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Estigmas sociais da cobertura jornalística da Baixada Fluminense Gláucia ALMEIDA1 Reis Faculdades Integradas Hélio Alonso RESUMO Este artigo pretende fomentar a discussão sobre papel do Jornalismo na construção das identidades e memórias coletivas, na responsabilidade de publicar ou não publicar algo levando em conta as conseqüências sociais destas escolhas. Como exemplo histórico desse panorama, o artigo apresenta a região da Baixada Fluminense, uma região marcada por uma cobertura jornalística estigmatizada que tem como uma das consequências a baixa estima de seus moradores. Palavras-chave: Jornalismo; memória; Baixada Fluminense Introdução A carência de veículos de comunicação que realmente satisfaçam os interesses municipais e regionais e que tenham representatividade é evidente no contexto brasileiro. Insuficientes e, na maioria das vezes, com suas redações reunidas nos grandes centros, os meios de comunicação no Brasil reduzem sua cobertura do interior à reportagens esporádicas com abordagens sensacionalistas baseadas em escândalos e fatos isolados. Este artigo tem a incumbência de discutir sobre uma região cuja cobertura jornalística é carregada de preconceitos e estereótipos: a Baixada Fluminense. Composta por 13 municípios e com uma população de quase 4 milhões de habitantes no total (IBGE, 2009), a Baixada Fluminense compõe o segundo maior colégio eleitoral do estado com mais de 2 milhões de eleitores (IBGE, 2000). Historicamente destituída de atenção do poder público, a região é um ambiente fértil para a pesquisa em comunicação no que tange à sua história, à sua identidade e à representação que possui nas conjunturas fluminense e brasileira. Como campo para esta análise, a região da Baixada Fluminense tem um grande potencial, por ser vítima de um jornalismo superficial que não contribui para dar visibilidade às pautas locais e cria estigmas e rótulos que pouco a pouco tornam-se verdades na memória coletiva local. 1 Jornalista, pós graduanda em Gestão Estratégica da Comunicação no IGEC/FACHA.

Estigmas sociais da cobertura jornalística da baixada fluminense

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Este artigo pretende fomentar a discussão sobre papel do Jornalismo na construção das identidades e memórias coletivas, na responsabilidade de publicar ou não publicar algo levando em conta as conseqüências sociais destas escolhas. Como exemplo histórico desse panorama, o artigo apresenta a região da Baixada Fluminense, uma região marcada por uma cobertura jornalística estigmatizada que tem como uma das consequências a baixa estima de seus moradores.

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Page 1: Estigmas sociais da cobertura jornalística da baixada fluminense

Estigmas sociais da cobertura jornalística da Baixada Fluminense

Gláucia ALMEIDA1 Reis

Faculdades Integradas Hélio Alonso

RESUMO

Este artigo pretende fomentar a discussão sobre papel do Jornalismo na construção das

identidades e memórias coletivas, na responsabilidade de publicar ou não publicar algo

levando em conta as conseqüências sociais destas escolhas. Como exemplo histórico desse

panorama, o artigo apresenta a região da Baixada Fluminense, uma região marcada por uma

cobertura jornalística estigmatizada que tem como uma das consequências a baixa estima de

seus moradores.

Palavras-chave: Jornalismo; memória; Baixada Fluminense

Introdução

A carência de veículos de comunicação que realmente satisfaçam os interesses

municipais e regionais e que tenham representatividade é evidente no contexto brasileiro.

Insuficientes e, na maioria das vezes, com suas redações reunidas nos grandes centros, os

meios de comunicação no Brasil reduzem sua cobertura do interior à reportagens esporádicas

com abordagens sensacionalistas baseadas em escândalos e fatos isolados.

Este artigo tem a incumbência de discutir sobre uma região cuja cobertura

jornalística é carregada de preconceitos e estereótipos: a Baixada Fluminense. Composta por

13 municípios e com uma população de quase 4 milhões de habitantes no total (IBGE, 2009),

a Baixada Fluminense compõe o segundo maior colégio eleitoral do estado com mais de 2

milhões de eleitores (IBGE, 2000). Historicamente destituída de atenção do poder público, a

região é um ambiente fértil para a pesquisa em comunicação no que tange à sua história, à sua

identidade e à representação que possui nas conjunturas fluminense e brasileira.

Como campo para esta análise, a região da Baixada Fluminense tem um grande

potencial, por ser vítima de um jornalismo superficial que não contribui para dar visibilidade

às pautas locais e cria estigmas e rótulos que pouco a pouco tornam-se verdades na memória

coletiva local.

