4
da educação nós mu- lheres somos predo- minantes. Nós é que nascemos com essa arte de educar. Até porque pra alguns membros da socieda- de a única profissão cabível à mulher é essa, a de educar. É porque ela educa em casa, ela é mãe, en- tão ela estende a jor- nada pra fora. Mas, o principal desafio é es- se, é conciliar várias jornadas, porque a mulher trabalha fora, ela é mãe, ela é do- méstica, ela é mil e uma mulheres, em uma só. Repórter - Quais os maiores obstáculos que enfrentou ou enfrenta para conse- guir qualificação e trabalho? Izabel - A questão da disputa, assim, no próprio meio de traba- lho a gente tem dis- Repórter - O que significa o traba- lho para você? Izabel - Olha, tra- balhar pra mim é muito bom. Eu gos- to do meu trabalho. Eu sou educadora por vocação, por- que eu sempre gos- tei de educar. Eu acho uma arte, vo- cê ter conhecimen- to e saber transmitir conhecimento. En- tão, pra mim o tra- balho é tudo. Já foi do tempo que a mu- lher tinha que ser só dona de casa. Hoje em dia a mu- lher tem que con- quistar a sua inde- pendência, e cada vez mais o mercado estar se abrindo pra ela. Então eu acho, pra mim o meu tra- balho é tudo. A fon- te de tudo o que eu sou e do eu quero ser. Repórter - Qual o maior desafio que enfrenta para traba- lhar fora? Izabel - Eu já nasci numa sociedade onde a mulher já tinha cer- to espaço, já era co- mum a mulher traba- lhar fora, não era algo incomum. O desafio que a gente encontra é ser dona de casa, algumas são mães e ainda têm que exer- cer alguma função fora, mas dizer que eu encontrei barreiras discriminatórias, ain- da não as encontrei. Até porque no ramo Professora Izabel Cristina Sampaio Hoje em dia a mulher tem que conquistar a sua independência. Gosto do meu trabalho. Sou educadora por vocação. LEIA NESTA EDIÇÃO ENTREVISTAS MARÇO2015 Mulheres Lutas Preconceitos Desafios Conquistas Conheça o per- fil de mulheres da nossa escola Profissões em que as mulheres ainda são discri- minadas

Jornal mural mulheres

Embed Size (px)

Citation preview

da educação nós mu-

lheres somos predo-

minantes. Nós é que

nascemos com essa

arte de educar. Até

porque pra alguns

membros da socieda-

de a única profissão

cabível à mulher é

essa, a de educar. É

porque ela educa em

casa, ela é mãe, en-

tão ela estende a jor-

nada pra fora. Mas, o

principal desafio é es-

se, é conciliar várias

jornadas, porque a

mulher trabalha fora,

ela é mãe, ela é do-

méstica, ela é mil e

uma mulheres, em

uma só.

Repórter - Quais os

maiores obstáculos

que enfrentou ou

enfrenta para conse-

guir qualificação e

trabalho?

Izabel - A questão da

disputa, assim, no

próprio meio de traba-

lho a gente tem dis-

Repórter - O que

significa o traba-

lho para você?

Izabel - Olha, tra-

balhar pra mim é

muito bom. Eu gos-

to do meu trabalho.

Eu sou educadora

por vocação, por-

que eu sempre gos-

tei de educar. Eu

acho uma arte, vo-

cê ter conhecimen-

to e saber transmitir

conhecimento. En-

tão, pra mim o tra-

balho é tudo. Já foi

do tempo que a mu-

lher tinha que ser

só dona de casa.

Hoje em dia a mu-

lher tem que con-

quistar a sua inde-

pendência, e cada

vez mais o mercado

estar se abrindo pra

ela. Então eu acho,

pra mim o meu tra-

balho é tudo. A fon-

te de tudo o que eu

sou e do eu quero

ser.

Repórter - Qual o

maior desafio que

enfrenta para traba-

lhar fora?

Izabel - Eu já nasci

numa sociedade onde

a mulher já tinha cer-

to espaço, já era co-

mum a mulher traba-

lhar fora, não era algo

incomum. O desafio

que a gente encontra

é ser dona de casa,

algumas são mães e

ainda têm que exer-

cer alguma função

fora, mas dizer que

eu encontrei barreiras

discriminatórias, ain-

da não as encontrei.

Até porque no ramo

Professora Izabel Cristina

Sampaio

Hoje em dia a mulher tem que conquistar a sua independência. Gosto do meu

trabalho. Sou educadora por vocação.

LEIA

NESTA

EDIÇÃO ENTREVISTAS M A R Ç O 2 0 1 5

Mulheres

Lutas

Preconceitos

Desafios

Conquistas

Conheça o per-

fil de mulheres

da nossa escola

Profissões em

que as mulheres

ainda são discri-

minadas

P Á G I N A 2

Uma das maiores dificuldades que encontro para trabalhar

fora é a distância de casa para o local de trabalho.

puta por qualifica-

ção, é ruim porque o

próprio governo não

oferece. Nós somos

concursadas pelo

governo estadual.

Então o governo

não oferece qualifi-

cação pra gente.

Existem estados em

que essa qualifica-

ção parte do próprio

governo, no nosso

não, nós temos que

buscar. Quando se

concorre a uma va-

ga pública de capa-

citação, você con-

corre com outras

pessoas que às ve-

zes têm até mais

títulos do que você.

Repórter - Você

sofre discrimina-

ção no Trabalho?

E em casa?

Izabel - Aqui não,

como eu disse ante-

riormente, dentro do

ramo da educação,

nós predominamos.

