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do estudante Núm. 34 - ANO III
1ª quinzena - Agosto/2014
Folhetim do estudante é uma
publicação de cunho cultural e
educacional com artigos e textos de
Professores, alunos, membros de
comunidades das Escolas Públicas
do Estado de SP e pensadores
humanistas.
Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br
Sugestões e textos para:
Marca d´água “A Bússola e o Mapa”
Debate... pág. 3 e 4
Opinião... pág. 2
Resenhas... págs. 5 e 6
EDITORIAL
Paradoxo entre
tradição e
Modernidade
A modernidade vem
disputando espaços com a
tradição, aquilo que sempre
estávamos acostumados a seguir
está, cada vez mais, sofrendo a
interferência das tecnologias
modernas, mas afinal qual desses
dois termos é o mais
significativo, levando-se em
conta que uma hora ou outra só
haverá lugar para um deles?
A tradição é um conjunto
de costumes, crenças e valores
que são transmitidos de uma
geração para outra, dentro de
uma certa cultura ou mais
precisamente em um grupo
social. Normalmente ouvimos
falar mais das tradições
familiares e religiosas que são
aquelas mais comuns, mas
também existem muitas outras
que estão difundidas em todos os
tipos de culturas. Mas para que
alguma atitude humana seja
considerada uma tradição é
necessário o componente
temporal, pois não é qualquer
ação que se reproduz fácil com
um costume de todos nós que
somos seres racionais.
Já a modernidade é o
termo utilizado para representar
aquilo que é recente e atual, um
exemplo claro disso é a massa
tecnológica que nos envolve
mesmo que pareça já estar entre
nós a muito tempo, analisando-a
chegamos a conclusão de ainda
está nos seus primeiros meses de
vida se comparada á vida de uma
criança recém nascida e que,
mesmo assim, vem melhorando
mais e mais no intuito de
facilitar, cada vez mais, nossas
vidas.
O confronto entre
tradição e modernidade se dá
quando começamos a ter contato
com essa última, o que nos faz
romper, pouco a pouco, com o
que até então estava lado a lado
conosco desde quando
nascemos. O problema disso
tudo é o fato de que, cada vez
mais, perdemos toda a essência
do que nos dói deixado pelos
nossos antepassados e, com isso,
a humanidade vai chegar ao
ponto em que não sentirá mais
falta de certas tradições.
Algo que já é certo é o
fato de que a modernidade irá
romper com muitas tradições em
um futuro próximo, mas tanto
quanto ela pode destruir também
pode acrescentar se for utilizada
em benefício das tradições,
afinal a modernidade vem nos
acrescentando muitas facilidades
que antes nem sequer eram
imagináveis.
Fabíola Santos – 2ºB
E. E. Domingos Mignoni
Folhetim
2
do estudante ano III agosto/2014
OPINIÃO
A base é o
conhecimento
Conhecimento, liberdade de
expressão e democracia. São três
palavras com significados
diferentes, no entanto, são
praticamente interligadas quando
pensamos e/ou vivenciamos certas
situações do nosso cotidiano.
Para exemplificar tais
situações das quais citei, podemos
observar a educação do nosso
país, o qual por muitas vezes peca
quando o assunto é incentivar os
jovens ao conhecimento. A
educação deve ser colocada em
primeiro lugar, afinal, ela
proporciona a uma pessoa um
pensamento rápido e lógico, além
do senso crítico, tais atributos
serão essenciais para lidar com
certas situações da vida.
Outro ponto a se questionar
é sobre nossa liberdade de
expressão. Visto que em nossa
constituição, todo cidadão tem o
direito de falar, agir e pensar
como preferir. Há quem diga que:
"Uma pessoa é livre para se
expressar, desde que saiba o que
está fazendo", Janio Freitas
publicou essa frase em sua coluna
na folha de São Paulo. Eu
compartilho com sua opinião,
afinal nossa liberdade termina
quando começa a do outro em um
país democrático como o nosso
diz ser.
O fato é que nosso país
infelizmente não exerce ao certo
democracia, afinal, seu nome tem
como significado "governo do
povo", mas o povo não está muito
contente com os serviços
públicos. A população é obrigada
a votar, por exemplo, e o princípio
básico de uma democracia é a
pessoa ter o direito e não a
obrigação. Isso nos faz duvidar da
democracia brasileira.
Contudo, a educação só
nos traz benefícios, afinal é a
educação que faz uma criança se
tornar um adulto capaz de
transformar nosso país em algo
melhor.
Arielly Kyota – 3º D
E. E. João A. Comenius
A solução está
em nossas mãos
Não é algo recente, ouvir
dizer que a luta por liberdade de
expressão foi algo brutal, causou
diversas mortes, mas uniu um
grupo em busca de um só ideal, o
direito de expressão, um direito
que é desfrutado muitas vezes de
maneira incorreta, a época da
ditadura ficou no passado e assim
como o mundo todo, devemos
evoluir.
