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1 do estudante Núm. 53 - ANO V Nov/2016 Folhetim do estudante é uma publicação de cunho cultural e educacional com artigos e textos de Professores, alunos, membros de comunidades das Escolas Públicas do Estado de SP e pensadores humanistas. Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br Sugestões e textos para: [email protected] O último discurso de Fidel Castro: palavras sobre o comunismo e a própria morte "A todos chega a sua vez, mas os ideais comunistas cubanos continuarão", declarou Em seus últimos meses de vida, o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro (1926-2016), ficou distante de atividades públicas. Pouco antes de completar 90 anos de idade, realizou seu último discurso, em abril deste ano, durante o encerramento do VII Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC). Na ocasião, ele falou do futuro do comunismo e da sua própria morte. Com o falecimento de Fidel na noite desta sexta-feira (25), o governo de Cuba decretou nove dias de luto nacional, contados a partir deste sábado (26). Havana também anunciou que o funeral de Fidel será no dia 4 de dezembro, no cemitério Santa Efigência, na cidade de Santiago de Cuba. Mas o corpo do ex-presidente deve ser cremado ainda hoje, conforme a vontade do próprio Fidel, informou seu irmão e sucessor político, Raúl Castro. Confira seu último discurso “É um esforço sobre-humano dirigir qualquer povo em tempos de crise. Sem eles[os dirigentes], as mudanças seriam impossíveis. Em uma reunião como esta, aos mais de mil representantes escolhidos pelo próprio povo revolucionário, que a eles delegou sua autoridade, significa a maior honra que receberam na vida, e a isso se soma o privilégio de ser revolucionário que é o resultado de nossa própria consciência. Por que eu me tornei um socialista, de forma mais clara, por que eu me tornei um comunista? Essa palavra que expressa o conceito mais distorcido e caluniado da história por aqueles que tiveram o privilégio de explorar os pobres, despossuídos uma vez que eles foram privados de todos os bens materiais que proporcionam o trabalho, talento e energia humana. Desde quando o homem vive neste dilema, ao longo do tempo, sem limite. Eu sei que vocês não precisam dessa explicação, mas talvez alguns dos ouvintes. Falo simplesmente para que se compreenda melhor que não sou ignorante, extremista, ou cego, ou que não adquirida a minha ideologia por conta própria estudando economia. Eu não tive preceptor, quando era um estudante de direito e ciência política, naquelas em que eles tem um grande peso. Desde que tinha ao redor de 20 anos, gostava de esportes e de escalar montanhas. Sem preceptor para me ajudar no estudo do marxismo-leninismo; não era mais do que um teórico e, é claro, tinha total confiança na União Soviética. A obra de Lenin seria ultrajada após 70 anos de revolução. Que aula de história! Podemos dizer que não devem transcorrer outros 70 anos para que ocorra outro evento como a Revolução Russa, para que a humanidade tenha outro exemplo de uma grande Revolução Social, [como a] que significou um grande passo na luta contra o colonialismo e seu ajudante, o imperialismo . Talvez, no entanto, o maior perigo agora pairando sobre a terra deriva do poder destrutivo das armas modernas que poderia minar a paz no mundo e tornar impossível a vida humana na superfície terrestre. As espécies desapareceriam como os dinossauros desapareceram, talvez não haveria tempo para novas formas de vida inteligente ou talvez o calor do sol cresça até fundir todos os planetas do sistema solar e seus satélites, como muitos cientistas reconhecem. Se certas, as teorias de vários deles, que não são leigos ignorantes, o homem prático deve aprender mais e se adaptar à realidade. Se a espécie sobrevive a um espaço de tempo muito maior, as gerações futuras saberão muito mais do que nós, mas primeiro terão que resolver um grande problema: Como alimentar os milhares de milhões de seres humanos cujas realidades inevitavelmente colidem com os limites para a água e os recursos naturais que necessitam? Alguns ou talvez muitos de vocês se perguntem onde está a política neste discurso. Acreditem, eu tenho vergonha de dizer isso, mas a política está aqui nestas palavras moderadas. Esperemos que muitos humanos se preocupem com essas realidades e não continuem como nos dias de Adão e Eva a comer maçãs proibidas. Quem vai alimentar as pessoas famintas da África sem a tecnologia na ponta dos dedos, sem chuva, sem barragens, sem depósitos subterrâneos cobertos por areias? Veremos o que dizem que os governos que quase em sua totalidade subscreveram os compromissos climáticos. Devemos martelar constantemente sobre estas questões e eu não quero me extender além do essencial. Devo, em breve, cumprir 90 anos, eu nunca teria pensado em tal ideia e isso nunca foi o resultado de um esforço, foi capricho da sorte. Logo serei, já como todos os demais. A todos nós chegará nossa vez, mas ficaram as idéias dos comunistas cubanos como prova de que neste planeta, se você trabalha com fervor e dignidade, é possível produzir os bens materiais e culturais que os seres humanos necessitam, e nós devemos lutar incansavelmente para obtê-los. Para nossos irmãos da América Latina e do mundo, devemos transmitir que o povo cubano vencerá. Talvez seja a última vez fale nesta sala. Eu votei em todos os candidatos apresentados para consulta pelo Congresso e agradeço ao convite e a honra de que me escutem. Felicito a todos, e, em primeiro lugar, ao companheiro Raul Castro por seu magnífico esforço. Empreenderemos a marcha e aperfeiçoaremos o que devemos melhorar, com a máxima lealdade e força unida, como Martí, Maceo e Gómez em marcha imparável. Fidel Castro RuzReprodução BRASIL DE FATO Folhetim

Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 53

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do estudante Núm. 53 - ANO V

Nov/2016

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos de

Professores, alunos, membros de

comunidades das Escolas Públicas

do Estado de SP e pensadores

humanistas.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

O último discurso de Fidel Castro:

palavras sobre o comunismo e a

própria morte

"A todos chega a sua vez, mas os ideais

comunistas cubanos continuarão", declarou

Em seus últimos meses de vida, o líder

da Revolução Cubana, Fidel Castro

(1926-2016), ficou distante de atividades

públicas. Pouco antes de completar 90

anos de idade, realizou seu último

discurso, em abril deste ano, durante

o encerramento do VII Congresso do

Partido Comunista de Cuba (PCC). Na

ocasião, ele falou do futuro do

comunismo e da sua própria morte.

Com o falecimento de Fidel na

noite desta sexta-feira (25), o governo de

Cuba decretou nove dias de luto

nacional, contados a partir deste sábado

(26). Havana também anunciou que o

funeral de Fidel será no dia 4 de

dezembro, no cemitério Santa Efigência,

na cidade de Santiago de Cuba. Mas o

corpo do ex-presidente deve ser cremado

ainda hoje, conforme a vontade do

próprio Fidel, informou seu irmão e

sucessor político, Raúl Castro.

Confira seu último discurso “É um esforço sobre-humano dirigir

qualquer povo em tempos de crise. Sem

eles[os dirigentes], as mudanças seriam

impossíveis. Em uma reunião como esta,

aos mais de mil representantes escolhidos

pelo próprio povo revolucionário, que a

eles delegou sua autoridade, significa a

maior honra que receberam na vida, e a

isso se soma o privilégio de ser

revolucionário que é o resultado de nossa

própria consciência.

Por que eu me tornei um socialista, de

forma mais clara, por que eu me tornei um

comunista? Essa palavra que expressa o

conceito mais distorcido e caluniado da

história por aqueles que tiveram o

privilégio de explorar os pobres,

despossuídos uma vez que eles foram

privados de todos os bens materiais que

proporcionam o trabalho, talento e

energia humana. Desde quando o homem

vive neste dilema, ao longo do tempo, sem

limite. Eu sei que vocês não precisam

dessa explicação, mas talvez alguns dos

ouvintes.

Falo simplesmente para que se

compreenda melhor que não sou

ignorante, extremista, ou cego, ou que não

adquirida a minha ideologia por conta

própria estudando economia.

