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1 do estudante Núm. 33 - ANO III 2ª quinzena - Maio/2014 Folhetim do estudante é uma publicação de cunho cultural e educacional com artigos e textos de Professores, alunos, membros de comunidades das Escolas Públicas do Estado de SP e pensadores humanistas. Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br Sugestões e textos para: [email protected] Marca d´água “A Bússola e o Mapa” Carta ao Leitor... pág. 3 Opinião... pág. 2 Resenhas... págs. 4 e 5 EDITORIAL Produzindo o gênero textual antologia A proposta de elaboração de uma antologia literária foi pensada como ponto de partida para uma reflexão sobre a linguagem da modernidade na literatura brasileira nas primeiras décadas do século XX. Além disso, foi uma boa oportunidade para estudar a antologia como gênero textual e aproximar os alunos de alguns dos nomes mais importantes do nosso Modernismo. O trabalho foi inspirado na proposta de atividade do Caderno do professor, vol. 1, 3ª série do Ensino Médio da SEE de São Paulo, o que facilitou sua execução, pois o projeto é delineado passo a passo, de forma didática no Caderno do aluno (p. 30-31), facilitando a organização e compreensão dos alunos. Como motivação, levei para sala de aula alguns exemplos de antologia, inclusive algumas que continham produções de ex- alunos da escola, como a que resultou do concurso literário “Pode pá que é nóis que ta” (2013) e Concurso literário SESC Santo Amaro (2002). As produções foram realizadas em grupos de 5 a 8 alunos. Cada grupo definiu o eixo temático de sua antologia e os autores que a integrariam. Além da pesquisa sobre autores e suas produções, os alunos também tiveram que elaborar um texto expositivo que contextualizasse para o leitor da antologia a época de produção dos textos, as influências de seus autores, a importância da Semana de Arte Moderna de 1922 e as gerações modernistas. As dificuldades encontradas foram muitas, mas o resultado, se não perfeito, é um exemplo legítimo de que a partir de propostas simples podemos dar mais sentido às nossas aulas. Profª. Jane A. Oliveira E. E. Com. Miguel Maluhy Folhetim

Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 33

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1

do estudante Núm. 33 - ANO III

2ª quinzena - Maio/2014

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos de

Professores, alunos, membros de

comunidades das Escolas Públicas

do Estado de SP e pensadores

humanistas.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

Marca d´água “A Bússola e o Mapa”

Carta ao Leitor... pág. 3

Opinião... pág. 2

Resenhas... págs. 4 e 5

EDITORIAL

Produzindo o

gênero textual

antologia

A proposta de

elaboração de uma antologia

literária foi pensada como

ponto de partida para uma

reflexão sobre a linguagem da

modernidade na literatura

brasileira nas primeiras décadas

do século XX. Além disso, foi

uma boa oportunidade para

estudar a antologia como

gênero textual e aproximar os

alunos de alguns dos nomes

mais importantes do nosso

Modernismo.

O trabalho foi inspirado

na proposta de atividade do

Caderno do professor, vol. 1, 3ª

série do Ensino Médio da SEE

de São Paulo, o que facilitou

sua execução, pois o projeto é

delineado passo a passo, de

forma didática no Caderno do

aluno (p. 30-31), facilitando a

organização e compreensão dos

alunos.

Como motivação, levei

para sala de aula alguns

exemplos de antologia,

inclusive algumas que

continham produções de ex-

alunos da escola, como a que

resultou do concurso literário

“Pode pá que é nóis que ta”

(2013) e Concurso literário

SESC Santo Amaro (2002).

As produções foram

realizadas em grupos de 5 a 8

alunos. Cada grupo definiu o

eixo temático de sua antologia

e os autores que a integrariam.

Além da pesquisa sobre

autores e suas produções, os

alunos também tiveram que

elaborar um texto expositivo

que contextualizasse para o

leitor da antologia a época de

produção dos textos, as

influências de seus autores, a

importância da Semana de Arte

Moderna de 1922 e as gerações

modernistas.

As dificuldades

encontradas foram muitas, mas

o resultado, se não perfeito, é

um exemplo legítimo de que a

partir de propostas simples

podemos dar mais sentido às

nossas aulas.

