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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 2 2. IMPLANTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE INFORMAÇÃO...................................... 3 3. DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES.......................................................................... 3 3.1. AQUISIÇÃO .......................................................................................................................................... 6 3.1.1. Compra .......................................................................................................................................... 6 3.1.2. Permuta ......................................................................................................................................... 6 3.1.3. Doação ........................................................................................................................................... 6 4. CATALOGAÇÃO ......................................................................................................................... 7 4.1 REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA............................................................................................. 8 4.1.1 Leitura técnica para representação descritiva ............................................................ 8 4.1.2. AACR2 ........................................................................................................................................... 9 4.1.3. Pontos de acesso .................................................................................................................. 14 4.1.4 MARC............................................................................................................................................ 18 4.2 REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA .............................................................................................. 23 4.2.1. Leitura técnica ......................................................................................................................... 23 4.2.2. Indexação .................................................................................................................................. 25 4.3. NÚMEROS DE CLASSIFICAÇÃO ......................................................................................... 27 4.3.1 CDD................................................................................................................................................ 27 4.3.2. CDU .............................................................................................................................................. 30 5. NÚMERO DE CHAMADA ..................................................................................................... 33 5.1. NOTAÇÃO DE AUTOR ............................................................................................................... 34 5.1.1. Tabela CUTTER..................................................................................................................... 35 5.1.2. Tabela PHA .............................................................................................................................. 37 5.1.3 Informações adicionais ........................................................................................................ 38 6. REGISTRO DAS OBRAS...................................................................................................... 38 7. PREPARO FÍSICO ................................................................................................................... 39 8. ARMAZENAMENTO ................................................................................................................ 41 9. DESBASTAMENTO ................................................................................................................. 41 10. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 42 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 43 ANEXO 1 ............................................................................................................................................. 44 ANEXO 2 ............................................................................................................................................. 46 ANEXO 3 ............................................................................................................................................. 47 ANEXO 4 ............................................................................................................................................. 48 ANEXO 5 ............................................................................................................................................. 49

Manual de Processamento Técnico

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Manual de Processamento Técnico elaborado por Deborah Azevedo e Luiza Wainer.

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Page 1: Manual de Processamento Técnico

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 2  2. IMPLANTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE INFORMAÇÃO...................................... 3  3. DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES.......................................................................... 3  

3.1. AQUISIÇÃO ..........................................................................................................................................6  3.1.1. Compra ..........................................................................................................................................6  3.1.2. Permuta .........................................................................................................................................6  3.1.3. Doação ...........................................................................................................................................6  

4. CATALOGAÇÃO ......................................................................................................................... 7  4.1 REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA.............................................................................................8  

4.1.1 Leitura técnica para representação descritiva ............................................................8  4.1.2. AACR2 ...........................................................................................................................................9  4.1.3. Pontos de acesso .................................................................................................................. 14  4.1.4 MARC............................................................................................................................................ 18  

4.2 REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA .............................................................................................. 23  4.2.1. Leitura técnica ......................................................................................................................... 23  4.2.2. Indexação .................................................................................................................................. 25  

4.3. NÚMEROS DE CLASSIFICAÇÃO ......................................................................................... 27  4.3.1 CDD................................................................................................................................................ 27  4.3.2. CDU .............................................................................................................................................. 30  

5. NÚMERO DE CHAMADA .....................................................................................................33  5.1. NOTAÇÃO DE AUTOR ............................................................................................................... 34  

5.1.1. Tabela CUTTER..................................................................................................................... 35  5.1.2. Tabela PHA .............................................................................................................................. 37  5.1.3 Informações adicionais ........................................................................................................ 38  

6. REGISTRO DAS OBRAS......................................................................................................38  7. PREPARO FÍSICO ...................................................................................................................39  

8. ARMAZENAMENTO ................................................................................................................41  9. DESBASTAMENTO .................................................................................................................41  10. CONCLUSÃO ...........................................................................................................................42  11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................43  ANEXO 1.............................................................................................................................................44  ANEXO 2.............................................................................................................................................46  ANEXO 3.............................................................................................................................................47  ANEXO 4.............................................................................................................................................48  ANEXO 5.............................................................................................................................................49  

Page 2: Manual de Processamento Técnico

  2  

1. INTRODUÇÃO

A necessidade de um instrumento normalizador das atividades cotidianas de uma

biblioteca levou à produção deste manual, que objetiva não só ser um guia de implantação

de uma biblioteca, mas principalmente apresentar os padrões de produção adotados em

uma unidade de informação.

Procurou-se apresentar aqui todas as informações necessárias para os procedimentos

internos de uma biblioteca, focando no processamento técnico de materiais monográficos.

Assim, dividiu-se o manual visando explicar as etapas, métodos e técnicas relativas aos

pontos possíveis que um documento pode e deve passar durante o processo de organização

da informação. Compreendem essas atividades, de modo geral:

• Seleção e aquisição do item;

• Análise do item, identificando-se suas características físicas e de conteúdo;

• Representação das características físicas e do conteúdo do item;

• Determinação da localização do item no acervo;

• Registro do item como parte do acervo da biblioteca;

• Preparação física do item para seu uso e localização no acervo;

• Armazenamento do item no acervo.

A fim de deixar todos todas as instruções claras, selecionou-se cinco livros para trazer

como exemplo. São eles:

• BATISTA, Orlando Antunes. Problemas lingüísticos na escritura do discurso

científico. [S.l.]: Omnia, 2002. 147 p., 21 cm.

Resumo: O livro é um manual sobre como escrever um trabalho científico, seja um ensaio ou

uma tese. Ele ensina o leitor a por no papel o resultado de suas pesquisas de forma correta,

fazendo bom uso dos recursos que a língua oferece.

• FERREIRA, Mauro. O mundinho Verticelo e outras estórias. Franca: Ribeirão, 1999.

79 p., 22 cm.

Resumo: O livro reúne nove contos de Mauro Ferreira que, com uma certa abordagem

política e um toque de humor, retratam a sociedade urbana atual.

• FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.

São Paulo: Paz e Terra, 1997. 165 p., 14 cm. (Coleção Leitura).

Page 3: Manual de Processamento Técnico

  3  

Resumo: O livro é um guia feito por um professor, para professores, e aborda temas da

educação como a importância dos alunos e de saber ouvi-los, a preparação de uma boa

aula, a segurança e a criatividade necessárias e a confiança de que mudanças são

possíveis.

• LUXEMBURGO, Rosa. A crise da social-democracia. Lisboa: Presença, 1974. 207 p.,

18 cm.

Resumo: A autora trata um período crítico da história, a Primeira Guerra Mundial, de um

ponto de vista político defendendo a social-democracia e a importância desta nos rumos que

os acontecimentos tomaram.

• SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de história da cultura brasileira. 6. ed. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. 136 p., 21 cm. (Coleção Retratos do Brasil, v. 78).

Resumo: O autor, através da história do Brasil, explica como as heranças culturais

portuguesa, africana e indígena se juntaram para o surgimento da cultura nacional, e sua

evolução em áreas como cinema, rádio, artes plásticas e a imprensa

As folhas de rosto e demais elementos gerais de aparência dos mesmo podem ser

encontrados nos Anexos.

2. IMPLANTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE INFORMAÇÃO

Antes da implantação de uma biblioteca, deve-se fazer um estudo da comunidade, a fim

diagnosticar a real necessidade da implantação de uma unidade de informação no local.

Averiguando esta necessidade, identifica e estima-se as informações sobre o acervo (tipo e

quantidade de material bibliográfico e os sistemas utilizados de organização de acervo);

sobre as instalações físicas (se os fatores ambientais como luminosidade, circulação de ar,

umidade, calor, etc estão adequados e se o acervo será bem acomodado); sobre os móveis

e equipamento (se são adequados e dão suporte ao desenvolvimento das atividades); e

sobre as necessidades dos usuários. Essas informações subsidiam o planejamento da

metodologia de trabalho da equipe, sendo necessárias para o desenvolvimento das

atividades.

Recomenda-se a elaboração de um regulamento.

3. DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES  

O processo de desenvolvimento de coleções é um trabalho de planejamento de

Page 4: Manual de Processamento Técnico

  4  

acervos, sistêmico, ininterrupto e cíclico, envolvendo muitos fatores externos à ele. Suas

etapas - que envolvem o estudo da comunidade, a política de seleção, a seleção, a

aquisição, o desbastamento e a avaliação - devem ser atividades rotineiras para a biblioteca.