Eu não tive preceptor, quando era um

estudante de direito e ciência política,

naquelas em que eles tem um grande peso.

Desde que tinha ao redor de 20 anos,

gostava de esportes e de escalar

montanhas. Sem preceptor para me ajudar

no estudo do marxismo-leninismo; não era

mais do que um teórico e, é claro, tinha

total confiança na União Soviética. A obra

de Lenin seria ultrajada após 70 anos de

revolução. Que aula de história! Podemos

dizer que não devem transcorrer outros 70

anos para que ocorra outro evento como a

Revolução Russa, para que a humanidade

tenha outro exemplo de uma grande

Revolução Social, [como a] que significou

um grande passo na luta contra o

colonialismo e seu ajudante, o

imperialismo .

Talvez, no entanto, o maior perigo agora

pairando sobre a terra deriva do poder

destrutivo das armas modernas que

poderia minar a paz no mundo e tornar

impossível a vida humana na superfície

terrestre.

As espécies desapareceriam como os

dinossauros desapareceram, talvez não

haveria tempo para novas formas de vida

inteligente ou talvez o calor do sol cresça

até fundir todos os planetas do sistema

solar e seus satélites, como muitos

cientistas reconhecem. Se certas, as

teorias de vários deles, que não são leigos

ignorantes, o homem prático deve

aprender mais e se adaptar à realidade. Se

a espécie sobrevive a um espaço de tempo

muito maior, as gerações futuras saberão

muito mais do que nós, mas primeiro terão

que resolver um grande problema: Como

alimentar os milhares de milhões de seres

humanos cujas realidades inevitavelmente

colidem com os limites para a água e os

recursos naturais que necessitam?

Alguns ou talvez muitos de vocês se

perguntem onde está a política neste

discurso. Acreditem, eu tenho vergonha de

dizer isso, mas a política está aqui nestas

palavras moderadas. Esperemos que

muitos humanos se preocupem com essas

realidades e não continuem como nos dias

de Adão e Eva a comer maçãs proibidas.

Quem vai alimentar as pessoas famintas

da África sem a tecnologia na ponta dos

dedos, sem chuva, sem barragens, sem

depósitos subterrâneos cobertos por

areias? Veremos o que dizem que os

governos que quase em sua totalidade

subscreveram os compromissos climáticos.

Devemos martelar constantemente sobre

estas questões e eu não quero me extender

além do essencial.

Devo, em breve, cumprir 90 anos, eu

nunca teria pensado em tal ideia e isso

nunca foi o resultado de um esforço, foi

capricho da sorte. Logo serei, já como

todos os demais. A todos nós chegará

nossa vez, mas ficaram as idéias dos

comunistas cubanos como prova de que

neste planeta, se você trabalha com fervor

e dignidade, é possível produzir os bens

materiais e culturais que os seres humanos

necessitam, e nós devemos lutar

incansavelmente para obtê-los. Para

nossos irmãos da América Latina e do

mundo, devemos transmitir que o povo

cubano vencerá.

Talvez seja a última vez fale nesta sala. Eu

votei em todos os candidatos apresentados

para consulta pelo Congresso e agradeço

ao convite e a honra de que me escutem.

Felicito a todos, e, em primeiro lugar, ao

companheiro Raul Castro por seu

magnífico esforço.

Empreenderemos a marcha e

aperfeiçoaremos o que devemos melhorar,

com a máxima lealdade e força unida,

como Martí, Maceo e Gómez em marcha

imparável. Fidel Castro Ruz”

Reprodução BRASIL DE FATO

Folhetim

Page 2: Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 53

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do estudante ano V novembro/2016

RESENHA

O ALUNO

Sinopse:

Maruge lutou pela liberdade de

seu país, foi preso e torturado.

Aos 83 anos, se fazendo valer de

um discurso do Presidente do

Quênia que garante educação para

todos, Maruge decide se

matricular numa escola primária.

Como a escola possui mais

crianças do que sua estrutura

precária suporta, sua matrícula é

negada e ele precisa insistir muito

até ser aceito. Porém, ao começar

a estudar, a atitude de Maruge

gera revolta e indignação na

comunidade, colocando sua

segurança em risco.