Profª. Jane A. Oliveira

E. E. Com. Miguel Maluhy

Folhetim

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do estudante ano III maio/2014

OPINIÃO

ANTOLOGIA

SONHO

Prefácio

Não são poucas as

pessoas que durante a elaboração

de um livro pensam em desistir,

sei disso porque contei à amigos

minha vontade de não produzir

esta antologia. Comentei da

angústia de passar horas

pesquisando os melhores

poemas, centralizado em um

único tema, enfrentando a

oposição da equipe, descontente

com a forma que você toca a

situação. Durante a conversa a

fala dos amigos possui um teor

encorajador, porém não

conseguem esconder as

sobrancelhas franzidas, a mão na

cabeça, o olhar distante. Todos

os sinais inconscientes que

traduzem a tentativa

desmascarada de apoio.

A escolha foi uma

braçada contra a corrente do

tema amor, escolhido

demasiadamente pelos colegas

de ofício para motivar suas

antologias. Como já esperava

não obtive a pureza nos textos e,

apesar da insistência, as

pesquisas me levaram para o

batido tema “AMOR”. Sinto

explorar ao máximo a

capacidade de reinventar-me. E

ser camaleão não é fácil!!

Como o livro tem um

conteúdo limitado, sem falsa

demagogia, chamá-lo de

limitado é não entender a

amplitude interpretativa e

pluralizada por detrás dos

poemas, pensamos em uma capa

como objeto de arte se

revezando com a contracapa na

função de contemplação do belo.

Essa reflexão tinha tudo

para ser mais uma maçante

experiência automelancólica, por

isso não me surpreenderia se

fosse taxada de pessimista e

egocêntrica por aqueles que

desistiram de levar essas estórias

até o final, poupando-se do

“efeito espelho” – aquele

responsável por, no final dos

textos, você dizer: droga...

acontece comigo! Não estaria

errado compará-lo a textos

melancólicos, pois, trata-se de

uma reunião de antologias

datadas entre 1910 e 1950, e

abrir uma delas descrevendo

romanticamente os bastidores

psicológicos / neurológicos,

seria natural. Só que a turma anti

“efeito espelho”, desta vez,

bebeu a parte vazia do copo. Não

é um texto escrito por mim, mas

para mim e, esse eu, é a

manifestação de um time que de

tanto se identificar tornou-se

uma unidade, que escreve em

primeira pessoa sendo expressão

de terceira pessoa. O time que,

em conjunto, lançou essa

reprodução de textos pensando

numa futura produção própria.

Fui informado por quem

encomendou esse trabalho para

ocupar apenas uma pagina com o

prefacio, mas preciso continuar.

Me deixem escrever do outro

lado da pagina!!!

Mas ela ficará em branco?

Faltou falar sobre os sonhos!!

Me deixem sonhar...

Laio, Gustavo “Russo”,

Gabriel, Felipe, Danilo “DN”

e Marcelo – 3ºD E. E. Com. Miguel Maluhy

folhetim

Page 3: Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 33

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do estudante ano III maio/2014

CARTA AO LEITOR

Desconstruindo a

Escrita

“Origem da Civilização”

Civilização é um complexo

conceito da Antropologia, em história

a origem das civilizações ocorreu

junto com o surgimento das primeiras

cidades que conhecemos e localizadas

no oriente, das quais podemos dizer

que uma das primeiras entre elas foi

“URUK” por volta de 4.500 e 3.750

A.C. na região chamada de

Mesopotâmia.

A Mesopotâmia é considerada

o berço da civilização, esta região foi

habitada por povos como os Acádios,

babilônicos, Assírios e Caldeus.

Entre as grandes civilizações

da antiguidade podemos citar ainda os

fenícios, sumérios, chineses, gregos e

romanos além dos egípcios que juntos

com os povos da Mesopotâmia foram

pioneiros no desenvolvimento da

escrita.

Entre elas existia um aspecto

comum que era uma escrita no

formato cuneiforme que

simbolicamente representavam a

palavra.

Essa lógica da comunicação entre os

homens, podemos observar na

representação simbólica que produzi,

criando meu próprio alfabeto, e

reproduzindo parte desse texto nessa

imagem que aparece ao lado.