Claro, o tipo de biblioteca, seus objetivos e missão e a comunidade por ela atingida influem

nas atividades de desenvolvimento de coleções. Vergueiro (1989) caracteriza como devem

ser, de modo geral, as atividades de desenvolvimento de coleções nos diferentes tipos de

unidades de informação:

a. Bibliotecas públicas: possuem uma clientela mais dinâmica, diversificada, que

deve ser acompanhada com bastante atenção à mudança de gostos e

interesses. As necessidades informacionais da comunidade servida pela

biblioteca pública variam quase que na mesma proporção em que variam os

grupos, organizados ou não, presentes na mesma. O trabalho de análise da

comunidade parece ser, assim, aquele que maior ênfase deve receber por parte

do bibliotecário, não se descartando, porém, exatamente em virtude das

flutuações detectadas pelos estudos de comunidade, um cuidado especial com a

seleção de materiais, devidamente alicerçada em uma política de seleção. Boa

ênfase nas atividades de avaliação e desbastamento parece ser, também, uma

característica do desenvolvimento de coleções em bibliotecas públicas,

principalmente para atender a demanda imediata dos usuários.

b. Bibliotecas escolares: existem – ou, pelo menos, deveriam existir – para dar

suporte às atividades pedagógicas das unidades escolares. Mais do que isso:

devem estar integradas o processo educacional. A coleção das bibliotecas

escolares segue, na realidade, o direcionamento do sistema educacional

vigente. A ênfase está, portanto, muito mais na seleção de materiais para fins

didáticos – normalmente alicerçada em uma política de seleção que tem sua

base no currículo ou programa escolar. O desbastamento da coleção irá

acompanhar as mudanças nos programas e/ou currículos.

c. Bibliotecas universitárias: devem atender aos objetivos da universidade, a saber, o

ensino, a pesquisa e a extensão à comunidade. Isso vai exigir, quase que

necessariamente, uma coleção com forte tendência ao crescimento, pois

atividades de pesquisa exigem uma grande gama de materiais para que o

pesquisados possa ter acesso a todos os pontos de vista importantes ou

necessários. A seleção, no caso, não é o que há de mais importante, pois a

biblioteca precisa ter um volume de recursos informacionais suficiente para dar

suporte à pesquisa realizada tanto por docentes como por alunos de pós-

graduação. Da mesma forma, a comunidade é relativamente homogênea, não

exigindo estudos ou avaliações de grande monta. A ênfase maior, no caso,

parece estar muito mais no desbastamento e avaliações da coleção, medidas

necessárias para otimização do acervo. As bibliotecas das chamadas

instituições isoladas de ensino superior”, no entanto, contrariamente às

bibliotecas ligadas às universidades, exatamente por não terem que prestar

Page 5: Manual de Processamento Técnico

  5  

suporte à pesquisa, norteiam o desenvolvimento de suas coleções pelas

exigências dos programas ou currículos dos cursos por elas oferecidos.

d. Bibliotecas especializadas ou de empresas: existem para atender às

necessidades das organizações a que estão subordinadas e, por isso – mais do

que qualquer uma das outras -, têm seus objetivos muito melhor definidos.

Provavelmente, a diferença maior no desenvolvimento de coleções de

bibliotecas especializadas é a presença, com muito maior frequência, de

materiais não convencionais – relatórios, patentes, pré-prints, etc – que exigem

dos bibliotecários um enorme esforço para localização e obtenção dos itens

desejados.

A política de desenvolvimento de coleções visa diminuir fatores subjetivos e arbitrários

no processo de seleção dos materiais, racionalizando e agilizando os procedimentos,

permitindo a formação e o desenvolvimento de coleções de maneira consistente e

representativa nas áreas do conhecimento que a biblioteca pretende dispor ao público. Além

disso, ela cria mecanismos para atender às necessidades da comunidade de maneira ampla

e não somente as do usuário real, criando novas demandas informacionais. A política de

desenvolvimento de coleções busca selecionar obras a serem adquiridas para a biblioteca

pública de maneira a corrobar com sua missão.

De modo geral, a indicação de títulos deve ser feita com base em: leitura de resenhas

críticas de jornais, revistas, divulgação das editoras, internet, catálogos etc. Os títulos

indicados devem ser pesquisados no catálogo da biblioteca: se já existirem, não deverão ser

indicados.

Os critérios gerais para a seleção de uma obra são:

- Autoridade do autor e/ou editor;

- Qualidade e imparcialidade do conteúdo;

- Demanda de usuários potenciais;

- Atualidade da obra;

- Qualidade gráfica;

- Importância ou relevância para o acervo;

- Se houver duas edições disponíveis da mesma obra em língua estrangeira, verificar a

credibilidade dos tradutores e escolher o melhor entre eles;

- Prioridade de aquisição para livros de literatura premiados – prêmios Jabuti, Brasil

Telecom, Biblioteca Nacional, APCA. Devem ser verificados, também, os principais

prêmios internacionais;

- Indicações de livros para compra com base em: reposição de livros extraviados e não

Page 6: Manual de Processamento Técnico

  6  

devolvidos; acréscimo de exemplares de livros muito procurados; substituição de

livros danificados; indicação de necessidades informacionais do público freqüentador

da Biblioteca, respeitando a Política de Desenvolvimento de Coleções.

Também devem ser levados em consideração para o processo de desenvolvimento de

coleções as influências das industrias produtoras de materiais para bibliotecas a as coleções

de outras bibliotecas.

3.1. AQUISIÇÃO  

Depois de selecionados os materiais, é hora de definir como eles serão adquiridos.

O processo de aquisição está diretamente ligado à seleção, já que o bibliotecário deve estar

atento a quanto é permitido gastar antes de fazer sua lista de compras. São três as

modalidades de aquisição de materiais: compra, permuta e doação.

3.1.1. Compra  

A maneira mais fácil de adquirir o material desejado é através da compra.

Entretanto, é o que exige a maior atenção do bibliotecário, já que ele é o responsável pela

forma como o dinheiro é gasto. Há, geralmente, um valor máximo, direcionado a esse fim,

estipulado pela instituição. É dever do bibliotecário saber selecionar exatamente o que deve

ser adquirido, deve-se fazer uma identificação precisa do item e acompanhar o recebimento.

A compra pode ser feita diretamente na editora, ou em livrarias, agências e

distribuidoras.

3.1.2. Permuta

Quando o material não está disponível para compra, temos como alternativa a

permuta. É um acordo preestabelecido entre duas instituições que possibilita o intercâmbio

de materiais, seja da própria entidade, duplicatas, ou itens a serem retirados do acervo. Além

de ajudar a compor o acervo, os programas de intercâmbio colaboram na difusão da

informação. Se a instituição faz parte desses programas, é necessário o bibliotecário ter uma

lista das duplicatas em seu acervo e o contato das outras instituições participantes.

3.1.3. Doação

Muitas bibliotecas têm na doação a base da formação de seu acervo, por poderem

adquirir os materiais sem custo direto. Alguns problemas podem ser encontrados, porém: o

Page 7: Manual de Processamento Técnico

  7  

excesso de duplicatas, materiais fora do contexto do acervo e o fato de que a biblioteca pode

virar um depósito de materiais descartados por outros. Por isso, alguns critérios devem ser

estabelecidos, como que tipo de material será aceito e o que fazer com o recusado.

4. CATALOGAÇÃO

A catalogação consiste na representação codificada e organizada do conteúdo e do

aspecto físico de um documento, caracterizando e individualizando os itens, tornando-os

únicos entre os demais e ao mesmo tempo reunindo-os por suas semelhanças. A

catalogação, se clara, precisa, lógica e concisa, permite ao usuário localizar um item

específico, escolher entre várias manifestações de um item, ou escolher entre vários itens

semelhantes enquanto permite ao item encontrar seu usuário.

O catálogo é um canal de comunicação estruturado que veicula as mensagens

elaboradas pela catalogação. O catálogo pode ser manual ou automatizado: falaremos do

catálogo manual em fichas e do automatizado em linha (on line).

A catalogação compreende três etapas: a descrição bibliográfica (representação

descritiva), os pontos de acesso e os dados de localização (número de chamada). Abaixo,

todas as etapas de tratamento de um livro, adaptado de Mey (1995, p. 108).

• Quando o livro chegar:

o Consultar o catálogo oficial para verificar a existência do livro na biblioteca.

Se existir:

• Novo exemplar: copiar todas as informações pertinentes,

inclusive número de chamada, e enviar para registro (ver item 6.

Registro)

• Nova edição (de mesma ou outra autoria): copiar todas as

informações pertinentes. Anotar número de chamada se for

mesmo autor e número de classificação de a autoria for

diferente. Anotar pontos de acesso se a autoria for diferente.

Proceder para a leitura técnica para a representação temática

Se não existir, proceder à leitura técnica

• Leitura técnica (ver item 4.1.1. Leitura técnica):

o Levantamento das informações pertinentes à catalogação

o Des crição bibliográfica:

o Registro bibliográfico do livro

• Elaboração dos pontos de acesso (ver item 4.1.3. Pontos de acesso):

o Determinação dos pontos de acesso principais e secundários

Page 8: Manual de Processamento Técnico

  8  

o Determinação dos pontos de acesso de assunto (ver item 4.2 Representação

temática)

o Determinação da forma dos pontos de acesso

Cabeçalho já existe no catálogo / lista autorizada de cabeçalhos /

vocabulário controlado?

• Sim: copiar

• Não: buscar autoridade em fontes de referencia autorizadas;

determinar cabeçalho de títulos e assuntos

• Número de chamada (ver item 5. Número de chamada)

o Determinação e registro do número de classificação (ver item 4.3 Números de

classificação)

o Determinação e registro da notação de autor (ver item 5.1 Notação de autor)

o Verificar no catálogo se há coincidências no número de chamada. Se sim,

atribuir elementos distintivos. (ver item 5.1.3. Informações adicionais)

• Registro

o Atribuição e registro de número patrimonial (ver item 6. Registro)

o Preparação física para armazenagem e empréstimo (ver item 7. Preparo físico)

• Armazenagem (ver item 8. Armazenamento)

o Reprodução das fichas e sua inserção nos catálogos

o Guarda dos livros

4.1 REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA

A representação descritiva é um processo através do qual se registra formalmente

os dados ligados à produção editorial de um item (tal qual o responsável pela obra, o título

da publicação, edição, imprenta, número de páginas, dimensão etc) para que o usuário

encontre, identifique, selecione e obtenha o documento que busca.

4.1.1 Leitura técnica para representação descritiva

Para fazer a representação descritiva, é necessário fazer uma leitura técnica do

item. No caso de documentos bibliográficos, o levantamento das informações necessárias

para a descrição bibliográfica se faz analisando as seguintes fontes de informação: folha de

rosto, verso da folha de rosto, outras páginas que antecedem a folha de rosto, capa, colofão,

encartes, bolsos, pastas, apêndices, anexos, glossários, bibliografias, índices. A folha de

rosto é a fonte principal de informação e a base para a descrição bibliográfica.

Page 9: Manual de Processamento Técnico

  9  

Em caso de dúvidas, deve-se consultar fontes externas de informação.

