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O racionalismo é a corrente filosófica que
iniciou com a definição do raciocínio como
uma operação mental, discursiva
e lógica que usa uma ou
mais proposições para extrair conclusões, ou
seja, se uma ou outra proposição é
verdadeira, falsa ou provável.
Essa era a ideia central comum ao conjunto
de doutrinas conhecidas tradicionalmente
como racionalismo. O racionalismo é em
parte, a base da Filosofia, ao priorizar
a razão como o caminho para se alcançar a
Verdade
O racionalismo afirma que tudo o que existe tem uma causa inteligível, mesmo que essa causa não possa ser demonstrada empiricamente, tal como a causa da origem do Universo. Privilegia a razão em detrimento da experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento. Considera a dedução como o método superior de investigação filosófica.
O racionalismo é baseado nos princípios da
busca da certeza, pela
demonstração e análise, sustentados,
segundo Kant, pelo conhecimento a priori,
ou seja o conhecimento que não é inato nem
decorre da experiência sensível mas é
produzido somente pela razão.
Essa corrente surgiu como doutrina no
século I antes de Cristo para enfatizar que
tudo que é existente é decorrente de uma
causa. Muito tempo depois, já na Idade
Moderna, os filósofos racionalistas adotaram
a matemática como elemento para expandir
a ideia de razão e a explicação da realidade.
Tradicionalmente, o Racionalismo era
definido pelo raciocínio como operação
mental, discursiva e lógica para extrair
conclusões. As inovações humanas
apresentadas com o advento do
Renascimento consolidaram o Racionalismo
com o acréscimo de elaborações e
verificações matemáticas.
Materialismo é a “corrente de pensamento
que afirma a precedência da matéria sobre o
espírito ou a mente, e que constitui a base
de várias escolas filosóficas, desde os
antigos gregos até a época atual" ou "no
pensamento marxista, aquilo que é
necessário à sobrevivência do homem em
sociedade e que fundamenta a estrutura
econômica da sociedade organizada".
É um sistema que admite que as chamadas
condições concretas materiais, são
suficientes para explicar todos os fenômenos
que se apresentam à investigação, inclusive
os fenômenos mentais, sociais e históricos.
MATERIALISMO HISTÓRICO
Visa explicar as mudanças e o desenvolvimento da história, utilizando-se de fatores práticos, tecnológicos e o modo de produção. As mudanças tecnológicas e do modo de produção são os dois fatores principais de mudança social, política e jurídica. É associado ao marxismo e muitos acreditam que foi Karl Marx que desenvolveu esta teoria. Porém, o desenvolvimento desta teoria esta presente na história da sociologia e antropologia.
O Iluminismo foi um movimento intelectual que
surgiu durante o século XVIII na Europa, que
defendia o uso da razão contra o antigo regime
e pregava maior liberdade econômica e política.
Este movimento promoveu mudanças políticas,
econômicas e sociais, baseadas nos ideais de
liberdade, igualdade e fraternidade.
A burguesia apoiava o iluminismo, pois tinham
interesses comuns.
As críticas do movimento ao Antigo Regime
eram em vários aspectos como, por
exemplo:
- O Mercantilismo;
- O Absolutismo monárquico;
- Poder da igreja e as verdades reveladas
pela fé.
E defendiam:
- A liberdade econômica, sem o estado
intervir na economia;
- O Antropocentrismo (o homem no centro do
universo), o avanço da ciência e da razão.
- O predomínio da burguesia e seus ideais.
As ideias liberais do Iluminismo se
espalharam rapidamente pela população.
Alguns reis absolutistas, com medo de
perder o governo - ou mesmo a cabeça -,
passaram a aceitar algumas ideias
iluministas. Estes reis eram denominados
Déspotas Esclarecidos, pois conciliavam o
jeito de governar absolutista com as ideias
de progresso iluministas.
CONTRATO SOCIAL
O contrato social foi um acordo entre os membros da sociedade, que reconhecem a autoridade, igualmente a todos, com um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante. Jean-Jacques Rousseau foi o autor da obra “O contrato social”, onde afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica para todos cidadãos.
Principais filósofos do iluminismo:
Voltaire (1694-1778)
François Marie Arouet Voltaire destacou-
se pela sua defesa a liberdade do
pensamento, as críticas feitas ao clero,
à prepotência dos poderosos e a
inflexibilidade religiosa. Ele nasceu na
cidade de Paris em 1694, morrendo na
mesmo em 1778. Foi um importante
ensaísta, escritos e filósofo iluminista
francês. Exemplos de suas obras:
- Édipo – 1718;
- Brutus – 1730.
