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EXPANSÃO MARÍTIMA (SÉCS. XV-XVI)Professor
José Knust
Monumento aos Descobrimentos, em Lisboa
PARTE 1: A EUROPA E O MUNDO
Mappa Mundi in La Fleur des Histoires (1459-1463)
O conhecimento sobre a geografia do mundo é uma construção histórica.
Isto é, ele varia ao longo do tempo e entre as diferentes sociedades.
Reprodução provável do mapa do
grego Eratóstenes, de 220 a.C.Conhecimento europeu sobre o resto do mundo: muito limitado
por séculos. Conheciam apenas partes do norte da África, do
Oriente Médio e, em menor medida, da Ásia oriental.
Reprodução de 1482
do modelo de PtolomeuConhecimento europeu sobre o resto do mundo: muito limitado
por séculos. Conheciam apenas partes do norte da África, do
Oriente Médio e, em menor medida, da Ásia oriental.
Conhecimento europeu sobre o resto do mundo: muito limitado
por séculos. Conheciam apenas partes do norte da África, do
Oriente Médio e, em menor medida, da Ásia oriental.
Boa parte do conhecimento europeu
sobre o resto do mundo vinha de relatos
de viajantes e histórias fabulosas.
Ilustrações medievais de
cópias do “Livro das
maravilhas” de Marco Polo
Mapa em T e O medieval
Mapa cantino, Portugal, 1502
Foi em um curto espaço de tempo em que os europeus travaram
contato e foram capazes de mapear boa parte do mundo.
Isso ocorreu durante a Expansão Marítima.
Planisfério de Mercator, 1587Foi em um curto espaço de tempo em que os europeus travaram
contato e foram capazes de mapear boa parte do mundo.
Isso ocorreu durante a Expansão Marítima.
PARTE 2: O CONTEXTO HISTÓRICO DA EXPANSÃO MARÍTIMA
Claude Lorrain, Port de Mer
EXPANSÃO COMERCIAL
Ao longo da baixa Idade
Média, o desenvolvimento
comercial estimulou o
contato dos Europeus com
povos de outros continentes.
A partir do século XIII, a República de Veneza
conquistou diversas regiões no Mediterrâneo
Esses contatos se davam
especialmente através do
Mar Mediterrâneo, mas
navegações também
começaram a ocorrer pelo
Atlântico.
Rotas comerciais de Gênova e Veneza na Baixa Idade Média
EXPANSÃO COMERCIAL
Depois da crise do século XIV, a economia europeia
voltou a se expandir no século XV.
Busca por rotas comerciais com o Oriente e com a África.
Busca por metais preciosos (especialmente ouro e prata
para cunhagem de moedas).
A conquista de Constantinopla pelos
turcos em 1453 estimulou a busca por
novas rotas para o Oriente.
RECONQUISTA IBÉRICA
Não foi a toa que os primeiros reinos
europeus a se lançarem às grandes
navegações foram os Ibéricos.
Estes reinos atacavam os muçulmanos
no norte da África e navegavam pela
costa africana em busca de aliados
contra os muçulmanos.
A conquista de Ceuta em 1415 marca o
início da “Expansão Marítima Portuguesa”,
mas é ao mesmo tempo a continuação da
“Reconquista Ibérica”.
TECNOLOGIAS DE NAVEGAÇÃO
A navegação no Oceano era
muito mais difícil e arriscada
do que no Mediterrâneo.
A adoção e desenvolvimento
de métodos e instrumentos de
navegação (muitas vezes
trazidos no Oriente) permitiu a
superação dessas dificuldades.
QuadranteAstrolábio
Caravela
Bússola
Mapas de navegação
PARTE TRÊS: OS PORTUGUESES NA ÁFRICA E ÍNDIA
DIFERENTES INTERESSES NAS NAVEGAÇÕES
Diferentes interesses por grupos sociais
1. Comerciantes: acesso a novas rotas
comerciais.
2. Nobres: continuação das guerras contra os
muçulmanos e conquista de terras.
3. Igreja: catequização de novos povos.
4. Rei: expansão dos territórios reais e novas
fontes de renda.
No processo de expansão marítima, os
portugueses tinham três objetivos principais:
1. Colonizar novas terras, o que fizeram nas ilhas do atlântico.
2. Buscar acesso às rotas comerciais do Saara pelo litoral africano, estabelecendo feitorias e relações com os reinos na costa atlântica da África.
3. Descobrir uma nova rota para Índia costeando a África.
OS PORTUGUESES NO ATLÂNTICO
Gil Eanes foi o primeiro navegador a
dobrar o Cabo Bojador, em 1434
(depois de 15 expedições enviadas pela
coroa portuguesa terem falhado).
Diogo Cão
desbravou o Rio
Congo entre
1485 e 1486.
OS PORTUGUESES NO ÍNDICO
Bartolomeu Dias em
1488 foi o primeiro
navegador europeu
a dobrar o Cabo
das Tormentas
(depois chamado da
Boa Esperança)
Vasco da Gama liderou a frota que finalmente
atingiu a Índia contornando a África em 1498.
PARTE QUATRO: A DESCOBERTA (?) DA AMÉRICA
John Vanderlyn, Columbus Landing
at Guanahani, 1492 (1837-47)
AS VIAGENS DE COLOMBO
Colombo conseguiu convencer os
reis espanhóis a financiar uma
pequena frota para explorar uma
rota ocidental para as Índias (isto
é, circunavegando a Terra).
Na verdade, sua viagem descobriu
um novo continente – fato que só
foi realmente percebido por outro
navegador, Américo Vespúcio.
TRATADO DE TORDESILHAS
Portugal e Espanha entraram em acordos mediados pelo Papa sobre as áreas de atuação de suas expansões marítimas.
O Tratado de Tordesilhas, de 1494, estabeleceu essas áreas.
OS PORTUGUESES NA AMÉRICA
Em 1500, uma frota portuguesa
liderada por Pedro Álvares
Cabral, que navegava rumo à
Índia, aportou em uma parte
desconhecida do novo continente.
Depois de reconhecer (e “tomar
posse”) da nova terra, a frota
continuou sua viagem para a Índia.
Durante algumas décadas, a parte portuguesa da América recebeu pouca
atenção se comparada a “Carreira da Índia” (a navegação até a Índia).
PARTE CINCO:A ERA DAS DESCOBERTAS
Em menos de 100 anos os europeus haviam desbravado quase todo o globo. Isso trouxe transformações
importantes sobre a visão de mundo e nas relações da Europa com o resto do mundo.