Vivemos em um mundo
em que utilizar redes sociais e
eletroeletrônicos, está sendo
ensinado desde o início do
processo de socialização de uma
criança, por outro lado, está se
tornando comum, crianças e até
mesmo adultos, não terem
consciência de seus direitos. A
quantidade da população que se
tornou leiga durante os anos, vem
aumentando cada vez mais, tudo
reflete nos dias atuais de nosso
país.
Todos os meses pagamos
quantias absurdas em impostos, a
maior parte do proletariado se
indigna, mas de uma maneira
efêmera, pois no próximo mês
estão pagando tudo novamente,
não chegam a buscar
conhecimento sobre onde nosso
dinheiro está sendo investido,
somente com a chegada da copa,
evento de porte mundial,
conseguimos esclarecimento de
que, existe a possibilidade de
obtermos uma educação cada vez
significativa, e uma condição
melhor em vias de atendimento
público.
Foi expressando nossa
opinião que conseguimos
diminuir a passagem dos
transportes públicos brasileiros.
Conhecimento é a base crucial
que sustenta nosso plano de
evolução, mas a maior parte de
nossa sociedade ainda vive em
uma ‘ditadura’, tendo medo de se
expressar.
Depois de tantas lutas,
protestantes presos e até mesmo
mortos, adquiriram o direito livre
de expressão, portanto não
devemos deixar que tudo isso
passe despercebido, como dizia
Ernesto Guevara, um
revolucionário Cubano, “Sonha e
serás livre de espírito... luta e
serás livre na vida.”
Leonardo Pereira – 3º D
E. E. João A. Comenius
folhetim
3
do estudante ano III agosto/2014
DEBATE
Falta a Liberdade
Vivemos num país onde há uma
grande mistificação de raças,
povos, origens, crenças etc. Mas
será que todos têm o direito de se
expressar da forma que desejam?
Temos sim, certa liberdade de
expor nossos pensamentos, mas
mesmo assim há uma repressão que
nos impede de passarmos nossa
mensagem da forma que
queremos.
A falta de conhecimento ou até
mesmo alfabetização, é grande
aliada a não conseguirmos nos
expressar, é o conhecimento que
faz com que tenhamos pensamentos
e idéias mais concretas, caso o
contrário, vamos continuar sendo
reprimidos por sermos facilmente
manipulados sem conhecimento.
Mas mesmo pessoas com
conhecimento, têm suas idéias
barradas pelo sistema, por serem
idéias reflexivas que vão de acordo
com a liberdade e evolução do
povo. Essas idéias não são
divulgadas. E o sistema sufoca tudo
aquilo que possa nos libertar.
Assim, podem nos manipular com
uma falsa diversão ou lazer, não
deixando construir nossa moral.
Tudo o que é fútil torna-se
destaque, para ofuscar o
conhecimento e a reflexão própria
de idéias que podem mudar o país.
Lucas Oliveira – 3º E
E. E. João A. Comenius
Música na
Sociedade Atual
Viver em sociedade não é
fácil. Exige muita tolerância, muito
respeito mútuo. Há muitas coisas
que contribuem para tornar as
pessoas diferentes umas das outras,
uma delas é a música.
Há diversos estilos de
música, para diversas preferências.
Mas há várias pessoas que se
acham no direito de discriminar os
demais estilos de música e também
as pessoas que as ouvem.
Esta superioridade no gosto
musical é dada por diversos
motivos: financeiro ou social e
intelectual. São coisas que fazem
surgir a discriminação de outros
estilos musicais ou pessoas, por
meio da associação de
determinados tipos de música a
coisas negativas, depreciativas ou
humilhantes. Isso não pode
acontecer. Ou seja, a defesa do seu
estilo de música, ou do seu gosto
musical pode ser realizada de
forma respeitosa aos demais tipos
ou pessoas.
Portanto, devemos
compreender e aceitar que viver em
sociedade é respeitar os outros,
assim vivemos em paz.
Jaqueline Cordeiro – 3º D
E. E. Com. Miguel Maluhy
Curriculum “Cabelo esdrúxulo”. “Sem cultura”.
“Preso na antiguidade”. “Feio”.
“Fala demais”. “Irritante”, Bem, este
sou eu – na visão da sociedade. O
nerd arrogante, que tenta tirar as
pessoas do modo alienado de agir,
mas é conhecido como o inútil. O
rosto oleoso, cheio de espinhas, que
esconde uma constelação de ideias e
pensares discriminados, além-
homem. O cara sem vida social, que
passa horas estudando, e lê em
minutos. Assim sou. E assim sempre
fui.