4.1.2. AACR2

O registro sintético e codificado das características de um item é feito a partir das regras

delimitadas pela AACR2: a 2ª edição do Código de Catalogação Anglo-Americano. Para

fazer a ficha catalográfica, extrai-se de partes específicas da obra categorias particulares (ou

um conjunto de categorias) que são registrados tal qual aparecem no item e separados uma

das demais por uma pontuação específica, como demonstra o quadro abaixo:

ÁREAS

Cada seção da descrição.

ELEMENTOS

Palavra, frase ou grupo de caracteres representando uma unidade distinta de informação, fazendo parte de uma área.

PONTUAÇÃO

Precede, separa e identifica áreas e elementos da distinção.

FONTE DE INFORMAÇÃO

Fornece os elementos para o preparo de uma descrição ou parte dela.

1 Título e indicação de

1. Título principal

2. Título equivalente

3. Outras informações sobre o título

4. Indicação de responsabilidade

1. [ ] (Colchetes)

2. = (sinal de igualdade)

3. : (dois pontos)

4. / (barra oblíqua)

4. ; (ponto e vírgula)

4. , (vírgula)

Página de rosto. Coloque entre colchetes informações extraídas de qualquer outra fonte.

2 Edição 1. Indicação de edição

2. Indicação de responsabilidade

3. Edições subseqüentes

. – (ponto, espaço, travessão, espaço)

2. / (barra oblíqua) e; (ponto e vírgula)

3. , (vírgula)

. – (ponto, espaço, travessão, espaço)

Página de rosto, verso da folha de rosto, a capa e outras páginas que antecedem a folha de rosto.

Coloque entre colchetes informações extraídas de qualquer outra fonte.

3 Detalhes específicos do material

Materiais cartográficos, Música,

. – (ponto, espaço, travessão, espaço)

4 Publicação, 1. Lugar de publicação,

1. ; (ponto e vírgula) Página de rosto, verso da folha de

Page 10: Manual de Processamento Técnico

  10  

distribuição, etc distribuição, etc .

2. Nome do editor, distribuidor, etc

3. Data de publicação, distribuição

2. : (dois pontos) e

[ ] (Colchetes)

3. , (vírgula)

rosto, a capa e outras páginas que antecedem a folha de rosto.

Coloque entre colchetes informações extraídas de qualquer outra fonte.

5 Descrição física 1. Extensão

2. Outros detalhes físicos

3. Dimensões

4. Material adicional

1. Inicia um novo parágrafo

2. : (dois pontos)

3. ; (ponto e vírgula)

4. + (sinal de adição) e ( ) (parênteses)

Qualquer fonte.

6 Série 1. Título principal da série

2. Título equivalente da série

3. Outras informações sobre o título da

série

4. Indicação de responsabilidade da

série

5. ISSN da série

6. Numeração da série

. – (ponto, espaço, travessão, espaço)

1. ( ) (parênteses)

2. = (sinal de igualdade)

3. : (dois pontos)

4. / (barra oblíqua) e ; (ponto e vírgula)

5. , (vírgula)

6. ; (ponto e vírgula)

Página de rosto, verso da folha de rosto, a capa e outras páginas que antecedem a folha de rosto.

7 Notas Todas as notas 1. Inicia um novo parágrafo para cada Qualquer fonte

uma delas

2. Separe palavras introdutórias de uma

nota, do conteúdo principal da mesma,

por dois pontos e um espaço.

Qualquer fonte.

8 Número normalizado e

1. ISBN

2. Modalidades de

1. Inicia um novo parágrafo

Qualquer fonte. Não coloque informação alguma

Page 11: Manual de Processamento Técnico

  11  

modalidades aquisição

3. Qualificação

1. . – (ponto, espaço, travessão,

espaço) a cada repetição desta área

2. : (dois pontos)

3. ( ) (parênteses)

entre colchetes.

 A AACR2 contempla três níveis de detalhamento para a descrição bibliográfica;

utilizamos o segundo nível. A ficha deve ficar com essa cara:

 

Nº de cham. Ponto de acesso principal Título [DGM] = título equivalente : outras informações sobre o título / Indicação de responsabilidade, responsabilidade do mesma função ; indicação de responsabilidade de outra função. - indicação de edição / Responsável pela edição. - Local de publicação : Casa Publicadora, ano de publicação. Paginação : outros detalhes físicos ; dimensão + (material adicional). - (Título da série = título equivalente da série : outras informações sobre o título da série / Indicação de responsabilidade da série ; responsabilidade com outra função, Numero normalizado da série ; Numeração da série). Nota 1. Nota 2. Nota: Nota x. Numero normalizado. - Modalidade de aquisição : qualificação.

1. Assunto. I Outros pontos de acesso.

Tomando como exemplo os livros citados acima, temos:

Título principal: Problemas lingüísticos na escritura do

discurso científico (página de rosto)

Indicação de responsabilidade: Orlando Antunes Batista

Orlando  Antunes  Batista  

PROBLEMAS  LINGSTICOS  NA  

ESCRITURA  DO  TEXTO  CIENTÉFICO  

1º  EDIÇÃO  

Edições  Omnia  

2002  

Page 12: Manual de Processamento Técnico

  12  

(página de rosto)

Edição: 1ª edição (página de rosto)

Local de publicação: incerto, Estado de São Paulo (verso da

página de rosto)

Editora: Omnia (verso da página de rosto)

Data: 2002 (verso da página de rosto)

Extensão: 147 páginas (todo o material)

Dimensão: 21 centímetros (todo material)

Título principal: O mundinho Verticelo e outras estórias (página de

rosto)

Indicação de responsabilidade: Mauro Ferreira (página de rosto)

Local de publicação: Franca (verso da página de rosto)

Editora: Ribeirão (verso da página de rosto)

Data: 1999 (verso da página de rosto)

Extensão: 79 páginas

Detalhes físicos: ilustrações

Dimensão: 22 centímetros

Título principal: Pedagogia da autonomia (página de rosto)

Subtítulo: saberes necessários à prática educativa (página de

rosto)

Indicação de responsabilidade: Paulo Freire (página de

rosto)

Local de publicação: São Paulo (verso da página de rosto)

Editora: Paz e Terra (verso da página de rosto)

Data: 1997 (verso da página de rosto)

Extensão: 165 páginas (todo o material)

Dimensão: 14 centímetros (todo o material)

 Mauro  Ferreira  

 O  MUNDINHO  E  

OUTRAS  ESTÓRIAS    

Contos  

 Paulo  Freire  

 PEDAGOGIA  DA  AUTONOMIA  

Saberes  Necessários  à  Prática  Educativa  

 PAZ  E  TERRA  Coleção  Leitura  

Page 13: Manual de Processamento Técnico

  13  

Série: Coleção Leitura (capa)

ISBN: 85-219-0243-3 (contra capa)

Título principal: A crise da social-democracia (página de

rosto)

Indicação de responsabilidade: Rosa Luxemburgo (página de

rosto)

Segunda indicação de responsabilidade: tradução de: Maria

Julieta Nogueira e Silvério Cardoso da Silva (página de

rosto)

Local de publicação: Lisboa (colofão)

Editora: Editorial Presença (colofão)

Data: 1974 (colofão)

Extensão: 207 páginas (todo o material)

Dimensão: 18 centímetros (todo o material)

Título principal: Síntese de história da cultura brasileira (página de

rosto)

Indicação de responsabilidade: Nelson Werneck Sodré (página de

rosto)

Edição: 6ª edição (página de rosto)

Local de publicação: Rio de Janeiro (verso da página de rosto)

Editora: Civilização Brasileira (verso da página de rosto)

Data: 1978 (verso da página de rosto)

Extensão: 136 páginas (todo o material)

Dimensão: 21 centímetros (todo o material)

Série: Coleção Retratos do Brasil

Volume: 78

Nelson  Werneck  Sodré    

Síntese  de  Hístória  da  

Cultura  Brasileira    

6º  edição    

civilização  brasileira  

ROSA  LUXEMBURGO    

A  CRISE  DA  SOCIAL-­DEMOCRACIA  

 Tradução  de:  MARIA  JULIETA  NOGUEIRA  

SILVÉRIO  CARDOSO  DA  SILVA    

EDITORIAL  PRESENÇA  PORTUGAL  

 LIVRARIA  MARTINS  

FONTES  BRASIL  

Page 14: Manual de Processamento Técnico

  14  

4.1.3. Pontos de acesso

Além de delimitar as regras necessárias para se fazer a descrição bibliográfica de um

item, a AACR2 estabelece como fazemos os pontos de acesso do mesmo.

Os pontos de acesso (cabeçalhos) são os termos pelos quais os usuários irão acessar a

representação de um item no catálogo. São eles: responsabilidade pelo conteúdo, título e

assunto do item. Nos catálogos informatizados, é possível também buscar um item através

de qualquer termo utilizado na representação (por exemplo, idioma). Os pontos de acesso

podem ser principais ou secundários: se forem principais, são a primeira informação

registrada, encabeçando a entrada principal; se forem secundários, são indicados no último

bloco de informações, a pista, e devem encabeçar uma nova ficha de entrada secundária. O

item terá tantas fichas quanta forem suas entradas secundárias.

O cabeçalho principal será o nome do autor escrito em ordem indireta quando se tem

apenas um autor; quando este é o primeiro citado entre três; ou quando há quatro ou mais

autores. A entrada principal é feita pelo título da obra quando há quatro ou mais autores e

nenhum destes é indicado como principal; quando a obra for anônima; ou quando a obra for

uma coletânea com título comum.

Cria-se pontos de acesso secundários para título (sempre, ao menos que este seja a

entrada principal); para outros autores se a obra conter até três; para o primeiro autor citado

quando houver quatro ou mais autores e nenhum for indicado no cabeçalho; para a série;

para os coordenadores, organizadores ou editores responsáveis por uma coletânea de obras

com título coletivo (todos se forem até três, o primeiro citado se forem quatro ou mais). Os

pontos de acesso secundários são indicados na pista na ordem: assunto (numerado com

algarismos arábicos); autores; demais responsáveis; entidades coletivas; título; e série

(todos numerados com algarismos romanos).

