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do estudante Núm. 47 - ANO V
1ª quinzena - Março/2016
Folhetim do estudante é uma
publicação de cunho cultural e
educacional com artigos e textos de
Professores, alunos, membros de
comunidades das Escolas Públicas
do Estado de SP e pensadores
humanistas.
Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br
Sugestões e textos para:
EDITORIAL
Abertura do VII Festival SACA
ocorre na Assembleia Legislativa
de SP
11 de março de 2016 · por
festivaldaculturarabe · em Em São Paulo.
A abertura do VII Festival Sul-
Americano da Cultura Árabe,
promovido pela BibliASPA
(Biblioteca e Centro de Pesquisa
América do Sul-Países Árabes),
acontece no dia 17 de março,
quinta-feira, em seção solene na
Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo.
Além do coquetel, o evento, que
começa às 19h30, terá uma série
de atividades, como declamação
de poesia, apresentação musical
com grupo de refugiados, henna e
várias exposições de imagens e
objetos. Entre elas: Iraque:
Tesouros Arqueológicos e
Destruição de Patrimônios da
Humanidade; Tapeçaria Iraquiana;
A Arte da Caligrafia Árabe;
Deleite do Estrangeiro em Tudo o
que é Espantoso e Maravilhoso.
O Festival ocorre todos os anos
entre 18 e 31 de março e tem
como objetivo fortalecer o vínculo
entre América do Sul e Países
Árabes, com base no respeito à
diversidade cultural e nos laços
históricos, além de promover a
cultura da paz.
Várias Escolas Públicas tais como
a E. E Com. Miguel Maluhy, E. E.
Domingos Mignone, E. E.
Instituto Maria Imaculada estarão
abrigando a Mostra de Cinema
MASPA além de desenvolverem
uma campanha para arrecadação
de material escolar para
distribuição aos refugiados que
participam dos cursos de língua
portuguesa e cultura brasileira
ministrados pela BibliASPA.
Acompanhe a programação do
Festival SACA, acesse https://festivaldaculturaarabe.wor
dpress.com/programacao2016/
BIBLIASPA - Biblioteca América do
Sul – Países Árabes Rua Baronesa de Itu, 639 – Santa Cecília – São
Paulo – SP CEP 01231-001 – Tel. 55 11 36610904
Festival Sul-Americano da Cultura Árabe O Festival Sul-Americano da Cultura
Árabe, realizado anualmente entre os
dias 18 e 31 de março, conta com o
apoio da Unesco e de outras
importantes instituições.
Memórias de longa data mostram as
contribuições dos imigrantes árabes
para o Brasil, embora parte da
sociedade ainda desconheça a
densidade desse intercâmbio
cultural.
A intenção é fortalecer o
estabelecimento de um vínculo entre
a América do Sul e os Países Árabes
com base no respeito à diversidade
cultural e nos laços históricos e
culturais, especialmente em São
Paulo, Estado que possui uma
comunidade árabe expressiva e
atuante.
O Brasil possui uma presença
contínua de comunidades de
imigrantes árabes que participaram
ativamente da construção e do
desenvolvimento do Estado nacional
a partir do século XIX.
Atualmente, mais de 16 milhões de
árabes e descendentes vivem no
Brasil e contribuem cultural,
econômica e politicamente para as
sociedades locais. Apenas em São
Paulo, são aproximadamente 3
milhões de pessoas; trata-se da
maior cidade árabe fora dos países
árabes.
O evento, para a população em geral,
tem como público alvo estudantes de
escola e faculdade, jornalistas,
empresários, pesquisadores e
interessados em geral e ocorre em
espaços e equipamentos culturais das
diversas cidades envolvidas.
No ano de 2016, será promovido o
VII Festival Sul-Americano da
Cultura Árabe em diversas cidades
como São Paulo, Diadema, Rio de
Janeiro, Brasília, Curitiba, Porto
Alegre, Foz do Iguaçu, Guarulhos e
Buenos Aires.
Prof. Valter Gomes - História E. E. Comendador Miguel Maluhy
e colaborador BIBLIASPA
Folhetim
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do estudante ano V março/2016
EDUCAÇÃO
A tecnologia a serviço
da aprendizagem
À medida que a tecnologia
continua a evoluir, os ambientes
de ensino e aprendizagem também
sofrem mudanças. As ajudas
didáticas novas e inovadoras,
como smartphones e tablets,
tornam a experiência de ensino
mais eficiente e interativa para os
professores e os alunos. A
Samsung Smart School é uma
solução educacional, que ajuda a
inovar as ferramentas de
aprendizagem dos professores.
