria possa receber tratamento preferencial e todos os direitos previstos no Estatuto. Afinal, esperamos tantos anos e merecemos tanto... Pensando bem, se todos os brasileiros vivessem luz dos ensinamentos de Deus e repetissem a cada momento amar ao prximo como a si mesmo, talvez o Estatuto do Idoso pudesse ser integralmente revogado. Enquanto isso no acontece, vamos ler, aprender e cobrar nossos direitos. Terezinha Frange e Jos Frange Uberaba, julho de 2004 - PGINA 6 -O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEBIOTICA E O ESTATUTO DO IDOSO Contribuio do Professor, Pesquisador e Mdico do Comit de Biotica do Centro Universitrio So Camilo. Com a aprovao do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741, de 10 de outubro de 2003) est concretizado o sonho de 20 milhes de brasileiros. Esse Estatuto chega no momento em que as estatsticas indicam uma mudana significativa no perfil da populao do pas. Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), at 2005, o Brasil ser o sexto pas do mundo com o maior nmero de pessoas idosas. Nos ltimos 40 anos, o nmero de brasileiros idosos quintuplicou, passando de trs milhes em 1960 para 14 milhes em 2002. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatsticas (IBGE), em 2020 este nmero poder chegar a 32 milhes. Como o Estatuto do Idoso reflete um verdadeiro exerccio biotico?TICA - BIOTICA TICA um juzo de valores, um processo ativo que vem de dentro de cada um de ns para fora, ao contrrio de valores morais, que vm de fora para dentro de cada um. A tica exige um juzo, um julgamento, em suma, uma opo diante dos dilemas. Nesse processo de reflexo crtica, cada um de ns vai pr em jogo seu patrimnio gentico, sua racionalidade, suas emoes e, tambm, os valores morais. BIOTICA tica; no se pode dela esperar uma padronizao de valores ela exige uma reflexo sobre os mesmos, e como dito, implica opo. Ora, opo implica liberdade. No h Biotica sem liberdade, liberdade para se fazer Biotica exige, pois, liberdade e opo. E esse exerccio deve ser realizado sem coao, sem coero e sem preconceito. A Biotica exige tambm humildade para se respeitar a divergncia e a grandeza para reformulao, quando ocorre a demonstrao de ter equivocada a opo. Condio sine qua non exigida pela biotica, enquanto tal, diz respeito viso pluralista e interdisciplinar dos dilemas ticos nas cincias da vida, da sade e do meio ambiente. A palavra biotica (tica da vida) uma reflexo necessariamente multiprofissional, relacionada aos diversos campos que atuam na sade, nela participando ativamente filsofos, telogos, socilogos, antroplogos, juristas, religiosos, mdicos, bilogos, enfermeiros... Sua perspectiva autonmica e humanista, tende a ver a pessoa em sua globalidade. - PGINA 7 - 5. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEA Biotica pode ser definida como um instrumental de reflexo e ao, a partir de trs princpios: autonomia, beneficncia e justia, que busca estabelecer um novo contrato social entre sociedade, cientistas, profissionais da sade e governos, pois, alm de ser uma disciplina na rea de sade, tambm um crescente e plural movimento social preocupado com a biossegurana e o exerccio da cidadania, diante do desenvolvimento das biocincias. E para ns, concretamente, podemos dizer que a Biotica, tica da vida, um espao de dilogo transprofissional, transdisciplinar e transcultural na rea da sade e da vida, um grito pelo resgate da dignidade da pessoa humana, dando nfase na qualidade de vida pautada na tolerncia e na solidariedade: proteo vida humana e seu ambiente. O ESTATUTO DO IDOSO O Estatuto do Idoso um verdadeiro exerccio biotico. Comeou pelo que poderia chamar de Comisso de Biotica, j que ele fruto de trabalho conjunto de parlamentares, especialistas, profissionais das reas de Sade, Direito, Assistncia Social e das entidades e organizaes no governamentais voltadas para a defesa dos direitos e proteo aos idosos. Tudo est contemplado no Estatuto: a sade, a educao, a habitao, a ao do Ministrio Publico para acelerar processos em defesa do idoso. Poderamos dizer que o Estatuto do Idoso representa um exerccio de cidadania no resgate da dignidade da pessoa humana (contemplado na Biotica). De fato, o Estatuto:O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGE- garante prioridade ao idoso na compra de unidades em programas habitacionais pblicos. Esses so alguns direitos registrados no Estatuto do Idoso. O Estatuto do Idoso cria tambm uma cultura biotica: o maior legado que podemos deixar para as geraes que esto se constituindo a educao voltada para o respeito aos direitos humanos. S possvel uma harmonia que escapa da violncia, dos maus-tratos na infncia e na velhice, dos salrios indignos, das piores condies de sobrevivncia, do sofrimento e do abandono social quando existir o respeito e a valorizao do outro, da natureza e da humanidade. A velhice deve ser considerada como a idade da vivncia e da experincia, que jamais devem ser desperdiadas. O futuro ser formado por uma legio de pessoas mais velhas e se no estivermos conscientes das transformaes e preparados para enfrentar esta nova realidade, estaremos fadados a viver em uma civilizao solitria e totalmente deficiente de direitos e garantias na terceira idade. Hoje, em Biotica, fala-se cada vez mais do paradigma de proteo (como dever do Estado) ao vulnerveis, isto , pessoas ou grupos que, por quaisquer razes ou motivos, tenham a sua capacidade de autodeterminao reduzida como por exemplo, os idosos. Oxal que se cumpra este Estatuto para o resgate da dignidade e a qualidade de vida das pessoas idosas!Christian de Paul de Barchifontaine- estabelece como dever da famlia, da sociedade e do poder pblico assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, o efetivo direito vida, sade, alimentao, ao transporte, moradia, cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivncia familiar e comunitria; - transforma em crime, com penas que vo at 12 anos de priso, maustratos a pessoas idosas; - probe a discriminao do idoso nos planos de sade pela cobrana de valores diferenciados por idade; - assegura o fornecimento de medicamentos, especialmente os de uso continuado, como para tratar hipertenso e diabetes; - assegura aos idosos com mais de 65 anos que vivem em famlias carentes o benefcio de um salrio mnimo; - PGINA 8 -Enfermeiro, Mestre em Administrao Hospitalar e da Sade, Professor da biottica, Pesquisador do Ncleo de Biotica do Centro Universitrio So Camilo, Membro do Comit de tica em Pesquisa do Centro Universitrio So Camilo. Atualmente, Reitor do Centro Universitrio So Camilo SP.- PGINA 9 - 6. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGELEI N 10.741, DE 1 DE OUTUBRO DE 2003. Dispe sobre o Estatuto do Idoso e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TTULO I Disposies Preliminares Art. 1 institudo o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados s pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. H dificuldade para estabelecer parmetros que definam o incio da chamada Terceira Idade, tendo em vista os diversos fatores que atuam no processo de envelhecimento e variam de caso a caso. Entretanto, para efeitos jurdicos, necessrio definir um limite de idade que caracterize esse segmento da populao. Nos pases desenvolvidos a tendncia utilizar a idade de 65 anos, enquanto que nos pases emergentes, como o Brasil, a idade geralmente utilizada de 60 anos, uma vez que a expectativa de vida nestes pases menor. Desta forma, o Estatuto do Idoso adotou a idade igual ou superior a 60 anos, para regular os direitos das pessoas que se encontram nesta faixa etria, que so portadoras de necessidades especficas e, por esta razo, merecem maior ateno da sociedade.Indefinio sobre Terceira Idade prejudica os idosos Ningum sabe quando comea a terceira idade no Brasil. Pelo Estatuto do Idoso aos 60 anos. Mas, na prtica, a maioria dos benefcios tem incio aos 65. Essa indefinio traz uma srie de prejuzos aos idosos em reas importantes. Em So Paulo, por exemplo, s a partir dos 65 anos que os cidados passam a ter direitos como andar de graa em nibus, metr e trem ou pedir o auxlio salriomnimo. A polmica acaba interferindo at no privilgio das filas preferenciais. Na hora da aposentadoria, a confuso continua. So diferenciadas as vantagens oferecidas para os idosos a partir de 60 e 65 anos, assim como a opinio de especialistas que defendem a terceira idade aos 60 anos.Idoso quem tem privilgio de viver a longa vida- PGINA 10 -(Jorge R. Nascimento).O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEJornal DIRIO DE S. PAULO 29/06/04 Caderno Idoso e Bem-Estar Terceira idade brasileira comea aos 60; na Europa s aos 65 IBGE, Ministrio da Sade e a prpria Organizao Mundial de Sade consideram idosas pessoas com mais de 60 anos. Mas a regra vale apenas para os pases em desenvolvimento. Segundo o Censo 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), o Brasil tem atualmente 14.536.029 idosos, ou seja, 8,56% da populao est no que se convencionou chamar de Terceira Idade. Se fssemos levar em conta o que a Organizao Mundial da Sade (OMS) preconiza para os Estados Unidos e a Europa, no entanto, a populao idosa no pas seria bem menor: 9.935.100, ou 5,85% dos brasileiros. Isso mesmo, em pases como a Frana ou a Alemanha, a Terceira Idade comea mais tarde, depois dos 65 anos. Aqui, assim como em outros pases em desenvolvimento, chega-se a idade madura mais cedo, a partir dos 60 anos. A Organizao Mundial da Sade teve de estabelecer duas definies para a Terceira Idade (uma aos 60 e outra aos 65 anos). Tudo isso se deve a diferena na expectativa de vida mdia da populao dos chamados pases ricos e os considerados em desenvolvimento, caso do Brasil. Por isso, por aqui a velhice realmente comea mais cedo. Atualmente, a expectativa de vida mdia do brasileiro de 71 anos. Nos pases desenvolvidos, caso dos Estados Unidos, esse ndice supera os 79 anos. Essa realidade, no entanto, est mudando. Segundo o geriatra Luiz Freitag, co-fundador da Sociedade Brasileira de Geriatria, boa parte das pessoas tem a falsa idia de que o grande contingente de idosos est nos pases ricos. Nosso pas est envelhecendo, mas vale lembrar que para a Medicina a Terceira Idade comea aos 65 anos, revela Freitag. O Brasil tambm um pas que est envelhecendo, completa. Segundo estimativas da OMS, de agora at 2050, o nmero de pessoas com mais de 60 anos nos pases em desenvolvimento vai passar de 200 milhes para 1,2 bilho, um crescimento de 600%. Trs quartos dos idosos do mundo, portanto, estaro em pases como o nosso. No Brasil, a expectativa tambm de crescimento. At 2025 teremos 30 milhes de pessoas com mais de 60 anos e uma expectativa de vida cada vez maior. Para se ter uma idia, de acordo com dados do Serasa, em uma dcada, o nmero de idosos no pas cresceu em torno de 17%.