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ArtesEnsino Médio
Literatura de Cordel(Parte I)
CEFET-RJ Campus Maria da Graça
CEFET-RJ Campus Maria da Graça
Atividade
- Produzir um livreto de cordel
- Criar os versos de acordo com a métrica proposta
- Fazer as ilustrações do cordel a partir da técnica de gravura
- Fazer cópias do livreto
Literatura de Cordel
- Gênero literário popular escrito na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos;
- Ilustrado por xilogravuras;
- Temas versam sobre o cotidiano e histórias diversas (biografias, fatos históricos, lendas, causos, etc).
CEFET-RJ Campus Maria da Graça
Panorama histórico
-Na poesia, tem suas origens no trovadorismo da literatura oral medieval (menestrel, jogral, bardo);
-Remonta ao século XVI, quando oRenascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil;
- O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetoseram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéisou barbantes em Portugal.
CEFET-RJ Campus Maria da Graça
Wassily Kandinsky - Composition IV (1911); Óleo sobre tela, 159.5 x 250.5 cm; Kunstsammlung Nordrhein-Westfallen,
Dusseldorf, Alemanha
CEFET-RJ Campus Maria da Graça
Wassily Kandinsky – Composition (1911)
CEFET-RJ Campus Maria da Graça
J. BorgesJosé Francisco Borges (Bezerros, PE, 1935)
Cordelista e gravador
CEFET-RJ Campus Maria da Graça
Museu da XilogravuraBezerros, PE
Gravuras de J.Borges
CEFET-RJ Campus Maria da Graça
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Las Palabras AndantesLivro de Eduardo Galeano com ilustrações de J.Borges
CEFET-RJ Campus Maria da Graça
Forma - Quadra
Estrofe de quatro versos. A quadra iniciou o cordel, mas hoje não é mais utilizada pelos cordelistas. A quadra é mais usada com sete sílabas. Obrigatoriamente tem que haver rima em dois versos (linhas).
Exemplo:
Minha terra tem palmeirasOnde canta o sabiá (2)
As aves que aqui gorjeiamNão gorjeiam como lá (4).
E nesta constante lidaNa luta de vida e morte
O sertão é a própria vidaDo sertanejo do NorteTrês muié, três irimã,
Três cachorra da mulestaEu vi nun dia de festaNo lugar Puxinanã.
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Forma – Sextilha
É a mais conhecida. Estrofe ou estância de seis versos. Estrofe de seis versos de sete sílabas, com o segundo, o quarto e o sexto rimados; verso de seis pés, colcheia, repente. Estilo muito usado nas cantorias, onde os cantadores fazem alusão a qualquer tema ou evento e usando o ritmo de baião.
Exemplo:
Quem inventou esse "S"Com que se escreve saudade
Foi o mesmo que inventouO "F" da falsidade
E o mesmo que fez o "I"Da minha infelicidade
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Forma – Septilha
Estrofe (rara) de sete versos; setena (de sete em sete). Na septilha usa-se o estilo de rimar os segundo, quarto e sétimo versos e o quinto com o sexto, podendo deixar livres o primeiro e o terceiro
Eu me chamo Zé LimeiraDa Paraíba falada
Cantando nas escriturasSaudando o pai da coaiada
A lua branca alumiaJesus, Jose e Maria
Três anjos na farinhada.
Napoleão era umBom capitão de navioSofria de tosse braba
No tempo que era sadio,Foi poeta e demagogoNuma coivara de fogo
Morreu tremendo de frio.
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Métrica: Redondilha
Antigamente: quadra de versos de sete sílabas, na qual rimava o primeiro com o quarto e o segundo com o terceiro, seguindo o esquema abba.
Hoje: verso de cinco ou de sete sílabas, respectivamente redondilha menor e redondilha maior.
Minha terra tem palmeirasOnde canta o sabiá...
Outras métricas: decassílabos, dodecassílabos, etc.
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Atividade 1
- Grupos de até 4 pessoas
- Definir um tema para o cordel
- Criar os versos de acordo com a métrica e obedecendo a forma escolhida
- OBS: Média de 3 estrofes por página. Livreto em formato A6.