Preguiçoso e ágil, calmo e
impaciente, compreensivo e um
tonto, chato - aliás, que antítese.
Leitor assíduo, ambientalista, anti-
capitalista, anti-aristocracia, anti-
governo assalariado... Tantos “antis”,
que mal sei o que será dos “depois”.
Busco a felicidade em potes de ouro
– repito, potes. Não desejo o ouro, e
sim, toda a caminhada do pote que
sustenta a nobreza. Quer mudar isto.
Nada de pirâmide, de capitalismo. Eu
quero ver o pote balançar e fazer
todo o ouro cair.
E pouco importam os cursos e
aprendizados. O que realmente
importa é que eu, você e todas as
pessoas deste planeta estão aqui.
Felizes serão todos aqueles que, ao
sair desta vida, puderem dizer que
arrancaram um sorriso da mãe Gaia.
E eu serei um destes, anote isto.
Gustavo da S. Porcino – 1ºK
E. E. Com. Miguel Maluhy
folhetim
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do estudante ano III agosto/2014
DEBATE
Mascarando o
Verdadeiro
Problema
Recentemente, no último
mês de maio, várias pessoas
têm saído às ruas para protestar
por uma melhora de salário.
Pessoas como professores e
motoristas de transporte
público protestam pelo Brasil
ser sede da Copa do Mundo,
porque para isso acontecer o
Estado teve que gastar muito
dinheiro para construir estádios
e deixar a cidade acessível
principalmente para os
visitantes de outros países.
Com o dinheiro que foi
usado para preparar o Brasil
para a Copa do Mundo, daria
para dar um aumento razoável,
não só para professores e
motoristas de transporte
público, mas para os
trabalhadores que trabalham
muito e ganham pouco.
O Estado gastou milhões
para construir estádios como o
Itaquerão, que além de ter
gasto mais que o previsto,
morreram vários trabalhadores
na construção.
Resumindo, com todo
este dinheiro, eles poderiam
amenizar os problemas básicos
da sociedade, pois eles estão
colocando uma máscara nos
problemas para que os gringos
venham e vejam uma cidade
que é boa para todos e que não
tem tantos problemas como os
outros países.
Erika Cristina Barboza – 3º C
E. E. Com. Miguel Maluhy
(Sem Título)
Ainda hoje vemos
inúmeros casos de preconceito
racial, que atravessa gerações e
está implantado nos ancestrais
de suas famílias, que desde os
tempos coloniais veem os
negros como escravos, uma
“raça” inferior. Não acredito
nisso, pois só existe uma raça,
que é a raça humana.
Variados movimentos
dedicam-se à causa de luta
contra o racismo e um deles
quero destacar, o Rap, que
indiscutivelmente luta por
direitos iguais em uma
sociedade que tem implantada
no seu DNA o racismo.
Sobretudo, somos iguais
independentemente de tudo.
Agora pense, se desde
os tempos coloniais negros são
tratados como escravos, hoje
sua condição (de alguns, a
maioria) não é das melhores.
Onde hoje muitos moram em
periferias, onde sem estudos
partem para uma vida de
“corres” e consequentemente
(não todos) para o crime.
Para isso mudar não
basta palavras e sim atitudes.
Daniel da Silva – 1ºK
E. E. Com. Miguel Maluhy
folhetim
5
do estudante ano III agosto/2014
RESENHAS
Não podemos falar de
tradição sem falar de coletividade,
pois ambos os conceitos estão
diretamente relacionados. A
tradição é um código de conduta
com raízes remotas, que apesar de
decorrer do passado é um ato
presente seguido por um coletivo
de pessoas, ou um grupo. Muitas
vezes, certos grupos seguem
determinada tradição sem nem ao
menos saber porquê estão fazendo
aquilo, é a chamada massa de
manobra e em qualquer massa de
manobra há um componente
inevitável: a alienação.
Por alienação entende-se o
fato de aceitar imposições,
quaisquer que sejam, sem
questionar ou parar para refletir
sobre estas. É o que vimos no
filme a Onda já discutido no
número anterior. O filme retrata
essa situação com maestria. O
grupo cria seus próprios costumes,
tradições e passam a excluir e
isolar qualquer um que se
recusasse a aderir àquele código de
conduta.
Numa sociedade na qual
certa tradição prevalece, o
individuo que tentar ir contra ela
estará pedindo para ser excluído do
grupo. Porém, se ninguém nunca
tivesse assumido esse papel,
viveríamos no mundo dos séculos
passados. Com o tempo, várias
tradições se perderam justamente
devido ao fato de alguns terem se
recusado a segui-las. É ai que entra
o conceito de modernidade.
