Upload
silvanete-gomes
View
87
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
da educação nós mu-
lheres somos predo-
minantes. Nós é que
nascemos com essa
arte de educar. Até
porque pra alguns
membros da socieda-
de a única profissão
cabível à mulher é
essa, a de educar. É
porque ela educa em
casa, ela é mãe, en-
tão ela estende a jor-
nada pra fora. Mas, o
principal desafio é es-
se, é conciliar várias
jornadas, porque a
mulher trabalha fora,
ela é mãe, ela é do-
méstica, ela é mil e
uma mulheres, em
uma só.
Repórter - Quais os
maiores obstáculos
que enfrentou ou
enfrenta para conse-
guir qualificação e
trabalho?
Izabel - A questão da
disputa, assim, no
próprio meio de traba-
lho a gente tem dis-
Repórter - O que
significa o traba-
lho para você?
Izabel - Olha, tra-
balhar pra mim é
muito bom. Eu gos-
to do meu trabalho.
Eu sou educadora
por vocação, por-
que eu sempre gos-
tei de educar. Eu
acho uma arte, vo-
cê ter conhecimen-
to e saber transmitir
conhecimento. En-
tão, pra mim o tra-
balho é tudo. Já foi
do tempo que a mu-
lher tinha que ser
só dona de casa.
Hoje em dia a mu-
lher tem que con-
quistar a sua inde-
pendência, e cada
vez mais o mercado
estar se abrindo pra
ela. Então eu acho,
pra mim o meu tra-
balho é tudo. A fon-
te de tudo o que eu
sou e do eu quero
ser.
Repórter - Qual o
maior desafio que
enfrenta para traba-
lhar fora?
Izabel - Eu já nasci
numa sociedade onde
a mulher já tinha cer-
to espaço, já era co-
mum a mulher traba-
lhar fora, não era algo
incomum. O desafio
que a gente encontra
é ser dona de casa,
algumas são mães e
ainda têm que exer-
cer alguma função
fora, mas dizer que
eu encontrei barreiras
discriminatórias, ain-
da não as encontrei.
Até porque no ramo
Professora Izabel Cristina
Sampaio
Hoje em dia a mulher tem que conquistar a sua independência. Gosto do meu
trabalho. Sou educadora por vocação.
LEIA
NESTA
EDIÇÃO ENTREVISTAS M A R Ç O 2 0 1 5
Mulheres
Lutas
Preconceitos
Desafios
Conquistas
Conheça o per-
fil de mulheres
da nossa escola
Profissões em
que as mulheres
ainda são discri-
minadas
P Á G I N A 2
Uma das maiores dificuldades que encontro para trabalhar
fora é a distância de casa para o local de trabalho.
puta por qualifica-
ção, é ruim porque o
próprio governo não
oferece. Nós somos
concursadas pelo
governo estadual.
Então o governo
não oferece qualifi-
cação pra gente.
Existem estados em
que essa qualifica-
ção parte do próprio
governo, no nosso
não, nós temos que
buscar. Quando se
concorre a uma va-
ga pública de capa-
citação, você con-
corre com outras
pessoas que às ve-
zes têm até mais
títulos do que você.
Repórter - Você
sofre discrimina-
ção no Trabalho?
E em casa?
Izabel - Aqui não,
como eu disse ante-
riormente, dentro do
ramo da educação,
nós predominamos.
Vocês podem ver na
própria escola. São
mais mulheres e
poucos homens. Em
casa, sofri antes,
ano passado eu era
casada, meu marido
nunca aceitou, não
que eu trabalhasse
fora, mas da jornada
que eu tinha. Como
eu moro no Mara-
nhão, então eu saia
de casa de manhã e
voltava à noite. En-
tão era sempre um
problema o que le-
vou até ao fim do
casamento por isso.
E quando você tra-
balha fora que você
tem um curso supe-
rior, seu marido não
tem, você ganha re-
lativamente bem
mais do que ele
passa a ser um pro-
blema, por que você
passa a ser a man-
tenedora da casa. É
de você que provem
o sustento. Então o
meu casamento a-
cabou por isso, pela
jornada de trabalho,
pela minha condição
salarial ser melhor
do que a dele, nível
de conhecimento
melhor do que o de-
le, então tudo isso
acarreta.
misso com a minha área de atua-ção,enfim o trabalho é uma realização pro-fissional Repórter - Qual o maior desafio que enfrenta para traba-lhar fora? Márcia - Na verdade
Repórter - O que signi-fica o traba-lho para vo-cê? Márcia - O
trabalho pra mim significa uma respon-sabilidade, um compro-
não é nem um desafio, uma das maiores, difi-culdades que eu en-contro pra trabalhar fora é a distância de casa para o trabalho, tem uma certa dificul-dade de tempo, de gasto, uma rotina as-sim que ao longo do ano ela vai cansando, mas dar pra conciliar.
