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1 Lei nº 107/90 DE 27/12/90 Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais de BOM JARDIM e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE BOM JARDIM, ESTADO DO MARANHÃO, no uso de suas atribuições constitucionais, faço saber a todos os habitantes do Município de Bom Jardim, que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a presente Lei. ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS TÍTULO I Disposições Preliminares Art. 1º - Este Estatuto regula o regime jurídico, o provimento e a vacância dos cargos públicos, os direitos, as vantagens, os deveres e as responsabilidades dos funcionários públicos municipais. Art. 2º- Fica instituído o Regime Estatutário, como único a regular as relações de emprego entre o município e seus funcionários. Art. 3º- Para os efeitos deste Estatuto, funcionário público e a pessoa legalmente investida em cargo público do quadro do serviço público municipal. Art. 4º- Cargo público e o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário, com as características essenciais de: criação por lei, denominação própria, número certo e pagamento pelos cofres municipais. Art. 5º- Fica assegurado, aos servidores da administração direta, isonomia de vencimentos para cargo de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo poder ou entre servidores do Poder Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas a natureza ou ao local do trabalho. Art. 6º- Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo ou em comissão. Parágrafo Único. As atribuições e responsabilidades dos cargos em comissões serão definidas em regulamento próprio.

Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

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Lei nº 107/90 DE 27/12/90

Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários

Públicos Municipais de BOM JARDIM e dá

outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BOM JARDIM, ESTADO DO MARANHÃO, no uso de suas

atribuições constitucionais, faço saber a todos os habitantes do Município de Bom

Jardim, que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a presente Lei.

ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

TÍTULO I

Disposições Preliminares

Art. 1º - Este Estatuto regula o regime jurídico, o provimento e a vacância dos cargos

públicos, os direitos, as vantagens, os deveres e as responsabilidades dos funcionários

públicos municipais.

Art. 2º- Fica instituído o Regime Estatutário, como único a regular as relações de

emprego entre o município e seus funcionários.

Art. 3º- Para os efeitos deste Estatuto, funcionário público e a pessoa legalmente

investida em cargo público do quadro do serviço público municipal.

Art. 4º- Cargo público e o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um

funcionário, com as características essenciais de: criação por lei, denominação própria,

número certo e pagamento pelos cofres municipais.

Art. 5º- Fica assegurado, aos servidores da administração direta, isonomia de

vencimentos para cargo de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo poder ou

entre servidores do Poder Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter

individual e as relativas a natureza ou ao local do trabalho.

Art. 6º- Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo ou em comissão.

Parágrafo Único. As atribuições e responsabilidades dos

cargos em comissões serão definidas em regulamento próprio.

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TÍTULO II

Do Provimento e da Vacância

CAPÍTULO I

Do Provimento

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Art. 7º - Os cargos públicos serão providos por:

I – nomeação;

II – transferência;

III – aproveitamento;

IV – reversão;

V – reintegração.

Art. 8º - Salvo as excessões previstas neste Estatuto ou em

leis especiais, ao Prefeito Municipal, compete prover os cargos públicos.

SEÇÃO II

Da Nomeação

Art. 9º - A nomeação é feita:

I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargos de

provimento dessa natureza e forem devidamente satisfeitas as exigências

estabelecidas em Lei:

II – em comissão, nos casos previstos na legislação

específica;

III – em substituição, no afastamento legal e temporário do

funcionário ocupante de cargo em comissão por período igual ou superior a 30 ( trinta

) dias.

§ 1º - Os cargos em comissão serão providos por livre escolha do Prefeito Municipal obedecidos os requisitos e as qualificações estabelecidas em Lei para cada caso.

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§ 2º - A nomeação em caráter efetivo será condicionada a aprovação prévia em concurso público, obedecida sempre a ordem de classificação dos candidatos habilitados.

Art. 10º - Só pode ser nomeado para cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos.

I – Ser brasileiro;

II – estar dentro dos limites de idade previsto em Lei ou regulamento para cada caso;

III – estar em gozo dos seus direitos políticos;

IV – estar quite com as obrigações militares e eleitorais;

V – ter boa conduta;

VI – possuir capacidade física e mental pra o exercício do

cargo;

VII – ter sido aprovado em concurso público, se a

investidora for em caráter efetivo;

VIII – ter atendido às condições especiais previstas em Lei

ou regulamento.

SEÇÃO III

Da Transferência

Art. 11 – Transferência é a movimentação do funcionário

de um cargo para outro, para fins de sua readaptação.

Art. 12 – A transferência será feita, a critério da

Administração para cargo mais compatível com a capacidade física ou intelectual do

funcionário;

I – quando ocorrer modificação do estado físico das

condições de sua saúde do funcionário que lhe diminua a eficiência no cargo;

II – quando o nível de desenvolvimento mental ou

intelectual ou funcionário estável não corresponder às exigências do cargo;

III – quando a Administração apurar e não possuir o

funcionário a habilitação técnica ou profissional que a Lei exigir para o exercício do

cargo que ocupa.

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Parágrafo Único. Não se fará transferência se houver

candidato habilitado em concurso anterior para o cargo a ser preenchido por

transferência.

SEÇÃO IV

Do Aproveitamento

Art. 13- Aproveitamento é o retorno à atividade do

funcionário em disponibilidade, em cargo de natureza e vencimento compatíveis com

o anteriormente ocupado.

Art. 14 – O aproveitamento far-se- à ex- ofício, sendo

Administração obrigada efetivá-lo na primeira oportunidade que se ofereça,

assegurando ao funcionário o direito a esse aproveitamento, no caso de ser

restabelecido o seu cargo.

Parágrafo Único. Havendo mais de um concorrente a ser

aproveitamento a ser aproveitado em uma só vaga, a preferência será dada ao de

maior tempo em disponibilidade, e, em caso de empate, ao de maior tempo de

serviço.

Art. 15- Será tornado sem efeito o aproveitamento e

cessada a disponibilidade do funcionário que, aproveitado, não tomar posse dentro

dos prazos estabelecidos.

SERÁ V

Da Reversão

Art. 16- Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa

no serviço público municipal, após verificação, em processo, de que não subsistem os

motivos determinantes da aposentadoria.

§ 1º - A reversão far-se-á a pedido ou ex-offício.

§ 2º - Não se fará a reversão ex-offício se o servidor

aposentado municipal local.

§ 3º - Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão

sem que mediante inspeção médica, fique comprovada a capacidade para o exercício

do cargo.

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§ 4º - Após processo regular será cassada a

aposentadoria do funcionário, que revertendo, não tomar posse dentro do prazo

estabelecido.

Art. 17 - A reversão far-se-á para cargo da mesma

denominação.

§ 1º - Em casos especiais, poderá o aposentado

reverter ao serviço em cargo compatível, pela sua natureza e vencimento, com o

anteriormente ocupado.

§ 2º - A reversão ex-ofício não poderá ter lugar em

cargo de vencimento inferior ao provento da inatividade.

Art. 18 – A reversão dependerá da existência de vaga.

SEÇÃO VI

Da Reintegração

Art. 19 – A reintegração e o ato pelo qual o funcionário

demitido ou exonerado retorna ao serviço público mediante decisão administrativa ou

sentença judicial transmitida em julgado, com ressarcimento dos prejuízos de

correntes do afastamento.

