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Resumo da história dos principais movimentos e expoentes da filosofia ocidental - moderna e contemporânea.
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Uma síntese da tradição ocidental.
PARTE II
Filosofia Moderna e Contemporânea.
Prof. Douglas Gregorio.
FILOSOFIA CLÁSSICA.
A burguesia surge como classe ascendente.
A reforma protestante traz novas formas de tratar da fé.
O Renascimento confere força às artes e às ciências independentes da Igreja.
A razão, e não mais a fé, novamente passava a explicar o mundo.
Eram novos tempos : A MODERNIDADE.
Filosofia Moderna.
O centro das questões estava dentro do próprio homem: a razão.
O mundo foi reordenado para ser representado através de relações matemáticas e geométricas metodicamente utilizadas para distinguir o verdadeiro do falso – Penso, logo existo – posso duvidar de tudo, menos que existo – a DÚVIDA tornou-se ferramenta científica; se há dúvida sobre algo... Não pode ser verdadeiro.
Descartes – as idéias vem primeiro...
O MÉTODO1 – Evidência: só o indubitável é verdadeiro,
clareza e distinção.2 – Análise: dividir o problema em quantas
partes forem necessárias para a resolução.3 – Síntese: sempre partir das questões mais
simples para as mais complexas.4 – Enumeração: rever cada etapa do
processo pela certeza de nada omitir.
Descartes – as idéias vem primeiro...
O heliocentrismo de Copérnico tornou o universo infinito e o sol, não mais a Terra, ocupou o centro.
A observação metódica calcada em raciocínios matemáticos tornou-se fundamento do saber – a fé saía da cena científica.
Saem de cena a física de Aristóteles e o geocentrismo de Ptolomeu; a natureza é um livro escrito em caracteres matemáticos, sistematicamente explicada pela OBSERVAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO.
Galileu – a Nova Ciência.
Platão, e depois Descartes defenderam a teoria do INATISMO – as idéias existem na mente desde o seu nascimento e se manifestam com o tempo.
John Locke representa uma escola que rejeita esta teoria.
Para os EMPIRISTAS, a mente humana nasce como uma tábula rasa, e o conhecimento nela se forma somente através da experiência sensível (empiré em grego) – ver, tocar, cheirar, degustar, ouvir.
O empirismo: saber, só depois da experiência sensível.
Os racionalistas inatistas colocavam o problema do conhecimento no sujeito pensante, enquanto os empiristas o situavam na questão do objeto a ser estudado.
Immanuel Kant, um dos principais filósofos de toda a cultura ocidental, percebeu que ambas as correntes faziam sentido, e as conciliou.
Para Kant, havia o conhecimento empírico (pelos sentidos) e o conhecimento puro (p. ex.: a matemática) que é anterior à experiência sensível.
Kant: a razão – eis o problema!
Kant fez toda uma classificação dos juízos:Juízo analítico – contido no sujeito: “um
quadrado tem quatro lados”.Juízo sintético: não contido no sujeito: “os
corpos se movimentam”.Juízo sintético a posteriori: ocorre no tempo
e no espaço: os corpos se movimentam se aplicada uma força sobre eles”.
Juízo sintético a priori: é universal e necessário: “um mais um é igual a dois”.
Kant: a razão – eis o problema!
Além do problema do conhecimento, a POLÍTICA foi outro problema muito presente na filosofia moderna.
Dennis Diderot organizou a Enciclopédia, uma coletânea do pensamento dos principais intelectuais da época.
O ILUMINISMO foi um movimento que culminou com a Revolução Francesa.
Assim, pensadores como Rousseau e Montesquieu, e John Locke deram as bases do nosso atual modelo de organização política, o Estado nacional organizado na república democrática, comandado por representantes eleitos pelo povo e regulado pela divisão do poder entre executivo, legislativo e judiciário.
O Estado Moderno.
Com a Revolução Francesa, acabou-se a ditadura dos Estados monárquicos, e a prática da política adquiriu formas diferentes.
