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Informativo Cultural vinculado ao Projeto Caminhos Cruzados
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do estudante Núm. 36 - ANO III
2ª quinzena - Setembro/2014
Folhetim do estudante é uma
publicação de cunho cultural e
educacional com artigos e textos de
Professores, alunos, membros de
comunidades das Escolas Públicas
do Estado de SP e pensadores
humanistas.
Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br
Sugestões e textos para:
MOSTRA CULTURAL
2014
E. E. COM. MIGUEL MALUHY
Mamadou Diawara – Djenné – Mali,
com estudantes na Mostra Cultural
2014 do Miguel Maluhy – Projeto
CAMINHOS CRUZADOS eliminando
fronteiras para ampliação do
conhecimento.
EDITORIAL
MOSTRA CULTURAL
2014
A Mostra Cultural é
sempre parte de um projeto
pedagógico anual desenvolvido no
Miguel Maluhy, onde alunos
tendem a transformar suas
competências em apresentações
dinâmicas e cativantes sobre
determinados temas de estudo.
Esse ano o evento teve
uma ênfase maior, já que o tema
abordado, em algumas turmas foi
sustentabilidade e diversidade, e
os preparativos iniciaram-se no
primeiro semestre, intensificando-
se nesse segundo semestre. Para a
realização do trabalho uma
determinada região do Brasil, com
um respectivo estado e cidades foi
indicada para diferentes grupos de
alunos, e esses, por sua vez,
utilizaram diversos instrumentos
para o aprofundamento do
conhecimento envolvendo o local
investigado. Aspectos como os
principais impactos ambientais e
suas respectivas soluções, aliado
aos objetivos sustentáveis
desenvolvidos pelos alunos foram
o alicerce dessa pesquisa de
grande profundidade.
Fundamentando-se nas mediações
orientadas pelos professores das
diferentes áreas, o resultado
evidenciado no dia 27 de
Setembro de 2014 foi plenamente
satisfatório, visto que os
estudantes conseguiram planejar a
parte expositiva do trabalho
através de suas próprias
particularidades, seja com
decorações para atrair o público
ou com explicações aprofundadas
sobre o que estavam expondo.
Cada aluno participou de
maneira distinta para a produção
do grande destaque da Mostra, os
objetos sustentáveis confecciona-
dos através do uso de material
reciclado, pois os incentivadores
do projeto conseguiram demons-
trar que é possível manufaturar
qualquer coisa sem agredir o meio
ambiente e sem comprometer o
futuro das próximas gerações. As
diferentes salas atraíram uma
grande massa de visitantes
justamente por conta da criativi-
dade dos envolvidos, conseguindo
até mesmo comercializar alguns
desses objetos. Houve a participa-
ção de um convidado africano que
compartilhou as experiências de
sua cultura, de sua cidade e nação
com os visitantes, que ficaram
fascinados com a possibilidade de
um diálogo envolvendo as escolas
do Brasil e do Mali através de
projetos como esse.
Juan Marcco Lino Cruz – 2ºC
E. E. Com. Miguel Maluhy
Folhetim
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do estudante ano III setembro/2014
OPINIÃO
Exposição “O Povo da Cidade de Barro”
Djenné, a Cidade
de Barro...
Djenné, localizada no
centro do Mali, é uma das cidades
mais antigas do continente
Africano e é caracterizada pela
sua conservação no que diz
respeito à tradição.
Isto porque, mesmo
atualmente, uma das suas
peculiaridades é o uso intensivo e
notável do barro como material
base para as inúmeras edificações,
uma versão aprimorada da terra
usada nos tempos primitivos.
Desenho de Gustavo Campos Rosa – 2º A – Giz
em cor
A grande Mesquita de
Djenné de enorme valor cultural e
religioso, ergue-se monumental na
cidade, é um grande exemplo
disso, sendo declarada como
patrimônio cultural mundial pela
UNESCO, motivo pelo qual é
preservada através de festivais
que consistem na sua respectiva
conservação.
