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HOMILÉTICA I A PREGAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS Prof. Bruno Cesar Santos de Sousa www.bruno-cesar.com

Homilética I Itaporanga

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HOMILÉTICA I

A PREGAÇÃO DA PALAVRA DE DEUSProf. Bruno Cesar Santos de Sousa

www.bruno-cesar.com

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PLANO DE CURSO SEMINÁRIO TEOLÓGICO SERTANEJO

A BUSCA DA EXCELÊNCIA NO SERVIÇO CRISTÃO   DISCIPLINA: HOMILÉTICA I

Créditos: 02 PROGRAMA DA DISCIPLINA I – OBJETIVO: Tornar o aluno conhecedor dos princípios de preparação de

sermão bíblico para a apresentação de sermões. II – CONTEÚDO: UNIDADE I 1) Definição de homilética 2) Base bíblica

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3) Palavras bíblicas para pregação 4) Palavras bíblicas para pregador 5) Pregação em ambientes diversos UNIDADE II 6) Tipos de sermão 6.1 Sermão extemporâneo 6.2 Sermão biográfico 6.3 Sermão temático 6.4 Sermão textual 6.5 Sermão expositivo 6.6 Séries de sermões UNIDADE III 7) Prepação do sermão – do texto base à apresentação do sermão 7.1 Escolha do texto 7.2 Coleta de material 7.3 Tema ou título

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7.4 Introdução 7.5 Elucidação 7.6 Transição 7.7 Corpo do sermão (Divisões principais) 7.8 Subdivisões 7.9 Conclusão 7.10 Aplicação 8) Apresentação do sermão III – METODOLOGIA: Aulas expositivas, leitura de textos, apresentação de sermões e pregações, apresentação

de slides. IV – AVALIAÇÃO: Resumo do livro Nº 3 e quatro sermões escritos (entrega até o dia 05/12/2015). V – REFERÊNCIAS:1. BARCLAY, William. Palavras-Chaves do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova,

2010.2. BEALE, G. K. Manual do Uso do Antigo Testamento no Novo Testamento. São

Paulo, Vida Nova: 2013.

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3. BRAGA, James. Como Preparar Mensagens Bíblicas. 2 ed. São Paulo: Vida, 2005.4. CHAPELL, Bryan. Pregação Cristocêntrica. 2 ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2007.5. COENEN, Lothar e BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo

Testamento Volume II. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 2000.6. GOLDSWORTHY, Graeme. Pregando Toda a Bíblia Como Escritura Cristã. São José

dos Campos: Fiel, 2013.7. KAISER Jr. Walter C. Pregando e Ensinando a Partir do Antigo Testamento. Rio de

Janeiro: CPAD, 2009.8. LACHLER, Karl. Prega a Palavra. São Paulo: Vida Nova, 1995.9. LAWSON, Steven J. A Arte Expositiva de João Calvino. São José dos Campos: Fiel,

2008.10. LLOYD-JONES, D. Martin. Pregação e Pregadores. São José dos Campos: Fiel, 2008.11. LOPES, Hernandes Dias. A Importância da Pregação Expositiva Para o Crescimento

da Igreja. São Paulo: Candeia, 2004.12. MARINHO, Robson. A Arte de Pregar. São Paulo: Vida Nova, 2006.13. OLYOTT, Stuart. Pregação Pura e Simples. São José dos Campos: Fiel, 2012.14. PETTRY, Ernest. Homilética: ministrando a Palavra de Deus. Campinas: ICI, 1980.15. PIPER, John. Supremacia de Deus na Pregação. São Paulo: Shedd Publicações, 2006.16. REIFLER, Hans Ulrich. Pregação ao Alcance de Todos. São Paulo: Vida Nova, 1993.

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17. ROBINSON, Haddon W. e LARSON, Craig Brian. A Arte e o Ofício da Pregação Bíblica. São Paulo: Shedd Publicações, 2009.

18. SHEDD, Russell P. Palavra Viva. São Paulo: Vida Nova, 2000.19. SPURGEON, Charles H. Lições aos Meus Alunos 1. São Paulo: PES. 20. ______. Lições aos Meus Alunos 2. São Paulo: PES.21. STOTT, John R. W. O Perfil do Pregador. São Paulo: Vida Nova,

2005.22. THROUP, Marcus O. O Valor Inestimável da Pregação. São Paulo:

Candeia, 2009.23. www.bruno-cesar.com

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UNIDADE I

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DEFINIÇÃO DE HOMILÉTICA

DEFINIÇÃO O termo (homilética) deriva do substantivo

grego "homilia", que significa literalmente "associação", "companhia", e do verbo homileo, que significa "falar", "conversar". O Novo Testamento emprega o substantivo homilia em 1 Coríntios 15.33 ... as más conversações corrompem os bons costumes.

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O termo "homilética" surgiu durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII, quando as principais disciplinas teológicas receberam nomes gregos, como, por exemplo, dogmática, apologética e hermenêutica.

Na Alemanha, Stier propôs o nome Keríctica, derivado de keryx, que significa "arauto". Sikel sugeriu haliêutica, derivado de halieos, que significa "pescador".

O termo "homilética" firmou-se e foi mundialmente aceito para referir-se à disciplina teológica que estuda a ciência, a arte e a técnica

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de analisar, estruturar e entregar a mensagem do evangelho.

"A homilética é ciência, quando considerada sob o ponto de vista de seus fundamentos teóricos (históricos, psicológicos e sociais); é arte, quando considerada em seus aspectos estéticos (a beleza do conteúdo e da forma); e é técnica, quando considerada pelo modo específico de sua execução ou ensino."

O termo "homilética" tem suas raízes etimológicas em 3 palavras da cultura grega:

 

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1. Homilos, que significa "multidão", "turma", "assembléia do povo" (cf. At 18.17);

2. Homilia, que significa "associação", "companhia" (cf. 1 Co 15.33); e

3. Homileo, que significa "falar", "conversar" (cf. Lc 24.14s.; At 20.11,24.26). REIFLER, Hans Ulrich. Pregação ao Alcance de Todos. São Paulo: Vida Nova, 1993. p. 5.

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BASE BÍBLICA DA PREGAÇÃO 1) Isaías profetizou que não creriam na

pregação de Jesus: “Quem creu na nossa pregação? A quem se

manifestou o braço do SENHOR?” (Isaías 53:1). 2) Jesus falou sobre pregação no Antigo

Testamento: “Os habitantes de Nínive se levantarão no juízo

contra esta geração e a condenarão, pois se arrependeram com a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior que Jonas” (Mateus 12:41).

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3) A pregação gera fé no coração dos homens “Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho;

pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem? Portanto, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo” (Romanos 10:16-17).

4) Paulo sabia que Deus iria confirmar a salvação dos crentes por meio do evangelho e da pregação

“Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos antigos” (Romanos 16:25).

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5) Os homens são salvos por meio da pregação

“Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo por sua própria sabedoria não o conheceu, foi do agrado de Deus salvar os que creem por meio do absurdo da pregação” (1 Coríntios 1:21).

6) A Pregação de Paulo foi poderosa “Minha linguagem e pregação não

consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do poder do Espírito” (1 Coríntios 2:4).

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7) A Pregação do evangelho é necessária e verdadeira porque Cristo está vivo

“E, se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é inútil e também a vossa fé” (1 Coríntios 15:14).

8) Os crentes recebem o Espírito Santo pela pregação do Evangelho

“É só isto que quero saber de vós: foi pelas obras da lei que recebestes o Espírito, ou pela fé naquilo que ouvistes? (Gálatas 3:2).

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“Aquele que vos dá o Espírito, e que realiza milagres entre vós, será que o faz pelas obras da lei ou pela fé naquilo que ouvistes? (Gálatas 3:5).

9) Deus fortalece seus pregadores “Mas o Senhor esteve ao meu lado e me

fortaleceu, para que por meu intermédio a pregação fosse anunciada e todos os gentios a ouvissem; e fui livrado da boca do leão (2 Timóteo 4:17).

10) Deus manifesta sua Palavra por meio da pregação

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“E no tempo próprio manifestou a sua palavra, mediante a pregação que me foi confiada segundo a ordem de Deus, nosso Salvador (Tito 1:3).