§ 1º - A reintegração será feita no cargo

anteriormente ocupado, se este houver sido transformado, no cargo resultante

da transformação, e se extinto, em cargo de vencimento ou remuneração

equivalente, respeitada a habilitação profissional.

§ 2º - Não sendo possível a reintegração pela forma

descrita no parágrafo anterior, será o funcionário posto e disponibilidade, no

cargo que exercia.

CAPÍTULO II

Da vacância

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Art. 20 – A vacância do cargo decorrerá de:

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I – exoneração;

II – demissão;

III – transferência;

IV- aposentadoria;

Art. 21 - A vaga ocorrerá na data;

a) Da emissão do ato que a determinar;

b) Do falecimento do servidor.

Art. 22 – Será competente para expedir atos e vacância de cargos a

autoridade competente para provê-los.

SEÇÃO II

Da Exoneração

Art. 23- Dar-se-á a exoneração:

I – a pedido do funcionário;

II – a critério da Administração;

III – quando se verificar, no decurso do estágio probatório, a

incapacidade do funcionário para o exercício do cargo;

§ 1º - A exoneração a critério da Administração somente ocorrerá

quando se tratar de ocupante de cargo provido em comissão.

§ 2º - Só se concederá exoneração a funcionário que esteja quite com

Fazenda Municipal.

Art. 24- Dar-se- à a demissão:

I – quando o funcionário não tomar posse do seu cargo no prazo

estabelecido;

I I – como penalidade, de acordo com o disposto no artigo 152.

SEÇÃO IV

Da Aposentadoria

Art. 25 – O funcionário será aposentado:

I – por invalidez para o serviço público;

I I- compulsoriamente, aos 60 (sessenta) anos de idade;

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I I I – voluntariamente, quando:

a) Completar 35 ( trinta e cinco ) anos de serviço, se do sexo

masculino.

b) Completar 30 ( trinta ) anos de serviço, se do sexo feminino;

c) Completar 30 ( trinta ) de serviço, se professora, por efetivo

exercício de magistério.

d) Completar 25 ( vinte e cinco ) anos de serviço, se professora,

por efetivo no exercício de magistério.

§ 1º - É facultada aposentadoria proporcional, após 30 ( trinta anos

de serviço, ao homem, e, após 25 ( vinte e cinco), a mulher.

§ 2º - Para efeito de aposentadoria, e assegurada a contagem

recíproca do tempo de serviço na administração pública e na atividade privada.

Art. 26 – A aposentadoria produzirá efeito a partir d data do ato

administrativo que a conceder.

Parágrafo Único. É automática a aposentadoria compulsória,

devendo o funcionário afastar-se do serviço no dia imediato ao que completar a

idade limite, independente de ato declaratório.

Art. 27 – A aposentadoria por invalidez para o serviço público

será sempre precedida de licença para tratamento de saúde.

§ 1º- Considera-se inválido para o serviço público o funcionário licenciado

quando, após 24 ( vinte e quatro ) meses de licença para tratamento de saúde ,

ininterruptos, for verificado, não se achar em condições de reassumir o

exercício.

§ 2º - Poderá, excepcionalmente, ser aposentado antes de transcorridos

os 24 ( vinte e quatro ) meses de licença de que trata o parágrafo anterior, o

funcionário cujo laudo médico competente concluir pela sua incapacidade

definitiva para o serviço público.

§ 3º - O laudo que conclui pela incapacidade definitiva do funcionário,

declarará se a invalidez diz -respeito ao serviço público em geral ou as

funções de determinadas naturezas.

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§ 4º- Não ocorrendo invalidez para o serviço público em geral, a

aposentadoria só será decretada se esgotados os meios de readaptação do

funcionário.

§ 5º- Em qualquer hipótese, o aposentado, sob pena de cassação da

aposentadoria, deverá submeter-se periodicamente a inspeção médica.

Art. 28- Os proventos da aposentadoria será:

I – Nos casos previstos na Constituição Federal e na hipótese de invalidez

decorrente de enfermidade especificada no artigo 50.

I I – Proporcionais ao tempo de serviço, quando o funcionário contar menos

de 35 ( trinta e cinco ) anos de serviço se do sexo masculino ou menos de 30

(trinta ) anos, se do sexo feminino.

Art. 29 – A proporcionalidade de proventos será calculada a razão de um

trinta avos para servidor do sexo feminino e um trinta avos pra o sexo

masculino.

Parágrafo Único. Os proventos proporcionais não poderão serem inferiores

ao salário - mínimo, ou a um terço do vencimento da atividade.

Art. 30 – Na fixação nos proventos proporcionais ou integrais, serão

acrescidos todas as vantagens que o funcionário haja percebido por mais de 5

( cinco ) anos consecutivos, ou 10 ( dez ) anos com interrupção.

§ 1º- O disposto neste artigo, se aplica, inclusive, as vantagens de

cargos em comissão ou da função gratificada que o servidor haja exercido por

5 ( cinco ) anos consecutivos ou 10 ( dez ) anos interrompidos.

§ 2º - No caso do parágrafo anterior, quando mais de um cargo

ou função tenha sido exercido, serão atribuídas as vantagens do de maior valor

financeiro, desde que lhe corresponda um exercício mínimo de 3 ( três ) meses;

fora dessa hipótese, atribuir-se-ão as vantagens do cargo ou função de

remuneração imediatamente inferior.

Art. 31 – Os proventos da inatividade serão reajustados

simultaneamente e nas mesmas bases em que o sejam os vencimentos do

pessoal em atividade.

Art. 32- Em nenhuma hipótese os proventos poderão exceder

o valor da retribuição percebida na atividade.

Art. 33 – O funcionário em exercício de cargo em comissão, se

não for titular efetivo de outro cargo, assim como o funcionário durante o

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período de estágio probatório, somente terá direito a aposentadoria nos casos

de invalidez.

TÍTULO I I I

Direitos e vantagens

CAPÍTULO I

Do Tempo de Serviço

Art. 34- A apuração de tempo de serviço para a aquisição e gozo dos direitos

e vantagens decorrentes desse fator, será feita em dias.

§ 1º- O número de dias será convertido em anos, considerando-se estes

como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

§ 2º- Pra fins de aposentadoria, as frações inferiores 180 ( cento e oitenta

) dias serão desprezadas e as superiores serão consideradas como

equivalentes a 1 ( hum ) ano.

Art. 35 - Será considerado de efetivo exercício, com as restrições deste

Estatuto, o afastamento em virtude de:

I – licença ao funcionário, durante o tempo em que esteve afastado

para tratamento da própria saúde.

I I – licença- prêmio;

I I I – licença decorrente de acidente ou agressão sofrida e não

provocada pelo funcionário no exercício de suas atribuições ou com doença

profissional;

I V – licença por motivo de gestação;

V – faltas abonadas, a critério do chefe imediato do funcionário,

no máximo de 3 ( três ) dias por mês, desde que não seja ultrapassdo o limite

de 12 ( doze ) por ano.

