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Acadêmicas: Daniele da Costa Verônica Amanda Beckenkamp Professor: Paulo Konzen 2º Ano – Letras Julho/2014

Formalismo Russo

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Trabalho sobre o Formalismo Russo realizado pelas acadêmicas Daniele da Costa e Verônca A. Beckenkamp.-UNIOESTE. Trabalho baseado na resenha produzida pelos acadêmicos do 2º ano de letras da Unioeste - Campus de Marechal Candido Rondon de 2013.

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Acadêmicas: Daniele da Costa

Verônica Amanda Beckenkamp

Professor: Paulo Konzen

2º Ano – Letras

Julho/2014

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Formalismo Formalismo RussoRusso

Trabalho baseado na resenha produzida pelos acadêmicos do 2º ano de letras da Unioeste - Campus de Marechal Candido Rondon de 2013.

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O Formalismo Russo, que também é conhecido como “Crítica Formalista”, foi uma escola de crítica literária que se desenvolveu na Rússia a partir de 1910 sendo interrompida em 1930 por decisão política.

Essa escola tinha como objetivo o estudo da linguagem poética. O foco de sua atenção é a realidade do texto enquanto linguagem. Não há ênfase ou destaque para elementos exteriores, como por

exemplo, a biografia do autor, a

filosofia entre outros.

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Haviam jovens acadêmicos Russos e Soviéticos, como por exemplo: Viktor Chklosky, Boris Eichenbaum, Roman Jakobson entre outros estudiosos que tiveram grande influência no que podemos chamar de revolução da critica literária da década de 30, estabelecendo o estudo da especificidade e da autonomia da linguagem poética e literária.

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Podemos pensar no Formalismo Russo em dois momentos:

► 1915-1923 – Havia por parte dos formalistas russos uma aderência aos ideais revolucionários, entendidos como necessário para que todas as injustiças fossem superadas;

► 1923-1930 – Nessa época o formalismo já havia ultrapassado as fronteiras da Rússia, influenciando o pensamento europeu quanto ao estudo da linguagem.

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Principais conceitos do Formalismo Russo:

► A materialidade do texto literário: “(...) a filosofia, a sociologia, a psicologia etc., não poderiam servir de ponto de partida para a abordagem da obra literária. (...) do ponto de vista do estudo literário, o que importava era o priom*, ou processo, isto é, o principio da organização da obra como produto estético, jamais um fator externo. (SCHNAIDERMAN, 1976, p.9)

* Priom: esse termo for traduzido no Brasil como procedimento, e é um conceito de suma importância no formalismo.

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► O que fazia de um texto, uma obra literária: Os formalistas procuravam investigar que fatores textuais faziam de um texto uma obra literária. “(...) tudo servia para os historiadores da literatura: os costumes, a psicologia, a política, a filosofia. Pareciam-se esquecer que estes elementos pertencem às ciências correspondentes [...]. Se o estudo da literatura quer tornar-se uma ciência, ele deve reconhecer o “processo” como seu único “herói”. (JAKOBSON apud SCHNAIDERMAN, 1976, p. 9-10)

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Principio do estudo literário formalista:

► A definição de literatura se apresenta de maneira muito ampla no universo do mundo literário. Para os formalistas russos, existe uma distinção significativa que caracteriza o texto literário: a linguagem poética e a linguagem prosaica.

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► Linguagem prosaica: é a ferramenta de comunicação cotidiana, com função referencial e utilitária.

► Linguagem poética: tem ênfase na desautomatização da percepção do receptor, obrigando o leitor a uma leitura mais atenta e um maior comprometimento com o texto artístico.

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Os formalistas buscavam comparar a linguagem poética da linguagem prosaica, exemplificaremos com o exemplo feito por Arnaldo Franco Junior:

Ainda me lembro daquele beijo em plena praça central da cidade quando os sinos da igreja anunciavam o meio-dia.

Meio-dia na SéAlessandra P. Caramori

Nossas bocas unidasNossas línguas Um sinoE dois badalos

No primeiro texto não há necessariamente destaque para a função poética, as funções referencial e emotiva são mais importantes, já no segundo texto a função poética se destaca e subordina as outras.

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Elementos da Narrativa do texto:

► Fábula e a Trama;

► Motivo e Motivação;

Todos esses elementos: fábula, trama, motivos e motivação, são carregados e percorridos pelos personagens da narrativa. São estes os suportes dos motivos.

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A abordagem formalista engloba a caracterização dos personagens em duas vertentes:

► Direta: quando o narrador ou algum personagem mostra essa caracterização;

► Indireta: quando as ações deste personagem no desenrolar da obra acabam por revelar suas características.

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Principais características da Literariedade, de acordo com os formalistas:

► A linguagem literária produz; a não literária reproduz;

► A mensagem literária é autoconcentrada;

► Cria significantes e funda significados;

► Não existe uma gramática normativa para o texto literário, seu único espaço de criação é o da liberdade;

► Predomínio da função poética.

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Os Formalistas consideravam que a obra literária não era um mero veículo de idéias nem uma reflexão sobre a realidade social, era um fato, um material plausível de análise, formada por palavras e não por objetos e sentimentos, e seria um erro considerá-lo como a expressão do pensamento de um autor. “Os modelos teórico-literários que o formalismo russo criou, estão ainda conosco, permanece não como alguma curiosidade histórica, mas como uma presença vital no discurso teórico de nossos dias.” (Steiner)

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“A linguagem está sempre inserida em um diálogo constante com a vida social e cultural; dessa forma ela se torna viva, múltipla, porque marcada pelas vozes presentes nas interações sociais.”

Mikhail Bakhtin, Linguista Russo

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Bibliografia:Bibliografia:

► <http://letraseespaco.tumblr.com/post/55644573650/formalismo-russo> Acessado em 09/07/14 as 21h.

► http://www.controversia.com.br/blog/formalismo-russo/ Acessado em 13/07/14 as 16h .

► http://teorialiterariaufrj.blogspot.com.br/2009/07/narrativa-no-formalismo-russo_02.html Acessado em 09/07/14 as 23h.

► OLIVEIRA Silvana.Teoria da Literatura III – Curitiba: IESD Brasil S.A, 2009. p.77 – 82.