Larissa A. Reis – 1ºJ

E. E. Com. Miguel Maluhy

folhetim

Page 4: Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 33

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do estudante ano III maio/2014

RESENHAS

A Onda

Um professor fica

responsável em dar aulas sobre

autocracia para uma turma de

ensino médio. Para conseguir

atenção e o interesse dos alunos o

professor propõe um experimento

que explique na prática os

mecanismos do fascismo, nazismo

e de regimes totalitários. Porém,

esse exercício vai além dos limites

e acaba desencadeando

consequências inesperadas.

No filme, a experiência

proposta pelo professor começou a

fazer com que adolescentes

entendessem como funcionava o

sistema autocrático e como a

sensação de estar em um grupo

coeso fazia como se sentissem

superiores á outras pessoas e

outros grupos.

Porém, tal sensação

começa a ser levada a sério por um

grande número de alunos da turma

que, ultrapassando os limites da

interpretação, começam a

desenvolver manifestações de

vandalismo na cidade, bem como

agressões e opressão àqueles que

não fossem membros do grupo.

Forma-se então uma

verdadeira autocracia dentro do

colégio, onde seriam excluídos

todos os que não pertencessem ao

movimento “A Onda” e a coisa

começa a sair do controle.

O filme tem um conteúdo

filosófico fortíssimo. É um filme

marcante que mostra como um

professor, no exercício da sua

profissão pode conduzir e

desenvolver reações em seus

alunos diante de suas propostas.

Baseado em uma estória real o

filme mostra como é possível a

criação de doutrinas ideológicas

em sala de aula e em todos os

níveis.

Tudo acontece em uma

semana de aula onde cria-se um

movimento a partir de conduta,

espírito coletivo, disciplina e a

busca de um bem maior comum. O

filme mostra a vida pessoal de

alguns alunos, deixando claro que

dependendo da família e de

determinados problemas, que cada

um tem, os jovens são mais

facilmente manipulados.

O filme relata o quanto a

falta de controle e o excesso de

vaidade são prejudiciais e

destrutivos, a ponto de algo que,

em principio, parecia ser uma boa

proposta, se tornar ruim e trágico.

A Onda nos deixa muitos

questionamentos sobre o mundo

moderno e a vida em sociedade.

Ficha técnica:

Lançamento 2008(107min)

Dirigido por Deniis Gansel

Gênero Drama

Nacionalidade Alemanha

AnaCarolina Ramalho – 2ºA

E. E. Domingos Mignoni

IDEOLOGIA

A ideologia é um conceito

importante a ser discutido, pois

pode mudar o rumo de uma

sociedade, de um país ou até do

mundo.

Consiste nos meios e

mecanismos que utilizamos para

representar nossa visão de mundo

em busca de se chegar ao topo

dele, é como se te perguntassem:

Ei, o que você vê daí de cima?

Qual a sua visão do mundo?

A partir desse momento,

você começa a refletir sobre os

problemas sociais e suas causas, a

ética, a moral,o que é certo e o que

é errado.

Contudo, a ideologia é uma

“faca de dois gumes”, pode trazer

benefícios á população ou levar a

desgraça total da nação, como

alguns ditadores e tiranos fazem

até hoje.

Evoluindo é algo

formidável, destruindo é algo que

precisa ser combatido com outra

ideologia, o que pode levar à

guerras que, não sendo tão boas, as

vezes são necessárias.

Gustavo Conrado – 2ºA

E. E. Domingos Mignoni

folhetim

Page 5: Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 33

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do estudante ano III maio/2014

RESENHAS

A Onda

O Filme faz uma abordagem

sobre política, com a discussão sobe

várias ideologias e regimes como

autocracia, o anarquismo, aponta

aspectos da alienação em função da

aceitação da imposição de uma

determinada norma pelos alunos que

não as questionam além de indicar o

vazio de orientação e identidade da

juventude.

O que instiga professor Wegner

a realizar o tal experimento no filme é o

fato de uma parte da sala alegar que é

possível que haja uma nova ditadura

militar na Alemanha nos dias atuais,

enquanto outros defendem o contrário.