- PGINA 11 - 7. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEArt. 2 O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes pessoa humana, sem prejuzo da proteo integral de que trata esta Lei, assegurandose-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservao de sua sade, fsica e mental, e seu aperfeioamento moral, intelectual, espiritual e social, em condies de liberdade e dignidade.O artigo 3 do Estatuto do Idoso, assim como o artigo 230 da CF, atribui famlia, sociedade e ao Estado o dever de amparo aos idosos, de forma a assegurar-lhes seus direitos fundamentais e atender suas principais necessidades. So muitos os casos de idosos que se sentem rejeitados pela famlia. A rejeio traz angstia e depresso. como se uma planta ressentisse da falta de sol. No Brasil, grande parte dos idosos vive isolada, no pratica atividade fsica e aqueles que tm aposentadoria, sobrevivem com valores irrisrios. O sentimento mais comum de inutilidade, justamente na fase que seu conhecimento e experincia podem ser aproveitados ainda mais.Art. 3 obrigao da famlia, da comunidade, da sociedade e do Poder Pblico assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivao do direito vida, sade, alimentao, educao, cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivncia familiar e comunitria.Pargrafo nico. A garantia de prioridade compreende: I atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos rgos pblicos e privados prestadores de servios populao; II preferncia na formulao e na execuo de polticas sociais pblicas especficas; III destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadas com a proteo ao idoso; IV viabilizao de formas alternativas de participao, ocupao e convvio do idoso com as demais geraes; A idia de uma viso mais positiva do envelhecimento, que est comeando a ganhar fora nos dias atuais, resultado de fatores variados, dentre os quais se destaca o crescimento numrico dos idosos no mundo inteiro. Em conseqncia, cresce entre eles a conscincia dos seus direitos, assim como sua capacidade de influncia nas diversas esferas sociais. O debate sobre a desvalorizao dos mais velhos por parte dos mais jovens e suas implicaes diversas e complexas, como fatores de excluso social, deve fazer parte de uma sociedade moderna. O fato que, na atualidade, os valores culturais de juventude, competio e auto-suficincia esto se tornando, naturalmente, menos importantes para a parcela mais velha da populao. Por outro lado, novos valores, novas necessidades e novos questionamentos surgem a cada dia, sendo que muitos deles permanecem sem solues e respostas. Aqui cabe uma reflexo sobre o processo eleitoral no Brasil: o voto obrigatrio , hoje, uma arma apontada contra os interesses da populao que envelhece. O voto no Brasil facultativo a partir dos 65 anos. Isso tambm tem levado os idosos a no se manifestarem politicamente s urnas. Nos Estados Unidos, onde o voto no obrigatrio, polticas pblicas vm sendo desenvolvidas cuidadosamente para o chamado PODER GRISALHO. Os polticos, conhecendo essa realidade, buscam sempre nos seus discursos e aes uma ateno especial aos idosos, induzindo-os a votar espontaneamente, j que o voto no obrigatrio.- PGINA 12 -- PGINA 13 -O artigo 2 do Estatuto do Idoso ratifica/confirma o artigo 5 da Constituio Federal (CF), que versa, genericamente, sobre direitos e garantias fundamentais de todo cidado brasileiro. Entretanto, este artigo vai alm da norma constitucional, vez que prev especificamente os interesses e necessidades dos idosos. O artigo 5 da CF aduz/prev o Princpio da Igualdade/Isonomia, proibindo distines de qualquer natureza, garantindo direitos bsicos do individuo, tais como vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade. Nas previses do artigo 2, do Estatuto do Idoso, ficam tambm subentendidas as garantias e direitos previstos em sentido amplo pelos artigos 6 e 7 da CF, respectivamente, que dizem respeito aos DIREITOS SOCIAIS (dentre os quais destacam-se o direito sade e segurana, que so os de maior importncia para os idosos); elencando/listando, tambm, DIREITOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIRIOS (direito aposentadoria, proibio de diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrio de admisso por motivo de idade). 8. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO voto obrigatrio no Brasil facultativo a partir de 65 anos, afastando os idosos do interesse no debate poltico. Se o voto fosse no obrigatrio, com certeza, o Estatuto do Idoso no teria ficado tantos anos tramitando no Congresso Nacional. Mais ainda, a sua aplicabilidade, no resta dvida, seria rpida e a mais prxima da realidade escrita nos artigos desta lei, pois seria cobrado pelos mesmos idosos nas prximas eleies. Mais uma vez, quero chamar ateno do leitor para a importncia do fim do voto obrigatrio no Brasil. Tenho defendido essa tese porque tenho certeza que seria um instrumento poderoso no s para a reflexo poltica e dos polticos, mas tambm um mecanismo de cobrar efetivamente a confiana depositada nas urnas. Sairamos de uma poltica de retrica/falas para uma poltica de resultados.V priorizao do atendimento do idoso por sua prpria famlia, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que no a possuam ou caream de condies de manuteno da prpria sobrevivncia; VI capacitao e reciclagem dos recursos humanos nas reas de geriatria e gerontologia e na prestao de servios aos idosos; VII estabelecimento de mecanismos que favoream a divulgao de informaes de carter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;- PGINA 14 -O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEJornal DIRIO DE SO PAULO 15/06/2004 Desconfiana em relao camisinha risco para idoso Homens e mulheres com mais de 60 so alvos das campanhas de conscientizao sobre o uso do preservativo. Segundo o Ministrio da Sade, casos de Aids nessa faixa etria aumentaram nos ltimos anos. Uma nova estatstica est preocupando os especialistas quando o assunto sexo na Terceira Idade. Enquanto recentes estudos do Ministrio da Sade demonstram que existe, sim, vida sexual depois dos 60 anos, o que totalmente saudvel, outras pesquisas mostram que o nmero de idosos portadores do vrus da Aids tambm est crescendo. Para se ter uma idia, at 1994, os ndices de portadores do vrus HIV com mais de 60 anos no superava 1,8%. Atualmente, essa taxa chega a 2,4%. Acreditamos que esse nmero possa estar subnotificado, alerta o infectologista Jean Carlo Gorinchteyn. Em pases da Europa e Estados Unidos, o ndice de idosos com o vrus da Aids , em mdia, de 4%. Por aqui, acredito que muitos idosos no recebem o diagnstico para a doena, completa. O principal motivo para que os idosos sejam vtimas fceis do HIV est na preveno. Segundo Gorinchteyn, as campanhas de preveno no enfocam o idoso. Muitos homens nessa faixa etria tambm tm pouca intimidade com a camisinha e relatam medo de falhar com o uso do preservativo. Para essas pessoas, a camisinha ainda sinnimo de mtodo para evitar filhos, lembra. Como eles se relacionam com pessoas da mesma idade tm a falsa idia de que no precisam usar a camisinha. Sexo O advento de medicamentos como o Viagra tornaram o sexo cada vez mais possvel tambm para os idosos, afastando o problema da impotncia. Prova disso est em uma pesquisa realizada pelo Ministrio da Sade, que analisou o comportamento sexual nessa faixa etria. De acordo com o estudo, 67% da populao entre 50 e 59 anos de idade se dizem sexualmente ativa. As pessoas com mais de 50 anos tambm tm, em mdia, 6,3 relaes sexuais por ms (veja quadro ao lado). Alm disso, 33% da populao com mais de 60 anos afirmou manter uma vida sexual regular. um dado novo que mostra a importncia de adequar as campanhas a esse comportamento. Muitas pessoas no descobrem o problema. Ningum com mais de 60 anos acha realmente que pode se tornar uma vtima da Aids, diz Gorinchteyn. Ningum pode se considerar imune ao vrus. - PGINA 15 - 9. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEJornal DIRIO DE SO PAULO 15/06/2004 Preconceito tambm atrapalha educao Descobrir a Aids depois dos 60 anos tem conseqncias que vo de um extremo a outro, segundo os especialistas. Enquanto filhos e amigos apiam alguns pacientes, outros so completamente abandonados assim que revelam a doena. Isso acontece mais nos casos em que o idoso j era negligenciado pela famlia, explica o infectologista Jean Carlo Gorinchteyn. Parece que as famlias se aproveitam da situao para se ver livre do idoso, completa. Alm do apoio familiar, o paciente idoso com Aids tambm necessita de intensa ajuda psicolgica para enfrentar a doena. Nessa fase da vida, o tratamento da Aids no diferente. Mas os cuidados com o colesterol alto e principalmente a baixa imunidade do idoso, geralmente aps os 65 anos, so fundamentais tambm para o sucesso do tratamento. O tratamento realizado hoje no pas louvvel. Encontrar as drogas facilita a aderncia ao tratamento. Diagnstico Segundo Gorinchteyn, o grande problema para aumentar o nmero de notificaes acabar com o preconceito que cerca os prprios especialistas. De acordo com ele, muitos mdicos tambm no tm o hbito de perguntar sobre a vida sexual dos pacientes com mais de 60 anos. Ainda existe a idia de que se a pessoa tem mais de 60, ento, no existe motivo para falar sobre vida sexual, lembra Gorinchteyn. Isso um problema porque mostra o desconhecimento de uma realidade muito diferente, afirma. Por isso, o mdico acredita que a melhor forma de resolver a situao e o preconceito que ainda existe em relao ao idoso com Aids a informao. Para Gorinchteyn, as campanhas atuais ainda so tmidas quando o assunto Aids na terceira idade. E, alm disso, deveriam envolver mais os prprios especialistas.O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEVIII garantia de acesso rede de servios de sade e de assistncia social locais. Este pargrafo e incisos tm por objeto viabilizar com rapidez o atendimento aos idosos no que se refere a seus direitos e garantias fundamentais constitucionalmente previstos. Importante lembrar que apesar, do aumento da idade mdia da populao brasileira, em especial no sudeste, So Paulo, a maior cidade do pas, com a mais requintada rede de atendimento mdico hospitalar, no se tem ainda servio de sade e assistncia ao idoso, e nem nmero de mdicos geriatras suficiente na rede pblica. A idade mdia da populao brasileira est aumentando, em especial na regio Sudeste do pas. Mesmo assim, os servios de sade que prestam assistncia ao idoso no esto acompanhando este crescimento. O nmero de mdicos geriatras no cresce na mesma proporo do nmero de idosos. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em 2003, contabilizou 1.570 mdicos filiados no Estado de So Paulo, dos quais 390 possuam ttulo de especialista. Entre os chamados gerontlogos havia 891 registros. O atendimento ao idoso deveria abranger tambm a facilitao ao acesso fsico nos servios de sade, por meio de colocao de rampas, disponibilizao de transporte, orientao e divulgao dos locais especializados em envelhecimento. Pelas razes expostas, o avano esperado do Estatuto do Idoso ser de difcil implantao, mas, certamente, trar uma grande contribuio porque coloca o atendimento ao idoso em evidncia.Art. 4 Nenhum idoso ser objeto de qualquer tipo de negligncia, discriminao, violncia, crueldade ou opresso, e todo atentado aos seus direitos, por ao ou omisso, ser punido na forma da lei.A juventude um disparate, a idade adulta uma batalha, a velhice uma saudade (Disraelli).- PGINA 16 -- PGINA 17 - 10. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEDIREITOS DO IDOSOArt. 5 A inobservncia das normas de preveno importar em responsabilidade pessoa fsica ou jurdica nos termos da lei. Cabe frisar que este artigo refora o anterior impondo s pessoas comuns e grupos de pessoas envolvidas no atendimento aos idosos as responsabilidades civil e criminal.A famlia, a sociedade e o Estado tm o dever de amparar o idoso, garantindolhes o direito vida; Os filhos maiores tm o dever de ajudar a amparar os pais na velhice, carncia ou enfermidade; O poder pblico deve garantir ao idoso condies de vida apropriada; A famlia, a sociedade e o poder pblico devem garantir ao idoso acesso aos bens culturais, participao e integrao na comunidade; O idoso tem direito de viver preferencialmente junto famlia; O idoso deve ter liberdade e autonomia. 1 dever de todos prevenir a ameaa ou violao aos direitos do idoso. 2 As obrigaes previstas nesta Lei no excluem da preveno outras decorrentes dos princpios por ela adotados. Este artigo e pargrafos foram, recentemente, ratificados/confirmados no municpio de So Paulo com a publicao, em 05 de fevereiro de 2004, do Decreto 44.330 que regulamenta a Lei 13.642/03 dispondo sobre o dever dos cidados, agentes pblicos e mdicos, de notificar os casos de violncia contra idosos ao Grande Conselho Municipal do Idoso. O Decreto 44.330 torna obrigatria a notificao de maus-tratos e violncia contra idosos ao Grande Conselho Municipal do Idoso. Na prtica, isso significa que todos os casos atendidos ou presenciados por servidores municipais devero ser remetidos ao Conselho, por meio de notificao sigilosa. Na notificao devero constar: gravidade da leso, idade do idoso, idade do agressor, a relao existente entre ambos, o horrio e o local da ocorrncia, bem como a situao social da vtima, o seu grau de alfabetizao e se portador de doena crnica ou degenerativa. O decreto considera situaes de violncia os seguintes casos: agresso fsica, agresso psicolgica, agresso sexual, abuso financeiro e negligncia ou abandono. Tambm ficou determinado que os mdicos e demais agentes de sade que constatarem, em suas atividades, indcios de violncia ou maus-tratos contra idosos devem notificar o fato ao Grande Conselho Municipal do Idoso. As informaes prestadas sero inseridas em um sistema em carter impessoal, a fim de que no seja possvel identificar as vtimas. - PGINA 18 -Art. 6 Todo cidado tem o dever de comunicar autoridade competente qualquer forma de violao a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.DenuncieArt. 7 Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei n 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelaro pelo cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei. A Lei Federal n 8.842/1994, que dispe sobre a Poltica Nacional do Idoso, criou o Conselho Nacional do Idoso, definindo os procedimentos a serem adotados para a organizao, gesto e competncia dos Conselhos Nacional e Estaduais, do Distrito Federal e Municipais do idoso, que sero rgos permanentes, paritrios e deliberativos, compostos por igual nmero de representantes dos rgos e entidades pblicas e de organizaes representativas da sociedade civil ligadas rea. importante ressaltar que esto obrigados, por lei federal, os Ministrios das reas de Sade, Educao, Trabalho, Previdncia Social, Cultura, Esporte e Lazer a elaborar PROPOSTA ORAMENTRIA, NO MBITO DE SUAS COMPETNCIAS, VISANDO AO FINANCIAMENTO DE PROGRAMAS NACIONAIS COMPATVEIS COM A POLTICA NACIONAL DO IDOSO. Devem, portanto, ser cobrados a cumprir a norma legal.Voc idoso quando indaga se vale a pena... Voc velho quando sem pensar responde que no (Jorge R. Nascimento).- PGINA 19 - 11. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGETTULO II Dos Direitos Fundamentais CAPTULO I Do Direito Vida Art. 8 O envelhecimento um direito personalssimo e a sua proteo um direito social, nos termos desta Lei e da legislao vigente. O incio do milnio presencia uma reviravolta social e a participao deste segmento etrio ser decisiva; proporcionalmente mais numeroso e economicamente importante. Os indivduos na Terceira Idade tm uma tendncia scio-cultural a trabalhar por mais tempo, reconquistando seu espao nas esferas econmica e poltica. Art. 9 obrigao do Estado, garantir pessoa idosa a proteo vida e sade, mediante efetivao de polticas sociais pblicas que permitam um envelhecimento saudvel e em condies de dignidade. dever legal do Estado promover a aplicabilidade e viabilidade das previses normativas/ leis escritas que garantam qualidade de vida Terceira Idade. muito importante que o idoso participe, efetivamente, da cobrana de seus direitos. Para isso, preciso que ele conhea os seus direitos. Mesmo com toda a divulgao e insistncia em anunciar o Estatuto do Idoso, aqueles que trabalham com a Terceira Idade percebem o desconhecimento que eles tm dos seus direitos implcitos na lei. De um lado, talvez pela dificuldade de entender uma lei com 118 artigos, de linguagem difcil para uma populao sabidamente com dificuldade de ateno, entendimento e compreenso. Por outro, uma certa desconfiana com o cumprimento da lei. Afinal, eles tm idade suficiente para ter muitos exemplos de leis que, ao longo de suas vidas, no vingaram.CAPTULO II Do Direito Liberdade, ao Respeito e Dignidade Art. 10. obrigao do Estado e da sociedade, assegurar pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, polticos, individuais e sociais, garantidos na Constituio e nas leis. A famlia, a sociedade e o Estado tm o dever de assegurar ao idoso os direitos de cidadania, bem como sua participao na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar. A ao hoje requerida da participao do idoso na comunidade. Devemos integr-los nossa comunidade no s por eles, mas principalmente por justia social.- PGINA 20 - 1 O direito liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos: I faculdade de ir, vir e estar nos logradouros pblicos e espaos comunitrios, ressalvadas as restries legais; Os aposentados e idosos, com mais de 65 anos, tm direito meia-entrada para ingresso nos cinemas, teatros, espetculos, eventos esportivos e a passeios tursticos gratuito realizados no mbito de alguns municpios, como So Paulo. II opinio e expresso; III crena e culto religioso; IV prtica de esportes e de diverses; As unidades esportivas municipais devero estar voltadas ao atendimento esportivo, cultural, de recreao e lazer da populao, destinando atendimento especfico aos idosos. O municpio deve destinar recursos oramentrios para incentivar a adequao dos locais j existentes e a previso de medidas necessrias quando da construo de novos espaos, tendo em vista a prtica de esportes, de recreao e de lazer por parte dos idosos de maneira integrada aos demais cidados. O exerccio fsico na velhice do homem moderno uma atividade poderosa pela sua repercusso direta e a curto prazo na qualidade de vida e na sensao de bem-estar. V participao na vida familiar e comunitria; No Brasil, grande parte dos idosos vive isolada e afastada de suas famlias. A vida agitada e o nmero crescente de compromissos acabam por deixar os mais jovens ocupados o suficiente para abandonar seus idosos. J escrevi inmeros artigos e participei de debates onde o tema era Depresso Natalina. At mesmo em uma data como o Natal, os idosos so esquecidos. As famlias buscam viagens em perodos de frias, desfrutam de hotis, resorts, hotis-fazenda, casa de praia e esquecem dos seus idosos. comum, nessa poca, aumento de consumo de remdios para dormir, antidepressivos, ansiolticos e outros. - PGINA 21 - 12. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ambiente normal para o idoso sua famlia e sua comunidade. Quando lhe falta a famlia, o chamado centro dia ou a repblica do idoso, uma forma amena de solucionar a ausncia dos familiares. O idoso tem o direito sagrado de envelhecer com dignidade. 