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1 do estudante Núm. 54 - ANO V Dez/2016 Folhetim do estudante é uma publicação de cunho cultural e educacional com artigos e textos de Professores, alunos, membros de comunidades das Escolas Públicas do Estado de SP e pensadores humanistas. Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br Sugestões e textos para: [email protected] Dom Paulo Evaristo Arns, o último Quixote do Pacto das Catacumbas A morte do arcebispo emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, levou o último Quixote do “Pacto das Catacumbas”, selado por 41 bispos presentes ao Concílio Vaticano II, que fizeram juramento de “viver como pessoas comuns”, sem pompa nem riqueza. Em 1959, quando o papa João XXIII convocou de surpresa o Concílio Vaticano II, mais de três mil bispos de todo o mundo foram a Roma para discutir o futuro da Igreja, que na época havia se distanciado do mundo. Faltaram apenas os bispos que estavam na prisão nos regimes comunistas do Leste da Europa. Entre aquele exército de prelados tinha de tudo, desde os mais conservadores, entre eles os espanhóis, que nutriam a esperança de que após do Concílio “as águas voltariam ao seu curso”, aos mais progressistas que, como João XXIII, compareceram ao Concílio com uma esperança de renovação, como, por exemplo, os brasileiros, que se distinguiram por seu apoio à chamada “Igreja dos pobres”. Entre os brasileiros, destacou-se o recém-falecido arcebispo emérito de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns, que tinha 40 anos na época. Eu assisti às sessões do Concílio como enviado especial do jornal Pueblo, de Madri, em plena ditadura franquista. Lembro-me do jovem bispo brasileiro, sempre próximo do grupo de bispos mais abertos e entusiasmados coma aquela primavera da Igreja, especialmente aqueles dos países do norte da Europa. O bispo brasileiro fazia parte dos 41 padres do Concílio que se reuniram no silêncio das catacumbas de Domitila para fazer um juramento de fidelidade às ideias renovadoras do Concílio. Foi o chamado “Pacto das Catacumbas”. O documento consistia em 13 promessas, entre elas a de, ao voltar do Concílio, viver em suas dioceses como as pessoas simples, sem palácios ou roupas vistosas, sem bens próprios, compartilhando a vida da classe trabalhadora. Ali foram lançadas as primeiras sementes da futura Teologia da Libertação, da luta pelos direitos humanos e da defesa dos esquecidos e perseguidos da sociedade, que teria sua maior força na América Latina. Dom Paulo demonstrou até a morte sua fidelidade àquele pacto nas catacumbas de Roma, onde se esconderam os primeiros cristãos perseguidos, entre eles Pedro e Paulo. Como outros bispos brasileiros Dom Helder Câmara e Dom Antônio Fragoso, Dom Paulo vendeu o palácio episcopal para comprar terrenos nos bairros pobres na periferia das cidades, onde levantou comunidades, enfrentou a ditadura militar e dedicou grande parte da vida a cuidar dos detidos políticos e a defender os direitos humanos. Seu trabalho pastoral se desenvolveu principalmente nas favelas pobres de São Paulo. Religioso franciscano, culto e de uma profunda espiritualidade, especialista no estudo da história dos primeiros séculos do cristianismo, Dom Paulo acabou sendo perseguido pelos dois poderes: o de sua própria Igreja, quando o papa João Paulo II desmembrou a diocese de São Paulo e o recriminou dizendo: “a Cúria sou eu”, e o dos militares golpistas. Morreu convencido de que o acidente de carro que sofreu no Rio foi uma tentativa de assassinato. Foi fiel até o fim às palavras proféticas de João XXIII quando, ao anunciar a convocação do Concílio Vaticano II afirmou que “a voz do tempo é a voz de Deus” e criticou aqueles que qualificou de “profetas de desventuras”. Dom Paulo sempre esteve atento à voz de seu tempo e militou nas fileiras daqueles que preferem apostar na esperança e não no pessimismo. Fonte: EL País – Edição Brasil Fotografia de 2002, eu e Dom Paulo, após entrevista/documentário, registro efetuado pelo Prof. Rubens Santos para o Folhetim do Estudante, momento ímpar. Prof. Valter Gomes ________________________________ Folhetim

Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 54

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1

do estudante Núm. 54 - ANO V

Dez/2016

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos de

Professores, alunos, membros de

comunidades das Escolas Públicas

do Estado de SP e pensadores

humanistas.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

Dom Paulo Evaristo Arns, o

último Quixote do Pacto das

Catacumbas

A morte do arcebispo emérito de São

Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns,

levou o último Quixote do “Pacto das

Catacumbas”, selado por 41 bispos

presentes ao Concílio Vaticano II, que

fizeram juramento de “viver como

pessoas comuns”, sem pompa nem

riqueza.

