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Módulo 3 - A Cultura do Mosteiro História da Cultura e das Artes 10ª ano Tempo: 24 aulas Prof. Ana Sofia Victor 10º ano - a cultura do Mosteiro

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A cultura do mosteiro, História da Cultura e Das Artes, 10.º ano de escolaridade

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Módulo 3 - A Cultura do

Mosteiro

História da Cultura e das Artes

10ª ano

Tempo: 24 aulas

Prof. Ana Sofia Victor

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10º ano - a cultura do Mosteiro

O Império Romano no séc. V d.c. e as invasões bárbaras

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Séc. IX a XII (O Tempo)

• Invasões Germânicas (séc. V a VI)

• Queda do Império Romano do Ocidente (Séc. V)

• Invasões normandas, eslavas e magiares (séc. VII)

• Inicio da Idade Média

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Barra cronológica

ANTIGUIDADE CLÁSSICA IDADE MÉDIA ÉPOCA

MODERNAÉPOCA CONTEMPORÂNEA

VIII a.c. V d.c. V d.c. XV XV XVIII XVIII……

Arte paleocristã Arte bizantina

Arteromânica

Arte Gótica

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A Idade Média (séculos V a XV)

• Período da História europeia que vai do séculos V d.c. a XV d.c. Começa com a queda do império romano do Ocidente e termina com a queda dos turcos.

A Idade Média divide-se em três períodos:

- Alta Idade Média (séculos V a IX)

- Plena Idade Média (séculos X a XIII)

- Baixa Idade Média (séculos XIV a XV)

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Desagregação das estruturas clássicas:

• enfraquecimento da economia mercantil• declinio e redução das cidades• Pilhagens, instabilidade e insegurança• Crise na actividade agrícola e comercial• Abandono das cidades pelas populações• Fuga para os campos• Destruição de campos de cultivo• Fomes• Agravamento das condições de vida da

Europa• Ruralização• Economia de subsistência• Surgimento do Feudalismo• Barbarização dos costumes

Séc. IX a XII (O Tempo)

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10º ano - a cultura do Mosteiro

• A partir do séc. XI – inversão desta tendência:

• - fim das invasões• - estabilização e maior segurança• - crescimento demográfico• - renascimento do comércio• - reanimação das cidades• - surgimento das primeiras universidades

Séc. IX a XII (O Tempo)

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A Europa dos reinos cristãos. O monaquismo (o espaço)

• Europa de reinos feudais enfraquecidos e rurais• A Igreja como única força organizada

Expansão do cristianismo:• - congregação de fiéis e organizadores da vida

do ocidente. Conservaram o saber antigo nos mosteiros

• Papel civilizacional e cultural

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10º ano - a cultura do Mosteiro

O mosteiro (local)

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A vida nos mosteiros

1.Refeitório/cozinha 2. Dormitório

Claustro – Local reservado à meditaçãoIgreja – Centro da vida religiosa do mosteiroBiblioteca/scriptorium – local onde se copiavam os monges copistas,

copiavam os manuscritosHospedaria/albergaria – para os viajantes que pernoitavam no

mosteiroHorta – onde cultivavam produtos para a alimentação e plantas

medicinais.

3. Claustro

3

4. Igreja

5. Biblioteca

6. Albergaria

7. Enfermaria

8. Horta

1

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Os mosteiros:

- localizavam-se sobretudo em zonas rurais

- eram locais que proporcionavam refúgio às populações

- Eram Centros agrícolas e culturais- Eram Centros de ensino- faziam-se cópia de livros antigos- dirigidos por um abade- obedeciam a uma regra

A vida nos mosteiros

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A escrita e o saber (síntese)

• Mundo romano (até séc. V d.c.):

• - mundo alfabetizado• -existência de escolas• - bibliotecas públicas

• Alta Idade Média (a partir do séc. VI):

• Invasões bárbaras• Insegurança• Analfabetismo• Predomínio da cultura popular e da

tradição oral• Expansão do cristianismo• Mosteiros como centros culturais

únicos• Escrita e conhecimentos dominados

pelo Clero – monopólio de cargos e dos conhecimentos

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A escrita e o saber (síntese)

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A arquitectura

dos inícios da arquitectura cristã à arquitectura bizantina

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Da queda do império romano até ao séc. X

• Adulteração das características romano-helenísticas do Baixo Império

• Introdução de novas características estilistas e estéticas provenientes dos povos bárbaros

• Surgimento de diversidades regionais

• Uniformização da arte com o papel da igreja.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Arte paleocristã

• Nome dado às manifestações artísticas dos primeiros cristãos entre o ano 200 e o séc. VI d.c.