Montesquieu (1689-1755)
Charles de Montesquieu foi um
importante filósofo, político e escritor
francês. Nasceu em 1689, na cidade de
Bordeaux, na França. É considerado um
dos grandes filósofos do iluminismo. Era
contra o absolutismo (forma de governo
que concentrava todo poder do país nas
mãos do rei). Criticava o clero católico,
principalmente, sobre seu poder e
interferência política. Defendia aspectos
democráticos de governo e o respeito às
leis. Na obra “O espírito das leis”
defendeu a tripartição de poderes:
Legislativo, Executivo e Judiciário.
O empirismo significa experiência, é uma corrente de pensamento basicamente inglesa, em uma Inglaterra peculiar com respeito ao resto da Europa. As revoluções burguesas contra o absolutismo de 1640-1650, comuns a toda Europa, só conseguiram triunfar na Inglaterra, onde ao poder econômico da burguesia se somou o poder político da nobreza. Depois de um período de graves crises políticas e guerras civis, instaura-se em 1688 a monarquia parlamentar, triunfando assim os interesses econômicos, políticos e culturais da burguesia.
A partir de agora será a Inglaterra a potência a imitar, e entre os inspiradores da Ilustração destacarão dois ingleses: Locke (teórico do liberalismo político) e Newton. Coincide com o racionalismo em considerar o problema do conhecimento como e assunto central da filosofia, mas as respostas são, de modo geral, opostas. Por outra parte, tanto racionalismo como o empirismo toma como modelo a ciência moderna mas enquanto os primeiros o fazem em seu aspeto matemático, os segundos recolhem a importância da experiência.
As características principais do empirismo são:
1. A origem do conhecimento é a experiência. A mente é uma "Tabela rasa" que tem de ser recheada de conteúdo empírico. Negam-se por tanto as ideias inatas que defendia o racionalismo.
2. O conhecimento humano tem um limite: a própria experiência. Todo conhecimento que pretenda ir para além da experiência é ou meramente provável ou duvidoso. O ceticismo de Hume será o mais claro exemplo de desavença com a pretensão racionalista de um conhecimento absoluto.
CRITICA AO ABSOLUTISMO
Os pensadores iluministas daquela época como: Voltaire, Diderot, Montesquieu, John Locke, Rousseau, Adam Smith foram os responsáveis pelo pensamento moderno, a defesa do racionalismo, defesa da livre circulação de ideias.As principais ideias desses pensadores eram: Criação de três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), descrença de ideias inatas, todos os pensamentos são baseados em sentidos, Criticavam a intolerância, defendiam a liberdade de expressão, religião e comércio, Rousseau dizia que o homem era puro em seu estado de natureza e que era a sociedade que o corrompia.
CONTRATO SOCIAL
A questão que se colocava era a seguinte: como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em sociedade? Segundo Rousseau, isso seria possível através de um contrato social, por meio do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva.
Rousseau percebeu que a busca pelo bem-estar seria o único móvel das ações humanas e, da mesma, em determinados momentos o interesse comum poderia fazer o indivíduo contar com a assistência de seus semelhantes.
Por outro lado, em outros momentos, a concorrência faria com que todos desconfiassem de todos. Dessa forma, nesse contrato social seria preciso definir a questão da igualdade entre todos, do comprometimento entre todos. Se por um lado a vontade individual diria respeito à vontade particular, a vontade do cidadão (daquele que vive em sociedade e tem consciência disso) deveria ser coletiva, deveria haver um interesse no bem comum.
Este pensador acreditava que seria preciso
instituir a justiça e a paz para submeter
igualmente o poderoso e o fraco, buscando a
concórdia eterna entre as pessoas que
viviam em sociedade. Um ponto fundamental
em sua obra está na afirmação de que a
propriedade privada seria a origem da
desigualdade entre os homens, sendo que
alguns teriam usurpado outros.
Daí a importância do contrato social, pois os homens, depois de terem perdido sua liberdade natural (quando o coração ainda não havia corrompido, existindo uma piedade natural), necessitariam ganhar em troca a liberdade civil, sendo tal contrato um mecanismo para isso. O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste contrato, isto é, agente do processo de elaboração das leis e de cumprimento destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si mesmo seria um ato de liberdade.