O modelo predominante no período profético era a palavra vinda diretamente do Senhor ("assim diz o Senhor") que os profetas anunciavam e ilustravam em sua próprias vidas: uma prostituta como esposa (Oséias); nomes dos filhos (Is 7.3, 8.3); cinto (Jr 13.1-11); o vaso do oleiro (Jr 18.1-17); a botija quebrada (Jr 19.1-15); a morte da mulher de Ezequiel (Ez 24.15-27). Após o exílio, desenvolveu-se a homilia primitiva, em que passagens das Escrituras Sagradas eram lidas em público ou nas sinagogas (Ne 8.1-18).

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Por volta de 500-300 a. C., os gregos Córax, Sócrates, Platão e Aristóteles desenvolveram a retórica, aperfeiçoada pelos romanos na forma da oratória (principalmente Cícero, em cerca de 106-43 a. C.). Jesus, no entanto, pregou o evangelho do reino de Deus com simplicidade, utilizando principalmente parábolas (Mt 13.34s.; Mc 4.10-12, 33, 34) e aplicando textos do Antigo Testamento à Sua própria vida (Lc 4.16-22). Uma análise do livro de Atos revela cinco elementos básicos comuns às mensagens apostólicas: o Messias prometido no Antigo Testamento; a morte expiatória de Jesus Cristo; Sua ressurreição pelo poder do Espírito Santo; a gloriosa volta de Cristo; e o apelo ao ouvinte para que se arrependesse e cresse no evangelho. REIFLER, Hans Ulrich. Pregação ao Alcance de Todos. São Paulo: Vida Nova, 1993. p. 7

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PALAVRAS BÍBLICAS PARA PREGAÇÃO

A bíblia utiliza várias palavras para descrever o ato de pregar, vejamos algumas dessas palavras.

“O reino de Deus e a pregação são irmãos siameses que não podem ser separados. Juntos, eles permanecem de pé ou caem". OLYOTT, Stuart. Pregação Pura e Simples. São José dos Campos: Fiel, 2008. p. 13.

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1) Kerysso – É usada mais de sessenta vezes no Novo Testamento. Significa “declarar como o faz um arauto”. Refere-se à mensagem de um rei.

O Novo Testamento usa este verbo para enfatizar que o pregador não deve anunciar sua própria mensagem. Ele fala como porta-voz de Outrem. A ênfase desta palavra está na transmissão exata da mensagem. O pregador não fala com sua própria autoridade. Ele foi enviado e fala com a autoridade dAquele que o enviou. Palavras da família de Kerysso são usadas para descrever a pregação de Jonas (Mt 12:41), de João Batista (Mt 3:1), de nosso Senhor Jesus Cristo (Lc 4:18-19) e de seus apóstolos (1 Tm 2:7; 2 Tm 1:11).

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2) Euangelizo – Esta é a palavra da qual obtivemos a nossa palavra “evangelizar”. O verbo grego significa “trazer boas notícias” ou “anunciar boas-novas”.

“Evangelizar” pode até ser usado em referência a algo que fazemos aos crentes! Isto pode ser visto, por exemplo, em Romanos 1:15. Depois de saudar os leitores, que eram crentes, no versículo 7, e de apresentar as informações dos versículos 8-14, Paulo continuou: “Quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros que estais em Roma”. A expressão “anunciar o evangelho” é uma tradução do verbo “euangelizo”. Paulo iria a Roma para evangelizar aqueles que já eram convertidos! É tempo de pensarmos novamente a respeito de como usamos nossas várias palavras que expressam a ideia de pregar.

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3) Martureo – Este verbo significa “dar testemunho dos fatos”. Hoje, porém, quando os crentes falam sobre testemunhar, o que eles geralmente querem dizer? Com frequência, usam esta palavra a fim de descrever aqueles momentos em que contam aos outros sua experiência pessoal com o Senhor. Na bíblia, martureo é usado com o sentido de invocar a Deus (ou mesmo pedras) para testemunhar algo. Esse verbo se refere completamente à objetividade, e não à subjetividade; refere-se a contar às pessoas fatos e acontecimentos, e não aos meus acontecimentos ou o que aconteceu a mim.

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4) Didasko – Esta palavra significa “pronunciar em termos concretos o que a mensagem significa em referência ao viver”. É um erro grave separar kerygma (uma palavra da família de kerysso) de didache (uma palavra da família de didasko). Não são apenas os teólogos eruditos que têm procurado fazer isso, pois há inúmeros crentes, em nossas igrejas, que fazem uma clara distinção entre uma “mensagem evangelística” e uma “mensagem doutrinária”. OLYOTT, Stuart. Pregação Pura e Simples. São José dos Campos: Fiel, 2008. pp. 14-17.

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PALAVRAS BÍBLICAS PARA PREGADOR 1) DESPENSEIRO – Não um profeta, não um apóstolo, não

um tagarela. O que é, então, o pregador? Ele é um despenseiro. “Importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4:1-2). O despenseiro é o empregado de confiança que zela pela correta utilização dos bens de outra pessoa. Assim, o pregador é um despenseiro dos mistérios de Deus, ou seja, da auto-revelação que Deus confiou aos homens e é preservada nas Escrituras. Portanto, a mensagem do pregador cristão não vem diretamente da boca de Deus – como se ele fosse profeta ou apóstolo – nem de sua própria cabeça – como os falsos profetas – nem das bocas e mentes de outras pessoas, sem reflexão – como o tagarela – mas da Palavra de Deus, uma vez revelada e para sempre registrada, da qual ele tem a honra de ser despenseiro.

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O mordomo sábio fornece um cardápio variado à família que serve. Ele procura conhecer as suas necessidades e usa o bom senso para decidir o que vão comer. O mordomo não decide o que entra na geladeira; esse direito é de seu patrão. Mas o que sai da geladeira, quando e em que quantidade é responsabilidade do mordomo. Este é mais um aspecto da fidelidade do mordomo, que não é tanto fidelidade a seu patrão ou aos bens que lhe são confiados, mas fidelidade à família que ele serve.

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2) ARAUTO – Somos despenseiros das coisas que Deus disse e arautos das coisas que Deus fez. Se a única palavra neotestamentária para a pregação fosse a do despenseiro, poderíamos ficar com a impressão de que o trabalho do pregador é uma rotina prosaica e sem graça. Mas o Novo Testamento é rico em outras metáforas, e a mais importante destas é a do arauto, que recebe a solene (e emocionante) responsabilidade de proclamar as boas novas de Deus. Essas duas ilustrações não são incompatíveis. Paulo pensava em si mesmo e em seus auxiliares das duas formas. Se no princípio de 1 Coríntios 4 Paulo disse que somos “despenseiros dos mistérios de Deus”, no primeiro

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capítulo da mesma epístola ele resume a atividade do pregador na expressão “pregamos [proclamamos] a Cristo crucificado”, e declara que através dessa proclamação de arauto (kerygma) é que “aprouve a Deus salvar os que crêem” (1 Co 1:21, 23). De maneira semelhante, nas epístolas pastorais, em que ele exorta Timóteo a “guardar o bom depósito”, como despenseiro, e “confiá-lo” a homens fiéis e idôneos para instruir outros” (2 Tm 2:2). Paulo escreve duas vezes que foi “designado pregador” (keryx, arauto) do evangelho (1 Tm 2:7, 2 Tm 1:11).

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Pregar o evangelho é pregar Cristo, pois Cristo é o evangelho (At 8:5; Fp 1:15).

“Pregação” – escreve o Dr. Mounce – “é o elo atemporal e eterno entre o grande ato redentor de Deus e sua apreensão pelo ser humano. É o meio pelo qual Deus torna atual sua auto-revelação histórica e oferece ao homem a oportunidade de responder com fé”. É mais do isso ainda.

Se disserem que não devemos levar em conta a mente humana na pregação evangelística porque ela está obscurecida, só posso responder que os apóstolos tinham outra opinião. Alguns dos verbos utilizados por

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Lucas em Atos para descrever a pregação são decididamente intelectuais, como didasquein (ensinar), dialégesthai (argumentar), suzetein (discutir), synquinein (confundir), paratíthemi e sumbibazein (provar), diatalégkein (refutar poderosamente). Veja Atos 20:31; 17:2, 17; 18:4, 19; 19:8, 9; 24: 25; 9:29: 9:22; 17:3; 9:22; 18:28.