Em 1959, quando o papa João XXIII

convocou de surpresa o Concílio

Vaticano II, mais de três mil bispos de

todo o mundo foram a Roma para

discutir o futuro da Igreja, que na

época havia se distanciado do mundo.

Faltaram apenas os bispos que estavam

na prisão nos regimes comunistas do

Leste da Europa.

Entre aquele exército de prelados tinha

de tudo, desde os mais conservadores,

entre eles os espanhóis, que nutriam a

esperança de que após do Concílio “as

águas voltariam ao seu curso”, aos

mais progressistas que, como João

XXIII, compareceram ao Concílio com

uma esperança de renovação, como,

por exemplo, os brasileiros, que se

distinguiram por seu apoio à chamada

“Igreja dos pobres”.

Entre os brasileiros, destacou-se o

recém-falecido arcebispo emérito de

São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns,

que tinha 40 anos na época. Eu assisti

às sessões do Concílio como enviado

especial do jornal Pueblo, de Madri,

em plena ditadura franquista.

Lembro-me do jovem bispo brasileiro,

sempre próximo do grupo de bispos

mais abertos e entusiasmados coma

aquela primavera da Igreja,

especialmente aqueles dos países do

norte da Europa.

O bispo brasileiro fazia parte dos 41

padres do Concílio que se reuniram no

silêncio das catacumbas de Domitila

para fazer um juramento de fidelidade

às ideias renovadoras do Concílio.

Foi o chamado “Pacto das

Catacumbas”. O documento consistia

em 13 promessas, entre elas a de, ao

voltar do Concílio, viver em suas

dioceses como as pessoas simples, sem

palácios ou roupas vistosas, sem bens

próprios, compartilhando a vida da

classe trabalhadora.

Ali foram lançadas as primeiras

sementes da futura Teologia da

Libertação, da luta pelos direitos

humanos e da defesa dos esquecidos e

perseguidos da sociedade, que teria sua

maior força na América Latina.

Dom Paulo demonstrou até a morte sua

fidelidade àquele pacto nas catacumbas

de Roma, onde se esconderam os

primeiros cristãos perseguidos, entre

eles Pedro e Paulo.

Como outros bispos brasileiros –Dom

Helder Câmara e Dom Antônio

Fragoso–, Dom Paulo vendeu o palácio

episcopal para comprar terrenos nos

bairros pobres na periferia das cidades,

onde levantou comunidades, enfrentou

a ditadura militar e dedicou grande

parte da vida a cuidar dos detidos

políticos e a defender os direitos

humanos. Seu trabalho pastoral se

desenvolveu principalmente nas

favelas pobres de São Paulo.

Religioso franciscano, culto e de uma

profunda espiritualidade, especialista

no estudo da história dos primeiros

séculos do cristianismo, Dom Paulo

acabou sendo perseguido pelos dois

poderes: o de sua própria Igreja,

quando o papa João Paulo II

desmembrou a diocese de São Paulo e

o recriminou dizendo: “a Cúria sou

eu”, e o dos militares golpistas. Morreu

convencido de que o acidente de carro

que sofreu no Rio foi uma tentativa de

assassinato.

Foi fiel até o fim às palavras proféticas

de João XXIII quando, ao anunciar a

convocação do Concílio Vaticano II

afirmou que “a voz do tempo é a voz

de Deus” e criticou aqueles que

qualificou de “profetas de

desventuras”.

Dom Paulo sempre esteve atento à voz

de seu tempo e militou nas fileiras

daqueles que preferem apostar na

esperança e não no pessimismo.

Fonte: EL País – Edição Brasil

Fotografia de 2002, eu e Dom Paulo,

após entrevista/documentário, registro

efetuado pelo Prof. Rubens Santos

para o “Folhetim do Estudante”,

momento ímpar.

Prof. Valter Gomes

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Folhetim

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do estudante ano V dezembro/2016

OPINIÃO O PODER

TRANSFORMADOR

DA RESILIÊNCIA

O tema a ser abordado é sobre um assunto que causa impacto direto em toda a população, e para isso vamos nos orientar sobre cidades resilientes, de riquíssimo conteúdo, mesmo sendo um assunto novo, temos exemplos de sucessos e convívio de harmonia com o meio ambiente.

