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do estudante Núm. 48 - ANO V
2ª quinzena - Março/2016
Folhetim do estudante é uma
publicação de cunho cultural e
educacional com artigos e textos de
Professores, alunos, membros de
comunidades das Escolas Públicas
do Estado de SP e pensadores
humanistas.
Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br
Sugestões e textos para:
VII Festival SUL
AMERICANO de
Cultura Árabe nas
escolas
RESENHA
Filme – Incendies
Ano: 2011 (2h 03min)
Direção: Denis Villeneuve
Elenco: Rémy Girard, Lubna Azabal,
Maxim Gaudette mais
Gênero Drama
Produção: Canadá
O filme Incêndios trás à
tona questões polêmicas e temas
que estão o tempo todo presentes
nos debates em torno da sociedade
como: a moral, religiosidade,
conflitos sociais e política. A
revolta de uma mulher ao
perceber que aquilo em que
acreditava (religião) era na
verdade a “praga” que ameaçava a
paz do local.
Um dilema da mãe em ter
tido filhos a partir de um estupro e
nunca ter tido a coragem de
revelar isso à eles, podendo ser
por medo ou até mesmo vergonha
por ter sido presa política por ter
assassinado o líder dos radicais
cristãos. Dilema de descobrir que
o seu carrasco na prisão era na
verdade seu filho primogênito,
gerado na juventude, separado
dela no nascimento, por ser ela
cristã e ele filho de um
muçulmano refugiado.
Por trás da história de vida
da mulher existe o dilema moral
da mãe descobrir a verdade sobre
o pai de seus filhos gêmeos e ao
mesmo tempo seu irmão.
A narrativa mostra o
conflito entre cristãos e
muçulmanos no Líbano que nos
remete ao tempo das Cruzadas,
momento no qual os cristãos
tentavam impor sua cultura e seus
interesses aos povos do Oriente,
saqueavam cidades com o
argumento de querer converter os
infiéis. Nas cruzadas o interesse
maior era conseguir riquezas e
fortalecer a influência cristã na
região e, no filme, se pode
observar o mesmo interesse em
termos políticos por parte dos que
defendiam o radicalismo cristão
eliminando os seus oponentes.
Diante da verdade sobre a
vida e o passado da mãe morta
com a qual se depararam, os filhos
revivem o sofrimento que essa
mulher carregava durante vários
anos e não teve como revelar a
ninguém. Podemos observar no
filme a luta de uma mulher que
durante sua vida tentou encontrar
o filho que foi tirado dela e trágica
descoberta no desfecho dessa
história que nos faz entender
porque um mais um pode ser igual
a um.
Fn = Fn-1 + Fn-2
James Pereira Amarante – 3ºD E. E. Comendador Miguel Maluhy
Folhetim
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do estudante ano V março/2016
OPINIÃO
DEVANEIOS DE UM
CIDADÃO DE CAIEIRAS
Em 1988 , nos meus 23 anos
de vida , comprei um terreno , num
barranco que ninguém queria , no
município de Caieiras – São Paulo ,
cidade localizada na região
metropolitana de São Paulo ;
conhecida como a cidade dos
Pinheirais ; coincidentemente foi o
ano de meu ingresso na Universidade
de Mogi das Cruzes –SP , no curso
de Engenharia Civil ; por este motivo
e também por dificuldades
financeiras ; não comecei a construir
minha casa atual. Intuitivamente,
comprei meu terreno ( Barranco ) em
um lugar alto e em aclive ( pra cima )
, preocupado com enchentes ; mas
sofri com infiltrações de águas de
chuvas ; consegui resolver este
problema , mas , isto não bastava ,
sistematicamente com chuvas mais
intensas ; eu perdia , de acordo com
a constituição , o meu direito de ir e
vir , pois as leis maiores da natureza
faziam com frequência o uso de seu
direito ; seus corpos d’água ,
ocupavam suas várzeas , cada vez
mais estranguladas e ocupadas pelos
homens ; e seus arredores cada vez
mais impermeáveis , aumentando
assim a vazão de suas águas de
março fechando o verão .