Algumas vezes também, como resultado dessa pregação dialética, não lemos que pessoas “se converteram”, mas sim que foram “persuadidas” (At 17:4; 18:4; 19:8, 26; 28:23, 24). O que significa isto? Significa que os apóstolos estavam ensinando um corpo de doutrinas e argumentando com as pessoas a respeito da conclusão a que deveriam chegar. Eles buscavam uma conquista intelectual, persuadir as pessoas de que a sua mensagem era verdadeira, convencê-las para convertê-las.

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3) TESTEMUNHA – A terceira palavra que o Novo Testamento usa em relação ao pregador cristão é “testemunha”. Para ser mais exato, é possível testemunhar do Senhor Jesus Cristo sem ser um pregador, mas, assim mesmo, a atividade da pregação é algumas vezes chamada de “testemunho”. Por exemplo: falando aos presbíteros da igreja de Éfeso em Mileto, Paulo descreve o ministério que ele recebeu do Senhor Jesus como “testemunhar o evangelho da graça de Deus”, “testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20:21, 24).

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A palavra “testemunhar”, “dar testemunho” coloca-nos em uma situação muito diferente daquela que estávamos analisando nos capítulos anteriores. O “despenseiro” é uma metáfora da vida doméstica. Coloca-nos dentro de uma casa onde podemos pensar no pai da família. O “arauto” é uma metáfora política. Leva-nos ao ar livre, ao mercado ou à rua principal, onde o arauto toca a sua trombeta para ajuntar o povo e, em nome do rei, faz uma urgente proclamação de boas notícias. Mas “testemunha” é uma metáfora jurídica: leva-nos ao tribunal. Vemos o juiz e também o prisioneiro sendo julgado. Podemos ouvir como o caso se desenvolve, e como a promotoria e o advogado de defesa fazem os seus pronunciamentos, sempre chamando as testemunhas para consubstanciá-los.

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4) PAI (O AMOR E O CARINHO DO PREGADOR) – Pensar e falar do pregador como “pai” pode parecer meio estranho. A rigor, as ideias que essa palavra transmite não pertencem de maneira alguma ao campo da homilética. Mas Paulo não hesitou em denominar-se “pai” dos coríntios, dos gálatas, dos tessalonicenses e de algumas outras pessoas. E não há dúvida de que as qualidades de um pai, especialmente o seu carinho e amor (que o apóstolo menciona), são indispensáveis ao pregador retratado no Novo Testamento.

A pregação envolve um relacionamento entre o pregador e sua igreja. O pregador não é um artista que declama do palco enquanto a plateia permanece passiva. Assim como um pai que deseja cuidar do seu filho, o pregador deseja cuidar da congregação.

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5) SERVO Em 1 Coríntios 3:5 vemos que Paulo coloca a

si próprio e aos demais apóstolos como um servo por meio de quem Deus opera no seu povo. O servo anuncia apenas o que lhe foi mandado anunciar.

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PREGAÇÃO EM DIVERSOS AMBIENTES

EM CASA EM IGREJAS DIFERENTES DA NOSSA EM ESCOLAS EM HOSPITAIS EM PRESÍDIOS NO TRABALHO NA RUA

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UNIDADE IIPENSAMENTOS

INTERESSANTES EM RELAÇÃO À PREGAÇÃO

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“Uma pregação em que o sentido da passagem bíblica é apresentado exatamente de acordo com o propósito de Deus é a mais lógica exposição da infalibilidade e inerrância da Bíblia” (Hernandes D. Lopes).

“Homens mortos pregam sermões mortos, e os sermões mortos matam” (E. M. Bounds).

“Sermão não é divertimento. É impossível oferecer salvação sem arrependimento” (Hernandes D. Lopes).

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“Amar a pregação é uma coisa, amar aqueles a quem pregamos é bem diferente” (D. Martyn Lloyd-Jones).

“O trabalho da pregação é o chamado mais elevado, o maior e o mais glorioso para o qual alguém pode ser convocado. A necessidade mais urgente da igreja hoje é a verdadeira pregação; e por ser a maior e mais urgente necessidade da igreja, é também evidentemente a maior necessidade do mundo” (D. Martyn Lloyd-Jones).

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“A pregação deveria estar no mesmo nível que o trabalho mais nobre da terra” (Blackwood).

“A teologia é mais importante do que a metodologia. A técnica só pode tornar-nos oradores; se quisermos ser pregadores precisamos de teologia”(John R. W. Stott).

“O púlpito deve ser o trono de onde Deus governa seu povo” (Calvino).

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“Preguei como se nunca mais fosse pregar novamente, como um moribundo a outro moribundo” (Richard Baxter).

“Ponha fogo em seus sermões, ou ponha seus sermões no fogo” (John Wesley).

“Somos chamados para proclamar Cristo e não para discuti-lo” (John R. W. Stott).

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Alguém perguntou certa vez a Spurgeon: “Qual o segredo da grande pregação?”. Ele replicou: “Arda com o evangelho e as pessoas virão vê-lo queimar”.

“O sermão começa onde começa a aplicação” (Spurgeon).

“O pregador deveria ir geralmente da presença de Deus para a presença dos homens” (Hernandes D. Lopes).

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“Afirmo que, onde há pregação autêntica, o povo vem para ouvi-la” (D. Martyn Lloyd-Jones).

“O pregador deve ser bem preciso; jamais deve afirmar algo que algum membro erudito de sua congregação possa mostrar que está errado e alicerçado em uma interpretação equivocada. O conhecimento das línguas originais é importante nesse sentido” (D. Martyn Lloyd-Jones).

“A falha principal de todo pregador jovem consiste em pregar conforme gostaria que os ouvintes fossem e não conforme eles realmente são” (D. Martyn Lloyd-Jones).

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“A tarefa do pregador cristão não é dar ao povo conselhos moralistas ou psicólogos sobre como lhe dar bem no mundo. Qualquer outra pessoa pode fazer isto. Mas a maioria de nosso povo não tem ninguém no mundo que lhe fale, semana após semana, sobre a suprema beleza e majestade de Deus. E muitos deles estão tragicamente famintos de uma visão centrada em Deus, como a do grande pregador Jonathan Edwards” (John Piper).

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“O problema mais fundamental da pregação é de que maneira um pregador será capaz de proclamar esperança a pecadores, diante da irrepreensível justiça de Deus” (John Piper).

“Não se esforce para ser um determinado tipo de pregador. Empenhe-se por ser um tipo de pessoa!” (John Piper).

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“Portanto, a boa pregação tem como alvo incitar emoções santas naqueles que ouvem. Seu alvo é o coração” (John Piper).

“É uma tragédia ver pastores expor os fatos bíblicos e em seguida se sentarem. A boa pregação apela ao povo para que responda à Palavra de Deus” (John Piper).

“A boa pregação nasce de boa oração. E tal pregação vem com o poder que causou o Grande Avivamento, quando é feita sob a poderosa influência do Espírito Santo, trabalhada pela oração” (John Piper).

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TIPOS DE SERMÃOSERMÃO EXTEMPORÂNEO

1.Que ocorre ou que se manifesta fora ou além do tempo desejável; serôdio. 2. Que não é próprio ou característico do tempo ou do momento em que ocorre.

Não deve ser a prática usual de nenhum pregador.

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SERMÃO BIOGRÁFICO 1. Descrição da vida de alguém.

2. Obra que faz a narração das fases da vida de uma pessoa

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MODELO DE SERMÃO BIOGRÁFICO – BARNABÉ, UM CONSOLO PARA A IGREJA TÍTULO: BARNABÉ: UM CONSOLO PARA

A IGREJA TEMA: ETAPAS DA VIDA DE BARNABÉ TEXTO-BASE: ATOS 11:19-30 INTRODUÇÃO: Quem era Barnabé? Seu

nome original, por assim dizer, era José, que significa “aquele que acrescenta”. Ele era primo de Marcos (Cl 4:10), que muito provavelmente é o mesmo Marcos que escreveu o evangelho.