A resiliência urbana é a capacidade que uma cidade tem de resistir, absorver, adaptar-se e recuperar-se da exposição às ameaças, produzindo efeitos de maneira oportuna e eficiente, o que inclui a preservação e restauração de suas estruturas e funções básicas. Ou seja, resiliência urbana é um termo que está vinculado aos conceitos dinâmicos de desenvolvimento e

crescimento urbano. Neste sentido, podemos dizer que a resiliência é um processo e não uma nova técnica de gestão de emergências ou resposta imediata a adversidade. As ameaças naturais afetam cidades de diferentes maneiras, mas potencialmente o desastre atinge todas as cidades em função da maneira como autoridades lidam com o crescimento desordenado, a rápida urbanização e a degradação ambiental. Atualmente, o meio ambiente é fortemente influenciado pelas atividades humanas, e isto se dá pela dependência dos sistemas sociais em relação aos recursos e aos serviços providenciados pelos ecossistemas.

Veja os dez passos indicados pela ONU para mitigar os riscos a desastres motivados por ameaças naturais :

1. Estabeleça mecanismos de

organização e coordenação de

ações com base na participação de

comunidades e sociedade civil organizada.

2. Elabore documentos de

orientação para redução do risco

de desastres e ofereça incentivos aos moradores para que invistam na redução dos riscos.

3. Mantenha informação atualizada sobre as ameaças e vulnerabilidades de sua cidade; conduza avaliações de risco e as utilize como base para

os planos e processos decisórios relativos ao desenvolvimento urbano.

4. Invista e mantenha uma

infraestrutura para redução de risco, com enfoque estrutural, obras de drenagens para evitar inundações; e, conforme necessário invista em ações de adaptação às mudanças climáticas.

5. Avalie a segurança de todas as escolas e postos de saúde de sua cidade

6. Aplique e faça cumprir

regulamentos sobre construção para planejamento do uso e ocupação do solo. Identifique áreas seguras para os cidadãos de baixa renda e modernize os assentamentos informais.

7. Invista na criação de programas

educativos e de capacitação sobre a redução de riscos de desastres, tanto nas escolas como nas comunidades locais.

8. Proteja os ecossistemas e as

zonas naturais para atenuar alagamentos. Adapte-se às mudanças climáticas recorrendo a boas práticas.

9. Instale sistemas de alerta e desenvolva capacitações para gestão de emergências em sua cidade.

10. Após o desastre, necessidades

dos sobreviventes sejam

atendidas e se concentrem nos

esforços de reconstrução. Dar apoio necessário à população afetada incluindo a reconstrução de suas casas e seus meios de sustento.

Prof. Rinaldo do Nascimento – Matemática/ Física – E. E. Com.

Miguel Maluhy, Engenheiro Cívil, pós

graduado em gestão ambiental e

Tecnólogo na SABESP da

Divisão Polo de Manutenção

Pirajussara – MOUP ____________________________________

folhetim

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do estudante ano V dezembro/2016

EDUCAÇÃO

Mostra Cultural

da E. E. Miguel

Maluhy, uma visita

marcante...

Numa manhã de sábado fui

convidada a visitar a Mostra Cultural

da E. E. Comendador Miguel

Maluhy.

Quando soube que haveria uma sala

com mais de 100 bonecas negras

confeccionadas pelos próprios

alunos da E. E. Comendador Miguel

Maluy, fiquei motivada.

Visitei a sala das mais de 100

bonecas negras, as alunas, do 8º ano,

que me recepcionaram me

apresentaram todos dossiê do evento,

pois os alunos assistiram o Filme

Escritores da Liberdade, visitaram o

Museu Afro, realizaram pesquisas e

aprenderam a confeccionar as

bonecas com o auxílio das

professoras envolvidas no projeto

para a Mostra Cultural.

Em outra sala, de 7º ano, conheci

a lenda do surgimento da chuva,

da origem do tambor bem como o

vestuário africano, as lendas

africanas e os provérbios

africanos, tudo isto, explicado

com muita paciência para os

visitantes.

Foi uma manhã de conhecimento

trazida por alunos do Maluhy.

Todos estão de parabéns....

Visita de Mamadou

Diawara na

Semana da consciência

negra

Em uma manhã de Novembro,

recebemos a visita do Senhor

Mamadou Daiawara e com ele

caixas com diversas bonecas

negras confeccionadas pelos

alunos da E. E. Comendador

Miguel Maluhy.

Foi um momento mágico para

nossos alunos do 3ºano do ensino

fundamental, orientados pelaa

professora Ligia, pois cada um

escolheu uma boneca na caixa em

frente, para poder, a partir dela,

fazer descobertas e expressar essa

interação através de narrativas

escritas ou imagéticas.

Até nosso aluno Thiago (autista)

escolheu a dele. Houve interação

com toda turma, cada aluno leu o

nome que estava na boneca e a

mensagem que nela havia. Após

isto, eles desenharam o que a

boneca "trazia" para eles. Um

momento de euforia, todos sairam

com as bonecas escolhidas por

eles. No dia seguinte, lá estavam

os alunos e alunas com suas

bonecas fazendo parte da aula.