Para os pontos de acesso de nomes pessoais, deve-se considerar a forma do nome

encontrada na folha de rosto. Quando as formas de nome variam em diferentes obras,

preferir a forma predominante ou, se não houver, preferir a mais recente.

Para a escrita do nome pessoal, deve-se considerar a língua e cultura do autor. Assim,

inicia-se o cabeçalho pelo ultimo sobrenome do autor, a não ser nas línguas portuguesa,

espanhola, inglesa, francesa, italiana, alemã, chinesa e húngara. Os nomes em português

tem entrada pelo ultimo sobrenome, a não ser quando demonstram parentesco ou formam

expressão. Em espanhol, o sobrenome considerado é o penúltimo elemento do nome; se o

sobrenome contiver um artigo (sem preposição), o cabeçalho começa pelo artigo. Em inglês,

Page 15: Manual de Processamento Técnico

  15  

o sobrenome é o último elemento do nome, a não ser em nomes compostos com hífen ou

aqueles precedidos por preposições ou artigos; ignora e omite-se do cabeçalho as formas de

parentesco. Os cabeçalhos dos nomes em francês são iniciados pelo artigo ou artigo

contraído, se houver, se não, pelo ultimo elemento do nome, a não ser em nomes compostos

com hífen. Em italiano, considera-se os artigos ou preposições que precedem o ultimo

elemento do sobrenome no cabeçalho. Sobrenomes em alemão precedidos por um artigo ou

da contração de um artigo com uma preposição têm a entrada iniciada pelo prefixo. Em

húngaro e chinês, o sobrenome é o primeiro elemento do nome.

Para pontos de acesso de assunto, ver o item 2.2 Representação temática

No catálogo, faz-se uso de remissivas: pontos de acesso que indicam outros pontos de

acesso. As remissivas “ver” remetem de um cabeçalho não autorizado para um autorizado,

enquanto as “ver também” remetem de um cabeçalho autorizado para outro autorizado.

Abaixo, os exemplos:

Ponto de acesso: regra 21.4A1: responsabilidade única:

Batista, Orlando Antunes

Pista: assuntos : lingüística textual

Ponto de acesso: regra 21.4A1 : responsabilidade única :

Ferreira, Mauro

Pista: assuntos : literatura brasileira, ficção

Ponto de acesso: regra 21.4A1 : responsabilidade única :

Freire, Paulo.

Pista: assuntos : pedagogia; prática de ensino

Orlando  Antunes  Batista  

PROBLEMAS  LINGSTICOS  NA  

ESCRITURA  DO  TEXTO  CIENTÉFICO  

1º  EDIÇÃO  

Edições  Omnia  

2002  

 Mauro  Ferreira  

 O  MUNDINHO  E  

OUTRAS  ESTÓRIAS    

Contos  

 Paulo  Freire  

 PEDAGOGIA  DA  AUTONOMIA  

Saberes  Necessários  à  Prática  Educativa  

 PAZ  E  TERRA  Coleção  Leitura  

Page 16: Manual de Processamento Técnico

  16  

Ponto de acesso: regra 21.14A : responsabilidade mista por

tradução : Luxemburgo, Rosa. Não há necessidade de

entrada secundária para tradutores, por não serem

conhecidos. Todavia, será feita a entrada para ambos em

todos os exemplos para melhor ilustrar pontos de acesso

secundários de pessoas.

Pista: assuntos : socialismo, primeira guerra mundial (1914-

1918)

Pista: tradutores: Nogueira, Maria Julieta; Silva, Silvério

Cardoso da.

Ponto de acesso: regra 21.4A1 : responsabilidade única : Sodré,

Nelson Werneck

Pista: assuntos : cultura brasileira

As fichas catalográficas destes livros ficam, portanto, assim:

Nº de cham. Batista, Orlando Antunes

Problemas lingüísticos na escritura do discurso científico

[texto] / Orlando Antunes Batista. – 1 ed. – [São Paulo] :

Omnia, 2002.

147 p. ; 21 cm.

1. Lingüística textual. I. Título.

ROSA  LUXEMBURGO    

A  CRISE  DA  SOCIAL-­DEMOCRACIA  

 Tradução  de:  MARIA  JULIETA  NOGUEIRA  

SILVÉRIO  CARDOSO  DA  SILVA    

EDITORIAL  PRESENÇA  PORTUGAL  

 LIVRARIA  MARTINS  

FONTES  BRASIL  

Nelson  Werneck  Sodré    

Síntese  de  Hístória  da  

Cultura  Brasileira    

6º  edição    

civilização  brasileira  

Page 17: Manual de Processamento Técnico

  17  

Nº de cham. Ferreira, Mauro

O mundinho Verticelo e outras estórias [texto] / Mauro

Ferreira. – Franca : Ribeirão, 1999.

79 p. : il. ; 22 cm.

1. Literatura brasileira. 2. Ficção. I. Título.

Nº de cham. Freire, Paulo

Pedagogia da autonomia [texto] : saberes necessários à

prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo : Paz e Terra,

1997.

165 p. ; 14 cm. – (Coleção leitura).

ISBN 85-219-0243-3

1. Pedagogia. 2. Prática de ensino. I. Título. II. Série.

Nº de cham. Luxemburgo, Rosa

A crise da social-democracia [texto] / Rosa Luxemburgo ;

tradução de Maria Julieta Nogueira e Silvério Cardoso da

Silva. – Lisboa : Presença, 1974.

207 p. ; 18 cm.

1. Socialismo. 2. Primeira Guerra Mundial (1914-1918). 3.

Nogueira, Maria Julieta. 4. Silva, Silvério Cardoso da. I.

Título.

Page 18: Manual de Processamento Técnico

  18  

Nº de cham. Sodré, Nelson Werneck

Síntese de história da cultura brasileira [texto] / Nelson

Werneck Sodré. – 6 ed. – Rio de Janeiro : Civilização

Brasileira, 1978.

136 p. ; 21 cm. – (Coleção retratos do Brasil, v. 78).

1. Cultura brasileira. I. Título. II. Série

4.1.4 MARC  

MARC é a sigla para Machine-Readable Cataloging, ou seja, uma catalogação

possível de ser lida por máquinas. Com a explosão documental que aconteceu nas décadas

de 1950 e 60, no pós-guerra, surgiu a necessidade de uma catalogação automatizada, para

agilizar o processo. Foi criado, assim, o MARC: um formato para a entrada e manuseio de

informações bibliográficas, legível por computadores.

As informações inseridas no formato MARC são as mesmas das 8 áreas da AACR2

(título e indicação de responsabilidade; edição; detalhes específicos; publicação/distribuição;

série; notas; número normalizado). Porém, para que o computador possa ler essas

informações, elas precisam estar inseridas em campos específicos. Cada uma das 8 áreas é

representada por um número, ou tag, como a seguir:

ÁREA 1 245_ _

ÁREA 2 250_ _

ÁREA 4 260_ _

ÁREA 5 300_ _

ÁREA 6 490_ _

ÁREA 7 5XX_ _

ÁREA 8 02X_ _

Page 19: Manual de Processamento Técnico

  19  

Cada número é seguido por dois indicadores ( _ _ ), que podem ter valores

diferentes em cada caso.

As informações a serem completadas em cada campo preencherão subcampos, que

são indicados por delimitadores, que mudam de acordo com o software utilizado. Aqui será

usado o cifrão “$”. Todo campo necessariamente começa pelo subcampo $a, denominado

default.

Segue um modelo com os campos, indicadores, subcampos, delimitadores, e a

informação contida em cada.

LDR LÍDER

008 CAMPOS FIXOS

02X__ $a Número normalizado : $c preço

040__ $a Código da fonte catalogadora

041__ $a Código do idioma da publicação $h código do idioma do texto original

044__ $a Código do país de publicação

080__ $a número de classificação na CDU

082__ $a número de classificação na CDD

090__ $a número de classificação $b notação de autor $c edição $d informação

complementar

100__ $a Entrada principal para nome pessoal $b numeração que segue o nome $c título

associado ao nome $d data associada ao nome

110__ $a Entrada principal para nome de entidade $b unidade subordinada $c Local $d data

111__ $a Entrada principal para nome de evento $c Local $d data $n número

130__ $a Título uniforme $f data $g informações adicionais $h meio $l idioma

245__ $a Título principal $h [DGM] = $b Título equivalente : $b Outras informações sobre o

título / $c Indicação de responsabilidade ; outras indicações de responsabilidade

250__ $a Indicação de edição , $b complemento da edição

260__ $a Lugar de publicação : $b Publicador, $c data da publicação

300__ $a Extensão do item : $b outros detalhes físicos ; $c dimensões + $e material

Page 20: Manual de Processamento Técnico

  20  

adicional

490__ $a Título da série ; $v numeração da série. $n Título da parte ; $v numeração da parte

5XX__ $a Nota

600__ $a Entrada para nome pessoal como assunto $b numeração que segue o nome $c

título associado ao nome $d data associada ao nome $x subdivisão geral $y subdivisão

cronológica $z subdivisão geográfica

610__ $a Entrada para nome de entidade como assunto $b unidade subordinada $c Local $d

data $x subdivisão geral $y subdivisão cronológica $z subdivisão geográfica

611__ $a Entrada para nome de evento como assunto $c Local $d data $n número $x

subdivisão geral $y subdivisão cronológica $z subdivisão geográfica

630__ $a Entrada para título uniforme como assunto

700__ $a Entrada secundária para nome pessoal $b numeração que segue o nome $c título

associado ao nome $d data associada ao nome $t título da obra

710__ $a Entrada secundária para nome de entidade $b unidade subordinada $c Local $d

data $t título da obra

711__ $a Entrada secundária para nome de evento $c Local $d data $n número $t título da

obra

956__ $a Número de tombo

As entradas dos campos variáveis do MARC para os livros que temos como exemplo

são:

080__ $a 001.891(035)

082__ $a 001.42

090__ $a 001.42 $b B337p $c 1 ed.