3 dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatrio ou constrangedor.VI participao na vida poltica, na forma da lei; No plano poltico, o idoso tem participado de forma tmida no Brasil. Como j me expressei anteriormente, o voto obrigatrio tira foras dos idosos. Quando um dia no Brasil o voto for facultativo, para todo e qualquer cidado, os idosos sero tratados cuidadosamente e, com certeza, mudaro o processo poltico, at porque essa populao crescente. Importante lembrar o assdio que os adolescentes de 16 a 18 anos vm recebendo desde a Constituio de 88, quando passaram a ter direito ao voto. Vejam bem: esse voto facultativo e passa por um processo de conquista dos polticos. II faculdade de buscar refgio, auxlio e orientao. 2 O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade fsica, psquica e moral, abrangendo a preservao da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, idias e crenas, dos espaos e dos objetos pessoais.FONTE: A QUARTA IDADE por Roberto de Oliveira - Revista da Folha de 28 de maro de 2004. O IDOSO TEM DIREITO AO RESPEITO O idoso no pode sofrer discriminao de qualquer natureza; A famlia, a sociedade e o Estado tm o dever de assegurar ao idoso os direitos de cidadania, de participao na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar; Os idosos devem ser respeitados pelos motoristas de nibus, que devem atender suas solicitaes de embarque e desembarque, aguardando sua entrada e sada com o nibus parado; Todos os estabelecimentos comerciais e de prestao de servios devero dar preferncia ao atendimento ao idoso, devendo ter placas afixadas em local visvel com os seguintes dizeres: Mulheres gestantes, mes com criana de colo, idosos e pessoas portadoras de deficincia tm atendimento preferencial; As farmcias devem ter assento com brao especial para os idosos, mulheres grvidas e deficientes; Os rgos municipais da administrao direta e indireta e os nibus devero afixar, em local visvel, uma placa com os dizeres: Respeitar o idoso respeitar a s mesmo.- PGINA 22 -Voc idoso quando sonha(Jorge R. Nascimento).CAPTULO III Dos Alimentos Art. 11. Os alimentos sero prestados ao idoso na forma da lei civil. O artigo 11 do Estatuto do Idoso ratifica o direito dos idosos prestao de alimentos, sendo que estes so devidos quando o pretendente no tiver condies de se manter, seja por no possuir bens suficientes, seja por no ter condies de prover seu prprio sustento, recaindo a obrigao nos seus descentes. Entretanto, se o responsvel pela prestao alimentcia no tiver condies de prov-la sem prejuzo de seu prprio sustento, a obrigao recair sob o Estado. O artigo 229 da CF estabelece que os filhos maiores tm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carncia ou enfermidade. J o artigo 1696 do CC/02 diz que o direito prestao de alimentos recproco entre pais e filhos. importante ressaltar que a Lei n 5.478/1968 dispe sobre a AO DE ALIMENTOS e regulamenta seu procedimento. Destaca-se que na AO DE ALIMENTOS pode o idoso ser dispensado do pagamento de custas do processo, se no tiver condies para tanto e assim afirmar ao juiz. Da mesma forma, merece lembrana o direito fixao do valor de ALIMENTOS PROVISRIOS, a serem pagos pelo devedor desde a primeira manifestao do juiz no pedido inicial. Art. 12. A obrigao alimentar solidria, podendo o idoso optar entre os prestadores. O direito prestao de alimentos poder ser cobrado judicialmente dos filhos e, extensivamente, a todos os descendentes, recaindo a obrigao nos mais prximos em grau, uns em falta de outros. Na falta dos descentes cabe a obrigao aos irmos tanto germanos (mesmos pais) como unilaterais (pai ou me diferentes). Art. 13. As transaes relativas a alimentos podero ser celebradas perante o Promotor de Justia, que as referendar, e passaro a ter efeito de ttulo executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil. - PGINA 23 - 13. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEEste artigo simplifica ainda mais o procedimento da Ao de Alimentos (que j possui rito privilegiado) quando o alimentado for maior de 60 anos de idade.preveno, promoo, proteo e recuperao da sade, incluindo a ateno especial s doenas que afetam preferencialmente os idosos.Art. 14. Se o idoso ou seus familiares no possurem condies econmicas de prover o seu sustento, impe-se ao Poder Pblico esse provimento, no mbito da assistncia social. Vide comentrio artigo 11 do Estatuto.DOENAS QUE AVANAM COM A IDADECAPTULO IV Do Direito Sade O IDOSO TEM DIREITO SADE O poder pblico deve garantir ao idoso acesso sade, criando servios alternativos de preveno e recuperao da sade; O idoso tem direito receber assistncia integral sade pela rede pblica; Direito ao atendimento preferencial nos postos de sade e hospitais municipais, juntamente com as gestantes, deficientes, devendo os mesmos ser adaptados para o seu atendimento; O idoso tem direito de ser vacinado anualmente contra gripe e pneumonia; O idoso deve ser informado sobre a preveno e controle da osteoporose, diabetes, hipertenso, colesterol, etc; Na cidade de So Paulo a vacinao do idoso lei desde 1997 (Lei n. 12.326/ 97 - CRIA O DIA MUNICIPAL DE VACINAO EM IDOSOS E O PROGRAMA DE VACINAO DE IDOSOS INTERNADOS OU RECOLHIDOS EM INSTITUIES GERITRICAS - PL 669/96, regulamentada pelo Decreto 36851/9).Especialistas afirmam que no possvel apontar diferenas fisiolgicas entre pessoas com 60 e 65 anos de idade. Mas as chances de ter algumas doenas aumentam com o passar dos anos. Saiba quais problemas de sade aparecem com mais freqncia em quem tem maior idade, e comece a se prevenir!Hipertenso Diabetes Derrame Infarto lcera Perda de Audio Perda de Memria Problemas de viso Perda de massa muscular Artrose Tumores Movimentos mais lentos 1 - A preveno e a manuteno da sade do idoso sero efetivadas por meio de: PREVENO GERITRICA ( Dr. Elias Pinheiro coordenador mdico do Programa de Valorizao do Envelhecer Prove, da Universidade Federal do RJ ) Primria:impedir o surgimento de doenas.Secundria: fazer um diagnstico precoce e adotar uma teraputica eficiente. Terciria:retardar a progresso da doena e reabilitar o paciente para que a doena no fique crnica.Art. 15. assegurada a ateno integral sade do idoso, por intermdio do Sistema nico de Sade SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitrio, em conjunto articulado e contnuo das aes e servios, para aI cadastramento da populao idosa em base territorial; II atendimento geritrico e gerontolgico em ambulatrios; III unidades geritricas de referncia, com pessoal especializado nas reas de geriatria e gerontologia social;- PGINA 24 -- PGINA 25 - 14. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEIV atendimento domiciliar, incluindo a internao, para a populao que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituies pblicas, filantrpicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Pblico, nos meios urbano e rural; FONTE: JORNAL DO CREMESP Fevereiro de 2004. CRESCIMENTO DA POPULAO IDOSA DESAFIO PARA O PAS Diversas pesquisas, realizadas recentemente, registram um forte aumento no nmero de pessoas com idade superior a 60 anos no Brasil. As estimativas apontam que a proporo de idosos no pas representar 10% da populao total at o ano de 2010. Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), citada no boletim Radis, da Fiocruz, o Brasil passar a ocupar, daqui em 20 anos, o sexto lugar no ranking de idosos atualmente, o pas est em 12. A cada ano, 650 mil novos brasileiros passam a figurar na camada acima dos 60 anos. Atualmente, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), a populao brasileira acima dos 60 anos j est prxima dos 16 milhes. Deste total, a pesquisa do Ncleo de Estudos em Sade Pblica e Envelhecimento (Nespe) do Ministrio da Sade mostra que 73% dependem exclusivamente do sistema pblico de sade. Uma coisa alongar o tempo de vida e outra ampliar a qualidade dela por anos a mais, afirma o diretor da Universidade da Terceira Idade (Unati), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Renato Veras, citado pela revista Radis.O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEprincipalmente de nacionalidade portuguesa (38,7%), japonesa (16,8%), italiana (16,5%) e espanhola (11%). Em relao sade, constatou-se que 46% consideram ter uma sade muito boa ou boa, e 54% consideram ter sade regular ou ruim. A porcentagem de mulheres que responderam ter sade muito boa ou boa foi de 44,3%, enquanto entre os homens esse nmero foi de 48,5%. Entre os idosos do sexo feminino, 55,4% declararam ter sade regular ou m. Entre os do sexo masculino foram 51,5%. Das doenas relatadas, 53,3% so presso alta; 31,7% artrite, artrose ou reumatismo; 19,5% problemas cardacos; 17,9% diabetes; 14,2% osteoporose; 12,2% doena crnica de pulmo; 7,2% embolia ou derrame; 3,3% tumor maligno.AMRICA LATINA Alm do Brasil, o Sabe - promovido por vrias entidades internacionais estudou as condies de vida dos idosos, sade e acesso a servios pblicos, em outras cidades de seis pases: Argentina, Barbados, Chile, Cuba, Mxico e Uruguai. A pesquisa diagnosticou que na Amrica Latina o estado de sade dos idosos pior do que o de outras regies, mesmo considerando as diferenas socioeconmicas e desigualdades. O Sabe, na Amrica Latina, foi promovido pela Organizao PanAmericana da Sade (Opas), Comisso Econmica para Amrica Latina e Caribe (Cepal), Fundo de Populao das Naes Unidas (Fnuap), Programa de Envelhecimento das Naes Unidas, Organizao Internacional do Trabalho (OIT) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).MUNICPIO DE SO PAULO Utilizando os mtodos adotados pela pesquisa Sade, Bem-estar e Envelhecimento Sabe-, a professora da Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo (USP), Maria Lcia Lebro, e a professora do Departamento de Enfermagem Mdico-Cirrgica da USP, Yeda Aparecida de Oliveira Duarte, organizaram um levantamento em relao ao idoso na cidade de So Paulo. De acordo com a pesquisa, a populao idosa no municpio, em sua maioria, pertence ao sexo feminino (58,6%), enquanto que 41,4% so do sexo masculino. A coleta de dados foi feita entre janeiro de 2000 e maro de 2001. Dos 2.143 entrevistados, 91,3% nasceram no Brasil. Os demais, 8,7%, so - PGINA 26 -ESTATUTO DO IDOSO REFORA DIREITO SADE Dados da Organizao Mundial de Sade (OMS) revelam que at 2025 o Brasil ser o sexto pas do mundo com o maior nmero de idosos. Assim, o governo brasileiro aprovou o Estatuto do Idoso, visando criar polticas sociais para preparar a sociedade brasileira para essa realidade e melhorar as condies de vida dos idosos. Em vigor desde o incio do ano, o Estatuto garante direitos faixa da populao com idade igual ou superior a 60 anos. O artigo 3 do Estatuto garante ao idoso o direito vida, sade, alimentao, educao, - PGINA 27 - 15. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEcultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivncia familiar e comunitria. No artigo 15, o Estatuto garante ateno integral sade do idoso por intermdio do Sistema nico de Sade (SUS), com acesso universal e igualitrio, com o objetivo de prevenir, promover, proteger e recuperar a sade de pessoas acima dos 60 anos, incluindo a ateno especial s doenas que afetam preferencialmente os idosos.Na opinio dele, seria interessante que as universidades nas quais existe o curso de especializao em Geriatria trabalhassem na capacitao de mdicos dos servios pblicos de sade. Omar diz que existem apenas dois cursos de especialista em Geriatria em So Paulo: na Escola Paulista de Medicina (EPM) e no Hospital das Clnicas (HC). Das 121 faculdades de Medicina brasileiras, apenas quatro tm disciplinas ligadas Geriatria. A Gerontologia, cincia que estuda os cuidados com o idoso, e a Geriatria, especialidade mdica que lida com o processo de envelhecimento, so reas ainda novas. Aos poucos estamos ganhando espao, garante Omar. Em 2003 existiam 1.570 mdicos no Estado de So Paulo filiados a SBGG, dos quais 390 possuam ttulo de especialista. Entre os chamados gerontlogos, grupo que engloba profissionais de sade como fonoaudilogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, especializados no tratamento da populao idosa, havia 891 registros. Para Omar, o atendimento ao idoso deveria abranger, tambm, a facilitao do acesso fsico aos servios de sade, por meio da colocao de rampas, disponibilizao de transporte, orientao e divulgao dos locais especializados em envelhecimento. O Estatuto do Idoso apontado pelo vice-presidente da SBGG como um importante avano. Levanta muitos pontos fundamentais e importantes, mas sabemos que a implantao ser difcil; estamos esperando para tirar dvidas e corrigir possveis falhas e dificuldades, mas s a discusso suscitada j um ponto importante, porque coloca o atendimento ao idoso em evidncia, conclui.CADASTRAMENTO Prev tambm o cadastramento da populao idosa; atendimento geritrico e gerontolgico ambulatorial; atendimento mdico domiciliar para os que necessitarem; reabilitao orientada para reduo de seqelas; fornecimento de medicamentos gratuitos, principalmente os de uso continuado; atendimento especializado a idosos com limitao incapacitante; e veda qualquer tipo de discriminao ao idoso na cobrana de planos de sade. Em caso de internao ou de o paciente ficar em observao, o Estatuto assegura ao idoso o direito de ter acompanhante. O profissional de sade fica encarregado de autorizar a presena do acompanhante ou, em caso de impossibilidade, justific-la. O idoso que estiver em pleno domnio de suas faculdades mentais pode optar pelo tratamento de sade que considerar mais favorvel. Se no estiver apto a faz-lo, ficaro incumbidos dessa responsabilidade, nessa ordem: o curador, os familiares e o mdico. O Estatuto estabelece que as instituies de sade devem promover o treinamento e capacitao de profissionais e a orientao de familiares, cuidadores e programas de auto-ajuda. Em caso de suspeita de maus-tratos contra idosos devem ser avisados os seguintes rgos: autoridade policial, Ministrio Pblico, Conselho Municipal do Idoso, Conselho Estadual do Idoso e Conselho Nacional do Idoso.PROBLEMA NO OCORRE S NO BRASIL.O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seo So Paulo (SBGG), Omar Jaluul, afirma que a melhoria do atendimento sade do idoso est diretamente ligada formao do profissional. necessrio aumentar o nmero de centros de formao, de vagas em Residncia Mdica e especializao na rea, destaca.A onda de calor que atingiu a Europa em 2003 levantou a questo do tratamento dado sade dos idosos na Frana. Os termmetros chegaram a marcar mais de 40C, clima para o qual a populao no estava preparada. O governo francs divulgou oficialmente 11.435 mortes causadas pela elevao de temperatura, sendo que 81% dos mortos tinham mais de 75 anos. A sociedade francesa atribuiu o grande nmero de idosos mortos ao fato de, entre os meses de julho e agosto, muitas pessoas estarem viajando em frias e deixarem seus pais ou avs sozinhos. Alm disso, na Frana, os idosos geralmente residem em subrbios ou cidades do interior, e tornam-se mais vulnerveis em casos de emergncia. O sistema pblico de sade francs, avaliado como o mais eficiente pela Organizao Mundial de Sade (OMS), tambm foi afetado. At 2002, o pas- PGINA 28 -- PGINA 29 -SOCIEDADE DE GERIATRIA DESTACA FALTA DE ESPECIALISTAS 16. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEdispunha de um mecanismo denominado APA, por meio do qual os idosos eram atendidos em seus domiclios. Mas a verba do APA foi cortada pela metade. O envelhecimento da populao tambm uma constante na Frana. Os homens chegam em mdia a 75,6 anos, e as mulheres a 82,9.FONTE: JORNAL DO CREMESP - FEVEREIRO DE 2004. NOVAS REGRAS DE FAIXAS ETRIAS ANULAM BENEFCIOS DO ESTADOV reabilitao orientada pela geriatria e gerontologia, para reduo das seqelas decorrentes do agravo da sade. O artigo 15 do Estatuto garante atendimento preferencial, preveno e manuteno da sade dos idosos no Sistema nico de Sade (SUS), nos termos da Lei 8.080/90 (SUS Sistema nico de Sade), atravs de medidas efetivadas por meio de: cadastramento da populao idosa em base territorial; atendimento geritrico e gerontolgico em ambulatrios; unidades geritricas de referncia, com pessoal especializado nas reas de geriatria e gerontologia social; atendimento domiciliar, incluindo a internao, para a populao que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituies pblicas, filantrpicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Pblico, nos meios urbano e rural; reabilitao orientada pela geriatria e gerontologia, para reduo das seqelas decorrentes do agravo da sade. 2 Incumbe ao Poder Pblico fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como prteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao ou reabilitao. AS CONQUISTAS DOS IDOSOS REMDIOS GRATUITOS, assim como PRTESES e outros RECURSOS relativos ao tratamento, habitao ou reabilitao. ATENDIMENTO PREFERENCIAL NO SUS Sistema nico de Sade.Os planos de sade ficam proibidos de discriminar idosos e fazer reajustes considerando cobrana diferenciada por faixa de idade. A Lei 9.656/98 (Planos de Sade), no seu art. 15, pargrafo nico, faculta a variao das contraprestaes pecunirias estabelecidas nos contratos de planos e seguros de que trata esta Lei em razo da idade do consumidor, desde que sejam previstas no contrato inicial as faixas etrias e os percentuais de reajuste incidentes em cada uma delas, conforme critrios e parmetros gerais fixados pelo CNSP-CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. Sendo importante ressaltar que vedada a variao a que alude/menciona o caput para consumidores com mais de sessenta anos de idade, se j participarem do mesmo plano ou seguro, ou sucessor, h mais de dez anos. A Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS) alterou as regras de faixas etrias para adequar os contratos dos planos de sade ao Estatuto do Idoso, que probe o reajuste para usurios com mais de 60 anos. Desde janeiro de 2004 passaram a existir dez faixas etrias. A regra atual tambm permite uma diferena de preo de 500% entre o usurio da primeira faixa (de 0 a 18 anos) e da ltima (59 anos ou mais). Nos planos com contratos assinados de janeiro de 99 a dezembro de 2003 continham sete faixas etrias e os mesmos 500% de aumento entre elas. J para os planos anteriores Lei 9656/98 vale o que est escrito nos contratos, que no tm qualquer padronizao em relao s faixas e aos reajustes. As regras atuais de 10 faixas s valem para contratos novos assinados a partir de janeiro de 2004. Os demais, que so a maioria, ficam como esto, e podem continuar reajustando mensalidades aps os 60 anos de idade. Com as novas regras foram antecipados os reajustes. Antes concentradas nas faixas 50-59 anos e 60-69 anos, os reajustes passam a acontecer com mais intensidade j a partir dos 39 anos. Houve uma distribuio maior dos reajustes, pois, agora acontecem de 5/5 anos e no de 10/10 anos. A concluso de que as novas regras beneficiam as empresas, mantm as distores anteriores e pioram ainda mais a situao, pois encarecem os valores dos planos e antecipam a expulso dos idosos. A regulamentao deve ser revista com a diminuio de dez faixas etrias e diminuio do reajuste de 500% entre a primeira e a ltima faixa. Os rgos de defesa do consumidor defendem a existncia de 05 faixas etrias e 100% de reajuste entre elas. 3 vedada a discriminao do idoso nos planos de sade pela cobrana de valores diferenciados em razo da idade. 4 Os idosos portadores de deficincia ou com limitao incapacitante tero atendimento especializado, nos termos da lei.- PGINA 30 -- PGINA 31 - 17. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEDIREITO NOS PLANOS DE SADE: 1. Ningum pode ser impedido de participar de plano ou seguro de sade por causa da idade ou doena. 2. A mensalidade do plano de sade da pessoa com mais de 70 anos no pode custar seis vezes mais do que a menor mensalidade cobrada pelo mesmo plano. 3. A partir dos 60 anos, quem estiver associado ao mesmo plano ou seguro sade por mais de dez anos no ter aumento de mensalidade por mudana de faixa etria. 4. A partir dos 60 anos, qualquer aumento de mensalidade dever ser autorizado pelo governo. 