1 Jornalista, pós graduanda em Gestão Estratégica da Comunicação no IGEC/FACHA.

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Ao relacionar produção jornalística e auto estima, este artigo visa analisar algumas

conseqüências sociais que uma cobertura jornalística deficiente pode causar na identidade

coletiva de um povo bem como à sua auto imagem social. A intenção é relacionar a

representação midiática da Baixada – através de notícias postadas por veículos de mídia no

microblog Twitter - com a baixa auto-estima de seus moradores usando como embasamento

algumas declarações de baixadenses no próprio Twitter.

Jornalismo e Baixada Fluminense

Com o crescimento dos centros urbanos e a rapidez da vida moderna, o jornalismo

adquiriu a função de ser o olhar da sociedade, a janela que resume em forma de notícia o que

acontece à nossa volta. Porém, a atividade jornalística acaba sendo encarada por muitos como

uma apropriação exata do real, devido à falta de políticas educacionais para o consumo

midiático - educomunicação. Não fica totalmente claro para quem consome diariamente estas

informações que as notícias veiculadas são apenas um recorte da realidade, um enlace do real

que não está livre de distorções e manipulações, sejam elas propositais ou não.

Além dessa faceta equivocada de reprodutores da verdade, os meios de

comunicação passam uma sensação de onipresença. Com a abundância de informações

diárias, a impressão que temos é que qualquer fato de certa importância que aconteça ao redor

do mundo chegará ao nosso conhecimento rapidamente. Porém, essa percepção não se aplica,

visto que uma cobertura jornalística possui inúmeras limitações e sua abrangência ainda é

extremamente restrita.

Diante dessas limitações, o jornalismo acaba assumindo a função de classificar os

fatos enquanto dignos de serem noticiados ou não, de acordo com interesses editoriais e os

chamados valores notícia. Dessa forma, a atividade jornalística passou a ocupar na sociedade

contemporânea uma função de agendar (agenda-setting), formar e armazenar a memória

social.

De acordo com Cohen (1963), o conceito de agenda-setting esta ligado à

capacidade que os media tem em estabelecer os temas que devem ser dicutidos pela sociedade

e, dessa forma, influenciarem a agenda pública e a agenda política. De acordo com ele, o bom

desempenho da imprensa não está em definir o que as pessoas devem pensar, mas nos

assuntos que elas devem discutir. No entanto, este fato pode fomentar e mobilizar as esferas

públicas periféricas, a construção se sentido e a formação de pontos de vista.

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Como exemplo disso, podemos citar a abordagem da violência na Baixada

Fluminense feita pela mídia. A região tem a violência como marca histórica, desde o início

de sua ocupação e administração, sendo taxada como um local onde atuam grupos de

extermínio e milícias. A violência, advinda inicialmente das disputas pela terra – praticada

por jagunços e capatazes das fazendas –, é até hoje apresentada pelo jornalismo como algo

inerente à região, impossível de ser superado. Isso se comprova pelo fato de que a Baixada

Fluminense, na maioria das vezes, só é registrada pelo jornalismo em matérias que tratam de

assassinatos, roubos e outros tipos de violência. Os textos a seguir servem para embasar essa

hipótese, eles foram retirados do microblog Twitter2, postados por diferentes veículos de

mídia na Internet e um deles postado pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, entre o

período de 25 de janeiro de 2011 até 30 de janeiro de 2011.

rio_newsJan 25, 2:01pm via web:

Polícia estoura gatonet na Baixada Fluminense -http://rionews.ws/index/?p=21084 #Rio

g1Jan 25, 3:36pm via g1.com.br:

PM prende 5 suspeitos de assaltar policial na Baixada Fluminense http://glo.bo/gBmh2T

rio_newsJan 26, 6:43am via web:

Homem é morto a tiros na Baixada Fluminense -http://rionews.ws/index/?p=21196 #Rio

cesarmaiaJan 26, 9:06am via Twitter for BlackBerry®:

Mais UPP no circulo sul-norte-centro do Rio-Capital. A Baixada Fluminense passa a

concentrar os traficantes, o tráfico e a violência.

2 Os posts foram encontrados através da realização de uma busca com o termo “Baixada

Fluminense” no microblog Twitter. Esse mecanismo dá acesso a tudo que foi postado pelos usuários do Twitter que continha o termo pesquisado.

