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MODERNISMOMODERNISMO2ª FASE 2ª FASE
1930-19451930-1945
Colégio Espírita Rubens Romanelli3º. Ano - EM
Vamos investigar mais um assunto importante?
2º. Trimestre - 2015
Artes Artes LiteraturaLiteratura
desejodesejo
REALIDADE SOCIAL ESPIRITUAL
CULTURAL
2ª FASE DO MODERNISMO2ª FASE DO MODERNISMO
A A arte mergulhou fundo no tenso panoramaarte mergulhou fundo no tenso panoramaideológico da época, buscando analisar as ideológico da época, buscando analisar as contradições vividas pelo país e contradições vividas pelo país e representá-las pela linguagem estética.representá-las pela linguagem estética.
A primeira fase do Modernismo, demolidora e A primeira fase do Modernismo, demolidora e experimental, preparou terreno para este experimental, preparou terreno para este segundo momento. A nova linguagem segundo momento. A nova linguagem dos modernistas já não chocava mais.dos modernistas já não chocava mais.
Produção literária do período:Produção literária do período:
PROSAPROSA
Diferentemente da primeira fase, em que Diferentemente da primeira fase, em que reinou a poesia, agora a prosa de ficção reinou a poesia, agora a prosa de ficção ocupa lugar de maior destaque, sobretudo ocupa lugar de maior destaque, sobretudo pela estréia de muitos escritores.pela estréia de muitos escritores.
Prosa RegionalistaProsa Regionalista
Examinada em conjunto, a prosa divide-se em: Examinada em conjunto, a prosa divide-se em:
Prosa UrbanaProsa Urbana
Prosa IntimistaProsa Intimista
Prosa RegionalistaProsa Regionalista
Busca de traços peculiares de nossa Busca de traços peculiares de nossa Realidade, trazida pelos românticos.Realidade, trazida pelos românticos.
Uso de uma linguagem muito mais Uso de uma linguagem muito mais próxima à fala brasileirapróxima à fala brasileira.
Influência das idéias socialistasInfluência das idéias socialistas.
A região nordeste, marcada por contrastes A região nordeste, marcada por contrastes sociais mais chocantes, forneceu material sociais mais chocantes, forneceu material para grande parte da prosa: seca, cangaço epara grande parte da prosa: seca, cangaço emisticismo são motivações para essa fase.misticismo são motivações para essa fase.Muito conhecida como “Literatura do Nordeste”. Muito conhecida como “Literatura do Nordeste”.
Prosa RegionalistaProsa Regionalista
OBRA INAUGURAL OBRA INAUGURAL
““A bagaceiraA bagaceira” de José ” de José Américo de Almeida, Américo de Almeida, publicada em 1928.publicada em 1928.
Rachel de Queiroz José Lins do Rego Jorge Amado
Graciliano Ramos
IMPORTANTES IMPORTANTES REGIONALISTASREGIONALISTAS
Prosa UrbanaProsa Urbana
As grandes cidades, com seus tipos e As grandes cidades, com seus tipos e problemas característicos, problemas característicos, seriam a temática de Érico Veríssimo –seriam a temática de Érico Veríssimo –pelo menos no começo pelo menos no começo de sua carreira, e de sua carreira, e de Marques Rabelo,de Marques Rabelo,entre outros. entre outros.
Prosa Intimista Prosa Intimista
Novidade surgida na segunda fase Novidade surgida na segunda fase do Modernismo. do Modernismo.
A teoria psicanalítica de Freud extensamente A teoria psicanalítica de Freud extensamente divulgada, incorporando as sugestões de divulgada, incorporando as sugestões de psicanálise em que alguns autores preocupam-se psicanálise em que alguns autores preocupam-se em desvendar o mundo interior de suas personagens,em desvendar o mundo interior de suas personagens,analisando angústias e conflitos internos.analisando angústias e conflitos internos.
Também chamada “prosa de Também chamada “prosa de sondagem psicológica”.sondagem psicológica”.
Prosa Intimista Prosa Intimista
Lúcio CardosoLúcio Cardoso
PRINCIPAIS AUTORES PRINCIPAIS AUTORES
Dyonélio Machado
Cornélio Pena Cornélio Pena (Fronteira)(Fronteira)
Otávio de Otávio de Faria Faria
2ª FASE DO MODERNISMO2ª FASE DO MODERNISMO
ATENÇÃOATENÇÃO O mais importante O mais importante dessa tendência dessa tendência
surgirá na terceira surgirá na terceira Fase modernista Fase modernista
Autores da segunda geração modernista – poesia 1930
Carlos Drummond de Andrade
Cecília Meireles
Vinícius de Moraes
Murilo Mendes
Jorge de Lima
A segunda geração modernista poesia (1930-
1945) Cecília Meireles
Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro em novembro de 1901, três meses após a morte de seu pai.
Aos três anos de idade, ficou órfã de mãe e foi criada pela avó materna. Sempre aluna destacada, em 1917, formou-se na Escola Normal do Rio, passando a atuar como professora.