V – férias;

VI I – casamento, até 8 ( oito ) dias;

V I I I- luto, por falecimento de cônjuge, filho, pai, mãe e irmão,

até 8 ( oito ) dias;

I X – júri, regularização de situação eleitoral e outras obrigações

impostas por Lei;

X – serviço militar obrigatório;

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X I – exercício de outro cargo de provimento em comissão ou

de função gratificada em outras esferas de governo, mediante autorização do

Prefeito;

X I I – missão ou estudos noutros pontos do território nacional

ou exterior, quando o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo

Prefeito;

X I I I – prisão do funcionário, quando absolvido por decisão

passada em julgado, ou quando dela não resultar processo ou condenação;

X I V – prisão ou suspensão preventiva do funcionário nos

termos do inciso I, do artigo 163;

X V- disponibilidade;

X V I – licença- paternidade.

Art. 36 – Na contagem de tempo de serviço, para efeito de

aposentadoria, computar-se-ão, integralmente;

I – os afastamentos previstos no artigo anterior;

I I – o período em que o funcionário houver desempenhado

me diante autorização do Prefeito, cargos ou funções da União, do Estado ou

de outro Município;

I I I – o tempo de serviço prestado anteriormente pelo

funcionário em outro cargo ou função pública federal, estadual ou municipal,

inclusive, de outros Estados, de entidades da Administração descentralizada ou

exercício de mandato eletivo;

I V – o tempo de serviço anteriormente prestado pelo

servidor estadual em atividades vinculadas ao regime de Lei Federal nº

3.807/60 e legislação subsequente.

§ 1º- o disposto no inciso IV deste artigo somente beneficiará

o servidor que tenha completado 5 ( cinco ) anos de efetivo exercício na

Administração Municipal.

§ 2º- o tempo de serviço prestado em atividades privadas

será comprovado através de justificação judicial ou de certidão fornecida pelo

setor competente do Instituto Nacional de Seguridade Social- INSS.

Art. 37 – É vedada, para qualquer fim, a contagem

acumulada de tempo de serviço, concorrente ou simultâneo, prestado à União,

ao Estado ou a Município, inclusive ás respectivas entidades da Administração

indireta.

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Parágrafo Único. Em casos de acumulação de cargos, o

temo de serviço computado para um deles não pode, em hipótese alguma, ser

computado para outro.

Art. 38 – Para efeito de aposentadoria, será contado em

dobro o tempo de licença-prêmio que o funcionário não houver gozado.

CAPÍTULO I I

Das Férias

Art. 39 - o funcionário gozará por ano, obrigatoriamente, 30

( trinta ) dias consecutivos de férias, observada a escola que for organizada.

§ 1º- As férias serão remuneradas com um terço a

mais do que o vencimento normal do funcionário.

§ 2º- É proibido levar à conta de férias qualquer falta

ao trabalho.

Art. 40- Durante as férias o funcionário terá direito a

todas as vantagens do seu cargo.

Art. 41- É proibida a acumulação de férias, salvo

imperiosa necessidade de serviço e por 2 ( dois ) períodos, no máximo.

Parágrafo Único. O disposto neste artigo, demandará a

emissão de ato declaratório do chefe imediato do funcionário que impugnar a

concessão das férias.

Art. 42 – O funcionário cuja situação funcional se altere

quando em gozo de férias não será obrigado a apresentar-se antes de terminá-

las.

CAPÍTULO I I I

Da Estabilidade

Art. 43 – O funcionário ocupante de cargo de provimento

efetivo adquirirá estabilidade depois de 2 ( dois ) anos de exercício.

Parágrafo Único. Não adquirirá estabilidade, qualquer que

seja o tempo de serviço, o funcionário nomeado em comissão.

Art. 44 – O funcionário estável só poderá ser demitido em

virtude de sentença judicial ou mediante processo administrativo em que lhe

sejam asseguradas as garantias de ampla defesa, em instrução contraditória.

§ 1º- É indispensável a inspeção médica para concessão

da licença.

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§ 2º- Findo o prazo estipulado no laudo médico, o

funcionário deverá reassumir imediatamente o exercício, salvo prorrogação,

pleiteada antes da conclusão da licença.

Art. 49 – Contar-se – à como de prorrogação de

licença e período compreendido entre o dia do seu término e o do

conhecimento que tiver o interessado do resultado de nova inspeção a que se

tiver submetido, se julgado apto para reassumir o exercício.

Art. 50 – O funcionário será licenciado

compulsoriamente, quando se verificar que, sofrendo ele de uma das seguintes

moléstias: tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira ou

redução de visão que praticamente lhe seja equivalente, hanseníase ,

cardiopatia grave e irredutível, AIDS, osteomielite ou qualquer enfermidade que

impeça a locomoção ou estado se tornou incompatível com o exercício das

funções do cargo.

Art. 51 – Verificada a cura clínica deverá o funcionário

licenciado nos termos do artigo anterior voltar à atividade ainda quando deva

continuar o tratamento, desde que as funções sejam compatíveis co as suas

condições orgânicas.

Art. 52 – Para efeito da concessão de licença médica

determinada pela autoridade competente para licenciar. No caso de recusa

injustificada, sujeitar-se- à pena de suspensão, considerando-se de ausência

ao serviço os dias que excederem a essa penalidade, para fins de processo por

abandono de cargo.

Parágrafo Único. Efetuada a inspeção, cessará a

suspensão ou ausência.

Art. 53- O funcionário licenciado para tratamento de

saúde não poderá dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena de

ter cassada a licença.

Art. 54 – O funcionário poderá desistir da licença,

desde que, mediante inspeção médica, a seu pedido, seja julgado apto ao

exercício de suas funções.

Art. 55 – A licença para tratamento de saúde será

concedida com os vencimentos e vantagens percebidas à época do

afastamento.

SEÇÃO I I I

Da Licença por Acidente em Serviços ou por doença Profissional

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13

Art. 56 – O funcionário acidentado no exercício de

suas funções ou que tenha contraído doença profissional terá direito a licença

com vencimentos e vantagens percebidos à época do afastamento.

§ 1º- Entende-se como doenças profissionais

aqueles discriminados no artigo 50 deste Estatuto, bem como, aquelas as quais

se deve atribuir, como relação de causa e efeito, às condições inerentes ao

serviço ou a fatos nele ocorridos.

§ 2º - Acidente é o evento danoso ocorrido e

serviço.

§ 3º - Equipara-se para efeitos deste artigo,

ao acidente, a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário no exercício

de suas atribuições.

§ 4º - O funcionário que sofrer acidente

deverá comunicá-lo a repartição a que pertença para fim de sua apuração e

processo regular.

SEÇÃO IV

Da Liderança por Gestação

Art. 57 – A funcionária gestante será

concedida, mediante inspeção médica, licença por 120 ( cento e vinte ) dias,

com vencimentos e vantagens percebidos à data de sua concessão.

Parágrafo Único. Se o parto ocorrer antes de

realizada, a inspeção médica, a licença será concedida mediante apresentação

de certidão de nascimento da criança e vigorará a partir da data do

afastamento do serviço.

Art. 58 – Em caso de aborto não criminoso, a

funcionária será licenciada tratamento de saúde, sendo o seu afastamento

determinado a critério médico.

SEÇÃO V

Da Licença para Serviço Militar Obrigatório

Art. 59 – Ao funcionário que for convocado para o

serviço militar e / ou outros encargos de segurança nacional será concedido

licença pelo prazo da convocação.