Contexto:

- Período de afirmação do cristianismo primeiro de forma clandestina e depois em liberdade.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Características:

- Existiu numa vasta área geográfica

- Apresentou diversidades regionais

- Uso dos modelos clássicos da Roma clássica

- assimilação de novos processos técnicos, formais e estéticos vindos do Oriente

- Serve o cristianismo

Arte paleocristã

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10º ano - a cultura do Mosteiro

ARQUITETURA:

Igrejas (de dois tipos):

- Planta centrada de influência helenística e oriental, com formas circulares, octogonais ou em cruz grega e coberturas em cúpulas e meias cúpulas.

- Planta basilical, em cruz latina, com três ou cinco naves separadas por arcadas e/ou colunatas e cobertas por tetos de madeira.

Arte paleocristã

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Arte Paleocristã

• Exteriormente pobres, as primitivas igrejas cristãs eram ricamente decoradas no interior com frescos ou mosaicos.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Arte que deriva da arte do ex-Império Romano do Oriente que durou de 456 a 1453 d.c.

A designação desta arte provém de Bizâncio, antiga capital do Império romano do Oriente refundada por Constantino e que recebeu o nome de Constantinopla.

- síntese da cultura helenística, judaica, cristã e outras provenientes do Oriente Antigo, nomeadamente egípcia, síria ou persa.

Arte Bizantina

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Os renascimentos carolíngio e otoniano

• A arte dos invasores germânicos (vândalos, suevos, Godos, Francos, visigodos, lombardos) marcou a produção artística do ocidente durante a Alta Idade Média.

• Os Francos atingiram particular destaque a partir do século VIII, quando Carlos Magno tentou repor a unidade imperial europeia

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10º ano - a cultura do Mosteiro

• Carlos Magno decretou várias reformas, nomeadamente administrativas, religiosas e culturais. No seu reinado dá-se um renascimento cultural.

• Nos reinados seguintes, este império vem a desfragmentar-se.

O renascimento carolíngio

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Capela Palatina em Aix-la-Chapelle, Alemanha, séc. VIII

Cúpula

Planta

CORTE LONGITUDINAL

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Resolução de uma ficha de trabalho…

A Arquitetura

Românica

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Termo aplicado pela primeira vez em 1824, pelo arqueólogo francês De Caumont, que designa toda arte surgida na Europa Ocidental a partir da Alta Idade

Média.

Pretendia exprimir dois conceitos:

- a semelhança com o processo de formação das língua românicas (francês, italiano, espanhol e português);

- a aproximação, em abrangência e grandeza, à arte da Antiga Roma.

A Arte Românica

Igreja de Santiago das Antas – Vila Nova de Famalicão

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A Arte RomânicaConceito:

• A arte românica foi o primeiro estilo artístico com alguma uniformidade que surgiu na Idade Média

• Apresentava variedades regionais

• Existiu entre o séc. IX e o séc. XII por toda a Europa

Influências:• Sofreu influências romanas, do oriente

bizantino e dos povos bárbaros/germânicos.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Conjuntura:

A partir do séc. X, onde se viveu:

• - fim das invasões• - estabilização e maior segurança• - crescimento demográfico• - renascimento do comércio• - reanimação das cidades• - prática das peregrinações a locais

santos• - maior fervor religioso

A Arte Românica

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A arquitectura românica

Séculos IX a XIII

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A arquitetura românicaTipos de construções:

• - capelas rurais

• - Igrejas (nos centros de peregrinação)

• - catedrais

• - mosteiros

Tipos de Plantas:

• - planta centrada: em cruz grega, hexagonal, octogonal ou circular, de influência oriental e pouco usada

• - planta do tipo basilical, em cruz latina10º ano - a cultura do Mosteiro

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Planta em Cruz latina• Transepto• Cruzeiro• Absidíolo• Deambulatório• Cabeceira• Cripta• Nártex• Átrio• Torres sineiras

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Elementos de uma igreja em cruz latina

• Transepto - parte de um edifício de uma ou mais naves que atravessa perpendicularmente o seu corpo principal perto do coro e dá ao edifício a sua planta em cruz.

• Cruzeiro - área de intersecção dos dois eixos.

• Deambulatório - passagem que circunda uma área central e que pode ser encontrada em diversas aplicações, todas elas, no entanto, inerentes a edifícios religiosos.

• Cabeceira – conjunto das áreas situadas a Leste (o lado oposto à fachada principal - a cabeça do corpo de Cristo numa planta em cruz) quando vistas do exterior (abside +deambulatório + capelas radiantes).