O projeto visa oferecer um
ambiente de aprendizagem
interativo, facilitando o
desenvolvimento dos estudantes,
permitindo aos professores
ensinar com eficiência e encorajar
o aluno a participar de aulas cada
vez mais dinâmicas e
interessantes pelo uso de conteúdo
multimídia.
A sala dispõe de uma tela
de 60 polegadas que substitui a
lousa convencional, e quarenta
tablets conectados à internet,
diferencial que garante maior
envolvimento dos alunos na
realização das tarefas
pedagógicas.
A E. E. João Amos
Comenius, escola pública
estadual, localizada na região da
Vila Santa Catarina, zona sul de
São Paulo, é uma das cinco
escolas que dispõe da Sala Smart
School. O Diretor João Cavallaro
Junior, diante do cenário e da
realidade do público que estuda na
escola, foi o responsável por
trazer o projeto em parceria com a
SAMSUNG. “A juventude que
hoje alimenta os Sistemas de
Ensino e, mais especificamente, o
Sistema Público Brasileiro
nasceram na era digital, onde,
diante de um mundo globalizado e
contemporâneo, a escola jamais
pode negar a existência de uma
ferramenta que nos dias de hoje
consome muito a atenção e o
tempo de crianças, jovens,
adolescentes e, inclusive, nós
adultos. Pensando nisso a E. E.
JOÃO AMOS COMENIUS teve a
preocupação de buscar parceria
privada com a empresa
SAMSUNG do Brasil S/A,
visando à instalação e
funcionamento da SALA SMART
SCHOOL em suas dependências.
Esse novo espaço pedagógico
conquistado nos proporciona a
cada dia o desafio de integrar os
conteúdos que estão sendo
trabalhados em aula com
aplicativos, programas didáticos,
pesquisas, plataformas educativas
e outros, que objetivam o
fortalecimento do processo de
ensino e aprendizagem de modo
prazeroso e eficaz. O jovem se
sente motivado a estudar em
virtude de estar num ambiente
bonito, organizado, moderno e
equipado adequadamente com
recursos tecnológicos de alta
qualidade e que funcionam de
acordo com o planejamento das
aulas. Isso tudo decorre da alta
peculiaridade entre os jovens e a
internet”, argumenta João
Cavallaro, diretor da unidade
escolar.
Porém, não se pode negar
que é também um constante
desafio para os professores.
Mediante isso, o diretor da
unidade escolar diz que: “A escola
deve encarar a sala SAMSUNG,
como mais um instrumento
metodológico para o
desenvolvimento das aulas,
atividades curriculares e
extracurriculares, de modo que o
mesmo possa agregar valores
durante o processo de ensino e
aprendizagem de nossos alunos,
permeando algumas ações
docentes e conteúdos que são
trabalhados em sala de aula para
um maior aprofundamento
acadêmico. Lembrando que a
internet é muito bem – vinda, na
folhetim
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do estudante ano V março/2016
esfera educacional, desde que, ela
esteja a serviço do processo de
construção do conhecimento nas
diversas áreas, e isso com certeza,
exige determinação e orientação
adequada ao uso de novas
tecnologias educacionais
disponíveis na sociedade”.
Em meio a tantos desafios
que envolvem os professores, na
articulação de saberes, de práticas
e metodologias que levem os
alunos a aprendizagens mais
significativas, muitos dilemas
acabam afligindo os docentes. Um
deles é que, com o advento da
internet e das novas tecnologias
inseridas dentro do contexto
escolar, onde nesse processo
entraria a figura do professor?
Tanto para o diretor João
Cavallaro quanto para grandes
especialistas da educação a fala é
unânime: “O papel do professor
educador, jamais deixará de
existir e muito menos, será
substituído por tecnologias ou
máquinas de qualquer natureza,
porém, se faz necessário uma
formação permanente dos
educadores para acessar e dominar
tais recursos.”
São muitos os benefícios
trazidos pelos recursos
tecnológicos à educação. E ter a
Smart School na escola é um
grande privilégio, porém, não se
pode negar que é também um
constante desafio para o corpo
docente, pois é preciso que o
professor busque a articulação
teórica e prática entre os
conteúdos, reveja sua prática de
forma crítica, para poder ampliá-
la, esteja aberto ao novo, conheça
as ferramentas que tem à sua
disposição, saiba aliar método e
metodologia na busca de um
ensino mais interativo, para que,
de fato, se tenha uma
aprendizagem significativa e que
atinja os objetivos determinados.