A Nova Ciência, sem a censura da Igreja, conheceria grande desenvolvimento; surgiram as navegações e a AMÉRICA surgiu como novo mundo.
A burguesia consolidada no poder multiplicou sua riqueza e a economia assumiu novos contornos: O CAPITALISMO.
O desenvolvimento tecnológico deu impulso à REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, e com ela surgiram os grandes centros urbanos, e a população do mundo se multiplicou.
Filosofia contemporânea.
Darwin em “A Origem das Espécies” afrontou o dogma da criação divina – o homem não surgiu de um boneco de barro, o homem veio do macaco.
Com certeza, novos e conturbados tempos... neste cenário destacaram-se em especial três pensadores, considerados os mais influentes na contemporaneidade: NIETZSCHE, FREUD E MARX.
Filosofia contemporânea.
Apesar da sociedade ser dividida em classes sociais conforme a divisão do trabalho, hoje temos leis mais fortes que, apesar de não resolverem todos os problemas, amenizam as relações entre ricos e pobres.
No início do capitalismo, a exploração do trabalho humano nas indústrias atingia situações hoje inaceitáveis, como turnos de 16 horas diárias, sem descanso semanal, férias, salário definido, registro profissional e vários outros direitos hoje defendidos pela lei.
A exploração do homem pelo homem.
Que cada um produza segundo as suas capacidades, e receba segundo suas necessidades. Para tanto, cabe ao Estado controlar os meios de produção e promover a igualitária distribuição das riquezas – que acabe a divisão entre ricos e pobres! – grosso modo, estes são os princípios que pautam a filosofia socialista.
Sem dúvida, o maior expoente deste pensamento é o alemão Karl Marx, autor de “O Capital” – uma filosofia que dividiu radicalmente o mundo em dois no século XX.
Trabalhadores do mundo, uni-vos!
SIGMUND FREUD, o pai da psicanálise, falou que a origem dos males vinham das perturbações da mente humana.
Para tanto, usou o revolucionário conceito de inconsciente, onde trazemos desejos ancestrais e guardamos nossos medos, repulsas e prazeres.
O inconsciente dividiu a mente humana em três substratos: ID – nossos instintos. EGO – o ID socializado por regras repressivas. SUPEREGO – pólo oposto ao ID, representa a
moralidade assimilada e aceita.Enfim, Freud foi ousado ao afirmar que a
SEXUALIDADE é a força motriz da vontade, das ações, enfim, da vida humana.
Ele explica...
Um dos mais polêmicos e ousados pensadores da história da filosofia, Friedrich Nietzsche, é pautado pela contestação dos valores da civilização. Moral de escravos – acatar valores de
“bem” e “mal” representa uma humanidade submissa à ilusão de verdades definitivas.
Moral dos senhores – a moral do “além do homem” (super homem em algumas traduções), o espírito livre que superou a dominação das ilusões.
“Deus está morto!” proclamou o filósofo, com o fim das certezas, a denúncia do cristianismo como forma de escravidão da civilização, e a afirmação da vontade de potência do homem.
Nietzsche – marteladas e dinamite.
Não sou um homem, sou uma
dinamite – filosofar com o martelo – são
frases famosas de Nietzsche.
A questão ambiental: como gerar recursos de sobrevivência para a humanidade e ao mesmo tempo preservar a natureza?!
Direitos humanos e igualdade: como continuar convivendo com o abismo que separa povos ricos de povos pobres?!
A ética científica: transgênicos, clonagem, cobaias, células-tronco – até onde podemos ir?!
Homossexualidade, aborto, eutanásia – o futuro da moral.
A virtualidade, cibercultura – uma revolução que está abalando os alicerces da nossa civilização.
Oriente e ocidente – mundo cristão e mundo muçulmano em guerra.
Temas da Filosofia hoje:
Grupo de estudos e pesquisas Cibernética Pedagógica. LLD - Laboratório de linguagens Digitais da ECA - USP.
Imagens: Google.
Prof. Douglas Gregorio.
www.kafenacoca.blogspot.com
Outubro de 2010.