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rede_globo_rjtvJan 26, 9:48am via dlvr.it:

#RJTV Suspeito é baleado em tentativa de assalto na Baixada Fluminense http://dlvr.it/F6sQ1

rio_newsJan 26, 4:43pm via web:

Traficantes mortos em Niterói e na Baixada Fluminense -

http://rionews.ws/index/?p=21242 #Rio

g1Jan 28, 12:55am via g1.com.br:

PM prende suspeito de tentar matar ex-mulher na Baixada Fluminense http://glo.bo/ePx5BE

bandnewsfmrioJan 29, 1:01pm via web:

Um homem morreu e pelo menos quatro pessoas foram baleadas na Avenida General Mena

Barreto, no Centro de Nilópolis, na Baixada Fluminense.

Em apenas cinco dias, oito manchetes sobre violência na Baixada Fluminense

foram disparadas nessa rede social, no entanto, na era da Internet 2.0, essas mensagens que

associam violência ao nome Baixada Fluminense foram reproduzidas muito mais do que oito

vezes, sendo citadas e compartilhadas por um número incontável de pessoas, atingindo

milhares de usuários.

É possível perceber nesses pequenos exemplos a formação discursiva dominante

do jornalismo no que se refere à região. Essas manchetes reúnem palavras que por si só já têm

uma conotação associada à violência, ainda mais quando organizadas e reunidas em pequenas

frases de impacto. São elas: estoura, tiros, assalto, traficantes, tráfico, baleado, mortos. Um

vocabulário familiar aos ouvidos de quem reside na região.

Além disso, em apenas uma manchete o município onde ocorreu o episódio de

violência foi especificado, o que demonstra que é um exercício jornalístico natural associar os

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episódios de violência ao nome Baixada Fluminense, tratando a região como um grande

enlatado de violência, ignorando qualquer peculiaridade e distinção entre seus 13 municípios.

1. Memória e auto-estima na Baixada Fluminense

Brasiliense (2008) em sua dissertação de mestrado aborda a construção narrativa

feita pelo jornal O Globo sobre a chacina da Candelária e afirma que ao selecionar uns fatos

em detrimentos de outros e escolher os lugares que estes vão ocupar numa página ou como

serão abordados num telejornal, o jornalismo está selecionando o que será lembrado e o que

será perdido pela memória social, porém, na maioria das vezes, partindo de uma ótica

antidemocrática.

A memória é uma instância de mediação essencial e necessária para

que se constitua a realidade. O jornalista constrói a memória tanto pela

via das lembranças, quanto do esquecimento. Na medida em que a

memória vai sendo construída no fluxo dos discursos da imprensa, os

tempos se tornam flexíveis, o passado é retomado, o presente é

reconfigurado e o futuro planejado (BRASILIENSE, 2008, p. 4).

Se partirmos da ideia de que a memória é uma dimensão fundamental na

constituição da identidade social e que envolve práticas narrativas e gerenciamento do real

através das práticas discursivas, a mídia é, por definição, lugar central desse processo. É como

aponta Velho: “o projeto e a memória associam-se e articulam-se ao dar significado à vida e

às ações dos indivíduos, em outros termos, à própria identidade” (1994, p.101).

Canclini (1998) assinala a necessidade de criar mitos e monumentos de

preservação do passado como marcos fundamentais na construção das identidades, incluindo

nesse processo os documentos escritos como estratégias de armazenamento de memória. Da

mesma forma funciona a imprensa, Jornalismo é memória, e na sociedade atual baseada na

efemeridade, um acontecimento que não tem representação na mídia é uma informação que

cai no esquecimento mais facilmente. É o caso dos inúmeros eventos culturais, esportivos e

acontecimentos sociais que ocorrem na Baixada Fluminense que não chegam aos jornais

impressos, rádios ou telejornais do Rio de Janeiro, caindo no esquecimento e sendo

sobrepostos por matérias sobre violência.

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Para Stuart Hall (1997), representação é uma prática que permite dar significado ao

mundo e criar uma realidade comum entre as pessoas, por meio de uma relação de

pertencimento a um mesmo mundo social. Ou seja, se uma sociedade é representada de forma

insuficiente ou distorcida, isso irá refletir na imagem ela que terá de si mesma e na identidade

coletiva deste grupo.

Esta realidade está expressa em todos os sentidos na Baixada Fluminense. Assim

como em muitos outros lugares do Brasil, a Baixada sobrevive há mais de oito décadas -

desde as primeiras vilas em Iguassú Velho - quase sem assistência e atenção do poder público,

somada ao preconceito e desprezo por parte da mídia. Tanto o Estado quanto os meios de

comunicação apenas se fazem presentes esporadicamente, em caso de tragédias,

acontecimentos espetaculares e durante os períodos eleitorais.

Num mundo abarcado pela mídia por todos os lados a Baixada Fluminense é um

exemplo de uma região historicamente sem voz que por consequência não aprendeu a se fazer

ouvir. Além disso, a cobertura deficiente e estigmatizada praticada pela grande mídia reforça

a baixa auto-estima dessa população e o sentimento de desvalorização do lugar onde vivem,

influindo diretamente na memória deste povo e na sua identidade coletiva.