100__ $a Batista, Orlando Antunes

245__ $a Problemas lingüísticos na escritura do discurso

científico $h [texto] / $c Orlando Antunes Batista

260__ $a [São Paulo] : $b Omnia, $c 2002

300__ $a 147 p. ; $c 21 cm.

Orlando  Antunes  Batista  

PROBLEMAS  LINGSTICOS  NA  

ESCRITURA  DO  TEXTO  CIENTÉFICO  

1º  EDIÇÃO  

Edições  Omnia  

2002  

Page 21: Manual de Processamento Técnico

  21  

5XX__ $a Nota

956__ 1

080__ $a 821.134.3

082__ $a 869.301

090__ $a 869.301 $b F442m

100__ $a Ferreira, Mauro

245__ $a O mundinho Verticelo e outras estórias $h [texto] / $c

Mauro Ferreira

260__ $a Franca : $b Ribeirão, $c 1999

300__ $a 79 p. : $b Il. ; $c 22 cm.

5XX__ $a Nota

956__ $a 5

02X__ $a 85-219-0243-3

080__ $a 37.013

082__ $a 371.102 019

090__ $a 371.102 019 $b F934p

100__ $a Freire, Paulo

245__ $a Pedagogia da autonomia $h [texto] : $b saberes

necessários à prática educativa / $c Paulo Freire

260__ $a São Paulo : $b Paz e Terra, $c 1997

300__ $a 125 p. ; $c 14 cm.

490__ $a Coleção leitura

5XX__ $a Prefácio por Edina Castro de Oliveira

956__ $a 2

 Mauro  Ferreira  

 O  MUNDINHO  E  

OUTRAS  ESTÓRIAS    

Contos  

 Paulo  Freire  

 PEDAGOGIA  DA  AUTONOMIA  

Saberes  Necessários  à  Prática  Educativa  

 PAZ  E  TERRA  Coleção  Leitura  

Page 22: Manual de Processamento Técnico

  22  

080__ $a 321.74:328.161

182__ $a 940.31

090__ $a 940.31 $b L993c

100__ $a Luxemburgo, Rosa

245__ $a A crise da social-democracia $h [texto] / $c Rosa

Luxemburgo ; tradução de Maria Julieta Nogueira e Silvério

Cardoso da Silva

260__ $a Lisboa : $b Presença, $c 1974

300__ $a 207 p. ; $c 18 cm.

5XX__ $a Nota

956__ $a 3

080__ $a 39(81)(09)

082__ $a 306.81 09

090__ $a 306.81 09 $b S663s

100__ $a Sodré, Nelson Werneck

245__ $a Síntese de história da cultura brasileira $h [texto] / $c

Nelson Werneck Sodré

250__ $a 6 ed.

260__ $a Rio de Janeiro : $b Civilização Brasileira, $c 1978

300__ $a 136 p. ; $c 21 cm.

490__ $a Coleção retratos do Brasil $v v. 78

956__ $a 4

ROSA  LUXEMBURGO    

A  CRISE  DA  SOCIAL-­DEMOCRACIA  

 Tradução  de:  MARIA  JULIETA  NOGUEIRA  

SILVÉRIO  CARDOSO  DA  SILVA    

EDITORIAL  PRESENÇA  PORTUGAL  

 LIVRARIA  MARTINS  

FONTES  BRASIL  

Nelson  Werneck  Sodré    

Síntese  de  Hístória  da  

Cultura  Brasileira    

6º  edição    

civilização  brasileira  

Page 23: Manual de Processamento Técnico

  23  

4.2 REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA

A representação temática é responsável pela identificação dos conceitos e

enunciados que caracterizam o conteúdo do item, apresentando equivalência de sentido com

o texto original. Ela é composta por três etapas: a leitura técnica do item, sua análise e

extração de conceitos que possam representar o conteúdo do documento expressos em

linguagem natural e a tradução desses termos para as linguagens de indexação (sejam elas

a CDD, CDU ou demais linguagens documentárias pré-coordenadas; vocabulários

controlados; tesauros; etc). Pretende-se através dela discernir e representar a essência de

um documento fim de que o usuário possa selecionar e obter a informação que busca.

4.2.1. Leitura técnica

A leitura técnica voltada para a indexação exige conhecimentos prévios dos

objetivos institucionais, do perfil do usuário, da metodologia de indexação adotada (a

terminologia específica), a área temática do texto, a tipologia do texto e a estratégia de

leitura a ser usada.

A leitura técnica para a representação temática poder ser decrescente,

decodificando palavras, estruturas e conceitos familiares ou previsíveis; ou ascendente, uma

leitura linear, palavra-por-palavra do texto. O tipo de texto (científico ou narrativo) definirá a

estratégia de leitura a ser utilizada.

As tipologias textuais, suas estruturas e quais partes devem ser indexadas segue

abaixo:

a. Texto experimental (normalmente utilizado na área de exatas)

Parte do texto Parte usada para

indexação

Tema X

Problema

Hipótese

Metodologia

Resultados

Conclusão

Page 24: Manual de Processamento Técnico

  24  

b. Texto dissertativo (normalmente utilizado na área de humanas)

Parte do texto Parte usada para

indexação

Tema X

Tese

Argumentos

Conclusão

 c. Texto expositivo

Parte do texto Parte usada para

indexação

Tema X

Problema

Causas

Solução

 

d. Texto narrativo

Parte do texto Parte usada para

indexação

Exposição X

Complicação

Avaliação

Resolução

Moral

Percebe-se que, independente do tipo de texto, procura-se extrair da leitura técnica

para indexação o assunto do texto. Para tal, examina-se, no livro: título, quarta-capa,

orelhas, prefácio, sumário, introdução, índice, referências bibliográficas, dados biográficos e

o próprio corpo do texto, se necessário

Page 25: Manual de Processamento Técnico

  25  

4.2.2. Indexação

Após essa leitura, passa-se à fase da extração de conceitos que possam representar

o conteúdo temático do texto.

Se o conteúdo do texto for pouco familiar, deve-se fazer a leitura ascendente,

reconhecer a tipologia do texto acionando estratégias conhecidas de identificação a

informação relevantes e consultar fontes de informação externas, como colegas ou a

indexação da mesma obra por outras bibliotecas.

Abaixo, um exemplo do processo de representação temática por palavras-chave

retiradas da linguagem natural e termos do vocabulário controlado SIBi/USP,

respectivamente.

Palavras chave:

Texto científico, lingüística, ensaio, guia de produção de

trabalho científico.

Vocabulário controlado:

Busca por “discurso científico” : “discursos”

Busca por “trabalho científico” : macroestrutura : “pedagogia”

Macroestrutura : “lingüística” : “lingüística textual”

Termos resultantes da indexação: “lingüística textual”

Palavras chave:

Literatura brasileira, contos, ficção.

Vocabulário controlado:

Busca por “literatura” sem resultados

Macroestrutura : “literaturas” : “literaturas indo-européias

ocidentais” : “literatura hispano-americana” : “literatura brasileira”

Busca em “gênero e forma” : “ficção”

Termos resultantes da indexação: “literatura brasileira”, “ficção”

Orlando  Antunes  Batista  

PROBLEMAS  LINGSTICOS  NA  

ESCRITURA  DO  TEXTO  CIENTÉFICO  

1º  EDIÇÃO  

Edições  Omnia  

2002  

 Mauro  Ferreira  

 O  MUNDINHO  E  

OUTRAS  ESTÓRIAS    

Contos  

Page 26: Manual de Processamento Técnico

  26  

Palavras chave:

Educação, pedagogia, ensino, prática educativa, vida escolar,

professor, guia de ensino.

Vocabulário controlado:

Busca por “pedagogia” sem resultados.

Busca por “educação” : macroestrutura : “pedagogia”

Busca por “educação” : macroestrutura : “ensino” : “prática de

ensino”

Termos resultantes da indexação: “pedagogia” e “prática de

ensino”

Palavras chave:

Crise política, democracia, social-democracia, socialismo,

análise política, guerra.

Vocabulário controlado:

Busca por “socialismo” sem resultados

Busca por “democracia” sem resultados

Busca por “política” : macroestrutura : “ideologia política” :

“socialismo”

Busca por “primeira guerra mundial” sem resultados

Macroestrutura : “história mundial” : “história da Europa” :

“guerras mundiais” : “primeira guerra mundial (1914-1918)

Termos resultantes da indexação: “política”, “socialismo”,

“primeira guerra mundial (1914-1918)”

Palavras chave:

História, cultura brasileira, análise histórica, desenvolvimento

cultural, herança cultural.

Vocabulário controlado:

Busca por “cultura”

Macroestrutura : “ciências sociais” : “sociologia” : “cultura” : “cultura

brasileira”

Termos resultantes da indexação: cultura brasileira

 Paulo  Freire  

 PEDAGOGIA  DA  AUTONOMIA  

Saberes  Necessários  à  Prática  Educativa  

 PAZ  E  TERRA  Coleção  Leitura  

ROSA  LUXEMBURGO    

A  CRISE  DA  SOCIAL-­DEMOCRACIA  

 Tradução  de:  MARIA  JULIETA  NOGUEIRA  

SILVÉRIO  CARDOSO  DA  SILVA    

EDITORIAL  PRESENÇA  PORTUGAL  

 LIVRARIA  MARTINS  

FONTES  BRASIL  

Nelson  Werneck  Sodré    

Síntese  de  Hístória  da  

Cultura  Brasileira    

6º  edição    

civilização  brasileira  

Page 27: Manual de Processamento Técnico

  27  

4.3. NÚMEROS DE CLASSIFICAÇÃO

Os números de classificação são determinados pelos sistemas de classificação e

servem para a ordenação do acervo. Há diversos sistemas de classificação diferentes,

todavia, para preservar a lógica da organização, deve-se escolher apenas um sistema.