Título Original: The First Grader (EUA,

Grã-Bretanha, Irlanda do Norte)

Ano: 2010

Direção: Justin Chadwick

Elenco: Naomi Harris, Oliver Litondo,

Lwanda Jawar

____________________________________

Escritores da Liberdade

Sinopse:

Hilary Swank, duas vezes

premiada com o Oscar, atua nessa

instigante história, envolvendo

adolescentes criados no meio de

tiroteios e agressividade, e a

professora que oferece o que eles

mais precisam: uma voz própria.

Quando vai parar numa escola

corrompida pela violência e

tensão racial, a professora Erin

Gruwell combate um sistema

deficiente, lutando para que a sala

de aula faça a diferença na vida

dos estudantes. Agora, contando

suas próprias histórias, e ouvindo

as dos outros, uma turma de

adolescentes supostamente

indomáveis vai descobrir o poder

da tolerância, recuperar suas vidas

desfeitas e mudar seu mundo.

Com eletrizantes performances de

um elenco de astros, incluindo

Scott Glenn (Dia de

Treinamento), Imelda Stauton

(Harry Potter e a Ordem da Fênix)

e Patrick Dempsey (Grey's

Anatomy), ganhador do Globo de

Ouro. Escritores da Liberdade é

basedo no aclamado best-seller O

Diário dos Escritores da

Liberdade.

Título Original: Freedom

Writers

Elenco:Hilary Swank, Patrick

Dempsey, Scott Glenn, Imelda

Staunton, April L. Hernandez

Direção: Richard LaGravenese

Gênero: Drama

Ano: 2007

Os dois filmes

comentados pelos alunos

serviram de fundamentação

teórica e preparação dos

estudantes para as atividades de

protagonismo apresentadas na

Mostra Cultural da Escola em

2016.

Resenhas produzidas pelos alunos dos 8ºs

anos do Ensino Fundamental Ciclo II

E. E. Com. Miguel Maluhy

folhetim

Page 3: Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 53

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do estudante ano V novembro/2016

EDUCAÇÃO

Sarau no Maluhy:

reparamos no que

era apenas visto! Um Show de Talentos que não

vingou deu origem a um Sarau

improvisado pelos estudantes

Gustavo Silva e Flávio Amaral,

em 2015. A ocasião nos fez

reconhecer que o improviso pode

gerar belas surpresas. Além disso,

despertou o desejo de repetirmos a

dose.

Em 2016, Flávio tomou a

iniciativa, não podia deixar a

chama acesa no ano anterior se

extinguir. Com toda boa intenção,

desafios, tropeços e insistências

que uma empreitada exige, saiu

mais uma vez o Sarau, íntimo,

com poucos, porém dispostos e

convictos participantes. E que

belos momentos vivenciamos na

manhã de 11 de novembro!

Lembramos aos estudantes no

início do encontro que ali

estávamos porque “a gente não

quer só comida, a gente quer

comida, diversão e arte”.

Flávio trouxe suas composições

(tive a honra de recitar com ele

uma delas) e aquelas de uma

amiga poetisa com quem ele

compartilha suas produções. “E

esse seu jeito meigo me cativa.

Que beleza”! Toda força

expressiva, sentimentos, anseios e

reflexões da juventude. Temas

como o aborto e a desventura

amorosa feminina foram

expressados com toda força e

sensibilidade pela Larissa Calixto

e pela Vivianne Marques. Maria

Julia cantando Rappa a capela e

recitando poesia com força

dramática imensurável. Não

imaginei que coubesse tudo aquilo

numa jovem com seus 16 anos...

parecia que suas vísceras estavam

poeticamente expostas diante de

nós... “É pela paz que eu não

quero seguir admitindo”... de

arrepiar...

Muita música, violões que

materializaram sons e emoções

pelas mãos da Julia Hipolito, do

Thiago Riyuki, do Flávio e do

Eliel Marques. Letras de músicas

recitadas pelo Alissom Oliveira,

músicas cantadas solo, em dupla

ou em conjunto, formaram um

uníssono de exaltação da arte!