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Elementos de uma igreja em cruz latina

• Cripta - construção subterrânea, geralmente feita de pedras ou escavada no subsolo.Estas construções geralmente localizam-se na parte inferior de Igrejas e Catedrais, sendo um espaço no qual pessoas importantes ou relíquias são enterradas.

• Nártex - zona de entrada de um templo

• Átrio - espaço cercado dum edifício

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Sistemas de cobertura:

• Abóbadas de berço em pedra: arco romano ou arco de volta perfeita/inteira

• Naves laterais em abóbadas de aresta

• Utilização dos tramos para aliviar a carga

A arquitetura românica

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10º ano - a cultura do Mosteiro

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10º ano - a cultura do Mosteiro

• Paredes grossas e com poucas aberturas

• Uso de contrafortes

• Decoração com elementos geométricos, zoomórficos, antropomórficos com função moral, cívica e religiosa.

A arquitetura românica

contraforte

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Elementos arquitetónicos:

• Tímpano e arquivoltas decorados

• Portal

• Rosácea

• Torre

A arquitetura românica

Tímpano

arquivoltas

Arco de volta perfeita

colunas

capitel

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10º ano - A cultura do Mosteiro

Arquitectura militar românica

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Os castelos

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Os castelos

• Surgem em finais do séc. X

• Erguidos em locais estratégicos: num ponto alto, junto às fronteiras ou próximo de rios

• Tinham funções defensivas

• Em Portugal, acompanharam o movimento de reconquista cristã

Características:

• Terminados em ameias e merlões• Uma torre• Uma ou duas cintas de muralhas• Formados por blocos de pedra

toscamente aparelhados sem uso de argamassa

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ARQUITECTURA MILITAR: O CASTELO

Torre de Menagem,

Castelo de Melgaço

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ARQUITECTURA MILITAR: O CASTELO

Muralha de paredes compactas-

Merlões, ameias, seteiras;

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ARQUITECTURA MILITAR: O CASTELO

Muralha circundada pelo adarve, caminho estreito acompanhando o topo das muralhas dos castelos, com a função de ronda dos sentinelas e de distribuição dos defensores;

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ARQUITECTURA MILITAR: O CASTELO

Castelo rodeado por um fosso

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ARQUITECTURA MILITAR: O CASTELO

Entrada do castelo –

portaria e

ponte/porta

levadiça;

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ARQUITECTURA MILITAR: O CASTELO

Por cima das entradas,

mata-cães, abertura nas muralhas, passadiços ou varandas dos castelos por onde se arremessavam projécteis sobre

os atacantes.

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ARQUITECTURA CIVIL

DOMUS MUNICIPALIS, Bragança, séc. XIIEdifício único na Península Ibérica dentro da arquitectura civil românica, englobando

uma dupla funcionalidade: cisterna e sala de reuniões do conselho municipal.

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ARQUITECTURA CIVIL

DOMUS MUNICIPALIS, Bragança, séc. XII

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ARQUITECTURA CIVIL

-Paredes graníticas, definindo um planta hexagonal, composta de cinco faces de dimensões diferentes; - A iluminação é efectuada por uma série contínua de janelas de arco abatido, ao longo de todas as faces da construção; - Todas as janelas têm moldura lisa, excepto as sete colocadas a este, que possuem, interiormente, uma arquivolta com ornatos estreliformes;- A cobertura é em cinco águas, em telha;- A cornija exterior assenta em 64 cachorros historiados. Ao longo da cornija corre uma caleira, destinada a recolher a água da chuva, conduzida depois por algerozes até à cisterna que ocupava todo o rés-do-chão do edifício; - O primeiro piso é ocupado por um salão único, amplo, com pavimento lajeado, com uma bancada corrida ao longo de todas as paredes, em pedra, para assento dos membros do conselho municipal.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A Escultura Românica

“as obras de arte têm pleno direito de existir pois o seu fim não era serem adoradas pelos fiéis, mas ensinar os ignorantes”.

Papa Gregório Magno (540-604)

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A Escultura RomânicaCaraterísticas:

• Regressão técnica relativamente ao período romano

• Predominam os relevos ligados à arquitectura em detrimento da estatuária.

• • Influências bárbaras: temáticas

animalistas e vegetalistas

• Influências paleocristãs: motivos geométricos e vegetalistas

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A Escultura Românica

O relevo:

• Mensagem narrativo-pedagógica

• Integrante da arquitectura

• Materiais/suportes: pedra, metal ou marfim

• - figura humana com pouco realismo anatómico representada sempre de frente;

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A Escultura Românica

O relevo:

• - nu raramente é representado

• - sem perspectiva

• - composição geométrica com personagens colocadas em simetria

• - temas sobretudo religiosos

• - eram colocados em: colunas, cornijas, cachorradas, frisos, capitéis e portais, etc..