Acervos específicos – ou partes de um acervo – podem ter uma lógica própria utilizando

outro sistema de classificação, se isso possibilitar maior facilidade ao usuário.

 

Um bom sistema de classificação deve abranger todas as áreas do conhecimento (e

todos os aspectos destas), ser organizado logicamente, permitir a inclusão de novos

assuntos e empregar uma terminologia clara e descritiva.

4.3.1 CDD

A Classificação Decimal de Dewey (CDD) é uma tabela que permite a classificação

de materiais bibliográficos de todos os domínios do conhecimento humano, fornecendo não

só o assunto do item, mas sua localização física relacional. De notação pura, a CDD é

formada por números arábicos em seqüência decimal com um ponto ( . ) após o terceiro

digito.

O conhecimento humano é organizado em 10 classes, escritos em centenas e

subdivididos decimalmente. O principio decimal estabelece uma hierarquia que é expressada

através da estrutura (a relação dos assuntos) e da notação (o tamanho da mesma,

designando sua coordenação, subordinação ou superordenação com outro número). As dez

classes são:

000 – Generalidades

100 – Filosofia, fenômenos paranormais, psicologia

200 – Religião

300 – Ciências sociais

400 – Língua

500 – Ciências naturais e matemática

600 – Ciências aplicadas

700 – Belas artes

800 – Literatura

900 – Geografia, história e disciplinas auxiliares

A CDD possui, ainda, divisões de forma, língua, geografia, tempo e literatura, expressas

Page 28: Manual de Processamento Técnico

  28  

através de tabelas auxiliares:

t1 – subdivisão padrão

t2 – áreas geográficas, períodos históricos, pessoas

t3 – subdivisões para artes, literatura individual, formas especificas de literatura

t3A – subdivisões para trabalhos de ou sobre autores individuais

t3b - subdivisões para trabalhos de ou sobre mais de um autor

t3c – notação a ser acrescentada com instrução da tabela 3b (700.4, 791.4, 808-809)

t4 – subdivisões de línguas individuais e famílias de línguas

t5 – etnia, grupos nacionais

t6- linguagem

A tabela de Subdivisão padrão representa a forma extrínseca ou intrínseca do item e

deve ser usada com um zero na frente (a não ser se indicado de outra forma nos sumários).

Para classificar com a CDD, deve-se, primeiro, estabelecer o assunto principal do item

em mãos. Para tal, é feita uma leitura técnica voltada para a representação temática (veja

item 2.2.1 Leitura técnica) consultando o título, o sumário, os nomes dos capítulos, o

prefácio, o índice, as referências bibliográficas e até o próprio texto em busca da intenção do

autor ao escrever a obra. Se necessário, consultar informações exteriores ao texto. A seguir,

define-se a classe a qual a obra é voltada para (e não a qual provém). Consulta-se o índice

relativo em busca do termo que mais se assemelha ao assunto definido e garante-se que ele

se encontra na área de conhecimento definida (saúde pública em ciências sociais e não

medicina, por exemplo). Até os assuntos mais promissores do índice devem ser averiguados

na tabela principal.

Os sumários aparecem em ordem crescente, especificando e detalhando as divisões do

sistema. O índice relativo não só ordena os assuntos em ordem alfabética, relaciona os

termos de uma disciplina tal qual aparecem na tabela.

Se uma obra possuir mais de um assunto, classifica-se aquele que recebe mais

destaque. Se ambos têm igual destaque, classifica-se o primeiro assunto que aparece no

item. É bom lembrar também a “regra de três”, que pede para o classificador escolher uma

notação abrangente quando se ver com três assuntos de mesma classe (por exemplo,

quando se tem um item que fala da história da França, Holanda e Espanha, classifica-se

como “história da Europa”).

Utilizamos a 22º edição da CDD, de 2003. Esta edição está organizada em quatro

Page 29: Manual de Processamento Técnico

  29  

volumes:

• Volume 1: introdução, glossário, manual, tabelas auxiliares;

• Volume 2: tabela principal de 000 a 599;

• Volume 3: tabela principal de 600 a 999;

• Volume 4: índice.

Como a CDD detalha muito certo assuntos e restringe outros, Noêmia Lentino expande a

classe de literatura em português da CDD (entre outras), sugerindo a distinção da literatura

brasileira pelo prefixo “b“ antes da notação numérica.

Abaixo, exemplos de classificação com a CDD:

Através da leitura técnica, observamos o título, que nos leva a

crer que o documento trata de trabalhos científicos e

lingüística. Já na orelha do livro, somos levados a outra idéia:

que se trata de um texto sobre o valor da pesquisa em

universidades. No prefácio, enfim, constatamos que é, na

verdade, um manual para a orientação de trabalhos escritos.

Com todas essas informações, concluímos que seja um

manual para a elaboração de trabalhos científicos. No índice

da CDD, ao procurar por trabalho científico, encontramos

“scientific writing”, 808.0665, e ao procurar por pesquisa,

encontramos “research methods”, 011.42, podendo-se

escolher por um destes dois números. Optou-se pelo segundo

uma vez que, na tabela, ela pois ela pede para classificar com

este número metodologias científicas (class here scientific

methods).

Busca no índice por “brazilian literature” e confirmação do número

na tabela: 869. Acréscimo do “b” na frente da notação, conforme

as sugestões de Lentino. Acréscimo da notação de “short stories”

da tabela 3B: 301. O número final é 869.301.

Orlando  Antunes  Batista  

PROBLEMAS  LINGSTICOS  NA  

ESCRITURA  DO  TEXTO  CIENTÉFICO  

1º  EDIÇÃO  

Edições  Omnia  

2002  

 Mauro  Ferreira  

 O  MUNDINHO  E  

OUTRAS  ESTÓRIAS    

Contos  

Page 30: Manual de Processamento Técnico

  30  

Busca no índice por “pedagogy” sem resultados. Busca no índice

por “teaching” e confirmação do número na tabela principal:

371.102.

Busca direto na tabela principal pelos desdobramentos de

“teaching”: obteve-se “psychology of teaching”: 371.102 019.

A partir do título, acreditamos se tratar de um livro na área de

ciências humanas, sobre política. Ao analisar o resumo na

contra-capa, percebemos que o documento aborda mais

especificamente o período da guerra de 1914-18. Com essas

informações, podemos chegar à conclusão de que se trata de um

texto sobre a crise política na Primeira Guerra Mundial.

Localizamos no índice da CDD o termo “World War I” seguido do

número 940.3, que nos leva ao volume 3. Encontramos, então

uma continuação com o número 940.31 que corresponde a

“social, political, economic history”. Concluímos, então, que o

número que melhor representa a crise política na Primeira Guerra

Mundial é 940.31.

Busca no índice por “culture” e confirmação na tabela principal:

306. Busca na tabela auxiliar de forma (Standard Subdivision) por

“history”: 09. Busca no índice por “Brazil” e confirmação na auxiliar

geográfica: 81. Confirmação no sumário de 306 de como deverão

ser utilizadas as tabelas auxiliares. Número final: 306.0981

4.3.2. CDU

A Classificação Decimal Universal (CDU) é uma classificação para o uso bibliográfico,

tendo como base a CDD. Ela é formada por tabelas principais hierarquicamente divididas,

tabelas auxiliares e um índice alfabético contemplando todo o conhecimento humano. Divide-

se em dez classes, mas não segue a notação decimal: a representação de cada classe é

 Paulo  Freire  

 PEDAGOGIA  DA  AUTONOMIA  

Saberes  Necessários  à  Prática  Educativa  

 PAZ  E  TERRA  Coleção  Leitura  

ROSA  LUXEMBURGO    

A  CRISE  DA  SOCIAL-­DEMOCRACIA  

 Tradução  de:  MARIA  JULIETA  NOGUEIRA  

SILVÉRIO  CARDOSO  DA  SILVA    

EDITORIAL  PRESENÇA  PORTUGAL  

 LIVRARIA  MARTINS  

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Síntese  de  Hístória  da  

Cultura  Brasileira    

6º  edição    

civilização  brasileira  

Page 31: Manual de Processamento Técnico

  31  

feita por apenas um algarismo, sendo que a classe 4 da CDU está vaga.

A CDU utiliza uma notação mista, contemplando números e símbolos. Estes símbolos

são utilizados em detrimento das tabelas auxiliares, como vemos abaixo. A ordem dos

símbolos na tabela está de acordo com sua ordem de armazenamento:

TABELA SIMBOLO SIGNIFICADO

1a + Coordenação (adição): liga dois números não consecutivos

1a / Extensão consecutiva: liga números e assuntos consecutivos

1b : Relação simples: relação de mesmo valor entre dois assuntos

1b :: Ordenação: relação fixa entre dois assuntos

1b [...] Subagrupamento: não afeta a ordem de arquivamento quando começam a notação

1c = Língua: língua ou forma lingüística do documento

1d (0...) Forma: formato ou modo de apresentação do documento

1e (1/9) Lugar: âmbito geográfico, localização ou aspecto espacial de um assunto

1f (=...) Raça ou nacionalidade: aspectos étnicos de um assunto

1g “...” Tempo: data ou período de um assunto

1h * Asterisco: introduz uma notação que não corresponde a um numero autorizado da CDU

1h A/Z Subdivisão alfabética: acrescentada diretamente ao número básico

1i .000. Ponto de vista: enfoque genérico

1i .00 Ponto de vista: enfoque geral

1k -O2 Propriedade

Page 32: Manual de Processamento Técnico

  32  

1k -O3 Materiais: elementos e materiais que constituem os objetos ou produtos

1k -O5 Pessoas: características pessoais

Abaixo, a aplicação prática da CDU, utilizando a 2º edição: Padrão internacional em

língua portuguesa.

Encontrou-se, no índice, o termo “trabalho científico”,

001.891, e verificou-se a integridade do número na tabela.

Apenas adicionou-se o auxiliar para “manual”, 035, como

forma extrínseca, chegando a 001.891(035).