Mais poesias, Bárbara e toda cor

das borboletas de Vinicius de

Moraes, Larissa, Julia, Jennifer

Wikkí, Leandro Gonçalves e Luiz

Roberto, quanta expressão.

Yasmin Santos e Graziela

Machado, olhinhos e ouvidos

vidrados, sentimentos íntimos não

permitiram que se expressassem

naquele momento, mas a

confiança para a participação num

próximo Sarau ali ganhou força.

E os professores presentes?

Mistura de espanto e admiração,

orgulho de seus pupilos,

esperança. Professora Camila,

sempre incentivadora, iniciativa e

enorme colaboração para que o

evento se cumprisse. Revelou-nos

seu gosto por Manuel Bandeira,

exalou sensibilidade por todos os

poros. Professor Dalmo, fez

questão de comparecer após o

término de sua jornada de

trabalho, expectativa geral por sua

participação, não decepcionou,

Manoel de Barros foi sua

inspiração. Professora Shellen,

intensidade à flor da pele, fez-nos

refletir sobre o difícil contexto

político em que o mundo vive...

ah... a bomba atômica de Vinicius

de Moraes... alertou-nos, a

professora, que a esperança reside

nesses jovens...

O Sarau proporcionou instantes de

fuga do tempo e do espaço

comuns, verdadeiro mergulho no

âmago da alma, fruição estética,

deleite que os participantes que ali

estavam e todos os amantes da

arte conhecem muito bem.

Voltando a mencionar Titãs como

no início desse texto, “você tem

fome de quê”? Temos fome de

Saraus, a Escola Miguel Maluhy

está com muita fome de Saraus...

Profª Sandra Chiva

E. E. Com. Miguel Maluhy

folhetim

Page 4: Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 53

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do estudante ano V novembro/2016

EDUCAÇÃO

O espetáculo: A Luta

Madeirite Rosa.

Recebemos em nossa escola as

meninas do espetáculo Cultural :

A Luta, produzido e apresentado

pelo coletivo teatral de mulheres

Madeirite Rosa.

Foi uma tarde muito especial para

nossos alunos e professores e para

Equipe Gestora, um espetáculo

descontraído, que trouxe aos

nossos alunos, momentos de

descontração e troca de

experiências com nossos

educandos, já que muitos deles

nunca viram um espetáculo assim

antes.

No final houve o debate com

alguns alunos, direção e Professor

Valter Gomes.

Espero que haja outros eventos

assim, afinal nossos alunos

merecem atividades diferenciadas.

Afinal, também temos esta

desigualdade social em nosso

espaço, nossa comunidade é

carente de qualquer atividade

cultural, visto que nosso ambiente

é bem afastado de tudo.

Foi uma oportunidade de termos

uma tarde movimentada, com

muita informação para nós e todos

os nossos alunos.

Que tenhamos diversas outras

vezes atividades como essa

transformando a escola em uma

Escola VIVA.

Profa. Tereza Nery

Equipe Gestora

E. E. Instituto Maria Imaculada

POESIA

Duas Pátrias

Duas pátrias tenho eu: Cuba e a

noite.

Ou são uma as duas? Mal retira

sua majestade o sol, com largos

véus

e um cravo na mão, silenciosa,

Cuba, qual viúva triste me

aparece.

Eu sei qual é esse cravo sangrento

que em sua mão treme! Está vazío

meu peito, destroçado está e vazío

onde estava o coração. Já é hora

de começar a morrer. A noite é

boa

para dizer adeus. A luz estorva

a palavra humana. O universo

fala melhor que o homem.

Como bandeira

que convida a batalhar, a chama

vermelha

da vela flameja. As janelas

abro, já apertado em mím. Muda,

rompendo

as folhas do cravo, como uma

nuvem

que turva o céu, Cuba, viúva,

passa…

José Martí (1835-1895) Poeta Cubano

Homenagem póstuma à Fidel Castro

folhetim