No começo do filme, alguns

alunos da turma que estão discutindo a

autocracia mostram maior interesse no

anarquismo, que é o regime “sem

hierarquia e governos”. Porém, mais

tarde, conforme começam a ficar

empolgados com a “Onda”, esses

mesmos alunos passam a seguir uma

ideologia contrária àquela que antes

acreditavam. Temos um exemplo

concreto disso quando, na noite em que

os jovens espalhavam o símbolo do

grupo pela cidade, decidem pichar a sua

identificação sobre o símbolo

anarquista. Isso nos mostra como os

jovens que ainda estão em formação e

desenvolvimento intelectual podem ser

facilmente influenciados a ponto de

passarem a seguir algo totalmente

contrário às suas opiniões anteriores.

Os alunos chegam ao ápice da

alienação quando começam a se fechar

em seu universo de grupo e passam a

excluir e até discriminar quem não faça

parte do mesmo grupo, barrando

pessoas que não usam a camiseta branca

que é tida como uniforme do

movimento além daqueles que não

fazem a saudação e o cumprimento de

acordo com os padrões do grupo, além

disso obedecem cegamente aos

comandos de seu superior tornando-se

uma grande massa de manobra.

Há um pequeno grupo que vai

atuar na direção contrária da onda,

tentando conscientizar os jovens e, até

mesmo o professor, que o projeto estava

fora de controle, isso indica uma

perspectiva do pensamento crítico entre

alguns jovens, pois mesmo diante de

toda a massa alienada na qual se

transformaram os estudantes, como

mostra o filme, ainda surgem alguns

poucos que não se deixam influenciar

pela forma fascista e manipuladora com

a qual o professor colocou em prática

seu projeto.

Quando o mesmo finalmente

cai em si, depois de ouvir um dos

jovens que se afastou daquela

experiência, ele percebe que a Onda

tomou proporções de descontrole muito

além do esperado e dimensões graves.

A partir daí ele tenta mostrar aos alunos

no que aquela experiência de aula

acabou se transformando, tenta fazê-los

enxergar a situação grave que aquele

movimento tinha criado, retomando

características de uma ditadura, como a

que a Alemanha Nazista já tinha vivido,

na qual os alunos transformaram-se em

marionetes de seu líder.

Podemos pensar que o filme

aborda essa questão sob um ponto de

vista irreal, ficcional, pois é difícil

acreditar que tantos jovens se deixem

manipular assim, sem mais nem menos.

Porém se pararmos pra pensar que o

enredo do filme um dia foi a realidade

que a Alemanha viveu, em proporções

maiores e bem mais graves, podemos

ter uma noção do quanto a falta de

valores e identidade podem ser

perigosas e utilizadas como nossas

fraquezas para que alguém possa

exercer influencias, nem sempre

positivas, sobre nós.

O desinteresse político, o

consumismo, o próprio capitalismo,

entre outros fatores, contribuem para

que a sociedade seja facilmente

manipulada. A pergunta que não

quer calar é: Quantos de nós não são

parte dessa grande massa de manobra

alienada???

Larissa Russo – 2ºA

E. E. Domingos Mignoni

IDEOLOGIA em

“A Onda”

Abordarei o conceito de

ideologia a partir da observação e

análise do filme “A Onda”. Para

começar, o que é Ideologia?

Ao procurar no dicionário a

palavra ideologia temos o seguinte

resultado; ciência da origem das ideias,

estudo das ideias de modo abstrato,

doutrina de ideias.

Diversos autores utilizam o

termo sob uma concepção crítica

considerando que a ideologia pode ser

entendida como uma forma de

dominação que age por meio de

convencimento, alienando e

doutrinando a consciência humana.

A partir do filme podemos

discutir diversas expressões da

ideologia em relação a abordagens

feitas ao fascismo, nazismo, anarquismo

e autocracia. O filme apresenta a ideia

de um professor demonstrar na prática o

conceito de ideologia para os jovens

que não acreditam que podem ser

manipulados, independentemente do

que pensam e acreditam. A experiência

que vivenciaram mostrou o contrário.

Para mim, o filme ressalta que existe a

possibilidade, mesmo nos dias de hoje,

em que as pessoas acreditam terem

mais informação, independente de

classe social e cultura, o grau elevado

de alienação que uma sociedade pode

viver. Isso demonstra que em nosso dia

a dia, na escola, no trabalho ou em casa,

precisamos ficar atentos à todas as

informações e orientações que nos são

passadas e procurar enxergar com

clareza a realidade para que não

acabemos sendo manipulados.

