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Jornalismo
Especializado
Prof.: Ms. Laércio Torres de Góes
Jornalismo Científico
Produção científica x Produção
jornalística
Diferenças de linguagem e
finalidade
Cientista: almeja um público
específico, restrito e especializado.
Jornalista: almeja atingir o grande
público.
Jornalismo Científico
Texto científico: segue normas rígidas de
padronização e normatização universais.
Texto jornalístico: coloquial, ameno, atraente,
objetivo e simples.
Produção científica é resultado não raro de anos de
investigação.
Produção jornalística é rápida e efêmera.
Jornalismo Científico
Trabalho científico: normalmente encontra amplos
espaços para publicação nas revistas especializadas,
permitindo texto prolixo.
Texto jornalístico: limitado em espaços cada vez
mais restritos, portanto, deve ser enxuto, sintético.
Ciência busca conhecer a realidade por meio do
entendimento das coisas.
Jornalismo usa a informação científica para
interpretar o conhecimento da realidade.
Jornalismo Científico
Jornalismo científico requer:
Bom conhecimento de técnicas de redação;
Familiaridade com os procedimentos da pesquisa científica;
Conhecimentos de história da ciência, de política científica
e tecnológica;
Atualização constante sobre os avanços da ciência;
Contato permanente com as fontes (comunidade científica).
Jornalismo Científico
O uso e abuso de metalinguagem para aproximar
o público leigo das informações científicas.
Uso de princípios do método científico em muito
se assemelha à prática de bom jornalismo.
Definir tema (assunto), elaborar hipóteses (pauta),
coletar dados (entrevistas com as fontes), testar
hipóteses (checar as informações), priorizar os
dados (hierarquia das informações), escrever o
trabalho (matéria) e publicar.
Jornalismo Científico
Não é só ciência e tecnologia.
Ferramenta de trabalho: ajuda a
entender os fenômenos sociais e a
interpretar as causas e consequências dos
fatos de interesse jornalístico.
Euclides da Cunha: Os Sertões
Visão mais sistêmica e contextualizada
dos fatos noticiosos.
Voz do especialista
Relacionamento com as fontes
O jornalista não deve ter medo de
perguntar e admitir que não sabe.
Visão estereotipada da ciência:
buscar maior rigor quanto à
validade.
Falta de abordagem mais criteriosa
leva à publicação de informações
equivocadas e à visão
estereotipada da ciências.
Relacionamento com as fontes
Tipos de cientistas:
Cientista torre de marfim: odeia falar com a imprensa.
Cientista São Tomé: quer ver a matéria antes de publicada.
Cientista socialite: quer aparecer a todo custo.
Cientista bom samaritano: desejo de transmitir ao público a importância de seu trabalho para a sociedade.
Relacionamento com as fontes
Oficialismo excessivo das fontes (agências
governamentais).
Ouvir os dois lados: fontes alternativas.
Checagem de informações (resultados de pesquisas).
Não divulgar nenhum fato científico sem antes vê-la
publicada em períodico indexado e reconhecido pela
comunidade acadêmica.
Relacionamento com as fontes
Manter ligados o senso crítico e a capacidade de
questionamento.
Cobertura de congressos e simpósios
científicos:
Assistir as palestras, ler os anais com resumos
ou trabalhos completos em linguagem científica.
Entrevistas com os pesquisadores.
Relacionamento com as fontes
Instituições científicas – assessores de imprensa –
pontos de apoio.
Divulgar ciência é acima de tudo ação política.
“Os interesses políticos e econômicos são imensos
na área de C&T, assim a manipulação da informação
é sempre um risco a ser considerado”.
Valorização do noticiário internacional em detrimento
da cobertura nacional.
Mercado de trabalho
Limitação da cobertura científica nos grandes jornais
brasileiros.
Revistas especializadas: Superinteressante (Abril),
Galileu (Globo) e Scientific American.
Mercado de trabalho
TV: Canal Futura, TV Escola, Globo Ciência.
Trabalho nas assessorias de imprensa nas
instituições de pesquisa. Ex.: Fapesp e Fapesb.
Mercado de trabalho
Dificuldades:
Falta de cultura científica no país.
Interesse dos estudantes de jornalismo e das
instituições de ensino.
Falta de investimento em publicações científicas.
A maioria das fontes não assimilou a importância
da divulgação de seu trabalho ao grande público.
Ética
Carta de Belo Horizonte (1992): Encontro Internacional de Imprensa, Meio Ambiente e Desenvolvimento (GreenPress):
Princípios para o jornalismo ambiental (científico):
Livre acesso a fontes de informação;
Divulgação da pluralidade de pontos de vista;
Comprometimento com a qualidade de vida do planeta.
Referências
OLIVEIRA, Fabíola de. Jornalismo
Científico. São Paulo: Contexto,
2007.