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INTERDISCIPLINARIDADE LITERÁRIA NA
EDUCAÇÂO INFANTIL
Pábola Dalprai
Marivânia Bento Canei
Resumo:
Considerando que a interdisciplinaridade é um processo que envolve a
integração e engajamento, em um trabalho conjunto, de interação das
disciplinas do currículo escolar entre si e com a realidade, através deste visa-se
atingir a construção e a produção do conhecimento, de modo a superar a
fragmentação, buscando, a formação integral dos alunos, a fim de que possam
exercer criticamente a cidadania, mediante uma visão global de mundo e
serem capazes de enfrentar os problemas complexos, amplos e globais da
realidade atual. A interdisciplinaridade na educação infantil passa então a
mover os conteúdos de forma suave dando a máxima ligação entre os
conteúdos trabalhados e movendo a aula de forma com que esta pareça
sempre estar ligada e estamos de algum modo nos referindo a uma espécie de
interação entre as disciplinas ou áreas do saber. A teoria de Piaget ressalta
ainda que ao imaginar e brincar passa-se a manipular o mundo externo da
criança, fazendo-a que seu intelecto desenvolva-se através da assimilação e
acomodação, junto a isso resulta o equilíbrio, que nos direciona ao
aprendizado, remetendo-os ao jogo de imitação, que se caracterizam
principalmente pela utilização de todo o corpo. A criança assume papéis
passando a imitá-los, mas logo acaba colocando neles traços pessoais como
forma de buscar afirmação sobre si mesma.
Palavras chave: Interdisciplinaridade, educação infantil, literatura.
Introdução:
A terefa educativas é proporcionar aos alunos uma relação de experiência de
conhecer–se, comunicar-se como seres pensantes nas atividades,
relacionando o imaginário dos contos com a vida real. Sendo que o texto
literário nos transporta para uma realidade que não nos pertence, “neste
sentido, o texto literário introduz um universo que, por mais distanciado do
cotidiano leva o leitor a refletir sobre sua rotina e a incorporar novas vivencias”.
Proporcionando-os ferramentas para que estes desenvolvam a criatividade e
passam a produzir, ou seja, interagir com os textos literários sendo seres que
possibilitam ao personagem outro fim daquele que lhe foi dado anteriormente.
Reconstruir um texto é um processo que resulta em um posicionamento ativo
do leitor, unindo seu conhecimento de mundo para, produzir sua significação.
Desenvolvimento
Uma das importantes tarefas do educador não é só proporcionar aos alunos
experiências, mas sim orientá-los no entrelaçar das diversas disciplinas. Sendo
o docente responsável por engajar temas que envolvam o aluno tanto nas
relações de conhecer-se comunicar-se como ser pensante, quanto
relacionando seu conhecimento prévio nas atividades propostas que envolvam
a interdisciplinaridade literária. A criança ao envolver-se em ações que exijam
dela o contato com o raciocínio e a lógica permite que esteja diretamente ligado
a varias áreas do conhecimento, relacionando informações já obtidas e outras
Como docente pensa-se que o aluno não é um deposito de informações e sim
um sujeito que tem conhecimento prévio sendo este informal. Como afirma
Freire:
A grande tarefa do sujeito que pensa certo não é transferir, depositar, oferecer, doar ao outro, tomando como paciente do seu pensar. A inteligibilidade das coisas, dos fatos, dos conceitos. A tarefa coerente do educador que pensa certo é [...] desafiar o educando com quem se comunica e a quem comunica produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado.
Segundo Regina Zelberman:
Alojada no coração dos problemas de um individuo, a fantasia não pode ser escapista, nem as imagens que ela libera desligam-se do cotidiano ou da existência dos homens. A fantasia da uma forma compreensível aos problemas do ser humano. A fantasia transfere essa forma para a literatura, e o leitor procura ali os elementos que expressam seu mundo interior.
Sendo assim a interdisciplinaridade literária auxilia no desenvolvimento
de competências e habilidades comuns entre os alunos. Essa proposta é
interessante, pois ela promove atividades prazerosas para interação entre
sujeito e objeto. Tendo por finalidade proporcionar ao educando condições
favoráveis para o que desenvolvam suas reais potencialidades, partindo da
própria realidade, desenvolvendo o senso critico dentro de um contexto
econômico, social, político e religioso, com cidadania, tendo oportunidade de
opinar, escolher e decidir, assumindo seus próprios atos com segurança,
cultivando e possibilitando sua integração social. Serão avaliados no
desenvolvimento da parte pratica atrás de controle de conteúdo, participação e
do aprendizado continuo cumulativo e permanente que respeite as
características individuais, sociais e culturais.
Conclusão Portanto a capacidade de aprender na escola apresenta-se para a criança
como uma etapa fundamental do seu processo evolutivo maturacional.
Segundo Lindahl (1988), relacionada à possibilidade de sucesso ou fracasso. É
o momento de retomada das questões iniciais e da proposição de novos
questionamentos e situações problemas que possibilitem ao aluno a utilização
dos conhecimentos adquiridos, e ao professor um acompanhamento do
processo de ensino e de aprendizagem. Deve-se lembrar também da poesia do
grande pedagogo Paulo Freire que compôs uma escola que respeita e
incentiva as capacidades de criação e não espera que todos tenham a mesma
resposta, pois é através do errar e acertar que construímos o saber.
Bibliografia
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
ULBRA, Ludicidade e Psicomotricidade. Curitiba: Ibpex, 2008.
PEREZ, Carmem Lucia Vidal. Revisando a pré-escola. 2.ed. São Paulo:
Cortez, 1993.
PALANGANA, Islda Campaner. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget
e Vygotsky: A relevância social. 3.ed. São Paulo:Summus, 2001.
FARIA, Maria Alice. Como usar a literatura infantil na sala de aula. 3.ed. São
Paulo: Contexto, 2006.
RODRIGUES, Carolina Araújo. Problemas de aprendizagem: enfoque
multidisciplinar. 2.ed. Campinas: Alínea, 2005.