§ 1º - A licença será concedida à vista do

documento oficial que prove a incorporação.

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14

§ 2º - O funcionário deverá optar por receber

as vantagens do cargo municipal ou pelas que resultarem de sua convocação.

Art. 60 – Ao funcionário oficial da reserva das

forças armadas será também concedida licença com vencimentos e vantagens

durante os estágios previstos pelos regulamentos militares.

Parágrafo Único. Quando o estágio for

remunerado, é assegurado o direito de opção.

Art. 61 – O funcionário desincorporado, deverá

reassumir o exercício logo que se verifique a desincorporação, salvo se esta

ocorrer em lugar diverso da sede, quando o prazo de reassunção será de 30 (

trinta ) dias.

SEÇÃO VI

Da licença para atender a Interesses Particulares

Art. 62 - Após 2 ( dois ) anos de exercício o

funcionário efetivo poderá obter licença de até 2 ( dois ) anos, sem

vencimentos e vantagens, para tratar de interesses particulares.

§ 1º- A licença poderá ser negada quando o

afastamento do funcionário for inconveniente aos interesses do serviço público.

§ 2º - O funcionário deverá aguardar em

exercício a concessão da licença.

Art. 63 – Não será concedida licença para

tratamento de interesse particular ao funcionário nomeado, antes de assumir o

exercício.

Art. 64 – Só poderá ser concedida nova licença

depois de decorridos 2 ( dois ) anos do término da anterior.

Art. 65 – O funcionário poderá, em qualquer

tempo, reassumir o exercício, desistindo da licença.

SEÇÃO VI I

Da licença- Paternidade

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Art. 66- Ao funcionário, será concedida mediante

apresentação da certidão de nascimento, licença- paternidade de 5 ( cinco )

dias úteis, a considerar da data de nascimento do filho.

Parágrafo Único. Não será concedida a licença prevista

neste artigo em caso de nascimento de feto morto.

SEÇÃO V I I I

Da Licença – Prêmio à Assiduidade

Art. 67 – O funcionário será direito à licença – prêmio de 3

( três ) meses em cada período de 5 ( cinco ) anos de exercício ininterruptos,

em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa, salva advertência.

Parágrafo Único. Para efeito de licença – prêmio,

considera-se de exercício o tempo de serviço prestado pelo funcionário em

qualquer cargo ou função municipal, qualquer que seja a sua forma de

provimento.

Art. 68 – Para fins de licença- prêmio, não se consideram

interrupção de exercício, os afastamentos enumerados no artigo 35 deste

Estatuto.

Parágrafo Único. No caso de inciso V do artigo

referido, somente não se consideram interrupção de exercício, as faltas não

abonadas até o limite de 15 ( quinze ) por ano e 45 ( quarenta e cinco ) por

quinquênio.

Art. 69 – A pedido do funcionário a licença- poderá ser

gozada em parcelas não inferiores a 30 ( trinta ) dias

Art. 70 – O direito a licença – prêmio não está sujeito à

caducidade.

Art. 71 – O funcionário perceberá, quando licenciado, os

vencimentos de seu cargo efetivo e a gratificação adicional a que tenha direito.

§ 1º- Para efeito do previsto neste artigo, será

considerado unicamente o nível de vencimento do cargo de que o funcionário é

ocupante efetivo.

§2º- O ocupante, há mais de 3 ( três ) anos, de cargo em

comissão ou função gratificada perceberá, durante a licença, a quantia que

recebia à data do seu afastamento.

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Art. 72 – O funcionário que estiver acumulado nos termos

da Constituição, terá direito a licença – prêmio correspondente a ambos os

cargos, contando-se, porém, separadamente o tempo de serviço em relação a

cada um deles.

CAPÍTULO V

Do Vencimento e das Vantagens

SEÇÃO I

Disposições Preliminares

Art. 73 – Além do vencimento poderão ser deferidas ao

funcionário as seguintes vantagens.

I – ajuda de custo;

I I – diária;

I I I- auxílio para diferença de caixa;

I V – salário- família;

V – gratificação;

V – salário – noturno.

§ 1º- Executado os casos expressamente

previstos neste artigo, o funcionário não poderá receber, em razão do seu

cargo a título algum, seja qual for o motivo, ou forma de pagamento, qualquer

vantagem pecuniária, dos órgãos de serviço público as entidades da

administração indireta ou outras organizações públicas em que tenha sido

mandado servir.

§ 2º - Os vencimentos e as vantagens devidos ao

ocupante de cargo, função ou emprego público, só serão pagos em razão da

efetiva prestação de serviço ou de expressa disposição legal, sob pena de

reposição das importâncias recebidas em qualquer tempo em que se verifique

a irregularidade..

Art. 74 – Nenhum funcionário ou servidor da administração

direta ou indireta perceberá vencimento e vantagens que somados ultrapassem

os subsídios dos Secretários Municipais.

Page 17: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

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Parágrafo Único. Para o fim previsto neste artigo não se

computarão a ajuda de custo, as diárias, o salário- família e a

gratificação adicional de tempo de serviço.

Art. 75 – As gratificações adicionais e outras relacionadas com

situações específicas e as diferenças de vencimentos decorrentes de leis

especiais e decisões judiciárias não constituem retribuição do trabalho e não

podem servir de base a reivindicações fundadas no princípio de igualdade de

pagamento.

Art. 76 – Só será admitidas procuração para efeito de

recebimento de quaisquer importâncias dos cofres municipais, quando o

funcionário se encontrar fora da sede ou comprovadamente impossibilitado de

locomover-se.

Art. 77 – É vedado, fora dos casos expressamente

consignados neste Estatuto, ceder ou gravar vencimentos e/ ou quaisquer

vantagens decorrentes do exercício da função ou cargo público.

Art. 78– A investidura em funções eletivas de caráter

executivo ou legislativo determinará o afastamento automático do funcionário

das suas funções, ficando privado de quaisquer direitos e vantagens do cargo,

ressalvadas as exceções previstas na Constituição e neste Estatuto.

SEÇÃO I I

DO vencimento

Art. 79– O vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo exercício do

cargo ou função.

Parágrafo Único. É vedada a prestação de serviços gratuitos.

Art. 80– Somente nos casos previstos em Lei, poderá receber vencimentos o

funcionário que estiver afastado do cargo.

Art. 81– O funcionário ocupante de cargo público que for nomeado para cargo

em comissão poderá optar pelos vencimentos deste ou pela retribuição do seu

cargo ou função.

Parágrafo Único. Optando pela percepção do vencimento do cargo em

comissão, o funcionário perceberá 20% ( vinte por cento ) do valor do

vencimento do cargo efetivo de que for ocupante, a título de gratificação de

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18

opção e mais a gratificação de representação integral do cargo em comissão

se houver.

Art. 82– O funcionário perderá:

I – vencimento do dia quando não comparecer ao serviço, salvo nos

casos previstos neste Estatuto;

I I – 1/3 ( um terço ) do vencimento relativo ao período em que estiver

afastado para cumprimento de prisão preventivo, pronunciado por crime

comum ou denunciado por crime funcional.