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Seu nome aparece 30 vezes no Novo Testamento. Ele é uma daquelas pessoas que foi chamada por Deus para ser o segundo. Para termos ideia disto basta saber que o nome de Paulo aparece 195 vezes na bíblia. Na verdade se compreendermos bem o que João Batista disse a respeito de Jesus em João 3:30: “Importa que ele cresça e que eu diminua”, confirmaremos que todos nós fomos chamados para ser o segundo, e Deus o primeiro na nossa vida.

Barnabé fez mais coisas notáveis do que geralmente se presta atenção com uma lida simples do Novo Testamento.

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Ele vendeu um terreno e doou o dinheiro à igreja; ele discipulou Paulo; ele foi um grande missionário; profetizou; ensinou; operou milagres; foi perseguido, invejado; ele orava, jejuava; estava atento à voz do Espírito Santo; ele também se desentendeu com Paulo, ele errou algumas vezes. Ele foi um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé, que falhou algumas vezes, mas, na maior parte do tempo obteve êxito na caminhada com Jesus.

Como todas as pessoas Barnabé passou por diversas etapas na vida, e, o livro de Atos mostra

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que ele fez muito para o Reino de Deus. Vejamos as principais ETAPAS da vida de

Barnabé   BARNABÉ, UM DOADOR – ATOS 4:36-37 A primeira vez que ele aparece na Bíblia é

em atos 4:36-37, que diz: “Então José, a quem os apóstolos chamavam

Barnabé (que quer dizer, “filho da consolação”), levita, natural de Chipre, possuindo um terreno, vendeu-o, trouxe o dinheiro e colocou-o aos pés dos apóstolos”.

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ELE DOOU CONSOLO Ele era uma pessoa tão consoladora que

recebeu o cognome de Barnabé, isto é, filho da consolação. E é com esse nome que o Novo Testamento o menciona as demais 29 vezes em que ele aparece.

ELE DOOU SEUS BENS Ele era da tribo de Levi e havia nascido na

Ilha de Chipre, ao sul da Turquia. A bíblia diz também que ele não era apegado aos bens materiais que possuía, antes, ele fez o que o senhor Jesus

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ordenou em Marcos 10:21: “vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me”.

Barnabé fez isto ao vender seu terreno e doar o dinheiro aos apóstolos, para que cuidassem dos necessitados.

O que você tem doado para a Igreja de Cristo? Consolo? Bens? Intriga? Discórdia? Oração intercessora?

BARNABÉ, UM DISCIPULADOR – ATOS

9:27-28

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Quando Saulo viu a Jesus, no caminho para Damasco e se converteu, os irmãos ficaram com medo de recebe-lo como irmão, e ninguém acreditava que Saulo fosse de fato um discípulo de Jesus, então aparece o filho da consolação, Barnabé para levar Saulo ao convívio dos irmãos.

Atos 9:27 diz: “Então Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos e lhes contou como no caminho ele vira o Senhor e que este lhe falara, e como em Damasco pregara corajosamente em nome de Jesus”.

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Somente depois que Barnabé chamou a responsabilidade para si e disse que Saulo era um crente genuíno foi que Saulo desfrutou da comunhão e da confiança dos irmãos.

Atos 9:28 diz: “Assim, ele passou a andar com eles livremente em Jerusalém, pregando com coragem em nome do Senhor”.

Você feito discípulos como o Senhor ordenou?

BARNABÉ, PROFETA, MESTRE E APÓSTOLO – ATOS 13:1-3

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Barnabé continuava sendo abençoado por Deus para abençoar outras pessoas e à Igreja de forma geral. Ele serviu por um tempo da Igreja de Antioquia. A bíblia diz que aquela igreja era dotada de profetas e mestres.

Atos 13:1-3 diz: “Na igreja em Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que havia crescido com o governante Herodes, e Saulo. Enquanto cultuavam o Senhor e jejuavam, o Espírito Santo disse: Separai-me Barnabé e Saulo para a obra para a qual os tenho chamado. Então,

Page 56: Homilética I Itaporanga

depois de jejuar, oraram e lhes impuseram as mãos; e deixaram que partissem”.

Em Antioquia da Pisídia Paulo aproveitou a oportunidade, para, numa sinagoga pregar a respeito de Jesus. Barnabé estava ali com ele (Atos 13:15-16). Depois de um sermão maravilhoso, os judeus pediram que no sábado seguinte ele pregasse novamente, e, muitos daqueles ouvintes se converteram (Atos 13:43-44)

BARNABÉ, UM HOMEM INVEJADO – ATOS 13:44-46

Page 57: Homilética I Itaporanga

Barnabé enfrentou inveja dos opositores e com coragem fez a obra de Deus. Atos 13:44-46 diz:

“No sábado seguinte, quase toda a cidade reuniu-se para ouvir a palavra de Deus. Mas, vendo as multidões, os judeus encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava. Então Paulo e Barnabé, falaram corajosamente...”.

Pelo fato de Barnabé e Paulo serem pessoas muito abençoadas e que as multidões vinham ouvir a pregação deles os judeus se encheram de inveja e inventaram mentiras contradizendo o que eles

Page 58: Homilética I Itaporanga

pregavam. A palavra “blasfemos” significa a pessoa que inventa calúnias, mentiras a respeito de outra pessoa porque sente inveja (II Timóteo 3:2).

  BARNABÉ, UM OPERADOR DE MILAGRES

– ATOS 14:3 Além de toda a habilidade para ensinar,

profetizar, evangelizar, discipular e tudo o mais que Deus havia concedido a Barnabé, o Senhor também realizou milagres por suas mãos. Deus

Page 59: Homilética I Itaporanga

pode abençoar seus filhos com dons do alto se buscarmos.

BARNABÉ, UM HOMEM BOM, CHEIO DO ESPÍRITO SANTO E DE FÉ – ATOS 11:24

Esta descrição de Barnabé fala da comunhão com Deus que ele tinha. Ele era bom. Você é uma pessoa boa? Ele era cheio do Espírito Santo e de fé. Sempre que o livro de Atos fala de alguém cheio do Espírito Santo fala de alguma coisa muito boa que Deus fez por meio daquela pessoa ou grupo. O que Deus tem feito por meio de você?

Page 60: Homilética I Itaporanga

Você realmente tem certeza que é cheio do Espírito Santo?

CONCLUSÃO: Dos quase trinta dons espirituais que o Novo Testamento faz menção, podemos constatar que Barnabé tinha pelo menos uns 11 deles, se minhas contas estiverem corretas. Profeta, ensino, exortação, contribuição, liderança, misericórdia, palavra do conhecimento, realização de milagres, fé, evangelista, pastor/mestre.

Precisamos de mais “Barnabés” na nossa igreja. Peçamos a Deus que ele nos faça pessoas boas, cheias do Seu Espírito e de fé

Page 61: Homilética I Itaporanga

SERMÃO TEMÁTICO

Page 62: Homilética I Itaporanga

1) SERMÃO TEMÁTICO “Sermão temático é aquele cujas divisões principais

derivam do tema, independentemente do texto”.

Isso não significa que a mensagem não seja bíblica, apenas que a fonte do sermão temático não é um texto bíblico. Entretanto, para que a certeza de que o conteúdo da mensagem será totalmente bíblico, deve-se principiar com um assunto tirado da Bíblia.

Page 63: Homilética I Itaporanga

Os versículos nos quais se fundamentam as divisões principais devem ser, em geral, extraídos de porções bíblicas mais ou menos distantes umas das outras.