Além de uma arquitetura
bastante rica que remonta
influências Marroquinas, Sudane-
sas e Otomanas, a cidade vive
uma mistura de passado e presente
já que a população ainda
sobrevive de atividades como a
pesca, a agricultura e a pecuária
dependendo exclusivamente das
precipitações climáticas anuais e
inundações que ocorre no Rio
Niger e seus afluentes como o Rio
Bani que circunda a cidade. É
importante salientar que a cidade
é o centro dos estudos islâmicos e
destaca-se pelo seu turismo.
Ainda, apesar dos
habitantes de Djenné aprenderem
línguas como o francês, inglês,
alemão e até mesmo o árabe nas
escolas, estes na própria
residência e entre suas famílias
são estimulados a falar as línguas
de seus grupos étnicos como uma
forma de transmitir oralmente a
história desses povos e da própria
cidade.
Assim, como Djenné tem
uma grande relevância
socialmente, culturalmente e
historicamente, surge uma grande
necessidade de preservar as
tradições, motivo pelo qual a
própria polução enterra os
manuscritos debaixo de suas
casas, protegendo assim de
invasores e potenciais perigos a
essas tradições.
Muitos países já
contribuíram para a preservação
desse canto do mundo,
promovendo projetos que visam
restaurar os vestígios
arqueológicos e financiando
infraestrutura de abastecimento de
água potável para suprir as
necessidades da população.
Essas percepções foram
resultado da Aula-especial
“Diálogos Pertinentes” com
Mamadou Diawara e Prof. Valter
Gomes, como parte do projeto
Caminhos Cruzados .
Juan Marcco Lino Cruz- 2ºC
E. E. Com. Miguel Maluhy
folhetim
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do estudante ano III setembro/2014
DEBATE
Mali e Brasil
quebrando fronteiras e
unindo histórias.
Os alunos do ensino médio
da escola pública E.E Miguel
Maluhy tiveram nesta segunda-
feira, 29 de Setembro a diferente e
divertida experiência de conhecer
um pouco de uma outra cultura.
Nesta foto podem ser
vistos alguns alunos junto ao
convidado Mamadou Diawara. A
atividade foi realizada no Miguel
Maluhy, colégio público de São
Paulo.
O projeto Caminhos
cruzados que está direcionado à
realizar atividades em escolas
públicas, buscando aproximar o
jovem brasileiro de novas
culturas, busca também
proporcionar momentos que
tragam sensações diferentes.
O espaço de levar essa
atividade de aproximação para os
estudantes é o objetivo que o
Rizoma visa atingir com uma
interação sociocultural.
A oportunidade vivida por
esses jovens e também por esse
homem jamais será esquecida.
Mamadou Diawara falou um
pouco de seu país de forma
entusiasmada e divertida. A
experiência nova de andar de
metrô, o choque com essa
experiência foi motivo de boas
risadas para os estudantes. As
escadas rolantes nunca antes
experimentadas foram experiên-
cias únicas e inusitadas para ele,
mostrando que podemos sempre
aprender uns com os outros da
mais diferentes formas.
Ao lado de Mamadou
Diawara, o Coordenador Geral do
projeto “Caminhos cruzados”,
Professor Valter Gomes, da área
de Humanidades, busca em sala
de aula passar pro seus alunos
uma ampla visão cultural, para
que esses adolescentes entendam
que a história não é apenas o
passado e sim que a história é o
presente.
Yago Henrique
Estudante de Jornalismo UNINOVE Especial para o Folhetim
Vai ter que acabar para
se valorizar ???
O desperdício de alimentos
já está sendo tão comum que as
pessoas nem ligam ou fingem não ter
conhecimento sobre o assunto.
O texto de Robert Bailey é
muito interessante sobre esse tema.