Mayara Duarte – 2ºB

E. E. Domingos Mignoni

folhetim

Page 6: Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 33

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do estudante ano III maio/2014

OBSERVATÓRIO

Caminhos Cruzados... Prof. Valter Gomes

O Projeto Caminhos

Cruzados, já em andamento na E. E.

Domingos Mignoni e envolvendo

alguns alunos da E. E. Com. Miguel

Maluhy, tem como objetivo

estabelecer uma relação dialógica

entre jovens estudantes de escolas

públicas brasileiras e outros jovens

estrangeiros, também estudantes de

escolas públicas no sentido de

desenvolverem uma compreensão da

multiplicidade cultural das suas

identidades, das relações ancestrais

que envolvem o desenvolvimentos

das civilizações humanas e a

valorização da diferença para a

promoção do respeito à diversidade,

além da integração entre os povos.

As mesmas ações que estão sendo

promovidas em nossas escolas estão

sendo experimentadas em três

escolas públicas da Cidade de

Djenné, fundada e habitada por volta

do ano 250 a.C., próxima a Bamaco,

capital do Mali, país situado próximo

ao norte do continente Africano.

O Mali é uma ex-colônia

francesa que tornou-se independente

em 1960 e, ainda hoje, passa por um

processo de organização política

vivenciando períodos de conflitos

armados pelos diferentes grupos

étnicos que reivindicam o poder

político no país.

As escolas que visitamos

estão extremamente motivadas a

iniciarem suas trocas com os

estudantes brasileiros. Já foram

desenvolvidas algumas Oficinas

relacionadas aos aspectos filosóficos,

históricos, geográfi-cos, sociológicos

e antropológicos que fundamentam o

projeto. Os professores e seus

diretores estão trabalhando para que

em breve possamos relatar os

primeiros resultados dessas oficinas

como as que estamos desenvolvendo

nas escolas brasileiras.

Ecole FA « AID »Lyceé

Diretor : Alyrha Cissé

A imagem acima apresenta

alguns alunos de uma turma que

corresponde ao 2º ano do ensino

médio, denominado liceu, após uma

oficina de Bongolan (tingimento de

tecido utilizando a terra encontrada

em diferentes tons e a água

ferruginosa do rio Bani além de

pigmentos extraidos de raizes e

folhas da vegetação local.

Na sequência aprensenta-

mos uma imagem que é uma mescla

dos alunos do último ano do ensino

médio que tem um caráter técnico e

de formação profissional, da escola

denominada Centro de Formação

Profissionalizante de Djenné,

localizada no coração da cidade e

que atende um grande número de

estudantes que buscam a entrada no

mundo do trabalho, caracterizado,

em especial nessa região, pelo

comércio.

Centre de Formation

Professionnelle Vitre Djenné

Diretor : Ibrahim Allimam

Também estamos

desenvolvendo ações com os jovens

do ensino fundamental I e II, como

podemos observar na imagem

abaixo, em que a oportunidade por

conhecer mais aprofundadamente o

Brasil e seu povo se mostrou

bastante motivadora para os

professores e principalmente para os

alunos. Para eles, associar o povo

brasileiro ao Futebol, é mais do que

natural e todos os questionamentos

iniciais e perguntas residem nessa

questão, de como as crianças

brasileiras já nascem com tanto

talento para a prática desse esporte.

Alguns trabalhos dos alunos

de lá já podemos comentar, como

esse do aluno Souleymane Traoré da

8ª série, no qual desenha e apresenta

aos jovens brasileiros o que ele

considera mais importante em sua

cidade, a grande Mesquita de Djenné

construida originalmente em 1220.

Os professores das diferentes

áreas e, em especial das ciências

humanas, em breve, estarão

produzindo suas considerações e até

mesmo indagações sobre o sistema

educacional brasileiro para que

possamos desenvolver o

aprofundamento dessa importante

experiência educacional.

Ecole Fondamental Vitre I

Diretor : Ibrahim Agalkassoum

Ecole Fondamental VITRE – II

Diretor : Adama Laurent Diarra

folhetim