Page 64: Homilética I Itaporanga

RAZÕES PARA A ORAÇÃO NÃO RESPONDIDA

1) Pedir mal (Tiago 4:3) 2) Pecado no coração (Salmos 66:18) 3) Duvidar da Palavra de Deus (Tiago 1:6, 7) 4) Vãs repetições (Mateus 6:7) 5) Desobediência à Palavra (Provérbios 28:9) 6) Procedimento irrefletido nas relações conjugais (1

Pedro 3:7)

Page 65: Homilética I Itaporanga

COMO ELABORAR SERMÕES TEMÁTICOS

1) As divisões principais devem vir em ordem lógica ou cronológica

2) As divisões principais podem ser uma análise de um tópico

3) As divisões principais podem apresentar várias provas de um tema

Page 66: Homilética I Itaporanga

4) As divisões principais podem tratar um assunto por analogia ou por contraste com algo mais na Escritura

5) As divisões principais podem ser repetições de uma palavra ou frase da Escritura

6) As divisões principais podem ter o apoio de uma palavra ou frase bíblica

7) As divisões principais podem consistir em um estudo que mostre os diversos de uma palavra ou de várias palavras nas Escrituras

8) As divisões principais não devem apoiar-se em textos de prova fora do contexto

Page 67: Homilética I Itaporanga

1) As divisões principais devem vir em ordem lógica ou cronológica

Título: Digno de Adoração

Tema: Verdades vitais referentes a Jesus Cristo

1) Ele é Deus manifestado na carne (Mateus 1:23)

2) Ele é o Salvador dos homens (1 Timóteo 1:15)

3) Ele é o Rei vindouro (Apocalipse 11:15)

Page 68: Homilética I Itaporanga

2) As divisões principais podem ser uma análise de um tópico

Título: Satanás, nosso arqui-inimigo

Tema: Principais fatos bíblicos a respeito de Satanás

1) Sua origem (Ezequiel 28:12-17)

2) Sua queda (Isaías 14:12-15)

3) Seu poder (Efésios 6:11-12; Lucas 11:14-18)

4) Suas atividades (2 Coríntios 4:4; Lucas 8:12; 1 Tessalonicenses 2:18)

5) Seu destino (Mateus 25:41)

Page 69: Homilética I Itaporanga

3) As divisões principais podem apresentar várias provas de um

tema Título: Conhecendo a Palavra de Deus Tema: Alguns Benefícios do conhecimento da Palavra

de Deus 1) O conhecimento da Palavra de Deus torna a pessoa

sábia para a salvação (2 Timóteo 3:15) 2) O conhecimento da Palavra de Deus impede-nos de

pecar (Salmos 119:11) 3) O conhecimento da Palavra de Deus produz

crescimento espiritual (1 Pedro 2:2) 4) O conhecimento da Palavra de Deus resulta em um

viver vitorioso (Josué 1:7-8)

Page 70: Homilética I Itaporanga

4) As divisões principais podem tratar um assunto por analogia ou por contraste com algo mais na Escritura

Título: Um testemunho eficaz Tema: Comparação do testemunho do cristão com o sal 1) Como o sal, o testemunho do cristão deve temperar

(Colossenses 4:6) 2) Como o sal, o testemunho do cristão deve purificar (1

Tessalonicenses 4:4) 3) Como o sal, o testemunho do cristão não deve perder

o sabor (Mateus 5:13) 4) Como o sal, o testemunho do cristão deve provocar

sede (1 Pedro 2:12)

Page 71: Homilética I Itaporanga

5) As divisões principais podem ser repetições de uma palavra

ou frase da EscrituraTítulo: A capacidade de DeusTema: Algumas coisas que Deus pode fazer1)Ele pode salvar (Hebreus 7:25)2) Ele pode guardar (Judas 24)3) Ele pode socorrer (Hebreus 2:18)4) Ele pode subordinar (Filipenses 3:21)5) Ele pode conceder graça (2 Coríntios 9:8)6) Ele pode fazer muito mais do que pedimos ou pensamos (Efésios 3:20)

Page 72: Homilética I Itaporanga

6) As divisões principais podem ter apoio de uma palavra ou frase bíblica

(Carta aos efésios. A expressão “em amor” está subentendida). Título: A vida de amor

Tema: Fatos referentes à vida de amor 1) É fundada no propósito eterno de Deus (1:4-5) 2) É produzida pela habitação de Cristo (3:17) 3) Deve manifestar-se no relacionamento cristão (4:1-

2; 4:15) 4) Resultará na edificação e no crescimento da Igreja

(4:16) 5) É exemplificada pelo próprio Cristo (5:1-2)

Page 73: Homilética I Itaporanga

7) As divisões principais podem consistir em um estudo que mostre os diversos significados de

uma palavra ou de várias palavras nas Escrituras

Título: Estimativas de valores – de Deus ou do homem Tema: Significados da palavra “honra” no Novo

Testamento grego 1) Preço pago (1 Coríntios 6:20) 2) Valor que alguns homens dão a regras e

ensinamentos humanos (Colossenses 2:22-23) 3) Estima ou respeito conferido a outrem (1 Timóteo

1:17; Hebreus 2:9) 4) O valor de Cristo para o cristão (1 Pedro 2:7)

Page 74: Homilética I Itaporanga

Título: Confissões – falsas ou verdadeiras Tema: Vários significados da palavra “pequei” nas

Escrituras 1) Expressão de temor, como no caso do Faraó

(Êxodo 9:27; 10:16), de Acã (Josué 7:20) e de Simei (2 Samuel 19:20)

2) Expressão de insinceridade, como no caso de Saul (1 Samuel 15:24, 30)

3) Expressão de remorso, como no caso de Saul (1 Samuel 26:21), e de Judas (Mateus 27:4)

4) Expressão de verdadeiro arrependimento, como no caso de Davi (2 Samuel 12:13; Salmos 51:4), de Neemias (Neemias 1:6) e do filho perdido (Lucas 15:18, 21).

Page 75: Homilética I Itaporanga

8) As divisões principais não devem apoiar-se em textos de

prova fora do contexto Todo sermão precisa necessariamente

ser uma exposição das Escrituras, seja em qual forma for.

Page 76: Homilética I Itaporanga

SERMÃO TEXTUAL

Page 77: Homilética I Itaporanga

2) SERMÃO TEXTUAL Sermão textual é aquele em que as divisões

principais são derivadas de um texto constituído de um breve trecho da Bíblia. Cada uma dessas divisões é usada como linha de sugestão, e o texto fornece o tema do sermão.

O texto pode consistir em apenas uma linha de um versículo bíblico, em um versículo todo ou, até mesmo em dois ou três versículos.

Page 78: Homilética I Itaporanga

Texto básico: Esdras 7:10 Título: Dando prioridade às coisas importantes Assunto: O propósito do coração de Esdras I) Estava disposto a conhecer a Palavra de Deus...

1. numa corte pagã2. de maneira completa

II) Estava disposto a obedecer à Palavra de Deus...1. prestando uma obediência pronta2. prestando uma obediência completa3. prestando uma obediência contínua

III) Estava disposto a ensinar a Palavra de Deus1. Com clareza2. Ao povo de Deus

Page 79: Homilética I Itaporanga

Texto Básico: Isaías 55:7 Título: A bênção do perdão Assunto: O perdão divino I) O objetivo do perdão divino: “Que o ímpio

abandone o seu caminho” 1. O ímpio (Lit. “os que são vis externamente”) 2. O homem mau (Lit. “os que são pecadores

respeitáveis”) II) As condições do perdão divino: “[...] abandone

o seu caminho [...] volte-se para o SENHOR” 1. O pecador deve deixar o mal 2. O pecador deve converter-se a Deus III) A promessa do perdão divino: “[...] que terá

misericórdia dele [...] porque ele dá de bom grado o seu perdão”

Page 80: Homilética I Itaporanga

1. Um perdão misericordioso 2. Um perdão abundante 3. Um perdão completo (Salmos 103:3;

Miquéias 7:18-19; 1 João 1:9)

Page 81: Homilética I Itaporanga

COMO ELABORAR SERMÕES TEXTUAIS

1) O Esboço textual deve girar em torno de uma ideia central, e as divisões principais devem ampliar ou desenvolver essa ideia

2) As divisões principais podem consistir em verdades ou princípios sugeridos pelo texto

3) Dependendo da perspectiva, é possível encontrar mais de um tema ou ideia dominante em um texto, mas cada esboço deve desenvolver somente um assunto

4) As divisões principais devem vir em sequência lógica ou cronológica

Page 82: Homilética I Itaporanga

5) As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais do esboço, desde que se refiram ao tema principal

6) O contexto do qual se tira o texto deve ser cuidadosamente observado e relacionado com ele

7) Alguns textos contêm comparações ou contrastes que podem ser mais bem explorados pelo exame de suas similaridades ou diferenças propositadas

8) Dois ou três versículos, tirados de partes diferentes da Escritura, podem ser reunidos e tratados como se fossem um texto único

Page 83: Homilética I Itaporanga

1) O Esboço textual deve girar em torno de uma ideia central, e as divisões principais devem ampliar ou desenvolver essa ideia

Texto Básico: Romanos 12:1 Tema: O sacrifício cristão 1) A razão do sacrifício: “Portanto, irmãos, rogo-lhes

pelas misericórdias de Deus [...]” 2) O que deve ser sacrificado: “[...] que se ofereçam

[...]” 3) As condições do sacrifício: “[...] em sacrifício vivo,

santo e agradável a Deus [...]” 4) A obrigação do sacrifício: “[...] este é o culto

racional de vocês [...]”