Enfim, para nossos alunos este dia

foi muito importante, pois além de

ganharem uma (um) boneca( o)

confeccionada(o) por outros

alunos muitos deles nunca tiveram

acesso ás bonecas negras ,visto

que, além de ser de difícil acesso

muitos enfrentam a resistência de

familiares e nós como educadores

devemos apoiar a confecção e

criação de bonecas negras para

nossos alunos carentes, Nossos

alunos necessitam de outras

referências culturais.

Profa. Tereza Nery

Equipe Gestora

E. E. Instituto Maria Imaculada

folhetim

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do estudante ano V dezembro/2016

EDUCAÇÃO

O Heroi do Seu

Povo

"Condenarme, no importa lo

que, la Historia me absolverá.".

Foi com está celebre frase

marcada em nossas memórias que

O Heroi Cubano será lembrado.

Nascido em 13 de Agosto de

1926, Fidel Alejandro Castro Ruz,

foi um verdadeiro homem que se

portou até o fim com aqueles que

tanto admirava, seus

compatriotas, o povo cubano.

Fidel Castro veio de uma

família com ótimas condições

financeiras, sendo seu pai um

latifundiário, dono de várias

terras, porém isso não foi motivo

para que desde cedo ele não

notasse as diferenças sociais entre

as pessoas. Mesmo com essa vida

"perfeita" que tinha ele passou a

nutrir um sentimento anti-

imperialista. Começou a fazer a

faculdade de direito em 1945 na

Universidade de Havana, a onde

era o mais novo de sua turma,

com apenas 19 anos.

Após se formar decidiu

defender os direitos do povo que

sofria com a tirania dos governos

que se sucediam. Aos poucos foi

participando ativamente dos

meios políticos no país, acusando

membros do governo e

parlamentares corruptos. Acabou

sendo preso em 1953 por uma

tentativa de golpe contra o

presidente da época, Fulgencio

Batista, porém antes disso sofreu

perseguições dos políticos que

denunciou. Após passar 20 anos

na prisão ele decide se exilar no

México e depois resolve em 1955

ir para os E.U.A, nação que tanto

odiava, atrás de emigrantes

cubanos para ajuda-lo a organizar

uma revolução que acabaria por

derrubar Fulgencio do poder.

Após retornarem ao país com

o Exército Rebelde se depararam

com um país desacreditado;

imediatamente conseguiram o

apoio do povo. Tempos depois

conseguiram derrubar o governo e

instaurar um novo que tinha como

missão atender os anseios da

população. Com uma grande

popularidade Fidel acabou se

tornando Primeiro-Ministro.

Começava então uma grande

reestruturação no país. Empresas

estrangeiras foram nacionalizadas,

a saúde e a educação foram tendo

uma maior importância.

Os E.U.A. começavam a

ficar temerosos, já que outros

países do continente Americano

poderiam seguir os passos de

Cuba, nessa mesma época o

governo estadunidense inicia a

implantação das ditaduras

militares na América-Latina e

começa a isolar o pequeno país do

resto da América lhe impondo

embargos econômicos. Isso fez

com que Fidel iniciasse uma

aproximação com a U.R.S.S.

para, assim, a nação ter um apoio

necessário para poder continuar a

existir.

Mesmo após a queda da

poderosa União Soviético Fidel

Castro, agora presidente, teve que

tomar algumas medidas para que

o pequeno país não ruísse. Graças

a sua força e vontade de fazer a

diferença pelos seus amados

compatriotas não desistiu nem

mesmo nas horas mais difíceis.

Por isso como disse em suas

palavras: "a história me

absolverá.", e realmente isso

aconteceu. Ele não será lembrado

pela história como um ditador e

tirano, mas sim como um

verdadeiro herói, um herói que

tentou fazer a diferença por

aqueles que tanto amou.

James Amarante – 3º D E. E. Com. Miguel Maluhy

POESIA

ESQUECI

Esqueci-me, esqueci-me de quem era,

de quem gostaria ser, esqueci-me das

coisas boas de falar sem pensar,

esqueci-me de como era bom ser

puramente fiel a minha própria

melancolia agradável, de como ser.

Meus personagens, minhas máscaras,

minhas almas secundárias pousam em

mim sem permissão, sem pedir, sem

avisar, apenas acham que meu corpo e

sentimentos não estão prontos,

subestimam minhas dores e felicidades,

com interpretações chulas de mim

mesmo.

É como se nas coxias do meu ser, se

reunissem para apontar e dar risadas

do eu real.

Não peço para que se vão, peço para

que deixem-me atuar como

coadjuvante, nesta minha peça

constante.

Davi Benseman Do livro “Paradoxo de quem amou

apenas em versos” de sua autoria,

Ex-aluno da E. E. Com. Miguel

Maluhy turma 2013

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folhetim