Ele diz “...não é notícia, é uma
tragédia, 1 bilhão de pessoas passam
fome diariamente, enquanto algumas
jogam comida fora e milhões
morrem por causa da falta de
alimentos na Grâ-Bretanha...” Esse
trecho do artigo me deixou perplexa
e horrorizada, pois parece que as
pessoas precisam perder algo para
valorizar aquilo que têm, como um
prato de comida por exemplo, é o
mesmo caso da água já que existem
pessoas que não a tem e quem tem
está pouco se importando com quem
está necessitando.
A meu ver, a população
deveria levar o desperdício de
alimentos muito á sério, porque se
hoje está faltando comida para essa
quantidade enorme de pessoas,
amanhã pode ser conosco. O
pouquinho de comida que você joga
fora hoje, pode não fazer falta para
você, mas pense no próximo, porque
esse pouquinho, para ele, poderá ser
a refeição do dia.
Gabriela Leite de Alencar – 2º B
E.E. Domingos Mignoni
folhetim
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do estudante ano III setembro/2014
DEBATE
O Cultivo da
Miséria...
A fome é um problema real
e explícito, só não enxerga quem
não quer. Uma coisa tão básica
quanto as refeições do nosso dia a
dia, alguns são privados de se
alimentar, uma necessidade vital e
que não deve ser negada nem ao
pior dos criminosos, ainda mais
quando a solução da fome é possível
e, como muitos outros problemas,
pode ser resolvido através de
decisões políticas, mas é claro que
seria necessário um impulso para
isso. Não pode haver fome em um
mundo que se diz tão evoluído como
o nosso.
O verdadeiro problema,
como é mostrado no artigo de
Robert Bailey, é que os interesses da
minoria prevalecem sobre os que se
preocupam com a miséria em geral,
talvez essa seja uma visão inocente,
mas quando se trata de 1 bilhão de
pessoas passando fome diariamente,
os argumentos como “dependência
dos pobres” e “aumento dos
impostos” deviam ser ignorados,
pois o problema só tende a piorar e
será necessário muito mais pessoas
passando fome para que quem não
se importa sequer notar que existem
seres humanos que agradeceriam
para ter a refeição de um cachorro
ou pet de estimação.
Leonardo Balestra – 2ºB
E. E. Domingos Mignoni
O Problema
da Fome
Infelizmente a fome ocorre
no mundo todo, cerca de 1 bilhão
de pessoas passam fome e 12,9
milhões de crianças morrem a cada
ano antes de completar os seus
cinco anos de vida. Para que isso
não ocorra continuamente existem
algumas alternativas como baixar
custos dos gastos militares no
mundo, acabar com os
desperdícios no geral e eliminar o
consumo de drogas e álcool.
Esse processo seria difícil e
nem todos seguiriam essa lógica,
mas se começássemos a agir já
seria uma iniciativa para tentar
diminuir os problemas.
Diminuindo gastos militares que
estão na ordem de 1,6 trilhões de
dólares ao ano, poderia se reduzir a
fome e novas terras poderiam se
tornar produtivas. Com isso o meio
ambiente poderia ser mantido pois
parariam de preparar
guerras e causar mortes de pessoas
e da natureza.
A outra alternativa é
reduzir ao máximo o desperdício,
na produção, no transporte, na
comercialização e no consumo de
alimentos. Sendo assim se
seguíssemos essa alternativa o
mundo não seria tão ruim
relacionado a esse aspecto da
fome, pois para a questão do
desperdício é preciso exigir uma
reeducação social para as pessoas,
como por exemplo não deixar
comida no prato, não deixar os
produtos vencerem nas prateleiras,
evitar perdas nos restaurantes e
supermercados, etc.
Com o tempo isso seria
percebido e ocorreriam mudanças e
não teríamos mais notícias onde
pessoas parecem “bichos” em
busca de restos de comida.
Natalia Alencar –2ºB
E. E. Domingos Mignoni
folhetim