Page 84: Homilética I Itaporanga

Texto Básico: Salmos 23:1Título: Jesus é meuTema: O relacionamento do

Senhor com o cristão1) É um relacionamento seguro:

“O SENHOR é o meu pastor”2) É um relacionamento pessoal:

“O SENHOR é o meu pastor”3) É um relacionamento

presente: “O SENHOR é o meu pastor”

Page 85: Homilética I Itaporanga

2) As divisões principais podem consistir em verdades ou princípios

sugeridos pelo texto Texto Básico: João 20:19-20 Título: A Alegria da Páscos Tema: Semelhanças entre o povo de Deus e os discípulos I) À semelhança dos discípulos, o povo de Deus, às vezes,

encontra-se perturbado, sem consciência da presença de Cristo (v. 19a) 1. Encontra-se, às vezes, profundamente

perturbado por causa das circunstâncias adversas

2. Encontra-se, às vezes, desnecessariamente perturbado em meio a circunstâncias adversas

Page 86: Homilética I Itaporanga

II) À semelhança dos discípulos, o povo de Deus experimenta o consolo de Cristo (v. 19b, 20a) 1. Por sua vinda quando mais dele

precisam 2. Por intermédio de suas Palavras

III) À semelhança dos discípulos, o povo de Deus alegra-se com a presença de Cristo (v. 20b) 1. Alegra-se, embora as

circunstâncias adversas não mudem 2. Alegra-se, porque Cristo está em

seu meio

Page 87: Homilética I Itaporanga

3) Dependendo da perspectiva, é possível encontrar mais de um tema ou ideia dominante em um texto, mas cada esboço deve desenvolver somente um assunto Texto Básico: João 3:16 Ênfase: “As características distintivas da dádiva de Deus” 1) É uma dádiva de amor: “Porque Deus tanto amou o

mundo” 2) É uma dádiva sacrificial: “Que deu o Seu Filho Unigênito” 3) É uma dádiva universal: “Todo” 4) É uma dádiva condicional: “Que nele crer” 5) É uma dádiva eterna: “Não pereça, mas tenha a vida

eterna”

Page 88: Homilética I Itaporanga

Texto Básico: João 3:16 Ênfase: “Os aspectos vitais da vida

eterna” 1) Aquele que deu: “Deus” 2) O motivo de ele dar: “Tanto amou o

mundo” 3) O preço que ele pagou para dá-lo:

“Que deu o seu filho unigênito” 4) A condição que diz respeito a nós:

“Para que todo o que nele crer” 5) A certeza de que a possuiremos: “Não

pereça, mas tenha a vida eterna”

Page 89: Homilética I Itaporanga

4) As divisões principais devem vir em sequência lógica ou cronológica Texto Básico: João 3:36a Título: A vida que jamais termina Tema: Fatos importantes referentes à salvação

1) Quem a provê: “O Filho” 2) A condição: “Crê” 3) Sua disponibilidade: “Quem crê” 4) Sua certeza: “Tem” 5) Sua duração: “Eterna”

Page 90: Homilética I Itaporanga

5) As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais do esboço, desde que se refiram ao tema principal

Texto Básico: Lucas 19:10Título/Tema: Por que Jesus veio1) O Filho do homem veio buscar o

perdido2) O Filho do homem veio salvar o

perdido

Page 91: Homilética I Itaporanga

Texto Básico: João 14:6Título/Tema: O único caminho para

Deus

1) Por intermédio de Jesus, o caminho

2) Por intermédio de Jesus, a verdade

3) Por intermédio de Jesus, a vida

Page 92: Homilética I Itaporanga

6) O contexto do qual se tira o texto deve ser

cuidadosamente observado e relacionado com ele

Page 93: Homilética I Itaporanga

7) Alguns textos contêm comparações ou contrastes que podem ser mais bem explorados pelo exame de

suas similaridades ou diferenças propositadas

Texto Básico: Salmos 1:1-2 Título: O homem feliz Tema: Dois aspectos do caráter piedoso 1) O aspecto negativo: separação dos que

praticam o mal (v.1) 2) O aspecto positivo; devoção à lei de

Deus (v. 2)

Page 94: Homilética I Itaporanga

8) Dois ou três versículos, tirados de partes diferentes da Escritura, podem ser reunidos e

tratados como se fossem um texto único Textos Básico: Atos 20:19-20 e 1 Coríntios 15:10 Título: O ministério que faz diferença 1) Deve ter sido um ministério humilde: “Servi ao Senhor com

toda a humildade” 2) Deve ter sido um ministério fervoroso: “E com lágrimas” 3) Deve ter sido um ministério fiel: “Não deixei de pregar-lhes” 4) Deve ter sido um ministério de ensino: “Ensinei-lhes tudo

publicamente” 5) Deve ter sido um ministério trabalhoso: “Trabalhei mais do

que todos eles” 6) Deve ter sido um ministério de poder divino: “Não eu, mas a

graça de Deus comigo”.

Page 95: Homilética I Itaporanga

3) SERMÃO EXPOSITIVO

Sermão expositivo é aquele em que uma passagem mais ou menos extensa da Escritura é interpretada em função de um tema ou assunto. A maior parte do material desse tipo de sermão provém diretamente da passagem, e o esboço contém uma série de ideias progressivas que giram em torno de uma ideia principal.

“... A argumentação toda provém diretamente do texto, e o sermão torna-se, definitivamente, interpretativo”.

Page 96: Homilética I Itaporanga

O QUE NÃO É SERMÃO EXPOSITIVO

1) Homilia Bíblia Comentários no texto à medida em que é

abordado. Lectio Continua.

2) Preleção Exegética O comentário detalhado de um texto,

com ou sem ordem lógica ou aplicação prática.

Page 97: Homilética I Itaporanga

COMO ELABORAR UM SERMÃO EXPOSITIVO

1) Devemos estudar cuidadosamente a passagem bíblica escolhida, a fim de compreender seu significado e obter o assunto do texto

2) Palavras ou frases importantes do texto podem indicar ou formar as divisões principais do esboço

3) A ordem do esboço pode ser diferente da ordem da unidade expositiva

4) As divisões principais podem ser extraídas das verdades importantes sugeridas pelo texto

Page 98: Homilética I Itaporanga

5) Duas ou três passagens mais ou menos extensas, extraídas de várias partes da bíblia, podem formar a base de um esboço expositivo

6) Por meio da abordagem múltipla, podemos analisar uma passagem bíblica de várias maneiras e tirar dois ou mais esboços inteiramente diferentes do mesmo texto

7) Observe o contexto da unidade expositiva 8) Examine o contexto histórico e cultural da

passagem, sempre que possível 9) Os detalhes do texto devem ser tratados

correta, mas não exaustivamente

Page 99: Homilética I Itaporanga

1) Devemos estudar cuidadosamente a passagem

bíblica escolhida, a fim de compreender seu significado e

obter o assunto do texto

Page 100: Homilética I Itaporanga

2) Palavras ou frases importantes do texto podem indicar ou formar as

divisões principais do esboçoTexto Básico: Efésios 1:3-14Tema: Para quê fomos criados?1) “[...] Para o louvor da sua gloriosa graça [...]” (v. 6)

2) “[...] Para o louvor da sua glória [...]” (v. 12)