5. Ao se aposentar, o trabalhador que tiver contribudo para um plano contratado pela empresa por, no mnimo, dez anos poder continuar no plano desde que passe a pagar tambm a parte que antes era da empresa. Com menos de dez anos, o candidato aposentadoria poder continuar no plano durante um perodo igual ao tempo que contribuiu, tambm pagando as mensalidades.Art. 16. Ao idoso internado ou em observao assegurado o direito a acompanhante, devendo o rgo de sade proporcionar as condies adequadas para a sua permanncia em tempo integral, segundo o critrio mdico. CONTRIBUIO DO SINDHOSP SINDICATO DOS HOSPITAIS, CLNICAS, CASAS DE SADE, LABORATRIOS DE PESQUISA S E ANLISES CLNICAS E DEMAIS ESTABELECIMENTOS DE SERVIOS DE SADE DO ESTADO DE SO PAULO - Dra. Eriete Dias Ramos Teixeira Advogada do SINDHOSP A lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003 regulamentou os direitos do Idoso, dispondo em seus artigos 16 e seguintes prerrogativas em caso de necessidade de ateno sade em unidades de atendimento, em especial - PGINA 32 -O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEno que diz respeito ao direito a acompanhante em caso de internao ou em caso de observao. O Idoso portador de plano de sade, com direito a internao em quarto individual, j tem assegurado o direito a acompanhante durante todo o perodo de internao, vez que, nesses casos, existe plenas condies de manuteno do acompanhante, sem que haja risco ao paciente internado. Nos casos mais comuns, de internao em enfermaria, especialmente atravs do Sistema nico de Sade, o problema pode ser mais complexo, uma vez que a permanncia de muitos acompanhantes num pequeno espao pode gerar risco de danos aos internados. sabido que o ambiente hospitalar, pela sua prpria natureza, passvel de riscos de contaminao, razo pela qual so necessrios cuidados especiais, para minimizar ou mesmo debelar tal risco. Numa enfermaria com trs ou quatro camas, se todos os pacientes forem permanecer acompanhados, certamente haver problemas srios para os internados, para os profissionais que necessitam locomover-se nesse ambiente a fim de atender os pacientes e para o prprio ambiente hospitalar. A permanncia de mais de um acompanhante por paciente, em ambiente de enfermaria, pode gerar srios problemas em relao salubridade desse ambiente, tranquilidade dos pacientes internados, em razo de rudos provocados pelos acompanhantes, isso sem contar que dever a unidade de sade ter banheiros prprios para utilizao dos acompanhantes, pois, se esses so vrios, no podero todos utilizar os mesmos banheiros usados pelos pacientes. sabido que os hospitais pblicos e muitos hospitais privados no tm acomodaes necessrias e adequadas para atender essas necessidades e, como os prdios, por vezes, so antigos, fica difcil a adaptao a essas novas exigncias. Mas outra questo deve igualmente ser avaliada. Acompanhantes, alm das acomodaes, utilizam materiais (gua, sabonetes, papel higinico etc) e necessitam fazer refeies, o que gera custo para o estabelecimento de sade. Quem pagar, nesse caso? O Sistema nico de Sade no prev pagamento de despesas feitas por acompanhante. Os planos de sade com direito a internao em enfermaria, igualmente no prevem esse tipo de despesa. Ora, em especial nos hospitais pblicos, a grande maioria dos pacientes so pessoas de pouca posse, sendo certo que os acompanhantes no dispe, na maior parte das vezes, de condies financeiras para arcar com os custos de mais de uma refeio por dia. - PGINA 33 - 18. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO direito do idoso ao acompanhante pode ser bastante salutar, mas os custos desse acompanhante precisam estar previstos nas tabelas de remunerao dos servios, pois, do contrrio, estar se repassando ao prestador de servios o nus de um direito assegurado em lei e que deve ser assumido pelos responsveis pelo Idoso, qual seja, o Estado, os convnios ou os prprios familiares do paciente. Desta forma, somos favorveis ao disposto no artigo 16 do Estatuto do Idoso, desde que haja a necessria contrapartida financeira que possibilite ao estabelecimento de sade oferecer condies adequadas para a permanncia do acompanhante durante todo o perodo de internao.Pargrafo nico. Caber ao profissional de sade responsvel pelo tratamento conceder autorizao para o acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade, justific-la por escrito. O Estatuto do Idoso ratificou/reforou a Portaria MS 280/1999, do Ministrio da Sade, garantindo a presena de acompanhante em tempo integral durante internaes, tendo em vista que o idoso, quando na presena de familiar, apresenta uma melhor recuperao. Apesar de existir uma Portaria desde 1999 garantindo o direito ao acompanhante, ela no vem sendo cumprida. Aqui haver uma enorme dificuldade na regulamentao que , seguramente, vai esbarrar na estrutura hospitalar, hoje no receptiva presena do acompanhante durante internaes, como tambm, haver discusses envolvendo infeco hospitalar, segurana,alimentao do acompanhante, entre outras barreiras. Art. 17. Ao idoso que esteja no domnio de suas faculdades mentais assegurado o direito de optar pelo tratamento de sade que lhe for reputado mais favorvel. O envelhecimento um processo biolgico natural cujo conhecimento cientfico pode contribuir para atenuar as limitaes prprias da idade. Como em outras situaes, os profissionais da sade e a populao em geral devem estar alertas para a propaganda indiscriminada de produtos milagrosos, no comprovados cientificamente. Cuidados com a dieta so fundamentais para a sade do idoso. A cincia aponta tambm para as vantagens do exerccio fsico na terceira idade. Atualmente se faz extremamente presente o desafio da Cincia na busca do aumento da expectativa de vida com melhor qualidade para a terceira idade. O Homem no velho. Para mim a velhice sempre 15 anos mais do que tenho (Baruch). - PGINA 34 -O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEPargrafo nico. No estando o idoso em condies de proceder opo, esta ser feita: I pelo curador, quando o idoso for interditado; II pelos familiares, quando o idoso no tiver curador ou este no puder ser contactado em tempo hbil; III pelo mdico, quando ocorrer iminente risco de vida e no houver tempo hbil para consulta a curador ou familiar; IV pelo prprio mdico, quando no houver curador ou familiar conhecido, caso em que dever comunicar o fato ao Ministrio Pblico. Art. 18. As instituies de sade devem atender aos critrios mnimos para o atendimento s necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitao dos profissionais, assim como orientao a cuidadores familiares e grupos de auto-ajuda. Este artigo poder cair no esquecimento, at porque mais uma cobrana que se faz para a rede prestadora de servios mdico- hospitalar sem a contrapartida correspondente. H, tambm, dificuldade na fiscalizao das mesmas. Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmao de maus-tratos contra idoso sero obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de sade a quaisquer dos seguintes rgos: Fonte: Jornal da Tarde 04/08/2003 ASILOS CLANDESTINOS (EM SO PAULO, ELES SE CONCENTRAM NA PERIFERIA) Uma estimativa do Grupo de Atuao Especial de Proteo ao Idoso (Gaepi) aponta que pelo menos 200 asilos esto funcionando de forma irregular na Capital. Deste total, 20% operam em condies deplorveis - semelhantes quelas encontradas no Centro de Recuperao Misso e F, em Parelheiros, na Zona Sul, interditado pela Vigilncia Sanitria no dia 11 de julho de 2003. Governo no cuida da Terceira Idade A prefeitura e o governo do Estado no administram asilos na Capital. Com o processo de municipalizao do servio, a Prefeitura ficou responsvel pela maioria dos programas sociais de atendimento ao idoso. Para alguns especialistas, no entanto, eles no atendem a demanda cada - PGINA 35 - 19. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEvez maior. Quem depende de cuidados especiais enfrenta ainda mais dificuldades para conseguir uma vaga na rede pblica. O fato de no haver asilos do governo no seria um problema se os programas fossem capazes de dar conta das necessidades dos idosos. De acordo com a Secretaria Municipal de Assistncia Social, os programas sociais atendem a cerca de seis mil pessoas com 60 anos ou mais. Ao todo, a Prefeitura cuida de 94 centros de convivncia - uma espcie de creche para idosos, com monitores e atividades. Na regio central funciona um abrigo especial com capacidade para 60 idosos e uma moradia provisria - para 20 pessoas. Esses locais abrigam apenas idosos que no dependem de cuidados especiais. O nico programa para quem tem problemas de locomoo o atendimento domiciliar. Diariamente, um agente visita o idoso, leva refeies e v quais so suas necessidades. Hoje, o servio atende a apenas 30 idosos.O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGECAPTULO V Da Educao, Cultura, Esporte e Lazer Art. 20. O idoso tem direito a educao, cultura, esporte, lazer, diverses, espetculos, produtos e servios que respeitem sua peculiar condio de idade. Segundo especialistas em sade pblica, no se deve ajudar as pessoas s quando ficam doentes ou debilitadas. A preveno a melhor estratgia para evitar problemas de sade. Dessa forma, todos os projetos e atividades que estimulem a atividade dos idosos so importantes para enfrentar a velhice de maneira mais satisfatria.I autoridade policial; II Ministrio Pblico; III Conselho Municipal do Idoso; Na cidade de So Paulo cerca de 80% das denncias por maus tratos a idosos so feitas anonimamente. Segundo o delegado Camillo Lelis de Salles Neto, da nica Delegacia do Idoso Paulistana, So mais raros os casos de os prprios idosos reclamarem desse tipo de abuso. O Ministrio Pblico Estadual, na pessoa do promotor Edson Alves Costa revela que mais pessoas esto procurando o MP lembrando-se que at j conseguiu prender uma mulher com base no Estatuto, pois ela estava se apropriando indevidamente do dinheiro da me idosa. Isto agora crime. No pas, a primeira priso com base no Estatuto ocorreu em 1 de janeiro, em Goinia, quando foi assassinado um aposentado de 72 anos que, agredido, morreu vtima de parada cardaca. IV Conselho Estadual do Idoso; V Conselho Nacional do Idoso.- PGINA 36 -Art. 21. O Poder Pblico criar oportunidades de acesso do idoso educao, adequando currculos, metodologias e material didtico aos programas educacionais a ele destinados. Atualmente, existe um novo enfoque da velhice: idosos com disposio e habilidades e que desejam continuar ativos pelo maior tempo possvel. Para isso, s precisam dos canais certos para desenvolver seu potencial. 