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Romantismo / Schiller Estética Liberdade Guiando o Povo - Delacroix (1830)

Estética em Schiller

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Romantismo / Schiller Estética

Liberdade Guiando o Povo - Delacroix (1830)

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Romantismo

• No começo do século XIX, deixadas definitivamente para trás, especialmente no seu aspecto socioeconômico, as estruturas da civilização agrícola e artesanal e a visão medieval do mundo, a humanidade se encaminha para um rápido desenvolvimento industrial e para transformações socioeconômicas profundas, que trarão bem-estar, mas também graves problemas e profundos conflitos.

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Caspar David Friedrich. O viajante sobre o mar de névoa, 1818.

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• No setor político, a revolução francesa assinala uma reviravolta decisiva propagando aqueles princípios que, preparados e elaborados através do longo trabalho da Idade Moderna, tiveram sua mais perfeita formulação na consciência iluminista do século XVIII.

• Com referência ao pensamento, o iluminismo, que imperou incontestado no século XVIII, mostra agora claramente os seus limites e começa a ceder o lugar àquelas instâncias espirituais que ele tinha ignorado ou reprimido.

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• Tais instâncias são acolhidas, expressas e patrocinadas pelo romantismo, movimento que se inspira nos seguintes princípios:

a) O reino da natureza é maior e mais autêntico do que o da cultura;

b) O sentimento e a fantasia estão em condições de perceber dimensões (religiosas, morais e estéticas) da realidade que escapam à razão;

c) O indivíduo não é uma ilha nem um satélite vagando sozinho pelo mundo, mas é parte de um grande organismo (a nação, o povo, a pátria), e a sua ambição maior deve ser a de contribuir para a realização dos destinos de sua pátria.

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Caspar David Friedrich. O Mar de gelo, 1823-1824

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• O romantismo nasceu como reação espontânea e lógica contra o iluminismo.

• As críticas de Rousseau tiveram ampla repercussão, especialmente na Alemanha, por mérito de muitos nomes ilustres como Schiller, Goethe, Novalis, Mendelssohn, Schlegel, dentre outros.

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•  Ao buscar um fundamento objetivo para o belo, a estética de Schiller é animada por esse desejo de ver “o mais eficaz de todos os móbeis, a arte formadora de almas, elevado à condição de uma ciência filosófica“.  Para tanto, essa nova disciplina não pode ser construída sobre um mero jogo subjetivo entre imaginação e entendimento – jogo mediante o qual Kant deduzia o juízo de gosto na Crítica do Juízo –, mas precisa, tanto quanto possível, ter uma pretensão à validade universal determinada na própria razão.

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William Turner - Foz do Sena (1833)

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• Na “realidade”, o belo tende ora para uma “beleza de fusão” ora para uma “beleza enérgica” (Carta XVI); como Ideia, porém, a beleza é uma só, indivisa (da mesma maneira que, para Kant, há várias formas de imperativo, mas uma única forma pura de obediência à lei, a do imperativo categórico). Entende-se então por que, para fugir do caráter empírico-subjetivo inerente aos juízos estéticos, Schiller recorre ao critério de validade objetiva proporcionado pelo dever ser.

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•  É mediante a cultura ou educação estética, quando se encontra no “estado de jogo” contemplando o belo, que o homem poderá desenvolver-se plenamente, tanto em suas capacidades intelectuais quanto sensíveis. Esse é, aliás, o sentido da passagem mais famosa das cartas sobre A Educação Estética do Homem, a qual, segundo o próprio Schiller, “suportará o edifício inteiro da arte estética e da bem mais dificultosa arte de viver": “Pois, para dizer tudo de vez, o homem joga somente quando é homem no pleno sentido da palavra, e somente é homem pleno quando joga” No “impulso lúdico”, razão e sensibilidade atuam juntas e não se pode mais falar da tirania de uma sobre a outra.

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Caspar David Friedrich . As tumbas dos antigos heróis

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• No impulso lúdico, o homem não desfruta da liberdade mas de uma liberdade em meio ao mundo sensível. Isso acarreta uma conseqüência importante: para Schiller, sempre que contempla um objeto belo, o homem está ao mesmo tempo projetando simbolicamente sua própria liberdade nesse objeto. No juízo estético, a razão empresta a sua autonomia ao mundo sensível e é por isso que se pode afirmar que o belo é “liberdade no fenômeno".

•  Visto dessa perspectiva, o homem em sentido pleno – o homem lúdico – não busca apenas retirar-se à “clausura” de sua moralidade, mas empenha-se exatamente em dar vida as coisas que o cercam, em “libertar” os objetos que habitam sua sensibilidade, tornando possível um cultivo cada vez maior desta.

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Leocarés, c.  300 a.C.. “Apolo Belvedere” Estátua de mármore, de 2,24m, de Apolo, deus da poesia, da medicina, do sol e d a b e l e z a , c o m o arqueiro, no momento em que ele derrota a serpente Píton, em Delfos. Foi considerada, por muitos séculos, símbolo da beleza e da perfeição clássica do homem idealizado pelos gregos, e tido como símbolo de be l e za do homem ocidental

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Egon Schiele, Autorretrato agachado nu, 1917.

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•  Essas ambigüidades derivam, sem dúvida, da proximidade entre ética e estética na obra de Schiller. O homem estético (que é também o virtuoso) tem como imperativo aproximar dignidade e felicidade, dever e prazer no belo ou, sendo gênio, na obra de arte.