Vamos olhar por outro
ângulo; dados estatísticos publicam
que Caieiras, de acordo com a ONU ,
tem um IDHM de 0,781 considerado
, por este dado , como um município
de ALTO DESENVOLVIMENTO
HUMANO , e ocupa entre todos os
municípios do Brasil a posição
número 119 ; temos ainda na região “
o primo pobre e o primo rico “ ;
vamos imaginar uma área de
proximidades , com Caieiras ao
centro ; municípios pobres , como
Francisco Morato – IDHM 0,703 ,
posição 1811 no Brasil ; Franco da
Rocha – IDHM 0,731 , posição 993 ;
municípios ricos , como Mairiporã –
IDHM 0,788 , posição 76 ; Jundiaí –
IDHM 0,822 , posição 11 ; São Paulo
– IDHM 0,805 , posição 28. Na
minha ingênua visão, preocupado
com as comunidades vulneráveis,
percebo que a realização de políticas
públicas para minimizar as
diferenças sociais existentes na
região precisa passar por cima de
diferenças políticas, divisas físicas
de limites de municípios, do poder
aquisitivo, níveis culturais, interesses
particulares e até mesmo passando
por cima do imediatismo; pensando
em cidades resilientes, poderiam
ocorrer ações comuns voltadas para
o bem comum , pois são municípios
que se interligam e precisam pensar
como uma região que precisa de
ações de mobilidade , transporte ,
lazer , preservação ambiental ,
descartes de resíduos sólidos de
forma ecologicamente correta ;
respeito ao trabalhador , educação
com qualidade , compartilhamento
de experiências bem sucedidas ,
investimentos em infraestrutura de
hoje para o presente e melhorias no
futuro . O poder público poderia, em
seu plano diretor, ser mais enérgico e
proibir e coibir a ocupação em áreas
de risco , áreas de inundação , áreas
de preservação ambiental , áreas de
mananciais , maior fiscalizações para
liberações ambientais que proíbam as
diversas formas de contaminação .
Fala-se em transparência de
gestão, com o objetivo de entender
as contribuições para a tomada de
decisões em inundações mas, porque
não questionar um trevo de acesso à
região, pelas rodovias Anhanguera e
Bandeirantes, que cortam os
municípios pobres Porque não
repensar em reformar trechos de
alagamentos e aumentar sua cota e
duplicar suas pistas? Porque não
construir um anel viário urbano que
interligue os interesses e os
municípios da região? Porque não
reconstruir a cidade pensando e
respeitando o meio ambiente?
Porque não implantar, de acordo com
interesse social, novas gestão dos
córregos existentes na região?
Porque não repensar o currículo
escolar e adequar os conhecimentos
em formar cidadãos mais informados
politicamente e ecologicamente com
sustentabilidade? Porque não usar
plataformas de mídia social como
Twitter, Facebook e Instagram, que
permitem aos usuários o
compartilhamento de suas
informações com outras pessoas
através da rede social. Por meio
destas plataformas, torna-se possível
analisar atividades diárias e, com
isso, prever possíveis
movimentações sociais.
Sei que mudanças sociais,
culturais, financeiras, políticas e de
conscientização ambiental tem que
acontecer agora, pois não quero ver
as mesmas coisas cíclicas
acontecerem e ver que a população e
folhetim
3
do estudante ano V março/2016
inclusive eu, sofrermos sempre
passivamente , esperando ações do
poder publico , temos que repensar
esta nossa convivência com o nosso
meio ambiente e não rever cenas e
noticias como estas :
Em Caieiras, há filas de
caminhões e carros e uma casa de
eventos está cercada pela inundação
provocada pela cheia do Rio Juqueri.
Parte do asfalto que já esteve
alagado, agora está coberto de lama,
o que deixa a pista escorregadia.
Segundo a Defesa Civil, dez
famílias do Jardim dos Eucaliptos
foram removidas para o ginásio de
esportes do bairro e estão recebendo
auxílio. Foram registradas
ocorrências em diversos bairros,
todas acompanhadas e monitoradas
pelas equipes da Prefeitura e dos
Bombeiros.
A rodovia Tancredo Neves,
que liga Caieiras a Franco da Rocha,
está interditada por causa de
alagamento desde a madrugada desta
sexta-feira (11). A região foi uma das
mais atingidas pelas chuvas desde a
noite desta quinta (10), mas não há
registro de mortos. Foi decretada
situação de emergência, e as equipes
da Defesa Civil e do Corpo de
Bombeiros circulam município para
avaliar áreas de risco.