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A Escultura Românica

Os capitéis:

• - estrutura troncocónica

• - relevos vegetalistas, animalistas e geométricos: gárgulas, demónios, leões, etc.

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A Escultura Românica

O portal:

• Tímpano é o elemento mais decorado do portal com fins religiosos, decorativos e estéticos.

• Representa o acesso à casa de Deus, ao paraíso à proteção.

10º ano - a cultura do Mosteiro

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A Escultura Românica

O portal:

• Contém a figura de cristo entronizado que ocupa o meio , envolto de uma mandorla e rodeado pelos quatro evangelistas ou os seus símbolos – o tretamorfo

• Nos portais laterais aparecem episódios da vida dos santos, circundados por elementos vegetalistas

• Elementos eram revestidos a cor10º ano - a cultura do Mosteiro

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A Escultura Românica

A estatuária:

- Composições simples e esquemáticas

- Posições rígidas e concebidas de acordo com o local onde estavam encostadas

- Só trabalhadas da frente e dos lados.- - Materiais: metal precioso, gesso,

madeira ou pedra.

10º ano - a cultura do Mosteiro

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A pintura Românica• Tipos: Pinturas, mosaicos e iluminuras

• Objectivo doutrinal e pedagógico

• Poucos vestígios devido à própria perecidade deste tipo de arte.

• Influências paleocristãs, bizantinas e dos povos bárbaros.

- Maioritariamente executada a fresco

- Temas bíblicos retirados do antigo e novo testamento

- Cobriam as paredes das absides das capelas-mor às naves laterais.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A pintura RomânicaCaraterísticas técnico-formais:

- Desenho prevalece sobre a cor

- Figuras com pouco rigor anatómico

- Posições rigidas

- Ausência de perspectiva

- Falta de proporcionalidade

- bidimensionalidade

- Esquematização geométrica dos rostos e corpos

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10º ano - a cultura do Mosteiro

As iluminuras:

- pinturas sobre os livros sagrados – os códices

- Origens encontram-se na arte paleocristã mas, desenvolveram-se sobretudo na Alta Idade Média, nos mosteiros.

A pintura Românica

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Técnicas Formais e Estilísticas

- variam de região para região, sendo impossível distinguir autores, mas sim escolas ou oficinas;

- o seu trabalho era geralmente colectivo e a aprendizagem era feita nos scriptoria dos conventos e catedrais;

- não existia espaço para criatividade e inovação por parte dos artesãos, pois os trabalhos estavam limitados à escolha e ideias do patrono ou encomendador, o que justifica a uniformidade temática das obras deste tempo.

A pintura Românica

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A arte românica em Portugal

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O Românico em Portugal

Igrejas ligadas a uma ordem religiosa ou mosteiro

Surgiram sobretudo em meios rurais

Apenas nas zonas de Braga, Porto, Coimbra, Tomar, Lisboa e Évora encontramos igrejas com maior dimensão – as Sés.

10º ano - a cultura do Mosteiro

Arquitetura religiosa

Características: Robustez – paredes grossas, contrafortes salientes Nave única com cabeceira em abside redonda ou

quadrangular Cobertura com arco de volta inteira Relevos com funções didáticas e decorativas Por vezes aparecem inscrições e siglas No norte, são visiveis influências espanholas

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10º ano - a cultura do Mosteiro

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10º ano - a cultura do Mosteiro

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10º ano - a cultura do Mosteiro

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Sé Velha de Coimbra, Séc. XII, 1139-1185

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Igreja de Colegiata de Santiago, vista da fachada, Coimbra, séc. XI- XII.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

O Românico em Portugal

Tipologias:• - castelos de residência ou

alcáçovas• - torres de atalaia• - castelos refúgio

Arquitetura militar e civil

Castelo de Guimarães

Castelo de Almourol Castelo da Lousã

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10º ano - a cultura do Mosteiro

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A expansão islâmica e difusão da arte

• O islamismo surgiu no séc. VII, na Arábia, quando Maomé terá pregado esta religião.

• Esta religião deu unidade às tribos da península Arábica que baseadas na sua fé, iniciaram a sua expansão, a partir de 632, chamando-lhe Guerra Santa.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A expansão islâmica e difusão da arte

• Esta religião tinha como livro sagrado o Corão ou Alcorão.