Professora
Márcia
Rejane, é
docente da
área de
Língua Por-
tuguesa.
E N T R E V I S T A S
“Pra alguns
membros da
sociedade a
única profissão
cabível à mulher
é essa, a de
educar”.
P
Repórter - Quais os maiores obstáculos que enfrentou ou enfrenta para conseguir qualifi-cação e trabalho? Márcia - Até que não encontrei dificuldades pra
me qualificar. Logo que terminei a formação, a graduação prestei o concurso no Tocantins, logo trabalhei, o Estado já me forneceu alguns cursos pra capacitação na minha área. Agora hoje em dia a dificuldade que tenho é dividir o tempo en-tre trabalho, os afazeres e achar mais um tempo para fazer alguma capacitação que irá influenci-ar e acrescentar no meu trabalho. Repórter - Você sofre discriminação no Tra-balho? E em casa? Márcia - Não, não sofro nenhum tipo de discri-
minação nem no trabalho, nem em casa. Na verdade nenhuma discriminação. Repórter - Você pensou em desistir do trabalho em algum momento? Márcia - Não. Em nenhum momento eu
pensei em desistir do trabalho, até porque a minha formação, na área de educação era pra eu trabalhar, era pra eu ingressar no mercado de trabalho. Então em ne-nhum momento eu pensei em desistir. Repórter - Você teve o apoio de sua fa-mília, dos amigos? Márcia - Sim, eu tive apoio da família e
dos amigos. Até porque quando se está procurando trabalho é prazeroso tanto pra família como para os amigos que gostam de mim. Repórter - O que reivindicaria para me-lhorar a qualificação no trabalho e a qualificação na sua vida?
Márcia - Reivindicaria mais tempo para eu
estudar, pra fazer um curso pra aperfeiço-ar meu trabalho. Então tempo é um fator que eu gostaria mais de ter mais tempo pra me dedicar, pra acrescentar na minha área de trabalho.
Professora Márcia com colegas de trabalho na EEBV.
Professoras da Escola Estadual Bela Vista. Márcia, Arlete,
Neilde, Marclides, Damásia, Eline e Sandra.(da esquerda para
a direita)
Nossas homenagens a todas as mulheres da Escola Estadual Bela Vista.
Eline - A qualificação seri-a a falta de oportunidade mesmo. As vezes você sai da faculdade, e só a gra-duação não é necessária para que você ingresse no mercado de trabalho, para
Repórter - O que significa o trabalho para você? Eline - O trabalho significa uma maneira da gente exercer o que é aprendido é uma maneira de ter a minha remuneração. Uma questão de sobrevivência.
Repórter - Qual o maior desa-
fio que enfrenta para traba-
lhar fora?
Eline - Eu acredito que seja o
transporte e o fato da gente sa-ir de casa e deixar a família. As vezes você sai preocupada.
Repórter - Quais os maiores obstáculos que enfrenta para conseguir qualificação?
que você exerça a sua profissão. Além da facul-dade você precisa de uma preparação maior por questão de prática mes-mo.
Repórter - Você pensou em desistir do trabalho em algum momento? Eline - As vezes. Não constantemente, mas as vezes. Eu reivindicaria melhores condições de trabalho. O próprio ambi-ente de trabalho tem que ser aquele espaço que te dê prazer e você saia sa-bendo que vai fazer a sua atividade de maneira mais saudável.
08 de Março dia
Internacional da Mulher
Policial Militar
Cristina Arou-
cha é coordena-
dora do Proerd
(Programa de
Erradicação das
drogas) . Ela é
uma das mu-
lheres colabo-
radoras da
EEBV. É uma das mulheres que trabalham na
luta contra as drogas, realizando palestras pa-
ra os estudantes, levando informações sobre
os malefícios provocados pelo consumo dos
mais diferentes tipos de drogas.
O JM Ajax faz uma
homenagem às mulheres da
comunidade que contribuem
com a EEBV.
Melhores condições de trabalho dariam mais prazer para exercer minhas atividades.
PM Cristina Aroucha
ministrando palestra sobre
drogas.
Professora Eline Salazar desenvol-
vendo atividades de educação física.