3) “[...] Para o louvor da sua glória [...]” (v. 14)

Page 101: Homilética I Itaporanga

3) A ordem do esboço pode ser diferente da ordem da unidade

expositiva Texto básico: Êxodo 12:1-13 Título: Aspectos do cordeiro pascal prefigurativos

de Cristo, o Cordeido Pascal 1) Foi um cordeiro divinamente determinado (v. 1-

3) 2) Foi um cordeiro perfeito (v. 5) 3) Foi um cordeiro morto (v. 6) 4) Foi um cordeiro redentor (v. 7, 12-13) 5) Foi um cordeiro sustentador (v. 8-11)

Page 102: Homilética I Itaporanga

4) As divisões principais podem ser extraídas das verdades importantes

sugeridas pelo texto Texto básico: Gênesis 6 e 7 Título: O Deus com quem devemos lidar Tema: Verdades acerca de Deus em sua relação com o homem 1) Ele é o governante moral do universo (6:1-7, 11-13)

A. Que nota as ações dos homens (6:1-6, 11, 12) B. Que pronuncia juízo sobre os homens por causa da culpa

deles (6:7, 13) 2) Ele é o Deus da graça (6:3, 8-22)

A. Que providencia um meio de escapar do juízo do pecado (6:8-22)

B. Que oferece misericórdia ao culpado (6:3) 3) Ele é o Deus da Fidelidade (7:1-24)

A. Que cumpre sua Palavra de juízo (7:11-24) B. Que cumpre as promessas feitas aos seus (7:1-10. 23)

Page 103: Homilética I Itaporanga

5) Duas ou três passagens mais ou menos extensas, extraídas de várias partes da bíblia, podem formar a base de um esboço expositivo

Texto Básico: Levítico 3:1-17 e 7:11-15, 28-32 Título: Paz com Deus Tema: Leis referentes à reconciliação do pecador com Deus 1) Como se obtém a reconciliação (3:1-17)

A. Mediante um sacrifício divinamente determinado (3:1, 6:12)

B. Mediante a identificação do pecador com o sacrifício (3:2, 7, 8, 12, 13)

2) O método pelo qual se desfruta a reconciliação (7:11-15) A. Pela participação do ofertante (7:11-15) B. Pela participação dos sacerdotes (7:28-32)

Page 104: Homilética I Itaporanga

Texto Básico: Josué 2 e 6:22-25 (E outras referências onde Raabe Aparece)

Título: De pecadora a Santa 1) Seu passado trágico (Js 2:1; Hb 11:31;

Tg 2:25) 2) Sua fé em Deus (Hb 11:31) 3) Sua obra de Fé (Js 2:1-6; Tg 2:25) 4) Seu testemunho bendito (Js 2:9-13) 5) Sua influência maravilhosa (Js 2:18, 19;

6:22, 23, 25) 6) Sua posteridade nobre (Mt 1:5 – Rt 4:21-

22)

Page 105: Homilética I Itaporanga

Texto Básico: Josué 2 e 6:22-25 (E outras referências onde Raabe Aparece)

Título: Fé Viva 1) Uma fé que salva (Hb 11:31) 2) Uma fé que age (Js 2:1-6; Tg 2:25) 3) Uma fé que dá testemunho (Js 2:9-13 4) Uma fé que influencia (Js 2:18-19; 6:22, 23,

25) 5) Uma fé que dá frutos permanentes (Mt 1:5

– Rt 4:21-22)

Page 106: Homilética I Itaporanga

Título: O preço do mundanismo (sobre a vida de Ló)

Textos básicos: Gn 13:2-13; 14:1-16; 19:1-38; 2 Pe 2:6-8

1) Ele escolhe seu modo de vida (Gn 13:1-13)

2) Ele persistiu em sua escolha (Gn 14:1-16; 2 Pe 2:6-8)

3) ele sofreu as consequências de sua escolha errada (Gn 19:1-38)

Page 107: Homilética I Itaporanga

Título: Ganho ou perda: a escolha é nossa1) Podemos escolher nosso modo de vida

A. fazendo nosso planos, independentemente de Deus, como Ló (Gn 13:1-13)B. Não levando em consideração as associações a que esse tipo de vida nos possa levar, como Ló (Gn 13:12, 13; 2 Pe 2:6-8)

2) Podemos persistir em nosso estilo de vida

A. Não dando ouvidos à voz da consciência, como Ló (2 Pe 2:6-8)B. Não dando ouvidos às advertências que Deus graciosamente nos faz, como ló, depois de ser salvo por Abraão (Gn 14:1-16)

3) Devemos sofrer as consequências de nossa impiedade

A. Mediante a possível perda de tudo que consideramos precioso, como Ló (Gn 19:15, 16, 30-35)

B. Mediante a perda de caráter, como Ló (Gn 19:1, 6-8, 30-38)

Page 108: Homilética I Itaporanga

Título: Traços bons e maus de Herodes (Sermão de Charles H. Spurgeon)Textos Básicos: Marcos 16:14-20 e Lucas 23:6-121) Pontos positivos do caráter de Herodes

A. Embora não tivesse justiça, honestidade e pureza, ele possuía um pouco de respeito pela virtude (Mc 6:14-20)B. Ele protegeu João Batista por causa da justiça e santidade deste (Mc 6:20)C. ele gostava de ouvir João Batista (Mc 6:20)D. Sua consciência, evidentemente, sofreu grande influência da mensagem de João Batista (Mc 6:20)2) Falhas do caráter de Herodes

A. Embora respeitasse João Batista, não se voltou para o Mestre de João (Mc 6:17-20)B. Não amou a mensagem que João anunciou (Mc 6:17-20)C. Embora fizesse muitas coisas como resultado da mensagem de João, permaneceu sob a influência do pecado (Mc 6:21-26)D. Mandou matar o homem a quem respeitava (Mc 6:26-27)

E. Acabou zombando do Salvador (Lc 23:6-12)

Page 109: Homilética I Itaporanga

6) Por meio da abordagem múltipla, podemos analisar uma passagem bíblica de várias maneiras e tirar dois ou mais esboços inteiramente diferentes

do mesmo texto Passagem: Mateus 14:14-21 Título: Nosso Senhor Singular1) A compaixão de Jesus (v. 14)

A. Demonstrada em seu interesse pela multidão (v. 14)B. Demonstrada em seu serviço à multidão (v. 14)2) A ternura de Jesus (v. 15-18)

A. Demonstrada em sua resposta bem-humorada aos discípulos (v.15, 16)B. Demonstrada em seu trato paciente com os discípulos (v. 17-18)3) O poder de Jesus (v. 19-21)

A. Manifesto na alimentação da multidão (v. 19-21)B. Exercido mediante o serviço dos discípulos (v. 14-21)

Page 110: Homilética I Itaporanga

Título: Veja como Deus age 1) Cristo interessa-se por nossas necessidades (v. 14-

16)A. Tem compaixão de nós rm nossas necessidades

(v. 14-16)B. Ele nos considera em nossas necessidades

quando outros não se importam conosco (v. 15-16) 2) Cristo, ao suprir nossas necessidades, não se

restringe às circunstâncias (v. 17-19)A. Ele não se restringe por nossa falta de recursos

(v. 17-18)B. Ele não se restringe por qualquer outra falta (v.