• Apoia-se em cinco princípios doutrinais, enunciados no Corão

• 1. Acreditar em Alá, Deus único, e em Maomé, como seu

• profeta;• 2. rezar cinco vezes ao dia.

3. prática da caridade pela dádiva da esmola aos pobres,

• escravos, viajantes e voluntários de guerra;• 4. jejuar na época do Ramadão;

5. ir em peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A expansão islâmica e difusão da arte

• No século VIII, em 711, os muçulmanos ocuparam a Península Ibérica aí permaneceram até ao séc. XV, altura em que são definitivamente expulsos, com a reconquista cristã

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A expansão islâmica e difusão da arte

• Os povos submetidos, receberam influências da arte muçulmana. Foi o caso da Península Ibérica, onde permaneceram alguns vestigios da sua ocupação e das suas influências artísticas.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A arte islâmica ou Muçulmana

Características:

- Diversidade resultante da assimilação de diferentes tendências locais

- Unidade atribuida pela religião e pelo poder politico• Valorização da arquitectura• Fidelidade aos preceitos do corão• Recusa da representação figurativa na escultura e pintura• Tendência para a geometria• Atenção dedicada às artes aplicadas• Gosto pela exuberância e luxo

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Arte islâmica ou Muçulmana

• Principais centros produtores – Damasco, Bagdade, Samarra, Cairo, Istambul

• Na península Ibérica, a influência da sua arte fez-se sentir em virtude dos oito séculos de ocupação.

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Mesquita do sultão Ahmed ou Mesquita AzulIstambul

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Arquitetura muçulmana ou islâmica

• Uso de diferentes materiais como pedra, tijolo, gesso, estuque, mármores, madeiras, azulejos, mosaicos

Igreja de Nossa Senhora da Anunciação – Mértola, Portugal

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Arquitetura muçulmana ou islâmica

• Uso de arcos • Abóbadas e cúpulas• Colunas de sustentação• Decoração que cobria

quase todas as superficies• Motivos geométricos,

vegetalistas e a tender para a abstracção Igreja de Nossa Senhora

da Anunciação – Mértola, Portugal

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A decoração

• Cerâmica – decorada com motivos geométricos. Coloração em esmalte e técnica do vidrado.

• Azulejos – talhados em quadrado e trabalhados com estrelas e cruzes com elementos florais e geométricos

• Miniaturas

• tapetes

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Palácio daAljaferia, Saragoça, Espanha

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Palácio de Alhambra, séc. XIV, Espanha

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Mesquita de Córdoba, séc. X, Espanha

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10º ano - a cultura do Mosteiro

A arte moçárabe

• Arte produzida por cristãos penínsulares que viviam em território muçulmano submetido ao califa

• Muçulmanos estiveram na Península Ibérica desde 711 até 1453, altura em que foram expulsos definitivamente.

• Aos cristãos que viviam sob domínio muçulmano damos o nome de moçárabes.

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10º ano - a cultura do Mosteiro

• Fez-se sentir na Península Ibérica entre o séc. IX e o Séc. XI.

• Deixou muitas influências no campo da pintura, da escultura, da arquitectura e também a tradição do azulejo.

A arte moçárabe

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Caso Prático – Igreja de São Pedro de Rates, Póvoa do Varzim, Porto

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Análise da estrutura arquitetónica da Igreja de São Pedro de Rates

Planta Volumetria Cobertura Materiais Técnicas Decoração

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10º ano - a cultura do Mosteiro

• Origem:• Nome:• tradição -> judeu, maltratado naquele

local, pelos soldados romanos, no tempo de Nero.• Século IX já existia um mosteiro de

frades bentos com uma igreja de três naves, onde se iniciaram algumas alterações por ordem do conde D. Henrique e D. Teresa;

• Mais tarde foi doada ao Priorado Clunience de Santa Maria da Caridade.

• A igreja apresenta um aspecto maciço, rude e simples tanto no seu interior como no exterior, sendo decorada apenas esporadicamente nos portais, cabeceira e capiteis, com temática animalista de carácter apotropaico

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10º ano - a cultura do Mosteiro

• Planta• – três naves;

– quatro tramos– transepto inscrito;– revela varias hesitações e irregularidades na sua estrutura:

• • diferente largura das naves;• ritmo irregular dos pilares;• existência de colunas adossadas.

cobertura das naves é feita por um tecto de madeira, sendo a cabeceira, formada pela capela-mor e dois absidíolos abobadados

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10º ano - a cultura do Mosteiro

Caso Prático - O canto gregoriano