1 Os cursos especiais para idosos incluiro contedo relativo s tcnicas de comunicao, computao e demais avanos tecnolgicos, para sua integrao vida moderna. Muitos idosos podem achar que os avanos tecnolgicos esto fora de seu alcance, tendo em vista que as limitaes decorrentes da idade podem dificultar o aprendizado sobre novas coisas. Entretanto, as inovaes tecnolgicas esto conseguindo atrair cada vez mais a ateno dos idosos e so ferramentas de grande utilidade para a adaptao dos idosos vida moderna. - PGINA 37 - 20. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGE 2 Os idosos participaro das comemoraes de carter cvico ou cultural, para transmisso de conhecimentos e vivncias s demais geraes, no sentido da preservao da memria e da identidade culturais. As atividades de carter cvico ou cultural visam criar uma dinmica permanente, de carter intelectual, para atualizar os idosos em assuntos de interesse geral. No Brasil, existem quase duas centenas de cursos para atender a demanda de idosos por informaes, convvio social, prticas esportivas, atividade intelectual, compartilhamento de experincias de vida e de superao de dificuldades enfrentadas por significativa camada da populao. Os brasileiros com mais de 65 anos j representam 5% da populao. O fenmeno do envelhecimento do pas at pouco tempo classificado de jovem ocorre de forma acelerada. O Projeto Universidade da Terceira Idade, desenvolvido pela Pontifcia Universidade Catlica de Campinas - Puc-Campinas pioneiro no Brasil. Esse trabalho, iniciado em agosto de 1990, j atendeu a centenas de idosos e deu origem a mais de 200 cursos no pas envolvendo universidades estaduais, federais e particulares.Federal de Santa Maria, que no faz exigncia de escolaridade, e algumas unidades da UNESP. J a Universidade Aberta Terceira Idade disciplinar (enfermagem, Educao Fsica etc.) e os cursos, de maneira geral, so espordicos. Art. 23. A participao dos idosos em atividades culturais e de lazer ser proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinqenta por cento) nos ingressos para eventos artsticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais.O Dramtico na velhice no envelhecer, continuar jovem(Oscar Wilde).Art. 22. Nos currculos mnimos dos diversos nveis de ensino formal sero inseridos contedos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e valorizao do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matria. As Universidades QUE MANTM CURSOS PARA A TERCEIRA IDADE recebem alunos a partir dos 45 anos, na grande maioria mulheres, muitas delas, sem oportunidade anterior de estudar, realizam agora o sonho. No se exige grau de instruo, h alunos com primrio incompleto e at ps-graduados. O que importa no a escolaridade ou grau de instruo, mas a experincia de vida, esse o denominador comum. No Brasil, so basicamente trs os modelos adotados pelas Universidades da Terceira Idade: da, para a e aberta . A Universidade da Terceira Idade, adotado pela Puc-Campinas, segue padro de Toulouse na Frana. Na Universidade para a Terceira Idade os alunos participam de disciplinas dos cursos regulares. Este modelo adotado pela USP, que exige curso superior, pela UniversidadeArt. 24. Os meios de comunicao mantero espaos ou horrios especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artstica e cultural, e ao pblico sobre o processo de envelhecimento. A possibilidade dos idosos se expressarem atravs dos meios de comunicao algo que enriquece a todos e, por esta razo, a sociedade no pode desperdiar seus conhecimentos, devendo divulg-los Todas as questes envolvendo o convvio entre as geraes e o mundo da velhice motivaram uma srie de pesquisas sobre as formas como os idosos so representados na mdia, principalmente na televiso, tanto nos EUA quanto em outros pases como Canad e Gr-Bretanha. Pesquisas realizadas nas dcadas de 70 e 80 diagnosticaram basicamente dois tipos de problemas ligados aos idosos na televiso, ou seja, nfase em caractersticas negativas e pouca representao dos mesmos, sendo que alguns autores estudaram tambm as implicaes econmicas destes mecanismos de excluso utilizados pelas agncias de propaganda. Outras pesquisas analisaram a baixa representao dos idosos nos programas e comerciais de televiso, e que ocorria devido nfase que este meio de comunicao sempre deu juventude e beleza, assim como rapidez e ao tempo condensado.- PGINA 38 -- PGINA 39 - 21. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGENo Brasil, como em outros pases, estudos sobre os idosos tambm tm sido realizados, analisando jornais e revistas, entre outras mdias, e com enfoques mais qualitativos do que quantitativos. Nas dcadas de 20 e 30, os idosos, quando apareciam em anncios, eram sempre ligados a produtos farmacuticos, o que comeou a mudar, principalmente a partir das dcadas de 50 e 60, e mesmo 70. Nestes perodos, os idosos j eram mostrados no meio de suas famlias, em anncios de higiene pessoal, cosmticos, roupas, alimentos, e mesmo de instituies financeiras, mas sempre como figurantes, no como personagens principais, no mximo exercendo os seus papis tradicionais de avs. Nas dcadas de 80 e 90, j se pde perceber uma mudana substancial, pois os idosos comearam a ser conclamados a adquirir valores mais modernos, como participao social, segurana, auto-estima, tudo isso atravs da compra dos novos e revolucionrios eletrodomsticos e eletroeletrnicos, assim como automveis e servios bancrios. Esta tendncia a encarar os idosos como consumidores potenciais foi mantida na virada do milnio, quando eles continuaram a ser conclamados a comprar automveis, aparelhos de telecomunicaes e de computao, entre outros. Portanto, no Brasil, como nos EUA, as pesquisas indicam que houve mudanas nas formas como as propagandas comerciais se referem ou se dirigem aos idosos, os quais, hoje, no so mais caracterizados de formas to negativas como no passado. Mas tambm aqui, como nos EUA, os idosos continuam a ser muito pouco representativos nas propagandas, se formos considerar a totalidade das mesmas.CAPTULO VI Da Profissionalizao e do TrabalhoArt. 25. O Poder Pblico apoiar a criao de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivar a publicao de livros e peridicos, de contedo e padro editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural reduo da capacidade visual. No Brasil, as Universidades da Terceira Idade geralmente oferecem cursos de curta durao, na maioria de 6 meses a 1 ano, voltados para os idosos. Algumas instituies permitem que idosos freqentem disciplinas como ouvintes de seus cursos regulares.- PGINA 40 -Art. 26. O idoso tem direito ao exerccio de atividade profissional, respeitadas suas condies fsicas, intelectuais e psquicas. importante perceber que na vida tudo construdo, e isso fica muito mais claro depois dos 60 anos de idade, quando, em diversas situaes, surge a sensao de eu j vi esse filme. Nesta fase da vida, como em outras, tambm h maneiras de mudar, de imprimir novo ritmo ou mesmo dar uma guinada de 180 graus. A busca por uma velhice digna e feliz uma deciso, o diferencial que cada um imprime na direo da prpria vida e faz com que ela valha a pena! Art. 27. Na admisso do idoso em qualquer trabalho ou emprego, vedada a discriminao e a fixao de limite mximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir. Pargrafo nico. O primeiro critrio de desempate em concurso pblico ser a idade, dando-se preferncia ao de idade mais elevada. Aqui o maior problema a fiscalizao. Este artigo da Lei, embora seja muito importante, pode ficar apenas em letras escritas e no cumpridas. A falta de uma cultura em lidar com o idoso um grande entrave. Conhecemos leis estaduais, e tambm municipais, no Brasil que buscam proteger os idosos em cargos e trabalho, mas, na verdade, no so cumpridas. A realidade mostra uma discriminao dos idosos, que j comea bem antes de ser idoso do ponto de vista da definio. Para os desempregados do Brasil, a discriminao comea aos 40 anos. Art. 28. O Poder Pblico criar e estimular programas de: I profissionalizao especializada para os idosos, aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades regulares e remuneradas; II preparao dos trabalhadores para a aposentadoria, com antecedncia mnima de 1 (um) ano, por meio de estmulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania; III estmulo s empresas privadas para admisso de idosos ao trabalho.- PGINA 41 - 22. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGECAPTULO VII Da Previdncia Social Art. 29. Os benefcios de aposentadoria e penso do Regime Geral da Previdncia Social observaro, na sua concesso, critrios de clculo que preservem o valor real dos salrios sobre os quais incidiram contribuio, nos termos da legislao vigente. O IDOSO TEM DIREITO S SUAS NECESSIDADES BSICAS: aposentadoria aps completar o tempo de servio de 35 anos para os homens e 30 anos para a mulher; aposentadoria proporcional por idade, 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres; apoio jurdico do Estado, se no tiver meios de prov-los; acolhimento provisrio atravs de Centros-Dia, e /ou Casas-Lares; atendimento nos plantes sociais das Secretarias Municipais e nos Programas de Atendimento Terceira Idade, recebendo orientao, encaminhamentos e documentao. MULHERHOMEMVANTAGENS ANTES DOS 65 ANOSTUDO MAIS TARDEAposentadoria Por idade: 60 anos Por tempo de Contribuio: 30 anos Expectativa de Vida: 74,9 anos Benefcio: Passagem livre nos nibus da Capital a partir de 60 anos.O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEFONTE: Jornal DIRIO DE SO PAULO Economia 22/06/2004 O IDOSO E A PREVIDNCIA INSS adota servio mvel para desafogar agncias ( ... ) Na tentativa de agilizar o atendimento aos moradores de bairros distantes, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai colocar em funcionamento trs unidades mveis. Os PrevMveis vo atuar nos bairros do Capo Redondo, Capela do Socorro, ambos na Zona Sul, e em Perus, na Zona Norte. Uma equipe com quatro servidores vai trabalhar em cada PrevMvel. O segurado poder pedir auxlio-doena, marcar percia mdica, dar entrada em aposentadoria e requerer penso por morte. O INSS informou que dever manter a linha de arrecadao fora do atendimento do PrevMvel porque a procura menor.Art. 30. A perda da condio de segurado no ser considerada para a concesso da aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mnimo, o tempo de contribuio correspondente ao exigido para efeito de carncia na data de requerimento do benefcio.Aposentadoria Por idade: 65 anos Por tempo de Contribuio: 35 anos Expectativa de Vida:67,3 anos Benefcio: Nenhum antes dos 65 anos.Pargrafo nico. Os valores dos benefcios em manuteno sero reajustados na mesma data de reajuste do salrio-mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de incio ou do seu ltimo reajustamento, com base em percentual definido em regulamento, observados os critrios estabelecidos pela Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991. - PGINA 42 -FONTE: Dirio de So Paulo Caderno Economia 07 de maro de 2004. Aposentados bancam 959 mil famlias na Grande So Paulo O nmero de idosos que vivem com filhos e outros parentes reflete uma espcie de estratgia de sobrevivncia das famlias brasileiras. A saturao do mercado de trabalho e a queda do poder aquisitivo da populao colocaram os idosos como a tbua de salvao de boa parte das famlias brasileiras. O dinheiro das aposentadorias e penses a principal fonte de renda das famlias que tm entre seus membros pessoas mais velhas. Na Grande So Paulo, em 61,4% dos lares com pessoas que tm 60 anos ou mais de idade a responsabilidade sobre a casa fica por conta dos idosos, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).