Sem muita preocupação e pouca fiscalização, alguns desses espaços
verdes, de grande importância para a manutenção da qualidade de
vida dos habitantes, têm dado lugar a aterro, que recebem terra sem
inspeção, e loteamentos que passaram a surgir com mais evidência
nos últimos anos em diferentes localidades do município.
Eu só quero voltar pra casa e
chegar em casa , poder sentir o
cheiro dos pinheirais , ver a beleza
da natura se renovar com a chuva ,
ser recebido por minha família e
acreditar que este trecho do hino do
município de Caieiras ,
possa ser uma máxima em cada
cidadão que quer um hoje melhor
para nossas crianças e gerações
futuras , nossos atos do presente ,
podem mudar a realidade do futuro
!!!
Lado a lado lutaremos
Com muita esperança e fé
Para tornar nossa Caieiras
Mais amada do que já o é
Prof. Rinaldo do Nascimento – Matemática/ Física – E. E. Com.
Miguel Maluhy, Engenheiro Cívil, pós
graduado em gestão ambiental e
Tecnólogo na SABESP da
Divisão Polo de Manutenção
Pirajussara – MOUP
RESENHA
Filme – The Good Lie
Três homens sudaneses, Mamere
(Arnold Oceng), Jeremiah (Ger
Duany) e Paul (musician Emmanuel
Jal), têm a oportunidade de sair do
país e conseguir uma vida melhor
nos Estados Unidos. Eles são
acolhidos por uma assistente social,
Carrie Davis (Reese Witherspoon),
que pouco conhece sobre o duro
passado de cada um. Ela é uma
mulher solteira, bem resolvida e
muito prática, o que parece
estranhíssimo para eles. Aos poucos,
tornam-se amigos e descobrem uma
nova visão de mundo.
Ano: 2013
Direção: Philippe Falardeau
Elenco: Reese Witherspoon, Corey Stoll,
Sarah Baker mais
Gênero Drama
Produção: Eua, Quênia, Índia
Os refugiados são pessoas
que buscam refúgio em outro país
por motivos variados tais como a
guerra, a fome, doenças, miséria e
outros problemas.
Na África, vários países,
vivem essas situações críticas e
acabam fazendo com que grande
parte de sua população se tornem
refugiados, sendo a sua maioria
por causa da guerra e de doenças.
Pudemos ver no filme “A
Boa Mentira” a história de um
grupo de refugiados do Sudão do
Sul, desde a sua infância, quando
viviam em uma aldeia que foi
bombardeada e quase todos
morreram, exceto as crianças que
conseguiram sobreviver e
caminhar por mais de 1400km até
encontrarem um campo de
refugiados no Quênia. Sofreram
muitas necessidades até
conseguirem uma nova vida nos
EUA.
Morgana dos Santos – 8ºB
E. E. Instituto Maria Imaculada
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folhetim
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do estudante ano V março/2016
EDUCAÇÃO
APRENDENDO
HISTÓRIA
A história está presente no
cotidiano e serve de alerta à
condição humana de agente
transformador do mundo e da
realidade, enquanto ciência estuda
a vida do homem em sociedade
através do tempo.
A origem da palavra vem
da Grécia antiga significando
obter conhecimento através da
investigação. Utiliza-se de
referências como um lugar, uma
época, uma cultura, um grupo de
indivíduos ou até mesmo um
personagem em seu tempo. Para
descrever a narrativa histórica dos
acontecimentos, dos fatos da
reconstituição daquela realidade e
da busca da memória.
Podemos dizer que em
grande parte a história continua
sendo a mestra da vida e o tempo
todo devemos tentar rever nossas
percepções sobre a realidade a
partir das referências que a
história nos permite compreender.
O historiador grego
Heródoto é considerado o “Pai da
História”. A ele são atribuídas as
primeiras pesquisas sobre o
passado da humanidade já na
antiguidade sendo o primeiro a
construir narrativas antropoló-
gicas e etnográficas.
Texto e representações imagéticas
em forma de desenho da história
produzidos por Alunos do 8º e 9º
Ano da E. E. Instituto Maria Imaculada
folhetim