Vocês podem ver na

própria escola. São

mais mulheres e

poucos homens. Em

casa, sofri antes,

ano passado eu era

casada, meu marido

nunca aceitou, não

que eu trabalhasse

fora, mas da jornada

que eu tinha. Como

eu moro no Mara-

nhão, então eu saia

de casa de manhã e

voltava à noite. En-

tão era sempre um

problema o que le-

vou até ao fim do

casamento por isso.

E quando você tra-

balha fora que você

tem um curso supe-

rior, seu marido não

tem, você ganha re-

lativamente bem

mais do que ele

passa a ser um pro-

blema, por que você

passa a ser a man-

tenedora da casa. É

de você que provem

o sustento. Então o

meu casamento a-

cabou por isso, pela

jornada de trabalho,

pela minha condição

salarial ser melhor

do que a dele, nível

de conhecimento

melhor do que o de-

le, então tudo isso

acarreta.

misso com a minha área de atua-ção,enfim o trabalho é uma realização pro-fissional Repórter - Qual o maior desafio que enfrenta para traba-lhar fora? Márcia - Na verdade

Repórter - O que signi-fica o traba-lho para vo-cê? Márcia - O

trabalho pra mim significa uma respon-sabilidade, um compro-

não é nem um desafio, uma das maiores, difi-culdades que eu en-contro pra trabalhar fora é a distância de casa para o trabalho, tem uma certa dificul-dade de tempo, de gasto, uma rotina as-sim que ao longo do ano ela vai cansando, mas dar pra conciliar.

Professora

Márcia

Rejane, é

docente da

área de

Língua Por-

tuguesa.

E N T R E V I S T A S

“Pra alguns

membros da

sociedade a

única profissão

cabível à mulher

é essa, a de

educar”.

P

Repórter - Quais os maiores obstáculos que enfrentou ou enfrenta para conseguir qualifi-cação e trabalho? Márcia - Até que não encontrei dificuldades pra

me qualificar. Logo que terminei a formação, a graduação prestei o concurso no Tocantins, logo trabalhei, o Estado já me forneceu alguns cursos pra capacitação na minha área. Agora hoje em dia a dificuldade que tenho é dividir o tempo en-tre trabalho, os afazeres e achar mais um tempo para fazer alguma capacitação que irá influenci-ar e acrescentar no meu trabalho. Repórter - Você sofre discriminação no Tra-balho? E em casa? Márcia - Não, não sofro nenhum tipo de discri-

minação nem no trabalho, nem em casa. Na verdade nenhuma discriminação. Repórter - Você pensou em desistir do trabalho em algum momento? Márcia - Não. Em nenhum momento eu

pensei em desistir do trabalho, até porque a minha formação, na área de educação era pra eu trabalhar, era pra eu ingressar no mercado de trabalho. Então em ne-nhum momento eu pensei em desistir. Repórter - Você teve o apoio de sua fa-mília, dos amigos? Márcia - Sim, eu tive apoio da família e

dos amigos. Até porque quando se está procurando trabalho é prazeroso tanto pra família como para os amigos que gostam de mim. Repórter - O que reivindicaria para me-lhorar a qualificação no trabalho e a qualificação na sua vida?

Márcia - Reivindicaria mais tempo para eu

estudar, pra fazer um curso pra aperfeiço-ar meu trabalho. Então tempo é um fator que eu gostaria mais de ter mais tempo pra me dedicar, pra acrescentar na minha área de trabalho.

Professora Márcia com colegas de trabalho na EEBV.

Professoras da Escola Estadual Bela Vista. Márcia, Arlete,

Neilde, Marclides, Damásia, Eline e Sandra.(da esquerda para

a direita)

Nossas homenagens a todas as mulheres da Escola Estadual Bela Vista.

Eline - A qualificação seri-a a falta de oportunidade mesmo. As vezes você sai da faculdade, e só a gra-duação não é necessária para que você ingresse no mercado de trabalho, para

Repórter - O que significa o trabalho para você? Eline - O trabalho significa uma maneira da gente exercer o que é aprendido é uma maneira de ter a minha remuneração. Uma questão de sobrevivência.

Repórter - Qual o maior desa-

fio que enfrenta para traba-

lhar fora?

Eline - Eu acredito que seja o

transporte e o fato da gente sa-ir de casa e deixar a família. As vezes você sai preocupada.

Repórter - Quais os maiores obstáculos que enfrenta para conseguir qualificação?

que você exerça a sua profissão. Além da facul-dade você precisa de uma preparação maior por questão de prática mes-mo.

Repórter - Você pensou em desistir do trabalho em algum momento? Eline - As vezes. Não constantemente, mas as vezes. Eu reivindicaria melhores condições de trabalho. O próprio ambi-ente de trabalho tem que ser aquele espaço que te dê prazer e você saia sa-bendo que vai fazer a sua atividade de maneira mais saudável.

08 de Março dia

Internacional da Mulher

Policial Militar

Cristina Arou-

cha é coordena-

dora do Proerd

(Programa de

Erradicação das

drogas) . Ela é

uma das mu-

lheres colabo-

radoras da

EEBV. É uma das mulheres que trabalham na

luta contra as drogas, realizando palestras pa-

ra os estudantes, levando informações sobre

os malefícios provocados pelo consumo dos

mais diferentes tipos de drogas.

O JM Ajax faz uma

homenagem às mulheres da

comunidade que contribuem

com a EEBV.

Melhores condições de trabalho dariam mais prazer para exercer minhas atividades.

PM Cristina Aroucha

ministrando palestra sobre

drogas.

Professora Eline Salazar desenvol-

vendo atividades de educação física.