Parágrafo Único. No caso previsto no inciso I I deste artigo, a

absolvição do funcionário atribuir-lhe –à direito à reaver a diferença.

Art. 83 – As reposições devidas pelo funcionário e as, indenizações por

prejuízos que causar à Fazenda Pública serão descontados do vencimento,

mão podendo o desconto exceder a sua quinta parte, salvo as exceções

previstas neste Estatuto.

SEÇÃO I I I

Da Ajuda de Custo

Art. 84- Será concedida ajuda de custo ao funcionário que se deslocar

a serviço do município por mais de 10 ( dez ) dias, sem prejuízo das diárias de

viagens a que tiver direito.

Parágrafo Único. A ajuda de custo destina-se à indenizar despesas

acarretadas ao funcionário em decorrência do seu deslocamento.

Art. 85- A ajuda de custo será atribuída pelo dirigente do órgão

responsável pelas atividades financeiras do município tendo em vista, em cada

caso, as condições de vida do local do destino, a distancia que deverá ser

percorrido, o tempo e as despesas de viagens, além dos recursos

orçamentários disponíveis.

Parágrafo Único. Salvo na hipótese de serviço ou estudo no Exterior, a

ajuda de custo não poderá exceder a importância correspondente a 10 (dez)

vezes o valor do salário- mínimo nacional.

Art. 86 – Não será concedida ajuda de custo:

I – ao funcionário que se afastar da sede ou a ela voltar em virtude

de mandato eletivo;

I I – ao que for posto à disposição de outras esferas de governo.

Art. 87 – Restituirá a ajuda de custo que tiver recebido:

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19

I – o funcionário que não executar o deslocamento dentro do prazo

fixado;

I I – O funcionário que antes de terminado o desempenho da

incumbência que lhe for cometida regressar ao município, pedir exoneração ou

abandonar o serviço, salvo se o seu regresso for determinado pela autoridade

competente ou por motivo de força maior, devidamente comprovado.

Art. 88 – Compete ao Prefeito arbitrar a ajuda de custo que será paga

ao funcionário designado para serviço ou estudo fora do Estado ou do Pais.

SEÇÃO IV

Das Diárias

Art. 89- Ao funcionário que se deslocar temporariamente da

respectiva sede do interesse do serviço, serão concedidas além do transporte,

diárias para atender às despesas de alimentação e hospedagem;

Art. 90- A diária será concedida mediante autorização do titular do

órgão diretamente subordinado ao Prefeito, com base nas normas e valores

fixados em regulamento.

Art. 91- O total das atribuídas ao funcionário não poderá exceder de

180 ( cento e oitenta ) por ano, salvo em casos especiais previamente

autorizado pelo Prefeito.

Art. 92- O funcionário que indevidamente receber diárias será obrigado

a restituir, de uma só vez, a importância recebida, ficando sujeito a punição

disciplinar.

SEÇÃO V

Do Auxílio para Diferença de Caixa

Art. 93- Ao funcionário que, no desempenho de suas atividades

comuns pagar ou receber em moeda corrente, será concedida um auxílio para

compensar as diferenças de caixa.

Parágrafo Único. O auxílio referido neste artigo não poderá

exceder de 20% (vinte por cento ) do nível de vencimento do cargo.

Art. 94 – A vantagem de que trata o artigo anterior só poderá ser deferida e

paga ao funcionário que se encontra no exercício do cargo e mantenha contato

direto, com público, pagando ou recebendo em moeda corrente.

SEÇÃO VI

Page 20: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

20

Do Salário- família

Art. 95 – O salário—família será pago aos funcionários ativos e inativos que

tiveram dependentes, de acordo com o valor que for fixado em Lei.

Art. 96 – Consideram-se dependentes, desde que vivam total ou parcialmente

às expensas do funcionário público.

I – o filho menor de 18 (dezoito) anos;

I I – o filho inválido de qualquer idade.

§ 1º- Compreende-se nos incisos I e II deste artigo os filhos de qualquer

condição, inclusive enteados e adotivos.

§ 2º- O servidor que não possuir os dependentes referidos no parágrafo

anterior, poderá perceber salário- família relativo ao menor que, mediante

autorização judicial, viver sob sua guarda e sustento, até o limite máximo de 2

(duas) cotas.

Art. 97- Quando pai e mãe tiverem ambos a condição de funcionário público e

viverem em comum, o salário-família será concedido a um deles.

Parágrafo Único. Se não viverem em comum, será concedido ao que tiver os

dependentes sob sua guarda.

Art. 98 – Não será percebido o salário-família nos casos em que o funcionário

deixar de receber os vencimentos os proventos.

Parágrafo Único. O disposto neste artigo não aplica nos casos de suspensão.

Art. 99 – O salário- família relativo a cada dependente será devido a partir do

mês em que verificar o ato ou fato que lhe der origem.

Art. 100- Cessará o pagamento do salário- família no mês seguinte ao ato que

tiver determinado sua suspensão.

Art. 101 –É competente para reconhecer o direito à percepção e determinar ex-

offício a suspensão do salário-família o dirigente do órgão de administração

geral da Prefeitura.

Art. 102 – O salário- família não poderá sofrer qualquer desconto, nem ser

objeto de transação, consignação em folha de pagamento, arresto ou penhora,

ou servir de base para qualquer contribuição ainda que para fim de previdência

social.

Art. 103 – Verificada a qualquer tempo a inexatidão das declarações prestadas

para fins de percepção do salário -família será revista a concessão e

Page 21: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

21

determinada a restituição da importância indevidamente recebida mediante

desconto do vencimento ou provento de uma só vez.

Parágrafo Único. Provada a má fé, será aplicada a pena de demissão a bem

do serviço público ou cassada a aposentadoria ou disponibilidade, nos termos

do artigo 148 deste Estatuto, sem prejuízo da responsabilidade civil e

procedimento criminal que couber.

SEÇÃO VI I

Das Gratificações

Art. 104- Conceder-se- à gratificação:

I- pela prestação de serviços extraordinários;

I I – pela participação em órgãos de deliberação coletiva;

I I I – adicional por tempo de serviço;

I V – por condições especiais de trabalho;

V – pelo regime de tempo integral.

Art. 105- A gratificação pela prestação de serviço extraordinário será atribuída;

I – por hora de trabalho prorrogado ou antecipado;

I I – por tarefa especial;

I I I – por tarefa prestada além do limite fixado em lei ou Regulamento.

§ 1º- No caso do inciso I, a gratificação será paga por hora de trabalho

antecipado ou prorrogado, com acréscimo 50% (cinquenta por cento) à hora

normal.

§ 2º- A gratificação a que alude I I será arbitrada pelo Secretário e não

excederá a metade do vencimento mensal do funcionário, só podendo ser

concedido por execução de trabalho nitidamente destacado das tarefas de

rotina e sem prejuízos delas.

§ 3º - A gratificação a que alude o inciso I I I será paga:

a) Sempre que, sendo o vencimento estabelecido em função de unidade de

trabalho, se solicitar do funcionário a prestação além do limite fixado em

Lei ou Regulamento, a exemplo das aulas suplementares do ensino

elementar.

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22

b) À razão do quociente entre o valor do vencimento do cargo e o total de

unidades de trabalho posto como limite legal.