Os textos abaixo foram postados por moradores da Baixada e de outras localidades e

demonstram o. Eles foram retirados do microblog Twitter, através de uma busca no mesmo

período de tempo em que foi realizada a busca por notícias – de 25 de janeiro de 2011 até 30

de janeiro de 2011.

limanke Jan 25, 3:08am via web:

bom se acha o tal por ser filho unico? filho se toca vc mora na baixada fluminense sua

realidade é essa acorde!

RVBRquerida Jan 26, 9:42am via web:

Adouro quando minha localidade sai no jornal RT @g1 Suspeito é baleado em tentativa de

assalto na Baixada Fluminense http://glo.bo/fyOpwa

Analizpr Jan 26, 4:06pm via ÜberTwitter:

Um desabafo: Funcionalismo público + baixada fluminense não são uma boa combinação...

raquelffc Jan 27, 1:25am via Twitter for iPhone:

Pessoas que moram na Baixada Fluminense parecem ser tristes.

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ThiagoPereiraS Jan 28, 1:09am via web :

@rede_globo_rjtv Quem mora na "Baixada Fluminense" detesta esse nome. Especifique o

município.

thaiseiras Jan 28, 6:46pm via web :

Odeio a Baixada Fluminense, odio eterno

joyvianna Jan 29, 10:37pm via web:

@Anahi por que voce nao me responde ? so por que eu sou preta e moro na Baixada

Fluminense ?

CaiioDM Jan 30, 3:31am via web

@naiapenas EU NÃO LIGO , mas sabe como os pobres de Baixada fluminense é NE

aaaagatha Jan 30, 6:19pm via web

Muito ódio no coração. Educação do Rio de Janeiro ? Baixada Fluminense? Nota 0.

São nove declarações que resumem um sentimento generalizado de preconceito,

desesperança, baixa auto-estima e inferioridade no que tange ao sentimento de pertença à

Baixada Fluminense. A demonstração do sentimento de ódio em três das oito frases refletem

bem a imagem que a Baixada tem para quem vive ali. Assim como o uso de expressões e

figuras de linguagem que traduzem um sentimento de vergonha de residir no local.

Clarice Libânio e Ronaldo Silva tratando da auto-estima dos moradores de favelas

entendem que “a auto-estima envolve a percepção que o sujeito tem de si, seus sentimentos

em relação à sua imagem. (..) constrói-se a auto-estima com o gostar de si mesmo, a partir do

reconhecimento do outro”. Um reconhecimento que há décadas é feito às avessas diariamente

pela mídia, favorecendo para criar um conceito de Baixada extremamente violenta e sem

perspectivas e fixar essa imagem negativa na memória social dos seus moradores.

2. Conclusão

O jornalismo é uma atividade que por sua essência deveria contribuir para que as

reivindicações populares tenham visibilidade e sejam atendidas pelos poderes constituídos.

Além disso, deveria ser um instrumento que se prestasse, em especial, a pequenas e médias

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comunidades na busca pelo engajamento político e pela solução de questões justamente

coletivas.

No entanto, o quadro atual do jornalismo praticado pela grande mídia é bem

diferente. Em nome da isenção e da objetividade, a imprensa se afasta cada vez mais dos

temas de interesse público, atuando de forma superficial, como um órgão de denúncias em

busca de catástrofes e atentados de violência que nos sensibilizam para assuntos que não

fazem parte do nosso interesse enquanto comunidade.

Na Baixada Fluminense, não exclusivamente é claro, o jornalismo nunca se

mostrou como uma alternativa na representação de suas demandas. A repetição de produtos

jornalísticos que associam violência e Baixada Fluminense tem contribuído para formar uma

legião de desiludidos, influenciando diretamente na capacidade desses moradores enquanto

atores sociais.

Além disso, o „denuncismo‟ praticado pelos veículos de mídia não propõem

soluções ou investigam o histórico dos fatos, gerando matérias jornalísticas vazias e

puramente comerciais. Isso contribui para o sentimento de descrédito no poder do Estado

verificado nas declarações postadas no Twitter, criando uma desesperança em seus

moradores, que muitas vezes é confundida com apatia e conformismo políticos.

3. Referências

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomáz Tadeu da Silva e

Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP &A. 2003. 7ª ed. ou reimpressão.

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http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2009/POP_2009_TCU.pdf

VELHO, Gilberto. Observando o familiar. In: A aventura sociológica: objetividade, paixão,

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