CONCEITO DE LIBERDADE
Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto de ideias liberais e dos direitos de cada cidadão.
Thomas Hobbes entende a liberdade como, “ a ausência de impedimentos externos”, o homem age conforme seu julgamento e razão e realiza suas próprias ações, sejam elas para o seu bem ou para preservar sua natureza.
CONCEITO DE IGUALDADE
Igualdade é a falta de diferenças entre duas
coisas, que possuem o mesmo valor ou são
interpretadas a partir do mesmo ponto de
vista, em comparação a
outra coisa ou pessoa.
CONCEITO DE DIREITOS UNIVERSAIS DO
HOMEM E DO CIDADÃO
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi anunciada ao público em 26 de agosto de 1789, na França. "Ela está intimamente relacionada com a Revolução Francesa. Para ter uma ideia da importância que os revolucionários atribuíam ao tema dos direitos, basta constatar que os deputados passaram cerca de 10 dias reunidos na Assembleia Nacional francesa debatendo os artigos que compõem o texto da declaração. Isso com o país ainda a ferro e a fogo após a tomada da Bastilha em 14 de julho do mesmo ano".
A importância desse documento nos dias de
hoje é ter sido a primeira declaração de
direitos e fonte de inspiração para outras que
vieram posteriormente, como a Declaração
Universal dos Direitos Humanos aprovada
pela ONU (Organização das Nações
Unidas), em 1948. Prova disso é a
comparação dos primeiros artigos de ambas:
• O Artigo primeiro da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, diz: "Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum".
• O Artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948: "Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade".
HISTÓRICO DE FILÓSOFOS
John Locke: Foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social.
Nascimento: 29 de agosto de 1632, Wrington, Reino Unido;
Falecimento: 28 de outubro de 1704, High Laver, Reino Unido;
Nacionalidade: Inglês;
Educação: Westminster School, Christ Church;
Influências: Thomas Hobbes, René Descartes, Aristóteles, Platão.
Thomas Hobbes: Foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã e Do cidadão. Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de um enorme governo e de uma enorme sociedade.
Nascimento: 5 de abril de 1588, Westport;
Falecimento: 4 de dezembro de 1679, Derbyshire, Reino Unido;
Nacionalidade: Inglês;
Filiação: Thomas Hobbes Sr;
Irmão: Edmund Hobbes.
David Hume: Foi um filósofo, historiador e ensaísta britânico nascido na Escócia que se tornou célebre por seu empirismo radical e seu ceticismo filosófico.
Nascimento: 7 de maio de 1711, Edimburgo, Reino Unido;
Falecimento: 25 de agosto de 1776, Edimburgo, Reino Unido;
Nacionalidade: Escocês;
Influências: René Descartes, John Locke, George Berkeley;
Filiação: Joseph Home, Katherine Falconer.
Jean-Jacques Rousseau: Foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.
Nascimento: 28 de junho de 1712, Genebra, Suíça;
Falecimento: 2 de julho de 1778, Ermenonville, França;
Nacionalidade: Suíço;
Peças: Pigmalião;
Irmão: François Rousseau.
Charles-Louis de Secondat: Barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu, foi um político, filósofo e escritor francês.
Nascimento: 18 de janeiro de 1689, Brède, França;
Falecimento: 10 de fevereiro de 1755, Paris, França;
Nacionalidade: Francês;
Local Do Casamento: Bordéus, França;
Influências: John Locke, Thomas Hobbes, Aristóteles, Adam Smith,René Descartes, Jean Bodin, Cícero, Nicolas Malebranche.
François Marie Arouet: Mais conhecido como Voltaire, foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês. Conhecido pela sua perspicácia e espiritualidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio.
Nascimento: 21 de novembro de 1694, Paris, França;
Falecimento: 30 de maio de 1778, Paris, França;
Nacionalidade: Francês;
Educação: Lycée Louis-le-Grand (1704–1711);
Peças: Oedipus, O Fanatismo ou Maomé.
Immanuel Kant: Foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo da era moderna.
Nascimento: 22 de abril de 1724, Königsberg, Alemanha;
Falecimento: 12 de fevereiro de 1804, Königsberg, Alemanha;
Nacionalidade: Prussiano;
Educação: Universidade de Königsberg (1740–1746);
Influências: René Descartes, Aristóteles, David Hume, Platão.