§ 4º - O funcionário que exercer cargo e comissão não poderá perceber

gratificação por serviços extraordinários salvo casos especiais, a critério do

Prefeito

Art. 106 – A gratificação relativa ao exercício em órgão legal de deliberação

coletiva será fixada em Lei.

Art. 107- O funcionário que completar 5 (cinco) anos de efetivo exercício no

serviço público municipal, terá direito a gratificação adicional de 5% (cinco por

cento ) do vencimento do cargo efetivo, qual será acrescida de 5 % ( cinco por

cento ) por quinquênio subsequente até o máximo de 35 % ( trinta por cento ).

§ 1º- Para o cálculo da gratificação de que trata este artigo não serão

computadas quaisquer vantagens pecuniárias, ainda que incorporadas aos

vencimentos, para todos os efeitos legais.

§ 2º O adicional por tempo de serviços não será computado para cálculo de

quaisquer vantagens pecuniárias que tenham por base o vencimento.

Art. 108 – Na contagem de tempo de serviço para efeito de adicional de que

trata o artigo anterior considerar-se-ão exclusivamente os dias de efetivo

exercício, inclusive os assim considerados nos termos do artigo 35 deste

Estatuto.

Art. 109 – A gratificação adicional por tempo de serviço será devida a partir da

data em que o funcionário completar período previsto no artigo 107, desde que

reconhecido seu direito por ato do dirigente do órgão da administração geral da

Prefeitura.

Art. 110 – A gratificação por condições especiais de trabalho será concedida

com vistas a incentivar o servidor ao exercício de determinadas funções ou

quando estas se realizarem em locais ou por meios e modos especiais qe

reclamem tratamento particular.

CAPITULO V I I

13º Salário

Art.117 – É assegurado aos servidores públicos municipais o 13º salários.

Art. 118- Para fins de cálculos do salário citado no artigo anterior, tomar-se-á

por base um doze avos da remuneração a que fizer jus em dezembro, por mês

de efetivo exercício, no respectivo ano.

Parágrafo Único. Considerar-se-á como mês integral a fração igual ou

superior a 15 (quinze) dias de efetivo exercício.

Page 23: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

23

Art. 119- No mês de dezembro de cada exercício, será pago o 13º salário,

além da remuneração a que fizer jus o servidor naquele mês.

Art. 120- Integram a remuneração para a base de cálculo do 13º salário,

apenas as vantagens percebidas em caráter permanente.

Art. 121- O servidor que for, a pedido, exonerado ou dispensado, fará jus ao

13º salário na proporção estabelecida no artigo 118, deste capítulo.

Art. 122- São considerados de efetivo exercício para os efeitos de pagamento

do 13º salário os afastamentos previstos no artigo 35.

Art. 123- Os ocupantes de cargo em comissão não farão jus à percepção do

13º salário, salvo os que sejam ocupantes de outro cargo efetivo do quadro de

cargos do município.

Parágrafo Único. O servidor efetivo que estiver ocupando cargo em comissão,

perceberá o 13ºsalário com base na remuneração do cargo e comissão.

CAPÍTULO V I I I

Da Disponibilidade

Art. 124 – Extinto o cargo ou declarada pelo executivo municipal a sua

desnecessidade, o funcionário estável ficará em disponibilidade remunerada

com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º- A juízo e no interesse da Administração o servidor em disponibilidade

poderá ser aproveitado ex-officio em outro cargo compatível com sua

capacidade funcional, mantido o vencimento do cargo ou retribuição de função

ao ser posto em disponibilidade.

§ 2º-Tratando-se de caro de magistério, dever-se-á observar, ainda, a

finalidade da disciplina

CAPÍTULO IX

Do Direito de Petição

Art. 125 – É permitido ao funcionário requerer ou representar, pedir

reconsideração e recorrer, devendo porém, fazê-lo dentro das normas de

urbanidade e moderação observadas as seguintes regras:

I – O pedido de reconsideração precederá sempre ao recurso para a

autoridade superior podendo este ser interposto se aquele não for decidido

dentro do prazo de 30 (trinta) dias;

I I – o recurso será interposto perante a autoridade que tenha expedido o ato

ou proferido a decisão e será decido pela autoridade imediatamente superior;

Page 24: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

24

I I I – Os recursos serão admitidos, sucessivamente, atendida a escala

ascendente das autoridades, considerando o Prefeito a instância final;

I V – É vedado repetir pedido de reconsideração ou recurso perante a mesma

autoridade.

Art. 126- O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo,

os que forem provindos, porém, darão lugar às retificações necessárias,

retroagindo os seus efeitos à data do ato impugnado.

Art. 127 – O correrá a decadência do direito de pleitear na esfera

administrativa:

I – em 5 (cinco) anos, quanto aos atos e que resultem demissão ou

aposentadoria;

I I – em 120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo a estipulação, em Lei

ou Regulamento, de prazo menor.

Parágrafo Único. Os prazos a que se refere este artigo serão contados a partir

da data da ciência a do ato impugnado:

TÍTULO IV

Do Regime de Trabalho

CAPÍTULO I

Do Horário e da Frequência

Art. 128 – O funcionário é obrigado a registrar sua frequência à entrada e saída

do serviço.

§ 1º- Dos registros deverão constar todos os elementos necessários à

apuração da frequência.

§ 2º - São dispensados de registro de frequência, os ocupantes de cargos em

comissão, os que exercem funções gratificadas e aqueles que, a critério da

autoridade competente, desempenham atribuições que impossibilitem o

controle de frequência.

§ 3º - O abono de faltas só poderá ser concedido se o funcionário o requerer no

prazo de 48 (quarenta e oito) horas aos o retorno ao serviço e exclusivamente

nos limites previstos neste Estatuto.

§ 4º - Somente constarão da folha de pagamento mensal os servidores

relacionados no resumo de frequência elaborado no respectivo órgão de

lotação.

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25

Art. 129 – A jornada semanal de trabalho dos servidores municipais, é de, no

mínimo, 30 (trinta) horas, devendo as exceções a essa regra serem definidas

em regulamento.

Art. 130 – O período normal de trabalho, nos casos de comprovada

necessidade, será antecipada ou prorrogado pelo Prefeito.

Art. 131 – No caso de antecipação ou prorrogação desse período, será

remunerado o trabalho extraordinário na forma estabelecida no artigo 104

inciso I, deste Estatuto.

Art. 132 – Nos dias úteis, só por determinação do Prefeito, poderão deixar de

funcionar as repartições públicas ou ser suspensos os seus trabalhos.

Art. 133 – Será assegurado ao funcionário estudante o direito a horário

especial de trabalho, de acordo com o que for disposto em regulamento desde

que esse horário não implique em diminuição do número de hora de trabalho

ou prejuízo para o serviço.

CAPÍTULO I I

Da Acumulação

Art. 134 – É vedada a acumulação de cargos públicos salvo as exceções

previstas na Constituição Federal.

Parágrafo Único. Antes da posse o funcionário declarará se exerce qualquer

função pública, para fins neste Capítulo.

Art. 135- A proibição do artigo anterior estende-se à acumulação de cargo do

município com os das entidades de sua administração indireta, com os da

União, Estados e outros Municípios, e suas respectivas entidades de

administração indireta.