- PGINA 43 - 23. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGENa prtica, isto significa que 959 mil famlias da Capital e regio metropolitana dependem diretamente dos rendimentos da chamada terceira idade. Segundo a pesquisadora da Coordenao de Indicadores Sociais do IBGE, Isabel Parahyba, o nmero elevado de idosos que vivem com os filhos e outros parentes e que, principalmente, so os chefes de famlia reflete uma espcie de estratgia de sobrevivncia das famlias brasileiras. Por um lado, os mais jovens esto cada vez mais adiando sair de casa e muitos daqueles que saram acabam voltando. Para os idosos que sobrevivem da aposentadoria, o custo de morar sozinho alto. Por tabela, muitos idosos so o principal provedor da famlia, afirma Isabel. O estudo do IBGE mostra que existem quatro tipos de famlias com idosos: os que vivem sozinhos, os que moram com o cnjuge, aqueles que residem, alm do marido ou mulher, com filhos e parentes, e os que vivem sem o cnjuge, mas com filhos e parentes. Os idosos que moram com outras pessoas so maioria (62,7%).PERFIL DAS FAMLIAS CHEFIADAS POR IDOSOSRENDIMENTO FIXO Os idosos so praticamente a nica parcela da populao que tm um rendimento fixo, proveniente das aposentadorias e penses. A renda dos mais velhos, que poderia ser suficiente para o sustento prprio ou, no mximo, dele e do cnjuge, est servindo como fonte de renda de famlias inteiras, explica Isabel. A pesquisadora do IBGE lembra que na Espanha, por exemplo, comum o idoso morar com a famlia, apesar de ter condies de viver sozinho. No Brasil, as condies financeiras precrias levam o idoso a viver com filhos ou netos. O pouco que ganha de aposentadoria est tendo que ser dividido com outros parentes, diz.A TERCEIRA IDADE NO COMANDO DO LAR Total de Idosos na Grande So Paulo 1,5 milho Idosos Chefes de Famlia na Regio 959 mil Homens Idosos Que Chefiam a Famlia 58% Idosos Que Vivem de Aposentadoria ou Penso 1,06 milho Mulheres Idosas Que Chefiam a Famlia 42% FONTE: IBGE - PGINA 44 -Idosos Que Moram Sozinhos 11,3% Idosos Que Vivem Com o Cnjuge 26,1% Casal de Idosos Que Vive com Filhos e Netos 37% Idoso Que Mora Com Filhos e Netos 25,7% Renda Mdia das Famlias Chefiadas por Idosos na Grande So Paulo R$1.297,00 ( hum mil duzentos e noventa e sete reais ). FONTE: IBGE Pargrafo nico. O clculo do valor do benefcio previsto no caput observar o disposto no caput e 2 do art. 3 da Lei n 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, no havendo salrios-de-contribuio recolhidos a partir da competncia de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei n 8.213, de 1991.FONTE: Artigo do Dirio de So Paulo do dia 28 de maro de 2004 - caderno de Economia/ pg. B1 IDOSOS SEM RENDA PODEM RECEBER R$ 260 DO INSS O pagamento de benefcios aos mais velhos no direito s daqueles que contriburam para o INSS. O Benefcio de Prestao Continuada (BPC), garantido pela Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS), pode beneficiar 1,2 milhes de idosos em todos o pas, sendo que, aproximadamente, 400 mil vivem s no estado de So Paulo. Qualquer brasileiro com 65 anos de idade ou mais ou portador de deficincia, em situao de pobreza e excluso social, com renda mnima mensal inferior a 1 salrio mnimo tem direito ao benefcio. No necessrio ter contribudo para a Previdncia, mas na avaliao do benefcio tambm se considera renda todo e qualquer recebimento como salrios, rendimentos de autnomos, prestao ou venda de bens e servios, aluguis, penses, benefcios, entre outros. At a criao do Estatuto do Idoso, a lei federal era mais rigorosa com a concesso deste benefcio, pois exigia que a renda mnima familiar teria de ser de no mximo do salrio mnimo. A grande vantagem do Estatuto que a lei deixou de exigir a comprovao de renda familiar, basta a individual. - PGINA 45 - 24. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEAlm da comprovao de renda, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que o responsvel pela concesso do benefcio faz uma anlise da condio social de quem entrou com o pedido. A avaliao feita por um assistente social. Esse tipo de benefcio tem um carter assistencial, garantido pela Constituio, e por isso os critrios so mais subjetivos. O interessado deve requerer o benefcio em uma agncia do INSS, que repassa os recursos a 42 bancos credenciados (dentre eles a Caixa Econmica Federal e o Banco do Brasil). Outros meios de pagamento s so autorizados quando no h agncia bancria no municpio, em situaes que so previamente informadas pelo INSS. Se o pedido requerido for indeferido pelo INSS ou no apreciado dentro de 60 dias, possvel recorrer ao Juizado Especial Previdencirio. SO NECESSRIOS OS SEGUINTES DOCUMENTOS para entrar com o pedido: Identidade do requerente e de seus familiares; Comprovante de renda individual; Comprovante de residncia; Atestado da percia mdica do INSS, no caso de portador de deficincia com incapacidade para o trabalho e para a vida independente.Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefcios, efetuado com atraso por responsabilidade da Previdncia Social, ser atualizado pelo mesmo ndice utilizado para os reajustamentos dos benefcios do Regime Geral de Previdncia Social, verificado no perodo compreendido entre o ms que deveria ter sido pago e o ms do efetivo pagamento. Preocupados com a demora do governo no fechamento do acordo para pagar a reviso dos benefcios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os aposentados e pensionistas decidiram bater novamente porta do Juizado Especial Previdencirio da Capital. O Estatuto do Idoso ainda no impede as interminveis filas, comuns no segundo semestre de 2003, e que voltaram a se tornar rotineiras na Capital de So Paulo. COMO FAZER PARA ENTRAR COM A AO: Quem se aposentou entre maro de 1994 e fevereiro de 1997, e no ingressou com ao de reviso de benefcio, ainda pode procurar a Justia Na Capital, o Juizado Previdencirio, que fica na rua So Joaquim, 69, Liberdade, continua recebendo os kits de aes pelos Correios. - PGINA 46 -O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEOs kits, contendo o formulrio para requerer a reviso e informaes sobre os documentos necessrios, podem ser retirados no prprio Juizado, gratuitamente. No necessrio contratar advogado para entrar com ao no Juizado Especial. Sindicatos de aposentados e de trabalhadores tambm fazem o encaminhamento das aes por meio de seus departamentos jurdicos, mas nesses casos, geralmente, preciso ser associado e pagar uma taxa de honorrios advocatcios. Uma das opes o Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Fora Sindical, sede do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas da Fora Sindical. O endereo Rua do Carmo, 171, no Centro. O prazo para requerer a reviso da aposentadoria vai at 20 de novembro de 2009. Cerca de um milho de segurados com direito correo neste perodo, em todo o Brasil, ainda no ingressaram com ao. Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1 de Maio, a data-base dos aposentados e pensionistas.CAPTULO VIII Da Assistncia Social Art. 33. A assistncia social aos idosos ser prestada, de forma articulada, conforme os princpios e diretrizes previstos na Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS), na Poltica Nacional do Idoso, no Sistema nico de Sade e demais normas pertinentes. Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que no possuam meios para prover sua subsistncia, nem de t-la provida por sua famlia, assegurado o benefcio mensal de 1 (um) salrio-mnimo, nos termos da Lei Orgnica da Assistncia Social LOAS. BENEFCIO DE PRESTAO CONTINUADA LOAS O QUE ? uma garantia paga mensalmente ao beneficirio, cuja finalidade, entre outras, assegurar um rendimento mnimo a quem, independentemente de contribuio para a seguridade social, seja portador de deficincia ou idoso. A CONSTITUIO FEDERAL de 1.988, em seu artigo 203, assegura este benefcio nos seguintes termos: Art. 203 A assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social, e tem por objetivos: ( ... ) - PGINA 47 - 25. O ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEO ESTATUTO DO IDOSO COMENTADO POR PAULO FRANGEV a garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal pessoa portadora de deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia, conforme dispuser a lei. A lei que dispe sobre este benefcio mnimo, mas muitas vezes til, a de n. 8.742, de 07/12/1993, com as modificaes da Lei n. 9720, de 30/11/1998, regulamentada pelo Decreto n. 1744, de 08/12/1995, que disciplina as condies para o deferimento do benefcio, e que no so poucas.O Benefcio poder ser requerido pelo prprio interessado ou procurador (art. 15). O benefcio no ter qualquer desconto e no gera direito ao abono anual 13 ms (art. 17). proibida a acumulao deste benefcio com qualquer outro pago em dinheiro (art. 18). Cessa o pagamento do benefcio (art. 35): 1. quando superada a