Procurando por “literatura brasileira” no índice, encontra-se o

número já formado. Verificou-se na tabela se não há

inconsistências com o índice. O número final é 821.134.3(81).

Ao procurar por “educação” no índice da CDU, encontra-se os

seguintes termos relacionados: “princípios fundamentais”,

“fundamentos” e “conceitos básicos”, todos no número 37.0. Ao ir

até esse número na tabela principal, encontra-se “Teoria geral da

educação e ensino. Princípios da atividade pedagógica.

Pedagogia empírica.”, representado pelo número 37.013.

A partir da procura no índice, encontrou-se “democracia

socialista”, 321.74, e “crise de governo”, 328.161, que foram

ligados com : (dois pontos) para expressar a relação entre os

assuntos. Para não deixar o número de classificação muito

extenso, optou-se por não utilizar o número

94(100)”1914/1919” para representar Primeira Guerra Mundial,

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Page 33: Manual de Processamento Técnico

  33  

e citar o termo na indexação. O número final é definido

como 321.74:328.161.

O índice não contém o termo “cultura”, que foi encontrado

diretamente na tabela principal na área de Ciências Sociais, com

o número 39. Adicionou-se o número equivalente a “Brasil”, 81,

como auxiliar geográfico e, por fim, o equivalente a “história”, 09,

como auxiliar de forma intrínseca, ambos retirados do índice e

verificados nas tabelas auxiliares. A notação que representa item

ficou: 39(81)(09).

5. NÚMERO DE CHAMADA  

O número de chamada é um identificador para os livros, correspondente ao seu

endereço na biblioteca. Cada livro contém seu próprio número de chamada, composto por

um conjunto de números e letras dispostos logicamente, geralmente exibido na lombada do

livro. Sua ordenação nas estantes pode ser:

• Fixa: os livros são organizados de acordo com seu tamanho nas estantes,

dispersando os assuntos. Assim, busca-se um livro “geograficamente”: a posição X

na bandeja Y da estante Z na sala N.

Lr Seção de livros raros

36 Estante nº 36

d Prateleira “d”

8 Oitavo livro

• Relativa: os livros estão organizados por assunto. É essencialmente composto por

dois códigos: a) o que identifica o assunto b) alfa-numérico que orienta na

identificação do livro na prateleira. Quando necessário, adiciona-se outras

informações que distinguem a obra.

Nelson  Werneck  Sodré    

Síntese  de  Hístória  da  

Cultura  Brasileira    

6º  edição    

civilização  brasileira  

Page 34: Manual de Processamento Técnico

  34  

• Mista: embora reúna os livros por assunto, considera o seu tamanho para o

armazenamento.

Utilizaremos a organização relativa, composta do número de classificação (ver item

4.3 Número de classificação), da notação de autor e de informações adicionais sobre o item,

se necessário.

As informações do número de chamada são registradas no verso da página de rosto

do livro, à lápis.

5.1. NOTAÇÃO DE AUTOR

A notação de autor é um código alfa-numérico relativo à indicação de autoria ou ao

título, caso seja este o ponto de acesso principal determinado na descrição bibliográfica do

documento (ver item 4.1.3 Pontos de acesso). Ela possibilita a distinção de outras obras com

o mesmo número de classificação, individualizando a obra (varias obras dentro do acervo

podem ser do mesmo assunto, logo, conter a mesma classificação).

Ela é retirada de uma de duas tabelas: Cutter ou Pha. Em ambas tabelas, a notação

é formada usando a letra inicial do nome da entrada principal, seguida de seu número

correspondente na tabela e a inicial do título, desconsiderando os artigos.

Deve-se sempre consultar o catálogo antes de atribuir a notação de autor para se

evitar dois números de chamada iguais.

907.2 Classificação (indica assunto). P149h Notação de autor: sobrenome do autor, número do autor e letra do título (auxilia na identificação na prateleira). 2.ed. Informações adicionais para distinguir a obra.

   

980 Assunto (CDD) L Estante “L” c Prateleira “c” 114 114º livro

   

Page 35: Manual de Processamento Técnico

  35  

5.1.1. Tabela CUTTER

A Tabela Cutter é comumente utilizada em acervos estrangeiros por não contemplar

os sobrenomes típicos brasileiros. Ela está disposta em duas colunas de letras nas laterais,

tendo no centro uma numeração em ordem crescente que serve para ambas colunas,

podendo conter 1, 2, 3 ou 4 algarismos, dependendo do tipo de tabela.

Para encontrar a notação correspondente ao sobrenome de um autor, procura-se no

índice a letra inicial do sobrenome desejado e, na tabela, encontra-se a combinação de

letras que mais se aproxima do sobrenome. A notação será formada pela inicial do

sobrenome em caixa alta, o conjunto de números relacionado a esse sobrenome e a inicial

do título do livro correspondente a este autor em caixa baixa, desconsiderando os artigos.

Para evitar a duplicidade de localização, se um mesmo autor tiver mais de uma obra

no acervo, aproveitamos preferencialmente as duas primeiras letras do título. Se não for

possível, utilizamos a inicial do título e a inicial de alguma outra palavra identificadora da

obra. Evitar, se possível, o uso de três letras do título.

Autores diferentes com mesmo sobrenome são diferenciados com a adição do

número 5 ao final do número Cutter.

Considerações:

a. Títulos iniciados com a letra “L” deverão ter a inicial escrita em caixa alta, para não

confundir com o algarismo 1 (um);

b. Sobrenomes compostos iniciados por artigos, preposições e conjunções,

sobrenomes iniciados por “ O ” e sobrenomes ligados por hífens devem ser

considerados como uma palavra só;

c. Considerar a grafia “Mac” para sobrenomes iniciados por “Mc”;

d. Adotar o número Cutter para o primeiro sobrenome (paterno) de origem espanhola,

ignorando o segundo (materno);

e. Adotar o número Cutter do sobrenome que precede a palavra que indica parentesco

nos sobrenomes em língua portuguesa;

f. Biografias recebem o número Cutter do biografado com a letra na inicial do

sobrenome do biógrafo em minúscula ao final.

O processo da escolha da notação de autor na tabela Cutter-Stanborn de três dígitos

fica:

Page 36: Manual de Processamento Técnico

  36  

Encontrou-se o sobrenome aproximado, “Bati”, 333.

Adicionou-se o B do sobrenome e o p do título do livro:

B333p.

Encontrou-se o sobrenome aproximado, “Ferrei”, 383.

Adicionou-se o F do sobrenome e o m do título do livro,

excluindo o artigo: F383m.

Encontrou-se o sobrenome aproximado, “Freir”, 866.

Adicionou-se o F do sobrenome e o p do título do livro: F934p.

Encontrou-se o sobrenome aproximado, “Lux”, 997.

Adicionou-se o L do sobrenome e o c do título do livro,

excluindo o artigo: L997c.

Encontrou-se o sobrenome aproximado, “Sod”, 679. Adicionou-

se o S do sobrenome e o s do título do livro: S679s.

Orlando  Antunes  Batista  

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  37  

5.1.2. Tabela PHA

A Tabela PHA é uma adaptação da Tabela Cutter para acervos brasileiros. Assim,

sua aparência e forma geral de uso segue o modelo descrito acima.

Na ocorrência de autores diferentes com mesmo sobrenome na mesma área do

conhecimento, utiliza-se, para o segundo autor, o código numérico imediatamente anterior ou

posterior na tabela, diferenciando-se, assim, o símbolo.

A aplicação da PHA fica:

Encontrou-se o sobrenome exato, “Batista”, 337. Adicionou-

se o B do sobrenome e o p do título do livro: B337p.

Encontrou-se o sobrenome exato, “Ferreira”, 442. Adicionou-se

o F do sobrenome e o m do título do livro, excluindo o artigo:

F442m.

Encontrou-se o sobrenome exato, “Freire”, 934. Adicionou-se o F

do sobrenome e o p do título do livro: F934p.

Não se encontrou o sobrenome exato ou aproximado,

portanto se utilizou o anterior aproximado, “Luv”, 993.

Adicionou-se o L do sobrenome e o c do título do livro,

excluindo o artigo: L993c.

Orlando  Antunes  Batista  

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  38  

Encontrou-se o sobrenome exato, “Sodré”, 663. Adicionou-se o S

do sobrenome e o s do título do livro: S663s.

5.1.3 Informações adicionais

Com o propósito de evitar a duplicidade de localização, adiciona-se, quando necessário,

as seguintes informações ao número de chamada:

a. Informações relativas à edição: informa-se os números correspondentes sob a

notação de autor.

b. Informações relativas à tomo, volume, partes ou séries constantes do título: coloca-

se os números correspondentes aos mesmo, em arábico, sob a notação de autor.

c. Se um mesmo livro é publicado por editoras diferentes, especifica-se a editora

abaixo da notação de autor.

d. Se a mesma edição de um livro é publicada em outro ano, especifica-se a edição e o

ano (data de publicação), respectivamente, abaixo da notação de autor

e. Se há dois livros de mesma editora, mesma edição, mesmo ano, especiifica-se que

é um segundo exemplar.

Abaixo encontra-se um exemplo de como essas informações adicionais deverão ser

apresentadas:

701 Classificação (CDD) B743r Notação de autor (Cutter) Ática Editora

E 2. ed. Edição 1 1 Volume ou tomo 1989 Ano

e. 2 Exemplar

6. REGISTRO DAS OBRAS

Ao incorporar um livro ao acervo da biblioteca, este deve ser atribuído um número, em

ordem seqüencial e de chegada. Os livros são registrados a mão, no livro de tombo, ou

Nelson  Werneck  Sodré    

Síntese  de  Hístória  da  

Cultura  Brasileira    

6º  edição    

civilização  brasileira  

Page 39: Manual de Processamento Técnico

  39  

automaticamente nos sistemas informatizados com a inclusão de um novo registro. O

número de tombo deve ser anotado no verso de sua folha de rosto.