Art. 136 – Verificada, mediante processo, ilegalidade em acumulação

existente, o funcionário, sem prejuízo da perda dos cargos, será obrigado a

restituir o que indevidamente houver recebido.

Parágrafo Único. Comprovada a Inexistência de dolo, o funcionário será

mantido no cargo ocupado há mais tempo, e será dispensada a restituição

mencionada neste artigo.

Art. 137 – Salvo o caso de aposentadoria por invalidez, é permitido ao

funcionário aposentado exercer cargo em comissão e participar de órgão de

deliberação coletiva, fazendo jus além dos proventos, à retribuição fixad para

as funções mencionadas, desde que julgado apto em inspeção de saúde que

precederá a sua nomeação.

Page 26: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

26

Art. 138 – Ao funcionário em disponibilidade se permitirão exercício de cargo

em comissão ficando-lhe assegurado o direito na forma do artigo 81.

TÍTULO V

Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO I

Dos Deveres

Art. 139 – São deveres do funcionário:

I – comparecer à repartição às horas do trabalho ordinário e as do

extraordinário quando devidamente convocado, executando os serviços qe lhe

competirem;

I I – cumprir as obras dos superiores, representando quando forem ilegais;

I I I – ser leal às instituições constitucionais e administrativas a que servir;

I V – guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e sobre os despachos,

decisões ou providencias que reclamem discrição e reserva;

V – desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;

V I – representar aos chefes imediatos sobre todas as irregularidades que tiver

conhecimento e que ocorrem na repartição em que servir, ou às autoridades

superiores quando aqueles não tomarem em consideração a representação;

V I I – tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferencias

pessoais;

V I I I – frequentar cursos legalmente instituídos para aperfeiçoamento e

especialização em que haja sido inscrito ex-officio, salvo comprovação de

motivo justo;

IX – manter espírito de colaboração e solidariedade com os companheiros de

trabalho;

X – zelar pela economia e pela preservação de material do município, bem

como proteger, zelar preservar o seu patrimônio histórico, cultural e natural;

X I – manter atualizadas as coleções de Leis, regulamentos, regimentos e

ordens de serviço, quando confiadas à sua guarda;

X I I – apresentar-se as convenientemente trajado em serviços;

X I I I – apresentar relatórios ou resumos de suas atividades, nas hipóteses e

prazos previstos em Lei, regulamento ou regimento;

Page 27: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

27

XIV – atender prontamente, com preferencia sobre qualquer outro serviço.

a) Às requisições de documentos e informações feitas pelo Poder

Legislativo, no exercício de suas funções constitucionais;

b) Às requisições feitas para a defesa da Fazenda Pública e do Município;

c) À expedição das certidões requeridas para a defesa de direitos;

X V – sugerir providências com vistas à melhoria da qualidade da prestação

dos serviços públicos pelo Município.

CAPÍTULO I I

Das Proibições

Art. 140 – Ao funcionário é proibido;

I – referir-se de modo depreciativo, em informações, parecer ou despacho,

às autoridades e atos de administração pública, podendo porém, em

trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou na

organização do serviço e com finalidade construtiva;

I I _ retirar sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer

documento ou objeto existente na repartição;

I I I – empregar material do serviço público em serviço particular;

I V – entreter-se, durante as horas de trabalho, em atividades estranhas ao

serviço;

V I I – participar de empresa comercial, industrial ou bancária, salvo perfeita

compatibilidade de horário;

V I - exercer comércio entre companheiros de serviço;

V I I – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em

empresas, estabelecimentos, ou instituições que tenham relações com o

governo municipal em matéria que diga respeito à finalidade da repartição

em que esteja servindo;

V I I I_ requerer ou promover perante o município a concessão de privilégio

garantia de juros ou outros favores semelhantes;

I X – pleitear, como procurador ou intermediário, junto às repartições

públicas municipais, salvo quando se tratar de percepção de vencimentos e

vantagens de parentes até segundo grau;

X – fazer contratos de natureza comercial ou industrial com a Prefeitura, por

si ou como representante de outrem.

X I – valer –se de cargo para lograr proveito pessoal;

Page 28: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

28

X I I – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos cargos previstos

em Lei, o desempenho de encargo que lhe competir ou aos seus

subordinados.

X I I I – coagir os subordinados, ou aliciá-los com objetivos de natureza

partidária;

X I V – promover manifestação de apreço ou desapreço dentro de

repartição.

X V – receber propinas, comissões vantagens de qualquer espécie em

razão de suas atribuições;

X V I – praticar a usura;

X V I I – desacatar, nas condições de inciso I, membros dos Poderes

Executivo, Legislativo e Judiciário.

CAPÍTULO I I I

Das Responsabilidades

Art. 141 – Pelo exercício irregular de suas atribuições o funcionário

responde contábil, administrativa, penal e civilmente.

Art. 142 – A responsabilidade contábil ocorrerá nos termos do disposto nas

Leis e Regulamentos sobre a administração financeira do Município.

Art. 143 – A responsabilidade administrativa resulta do descumprimento

dos deveres ou da violação das proibições impostas ao servidor público,

nos termos dispostos neste Estatuto.

Art. 144 – A responsabilidade penal se configurará quando, ocorridas as

hipóteses previstas nos artigos anteriores, o fato caracterizador de

responsabilidade contábil ou administrativa também for definida como crime

ou contravenção.

Art. 145 – A responsabilidade civil se configurará quando, com dolo, ou

culpa, causar o servidor, no exercício irregular de suas atribuições prejuízo

no Município ou terceiros.

Art. 146- As responsabilidades definidas neste Capítulo são independentes

entre si, podendo o funcionário incidir em todas elas, não importando,

necessariamente, a isenção de responsabilidades, em qualquer das esferas

enunciadas em impunidades das restantes.

§ 1º- A absolvição penal só excluirá a pena na esfera contábil ou

administrativa quando se tenha negado, no juízo criminal a existência do

fato ou a anterior.

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29

§ 2º- O fato considerado não delituoso ou a insuficiência de prova não

exime da aplicação das penas disciplinares se o fato apurado com o

processo administrativo corresponder a qualquer das figura t´picas definidas

no Capítulo IV deste Título.

Art. 147 – O ressarcimento dos danos causados pelo funcionário à Fazenda

Municipal, no que exceder às forças da garantia, poderá ser liquidado

mediante o desconto de prestações mensais não excedentes da quinta

parte do vencimento à falta de outros bens responde pela indenização.

CAPÍTULO I V

Das Penalidades

ART. 148 – São penas disciplinares:

I – repreensão;

I I – suspensão;

I I I – demissão;

I V – demissão e bom do serviço público;

V – cassação de aposentadoria

V I – Cassação de disponibilidade

Art. 149 – Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza

e a gravidade da infração e os danos, que dela provierem para o serviço

público.

Art. 150 – A pena de repreensão será aplicada por escrito nos casos de

negligência, pela falta de cumprimento dos deveres, violação das proibições

previstas neste Estatuto.

Art.151 – Havendo dolo, ou má fé, ou reincidência, as faltas previstas no artigo

anterior serão unidas com a pena de suspensão, se não previstas

expressamente pena mais grave.