Começa um processo de
transformações de pensamentos,
comportamentos e, aparentemente,
o uso da razão se torna mais
frequente.
Mas por que isso acontece? Por
que só a partir de certo momento é
que se passa a questionar e
raciocinar?
A modernidade, enquanto
período histórico, se refere ao
intervalo de tempo entre os séculos
XV e XVIII. No século XVII
temos o surgimento do marco
moderno do pensamento filosófico:
o iluminismo, com ideais
totalmente inovadores e que
incentivavam, entre outras coisas,
que somente por meio da razão
seria possível entender os
fenômenos sociais e naturais.
Conforme mais pessoas
começam a adotar os ideais do
iluminismo , elas vão se
desprendendo dos costumes e
pensamentos conservadores aos
que, antes, eram ligadas.
Mesmo no mundo moderno
e contemporâneo, certas tradições
se perpetuam em alguns lugares.
Não consigo pensar em uma
resposta concreta que desvende o
porquê disso. Se tantas tradições se
perderam ao longo do tempo, por
que algumas não? Talvez os povos
que ainda permanecem fieis a suas
tradições mantenham tal fidelidade
porque lhes agrada viver do modo
que vivem. Talvez a ideia de
mudança assuste ou não seja muito
bem recebida, pelo menos, não à
primeira vista e ninguém quer dar
o primeiro passo para não ser
excluído.
Há quem diga que
abençoados são aqueles cobertos
pelo véu da ignorância. Não sou
defensora de tal pensamento,
porém acho que seria apropriado
aplicá-lo a esses povos. Não que
seguir tradições seja
necessariamente um ato ignorante.
“Comodidade” seria mais
cabível do que “ignorância”. Ou
seja, se todos vivem vem assim,
por que mudar? Se todos se
acomodam nesse estilo de vida,
por que erradicá-lo?
Larissa Russo – 2ºA
E. E. Domingos Mignoni
folhetim
6
do estudante ano III agosto/2014
RESENHAS
No filme “Os
Estagiários” Billy e Nick são dois
homens com idades em torno de 30
a 40 anos, que acabaram de ser
demitidos e sem experiência
alguma além de serem bons
vendedores, vão tentar uma vaga
de estágio na empresa Google.
Quando chegam para o
estágio se veem rodeados por
outros estagiários, só que bem
mais jovens que eles. Nesse
estágio eles tem que colocar à
prova seus limites e ensinar
bastante com as experiências e
vivências que já tinham tido.
No começo os jovens do
grupo não os levam a sério,
acreditavam que eles não eram
capazes e me pergunto; será que
nós jovens não fazemos muito
disso hoje em dia? Ignoramos os
mais velhos e seus pensamentos
por parecerem mais tradicionais,
querendo tudo mais rápido e
evolução constante.
Billy e Nick se esforçaram
bastante e acabaram surpreendendo
a todos, dando uma grande lição de
vida e persistência.
O filme nos mostra que
mesmo com toda a modernidade os
mais velhos com suas experiências
de vida podem nos dar muitas
lições que podem nos ajudar e que
aprender a compreender as
tradições as vezes não é tão ruim
como vemos.
Graziella lorenzi – 3ºE
E. E. Com. Miguel Maluhy
Ficha técnica:
Lançamento 2013(119min)
Dirigido por Shawn Levy
Gênero Comédia/Drama
Nacionalidade Estados Unidos
Ficção e Realidade
O Filme, os estagiários
relata a história de dois homens
que não são tão jovens e que após
sua empresa de vendas de relógios
fechar ficam desempregados e sem
saber o que fazer.
Os personagens principais
são totalmente tradicionais, eles
vivem “naquele mundinho isolado”
e não olham ou não enxergam
outras oportunidades ao redor,
escolhem sempre o que é comum
para eles, uma característica
marcante da geração deles. Ao se
darem conta que estão vivendo
uma dura realidade eles buscam se
adequar a isso, já que é algo
necessário e a maioria das
empresas exige esse perfil.
Não só nesse caso, o
mundo de hoje, exige isso de todos
nós, já que tudo se moderniza e se
inovando. Antigamente existiam
muitas atividades braçais e muitas
delas, hoje em dia, foram
modernizados, mecanizados, ou
seja, indivíduos foram substituídos
por máquinas.
Todos tem que estar
abertos à mudança, mudar o
tradicional, adaptar-se às
inovações. Mudança é algo
importante e necessário. As
pessoas se acomodam com o que
tem por medo do novo.
Conforme os anos passam
surgem novas coisas para substituir
o que parece inovação nos dias de
hoje, fazendo com que o novo de
hoje possa virar algo ultrapassado
daqui a alguns anos.
Bárbara Amaral – 3ºE
E. E. Com. Miguel Maluhy
folhetim