O livro de tombo deve conter os campos: número de tombo (em ordem crescente e

infinita); data; autor; título; exemplar; volume e tomo; local de publicação; editora; ano de

publicação; forma de aquisição; e um campo para observações. Segue como exemplo:

Data

Autor Título ex.

vol.

Local

Editora

Ano

Aquisição

Obs.

1 12/05/11

BATISTA, Orlando Antunes

Problemas lingüísticos na escritura do discurso científico.

S.l. Omnia

2002

Compra

2 12/05/11

FREIRE, Paulo

Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa

2 São Paulo

Paz e Terra

1997

Doação Doação de usuário

3 15/05/11

LUXEMBURGO, Rosa

A crise da social-democracia

Lisboa Presença

1974

Permuta

Vindo da FFLCH-USP

4 16/05/11

SODRÉ, Nelson Werneck

Síntese de história da cultura brasileira.

Rio de Janeiro

Civilização Brasileira

1978

Compra

5 20/05/11

FERREIRA, Mauro

O mundinho Verticelo e outras estórias

2 Franca Ribeirão

1999

Doação Doação de usuário

 

7. PREPARO FÍSICO

O preparo físico dos documentos consiste em uma série de medidas tomadas ao

longo do processo de tratamento de informação para controle bibliográfico e acesso ao

acervo:

• Carimbo de identificação da biblioteca: deve ser colocado no corte do livro e em

páginas pré determinadas. Escolheu-se sempre carimbar a folha de rosto, a página

20 e a página 100 dos livros. Estipulou-se o carimbo em duas páginas para

publicações que não atingem cem páginas. Abaixo, um exemplo de carimbo de

idetificação da Biblioteca ESPM-RJ:

Page 40: Manual de Processamento Técnico

  40  

Fonte: http://bibliotecaespmrio.wikidot.com/registro

• Carimbo de registro: deve ser colocado no verso da folha de rosto, sempre no mesmo

local em todas as publicações. Deve conter as informações: nome da biblioteca,

numero do registro, data. Abaixo, um exemplo de carimbo de identificação da

Biblioteca ESPM-RJ, que identifica também o modo de aquisição.

Fonte: http://bibliotecaespmrio.wikidot.com/registro

• Etiqueta de lombada: a etiqueta da lombada contém o número de chamada do livro, e

servirá para sua localização nas estantes. Recomenda-se adotar um padrão de altura

para que fiquem alinhadas; estabeleceu-se 4 cm a partir do pé da lombada do livro. As

etiquetas devem ser coladas com o primeiro sumário (primeiro número) da classificação

grudado na margem da lombada. Recomenda-se proteger as etiquetas de desgaste com

contact ou fita mágica.

• Materiais que possibilitam o empréstimo: se a biblioteca irá emprestar livros aos usuários,

é importante preparar o item com alguns impressos que asseguram a devolução da obra.

o No caso de sistemas informatizados, imprimir e colar a etiqueta de código de

barras. Sugere-se colocá-la na primeira ou quarta capa, ou na folha de rosto. O

código de barras possibilita a leitura das informações referentes ao livro para o

empréstimo.

o No caso de sistemas não informatizados, colar o envelope na face interna da

contracapa da obra contendo o cartão do livro. O cartão do livro registra

manualmente a data, o número de inscrição e a assinatura do usuário que

Page 41: Manual de Processamento Técnico

  41  

retirou o livro.

• Controle antifurto: algumas bibliotecas fazem uso do antifurto, uma fita magnética colada

entre qualquer página do livro, o mais próximo possível à costura.

Quando o local predeterminado para afixação da etiqueta ou carimbo contiver

informações relevantes que atrapalhem a leitura, estas devem ser colocadas em outra

posição, o mais próximo possível do ponto definido.

Etiquetas nunca devem ser aplicadas diretamente nos livros de valor especial,

porque isto provocará danos. Para estes livros, a etiqueta deve ser presa a uma tira de papel

alcalino, colocada dentro do livro ou sobre a jaqueta de poliéster.

8. ARMAZENAMENTO

Os itens devem ser armazenados em ordem numérica crescente de acordo com seu

número de classificação. Caso duas obras contenham o mesmo endereçamento, estes são

ordenados alfabeticamente pela notação de autor. Se possuem a mesma inicial, são

ordenados pelo número equivalente e, depois, pela ordem alfabética da inicial do título.

Os livros são guardados em posição vertical sobre as prateleiras de forma que não

inclinem, para não forçar a encadernação. Para manter os livros de pé, recomenda-se o uso

de bibliocantos possibilitando espaço no final das prateleiras para o crescimento da coleção.

Livros muito grandes não devem ser guardados deitados (na horizontal): se não for possível

reorganizar as estantes de modo que caibam, os livros devem ser guardados com a lombada

para baixo de modo que as folhas não se descolem da encadernação por força de seu peso.

Se o catálogo for manual, as fichas de autor, título, assunto e topográfica devem ser

armazenadas nos respectivos catálogos para o uso dos usuários seguindo as ordens

alfabética (autor, título e assunto) e crescente (topográfica).

9. DESBASTAMENTO

Para obter a plenitude do desenvolvimento de coleções, é necessário retirar parte das

coleções do acervo, para que estas não se desenvolvam aleatoriamente. Essa retirada pode

ser por descarte (retirada total e definitiva do item do acervo quando este não preenche mais

as condições que justificam sua aquisição), por remanejamento (deslocar o item para locais

Page 42: Manual de Processamento Técnico

  42  

de menor acesso, onde os materiais serão acomodados mais compactamente e, por ora,

testar seu verdadeiro valor informacional para a comunidade), ou por conservação (a retirada

do material para recuperar sua integridade física).

No caso de conservação, é necessário criar uma política de preservação que

indicará quando e que materiais danificados serão restaurados e quais serão descartados e

substituídos por novas edições através da aquisição.

10. CONCLUSÃO  

Ao contrario do que muita gente pensa, organizar uma biblioteca não é apenas

encher várias estantes com livros. Há muita coisa a se pensar antes até de se adquirir o

material, e depois de adquirido, o extenso e detalhado processo de tratamento técnico.

Durante a elaboração desse manual foi possível ter uma noção do que realmente se trata a

profissão de bibliotecário, que vai muito além do simples “colocar o livro na estante”. Espera-

se que assim ele possa ajudar na implantação e gerenciamento de uma biblioteca, tornando

mais fácil todas as atividades do processo de tratamento da informação.

 

Page 43: Manual de Processamento Técnico

  43  

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION. AACR2 Institute handbook: the Library of Congress interpretation and application of the Anglo-American cataloguing rules, 2nd edition. 2. ed. Chicago: ALA, 1980. vii 207. ANDRADE, Diva; VERGUEIRO, Valdomiro. Aquisição de materiais de informação. Brasília DF: Briquet de Lemos, 1996. BIBLIOTECA pública: princípios e diretrizes. Rio de Janeiro, RJ: Fundação Biblioteca Nacional, 2000. 160 p. (Documentos Técnicos; v. 6). DEWEY, Melvil. Dewey Decimal Classification and relative index. 22 ed. Dublin, OH: Online Computer Library Center, 2003. v. 1. GUARIDO, Maura Duarte Moreira. Como usar e aplicar a CDD 22º edição. Marília: Coordenadoria Geral de Bibliotecas da UNESP; Fundepe, 2008. ESCOLA DE PUBLICIDADE E MARKETING DO RIO DE JANEIRO. Biblioteca. Registro: Etiquetas. Disponível em: <http://bibliotecaespmrio.wikidot.com/registro>. Acesso em: 12 maio 11. KOBASHI, N.Y.(1994). A elaboração de informações documentárias: em busca de uma metodologia. São Paulo : ECA-USP (Tese de doutorado). Resumo esquematizado por Cibele A. C. Marques dos Santos. LENTINO, Noêmia. Classificação decimal: teórica, prática, comparada - exercícios e índices. São Paulo: Leia, 1959. 295 p. MEY, Eliane Serrão Alves. Introdução à catalogação. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 1995. 123 p. OGDEN, Sherelyn. Armazenagem e manuseio. 2. ed. Rio de Janeiro: Projeto Conservação preventiva em bibliotecas e arquivos, 2001. PAULINO, Evanda Verri. Aula ministrada em: 31 mar. 2010. SOUZA, Sebastião. CDU: guia prático para utilização da edição-padrão internacional em língua portuguesa. Brasília: Thesaurus, 2002. VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Pólis, 1989. 95 p. (Coleção palavra-chave; v. 01).

 

 

 

 

 

Page 44: Manual de Processamento Técnico

  44  

ANEXO 1

BATISTA, Orlando Antunes. Problemas lingüísticos na escritura do discurso científico. [S.l.]: Omnia, 2002. 147 p., 21 cm.

 

 

 

 

 

 

 

               

  Q               Verso da folha de rosto

Folha de rosto

Page 45: Manual de Processamento Técnico

  45  

Orelhas

Page 46: Manual de Processamento Técnico

  46  

ANEXO 2  

FERREIRA, Mauro. O mundinho Verticelo e outras estórias. Franca: Ribeirão, 1999. 79

p., 22 cm.

Verso da folha de rosto

Folha de rosto

Page 47: Manual de Processamento Técnico

  47  

ANEXO 3  

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.

Folha de rosto Verso da folha de rosto

Quarta capa

Page 48: Manual de Processamento Técnico

  48  

ANEXO 4

LUXEMBURGO, Rosa. A crise da social-democracia. Lisboa: Presença, 1974. 207 p.

Folha de rosto Verso da folha de rosto

Quarta capa

Page 49: Manual de Processamento Técnico

  49  

ANEXO 5  

SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de história da cultura brasileira. 6. ed. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1978. 136 p., 21 cm. (Coleção Retratos do Brasil, v. 78).

Verso da folha de rosto

Folha de rosto

Page 50: Manual de Processamento Técnico

  50  

Orelhas