19) 3) Cristo supre as nossas necessidades (v. 20-21)

A. supre nossas necessidades com abundâncias (v. 20)

B. Provê muito mais que o suficiente (v. 20-21)

Page 111: Homilética I Itaporanga

Título: Resolvendo nossos problemas 1) Às vezes, deparamos com problemas (v. 14-15)

A. De grandes proporções (v. 14-15) B. De natureza urgente (v. 15) C. De solução impossível, humanamente falando (v. 15)

2) Cristo é extremamente capaz de solucionar nossos problemas (v. 16-22) A. Sob a condição de que lhe entreguemos nossos

recursos limitados (v. 16-18) B. Sob a condição de que lhe obedeçamos sem

questionar (v. 19-22)

Page 112: Homilética I Itaporanga

Título: Relacionando a fé com a necessidade humana 1) O desafio da fé (v. 14-16)

A. O motivo do desafio (v. 14-15)B. A substância do desafio (v. 16)

2) A obra da fé (v. 17-19)A. O primeiro ato de fé (v. 17-18)B. O segundo ato de fé (v. 19)

3) A recompensa da fé (v. 20-21)A. A felicidade da recompensa (v. 20a)B. A grandeza da recompensa (v. 20b, 21)

Page 113: Homilética I Itaporanga

7) Observe o contexto da unidade expositiva

8) Examine o contexto histórico e cultural da passagem, sempre que possível

9) Os detalhes do texto devem ser tratados correta, mas não exaustivamente10) As verdades do texto devem

relacionar-se com o presente

Page 114: Homilética I Itaporanga

Partes do esboço do sermão Título

Texto Introdução Proposição Oração interrogativa Oração de Transição I. Primeira Divisão Principal

1. Primeira subdivisãoDiscussão2. Segunda subdivisão

DiscussãoTransição

II. Segunda Divisão Principal1. Primeira subdivisãoDiscussão2. Segunda SubdivisãoDiscussãoTransição

Conlusão

Page 115: Homilética I Itaporanga

SÉRIES DE SERMÕESVer slides de Carlos Osvaldo Cardoso Pinto

Page 116: Homilética I Itaporanga

UNIDADE III

PREPARAÇÃO DO SERMÃO – DO TEXTO

BASE À APRESENTAÇÃO DO

SERMÃO

Page 117: Homilética I Itaporanga

ESCOLHA DO TEXTO Há várias formas de escolher o texto bíblico para a

pregação: 1) Orando e meditando nas Escrituras; 2) Recebendo um tema previamente determinado; 3) O texto a seguir numa série de sermões; 4) A Preparação de um calendário anual ou

semestral para a Igreja; 5) Um texto que fale de uma realidade urgente

(uma catástrofe, um grande evento mundial, etc...)

Page 118: Homilética I Itaporanga

COLETA DE MATERIAL PARA O SERMÃO

O Sermão não é feito apenas da Bíblia, como uma boa feijoada não contém apenas feijão!

É necessário ler bastante para ser um bom pregador.

É necessário conhecer bem a Bíblia e os ouvintes (contexto)

Page 119: Homilética I Itaporanga

Cuidado com as citações. “Como disse o grande pensador grego a respeito da maior das virtudes: “Deus é amor”.

Cuidado com as citações das línguas originais.

Cuidado com as citações bíblicas. “Jesus disse: onde estiverem dois ou três ali estarei”.

Cuidado com as citações de outras pessoas. Cuidado com autocitações. Cuidado com as citações em relação aos

presentes no culto.

Page 120: Homilética I Itaporanga

TEMA OU TÍTULO?A ideia do título é chamar a atenção

do ouvintes.A ideia do tema é explicar o que o

texto/sermão tem a dizer.Prefiro a ideia do tema, que é uma

mistura com o assunto do texto com a criatividade do pregador.

Page 121: Homilética I Itaporanga

INTRODUÇÃO

“A introdução é o processo pelo qual o pregador busca preparar a mente dos ouvintes e prender-lhes o interesse na mensagem que irá proclamar” (James Braga).

Page 122: Homilética I Itaporanga

Objetivos da introdução

1) Conquistar a boa vontade dos ouvintes

2) Despertar interesse pelo tema

Page 123: Homilética I Itaporanga

Princípios para a preparação da introdução1) A introdução deve ser breve (até 300

segundos)2) A introdução deve ser interessante3) A introdução deve levar à ideia

dominante, ao ponto principal da mensagem

4) A introdução deve consistir em poucas e breves orações ou frases, e cada ideia deve ocupar uma linha diferente

Page 124: Homilética I Itaporanga

ELUCIDAÇÃO

Esta é a parte do sermão em que o pregador deve contar com as próprias palavras o texto que acabou de ler para a contextualização dos ouvintes. Deve vir depois da introdução.

Page 125: Homilética I Itaporanga

TRANSIÇÃO

A sentença de transição serve para ligar as partes iniciais do sermão ao corpo do sermão (o sermão propriamente dito).

Deve ocorrer a cada mudança de ponto principal.

Page 126: Homilética I Itaporanga

DIVISÕES PRINCIPAIS E SUBDIVISÕESAs divisões principais estão ligadas

ao tema e as subdivisões estão ligadas às divisões principais.

Estas divisões devem ser feitas naturalmente, sem forçar o texto bíblico

Deve haver tantas divisões quantas o texto bíblico “pedir”.

Page 127: Homilética I Itaporanga

CONCLUSÃO

“A conclusão é o ponto culminante do sermão, na qual o objetivo constante do pregador atinge seu alvo com um impacto vigoroso” (James Braga).

“Concluindo...” é uma promessa que só pode ser feita uma vez por sermão.

Page 128: Homilética I Itaporanga

Formas de conclusão

1) Recapitulação dos pontos principais.

2) Ilustração3) Aplicação ou apelo4) Motivação

Page 129: Homilética I Itaporanga

Princípios para o preparo da conclusão1) A conclusão deve ser breve2) A conclusão deve ser simples3) Deve-se escolher com cuidado e

atenção as últimas palavras da conclusão

4) A conclusão deve estar expressa no esboço, em poucas orações ou frases

Page 130: Homilética I Itaporanga

APLICAÇÃO DO TEXTO BÍBLICO

“Definimos a aplicação como o processo retórico mediante o qual se aplica direta e pessoalmente a verdade ao indivíduo, a fim de persuadi-lo a reagir de modo favorável” (James Braga).

Page 131: Homilética I Itaporanga

Requisitos indispensáveis à aplicação eficaz1) É de suma importância que o

pregador viva em comunhão com Deus.

2) Para ter êxito em relacionar a Bíblia com o momento atual, o homem de Deus deve ter boa educação formal.

Page 132: Homilética I Itaporanga

3) Para aplicar a verdade eficazmente, o pregador deve compreender a natureza humana.

4) Para relacionar as verdades bíblicas com os propósitos e situações dos membros da congregação, é necessário que o mensageiro tenha conhecimento das condições e interesse deles.

Page 133: Homilética I Itaporanga

5) Para comunicar as Escrituras com eficácia, o mensageiro deve falar com naturalidade.

6) Finalmente, para obter a reação correta à mensagem, o mensageiro deve aprender inteiramente da ação do Espírito Santo.

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PRINCÍPIOS PARA A APLICAÇÃO DA VERDADE

1) Relacione o sermão aos problemas e necessidades humanos.

2) Use a imaginação para dar vida às cenas e às personagens bíblicas.

3) Empregue ilustrações que mostrem como a verdade pode ser aplicada à vida do povo nas lutas diárias.

Page 135: Homilética I Itaporanga

4) Tire do texto princípios universais aplicáveis em todas as épocas.

5) Certifique-se de que toda aplicação esteja de acordo com a verdade bíblica.

6) Em geral, a aplicação deve ser específica ou definida

7) Desperte os ouvintes com a motivação correta

8) Relacione a verdade à época atual

Page 136: Homilética I Itaporanga

PERGUNTAS PARA A APLICAÇÃO

Algumas perguntas nos ajudam na hora da aplicação do texto bíblico:

1) Há um exemplo a ser seguido?2) Há um pecado a se evitar?3) Há uma promessa a se apossar?4) Há uma oração a se repetir?

Page 137: Homilética I Itaporanga

5) Há um mandamento a se obedecer?

6) Há uma condição a se atender?7) Há um versículo a se

memorizar?8) Há um erro a se notar?9) Há um desafio a se enfrentar?

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APRESENTAÇÃO DO SERMÃO - DICAS AOS PREGADORES – Jorge

Schutz Dias1) A extensão do sermão2) Ilustrações3) Dicção correta4) Tom de Voz5) Anúncio do texto bíblico

Page 139: Homilética I Itaporanga

6) Aplicação Prática7) Esboço do sermão8) Gestos9) O uso do microfone10) Autenticidade11) Apelo12) Expressão facial13) Movimentação

Page 140: Homilética I Itaporanga

14) Clareza 15) Emoção16) Chavões17) Desculpas18) Tiques19) Dirigindo-se a todos20) O início do sermão