Percebe-se que o grupo de
professores da E. E. João Amos
Comenius tem cada vez mais, se
distanciado de práticas engessadas
e meramente expositivas, e se
esforçado para criar um ambiente
de aprendizado construído em
torno de uma interação contínua
com os alunos, através da
tecnologia.
Profa. Jucicleide da Conceição
Coordenadora Pedagógica
E. E. João Amos Comenius
SUSTENTABILIDADE
A escola Comendador
Miguel Maluhy quer que as
famílias se conscientizem da
necessidade de preservarmos
nosso meio ambiente. Sabemos o
malefício que ocorre quando
descartamos o lixo em local
errado. Queremos ajuda dos
senhores pais para formarmos
cidadãos conscientes de que todo
planeta depende de nós e nos dará
uma vida saudável desde que
façamos nossa parte.
Não é novidade que
estamos sofrendo com o
aquecimento global, cidade suja,
enchentes, poluição etc , por conta
da irresponsabilidade das pessoas
em usar de forma errada os
benefícios que a TERRA nos dá.
Precisamos agir, fazer alguma
coisa para mudarmos essa
situação.
Desenvolveremos um
projeto que mostrará aos alunos
que tudo isso depende de nós.
Estaremos recolhendo óleo de
cozinha usado, para ser
reutilizado em formulações como
sabão ecológico, detergente de
cozinha, etc que será produzido
pelos próprios alunos; o restante
do óleo enviaremos a uma
empresa que o usará como
lubrificante de máquinas.
Importante saber que um
litro de óleo descartado no ralo da
pia, polui cerca de um milhão de
litros de água limpa. Como
proceder: Acondicione o óleo
usado, já frio, em garrafas PET de
2 litros, pois assim facilitará o
transporte da embalagem pelo
aluno. Recolheremos também,
pilhas, baterias usadas e celulares
velhos, onde serão descartados de
forma correta, fora do meio
ambiente. Temos obrigação
de orientar e mostrar a
responsabilidade que nossa
juventude, juntamente conosco,
tem perante o bem estar de
gerações futuras.
Agradecemos a colabora-
ção de todos.
Direção
E. E. Com. Miguel Maluhy
folhetim
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do estudante ano V março/2016
Por uma escola atual
e transformadora!
Ocorreu em muito pouco
tempo uma ruptura
completamente diferente no
mundo em que vivemos, por
exemplo, não há um único jovem
em pleno 2016 que saiba
datilografar ou conheça um
mimeógrafo. O mundo mudou em
um intervalo curto de tempo e o
mundo que ficou para trás agora é
obsoleto. A escola adquiriu a
função de explicar que nem tudo
que é novo pode ser bom tanto
quanto nem tudo que é velho pode
ser ruim. Tudo é em si. Esses
contrastes entre duas gerações,
entre dois mundos com intuitos
completamente diferentes acabam
se refletindo no sistema
educacional que precisa ganhar
um novo significado.
As escolas, no Brasil atual,
se revezam entre as grades
espalhadas em todas as janelas ou
funcionários supervisionando
entrada e saída. Uma escola onde
o aluno se torna meramente um
agente passivo que recebe
conteúdos durante anos sem que
saiba exatamente para que sirva
isso. É um modelo exaurido que
não consegue fazer a matéria
ensinada ser ativa e significativa
no cotidiano dos jovens. Em que o
aprendizado não consegue sair da
sala de aula.
Não estamos criando seres
pensantes. Estamos criando uma
insuficiência escolar em instigar o
estudante que, no final do
processo, causa uma fadiga
gigantesca nos mesmos. Em tal
processo, o aluno acaba
assemelhando-se a um robô com
objetivos. Alunos esses que não
vão para a escola ao contrário se
confinam nela.
Afinal, qual será o tipo de
sociedade que estamos criando
com tal modelo educacional?
O modelo mais discutido
de educação, a chamada “Escola
Ativa”, onde o aluno não apenas
fica como um ser passivo que
recebe conteúdos, ele produz em
contato real com a matéria
estudada. Talvez seja o grande
desafio do século XXI, criar uma
escola móvel que acompanhe o
aluno além dos muros da escola,
que mova um significado maior à
vida do estudante. O mais
importante aspecto desse modelo
é criar uma escola onde o aluno
queira ir, onde ele possa aprender
a partir de uma prática
participativa.
Como dizia Aristóteles: “É
fazendo que se aprende a fazer
aquilo que se deve aprender a
fazer...”
Gilian Meira 3ºG E. E. Comendador Miguel Maluhy
folhetim