Parágrafo Único. Esta penalidade não excederá de 90 (noventa)

Art. 152 – Será aplicada a pena de demissão nos casos de:

I – abandono de cargo resultante da ausência ao serviço, sem causa

justificável, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos ou 60 (sessenta)

intercalados durante o ano;

I I – aplicação indevida de dinheiro público;

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30

I I I – procedimento irregular;

I V – transgressão dos incisos do artigo 140.

V – acumulação ilegal de cargos, ressalvados os casos permitidos pela

Constituição Federal;

V I – insubordinação grave.

Art. 153 – Será aplicada aa pena de demissão a bem do serviço público, o

funcionário que:

I – for convencido de incontinência pública e escandalosa, de vícios de jogos

proibidos;

I I – praticar crime contra a administração, contra a fé pública e a Fazenda

Municipal, ou previstos nas Leis relativas à segurança à defesa nacional;

I I I – revelar os segredos de que tenha conhecimento em razão de cargo ou

função desde que o faça dolosamente com prejuízo para o Município ou

particulares;

I V – praticar em serviço, ou em decorrência deste, ofensa física contra

funcionário ou particulares, salvo se e legítima defesa;

V – lesar os cofres públicos ou dilapidar o patrimônio do Município;

V I – receber ou solicitar propinas, comissões ou vantagens de qualquer

espécie;

V I I – pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas sujeitas

à sua fiscalização ou que na sua repartição tenham ou tratem de interesses;

V I I I – exercer advocacia administrativa;

I X – fornecer ou exibir atestado gracioso para obtenção de quaisquer

vantagens ou benefícios.

Art. 154 – O ato que demitir o funcionário mencionará a disponibilização em

que se fundamenta:

Art. 155 – O funcionário submetido a processo administrativo só poderá ser

exonerado a pedido após a conclusão do mesmo, se reconhecida a sua

inculpabilidade.

Art. 156 – O funcionário que sem justa causa, deixar de atender a qualquer

exigência legal, para cujo cumprimento seja marado prazo, pode ter suspenso

o pagamento de seus vencimentos até que satisfaça essa exigência:

Page 31: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

31

Art. 157 – Deverão constar do prontuário individual do funcionário todas as

penalidades que lhe forem impostas.

Art. 158 – Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade se ficar provado,

em processo regular, que o funcionário:

I – praticou quando em atividade, qualquer dos atos para os quais é cominada

neste Estatuto a pena de demissão, ou de demissão a bem do serviço público;

I I – for condenado por crime cuja pena importaria na pena de demissão se

estivesse em atividade.

Art. 159 – Para aplicação das penas disciplinares são competentes:

I – o Prefeito, nos casos de demissão e de cassação de aposentadoria e

disponibilidade;

I I – os secretários Municipais, nos casos de suspensão por mais de 30 ( trinta )

dias.

CAPÍTULO V

Da Prisão Administrativa e da Suspensão Preventiva

Art. 160 – Cabe ao Prefeito ordenar a prisão administrativa de todo e qualquer

responsável pelos dinheiros e valores, pertencentes à Fazenda Municipal ou

que se acharem sob a guarda desta nos casos de alcance, retardamento ou

omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos.

§ 1º- A prisão deverá ser comunicada imediatamente à autoridade Judiciária

competente, para os devidos efeitos, devendo se ser iniciado e concluído com

urgência o processo de tomada de contas.

§ 2º- A prisão administrativa não poderá exceder a 90 (noventa) dias.

Art. 161 – Poderá o Prefeito ordenar a suspensão preventiva do funcionário até

90 (noventa) dias, desde que o afastamento deste seja necessário para a

averiguação de faltas cometidas. Findo este prazo, cessarão os efeitos da

suspensão, ainda que o processo administrativo não esteja concluído.

Art. 162 – Durante o período da prisão ou da suspensão preventiva, o

funcionário perderá um terço do vencimento ou remuneração.

Art. 163 – O funcionário terá direito:

I – a diferença de vencimento e a contagem de tempo de serviço relativo ao

período de prisão ou da suspensão quando do processo não resultar punição

ou esta se limitar à penalidade de repreensão;

Page 32: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

32

I I – a diferença de vencimentos e à contagem de tempo de serviço

correspondente ao período de afastamento excedente do prazo da suspensão

efetivamente aplicada.

TÍTULO V I

Do processo Administrativo

Art. 164 – A autoridade que tiver ciência ou noticia da ocorrência de

irregularidade no serviço público é obrigado, sob pena de responsabilidade, a

promover a sua apuração imediata por processo administrativo.

Parágrafo Único. Será dispensado o processo administrativo para a

aplicação das penas de repreensão e suspensão até 30 (trinta) dias.

Art. 165 – São competentes para determinar a instauração do processo

administrativo os Secretários Municipais e dirigentes de órgão diretamente

subordinados ao Prefeito.

Art. 166 – Ao funcionário submetido a processos administrativo são

asseguradas as garantias de ampla defesa.

Art. 167- O processo administrativo procedido em instrução contraditória será

realizado por uma comissão designada pela autoridade que houver

determinado a sua instauração e composta de 3 (três) funcionários.

§ 1º - A autoridade indicará no ato da designação o funcionário de categoria

mais elevada, que fizer pare da comissão, para dirigir os seus trabalhos, como

presidente.

§ 2º- Quando houver igualdade hierárquica entre os membros da Comissão,

ficará a critério da autoridade a indicação do presidente dos trabalhos.

§ 3º Os membros da Comissão terão a categoria igual, equivalente ou superior

à do acusado.

Art. 168 – Os membros da Comissão e sue secretário devem dar preferência

aos trabalhos da mesma, podendo ficar, por isso, dispensados serviços da sua

repartição durante o curso do processo.

Art. 169- A nulidade dos atos de processo administrativo somente será

decretada quando da inobservância de qualquer das formalidades

estabelecidas neste Capítulo, resultar prejuízos para a defesa do funcionário.

Art. 170 – As nulidades deverão ser arguidas:

TÍTULO I I I

Page 33: Estatuto do Servidor Público de Bom Jardim - MA

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Disposições Finais

Art. 171- Os funcionários poderão manter associação para fins beneficentes,

recreativos e de economia ou cooperativismo e sindicato de classe.

Art. 172 – Os prazos previstos neste Estatuto serão todos contados por dia

corridos.

Parágrafo Único. Não se computará no prazo o dia inicial, prorrogando –se o

vencimento que incidir em sábado, domingo ou feriado para o primeiro dia útil

seguinte.

Art. 173 – É vedado ao Prefeito colocar funcionário à sua disposição de

entidade de direito privado, excluídos as que se caracterizam como entidades

da Administração indireta, salvo em casos de convênio.

Art. 174 – Ficam assegurados aos serviços públicos municipais o direito

adquirido, o ato jurídico perfeito e a casos de convênio.

Art. 175 – A presente Lei tem seus efeitos retroativos a 02 de abril de 1990,

revogadas as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE BOM JARDIM, ESTADO DO

MARANHÃO, em 27 de dezembro de 1990.

LEI Nº 107/90

APROVADO

Em 27/12/90

Câmara Municipal de Bom Jardim

____________________________

Francisco dos Santos Pereira

Presidente