• Sua estreia literária ocorreu com Espectros, coleção de sonetos de influência parnasiana e simbolista publicado em 1919. Porém sua consagração ocorreu com Viagem, publicado em 1938.
• Morreu em 1964, no Rio de Janeiro, em pleno apogeu de sua atividade literária.
Obras
• Espectros (1919); Nunca Mais...e Poema dos Poemas (1923), Baladas para El-rei (1925);Viagem (1939); Vaga Música (1942); Mar Absoluto (1945); Retrato Natural (1949);Amor em Leonoreta; Doze Noturnos de Holanda e O Aeronauta (1952); Romanceiro da Inconfidência (1953); Romance de Santa Cecília;Solombra ; ou Isto ou Aquilo(poesias infantis).
Poesia
Prosa
• Giroflê, Giroflá (1956)• Escolha o Seu Sonho ( 1964)• Olhinhos de Gato (1980)
MotivoEu canto porque o instante existeE a minha vida está completa.Não sou alegre nem sou triste :sou poeta.
Irmão das coisas fugidas,Não sinto gozo nem tormento.Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,Se permaneço ou me desfaço,Não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.E a canção é tudo.Tem sangue eterno a asa ritmada.E um dia sei que estarei mudo:-mais nada.
Lua Adversa
Tenho fases,como a luafases de andar escondida,fases de vir para a rua...Perdição da minha vida!Tenho fases de ser tua,tenho outra de ser sozinha.
Fases que vão e que vêmno secreto calendárioque um astrólogo arbitrárioinventou para meu uso.E roda a melancoliaSeu interminável fuso!Não me encontro com ninguém(tenho fases, como a lua...)No dia de alguém ser meunão é dia de eu ser sua...E, quando chega esse dia,o outro desapareceu...
Carlos Drummond de Andrade
• É considerado nosso “poeta maior”. Para conhecê-lo, nada melhor que ler o que o próprio poeta escreve a respeito de si mesmo:
Aos novos leitores
• Nasci em Itabira, Minas Gerais, em 1902, e o meio físico e social de minha terra marcou-me profundamente. Pertenço à classe média brasileira. Ganhei a vida como funcionário público e jornalista. Dediquei-me à literatura por prazer.
• Meus livros são de prosa e poesia. Na primeira categoria, os textos compreendem contos, crônicas e algumas tentativas de crítica literária. Liguei-me na mocidade ao movimento modernista brasileiro, que se afirmou em São Paulo, em 1922, e que deu maior liberdade à criação poética. Liberdade que não é absoluta, pois a poesia pode prescindir da métrica regular e do apoio da rima, porém não pode fugir ao ritmo, essencial à sua natureza. Há muitas experiências de vanguarda, procurando abolir tudo que caracteriza a arte da poesia, mas ninguém até hoje conseguiu acabar com a melodia e a emoção do verso autêntico.
•Fui muito criticado e ridicularizado quando jovem. O meu poema “ No meio do caminho”, composto de dez versos, repete de propósito sete vezes as palavras “meio” e “caminho” e sete vezes as palavras “tinha e pedra”. Isto foi julgado escandaloso; hoje o poema está traduzido em 17 línguas.
• Atualmente, a maioria das opiniões é favorável à minha poesia, e direi até que há talvez excesso de benevolência em relação a ela. Não tenho pretensão de ser mestre em coisa alguma, e conheço minhas limitações. Depois de praticar a literatura durante mais de 60 anos, publicando 16 livros de prosa e 25 de poesia, não cultivo ilusões, mas continuo acreditando com o mesmo fervor na beleza da palavra e no texto elaborado com arte.• Acho que a literatura, tal como as artes plásticas e a música, é uma das grandes consolações da vida, e um dos modos de elevação do ser humano sobre a precariedade da sua condição.
Principais obras Poesia: Alguma Poesia (1930); Brejo
das Almas(1934); S entimento do Mundo (1940); Poesias (1942); A Rosa do Povo(1945); Claro Enigma (1951); Viola de Bolso (1952); Fazendeiro do Ar (1954); A Vida Passada a Limpo (1959); Lição de Coisas (1962); As Impurezas do Branco (1973); A Paixão Medida (1980); Corpo- Novos Poemas (1984); Amar se Aprende Amando (1985);O Amor Natural (1922).
Prosa• Confissões de Minas 1944• Contos de Aprendiz 1951• Passeio na ilha 1952• Fala amendoeira 1957• A Bolsa e a Vida 1962• Cadeira de Balanço 1970• O Poder Ultrajovem e outros textos
1972• Boca de Luar 1984• Tempo Vida Poesia (1986)
Características da obra de Drummond
O poeta organizou seus textos em nove eixos temáticos:• O indivíduo• A terra natal• A família• Os amigos• O choque social• O conhecimento amoroso• A própria poesia• Exercícios lúdicos• Uma visão, ou tentativa de, da existência
A BruxaNesta cidade do Rio,
estou sozinho no quartoestou sozinho na |América,
Precisava de um amigo,Desses calados, distantes,
Que lêem versos de Horácio
Mas secretamente influemNa vida, no amor, na
carne.Estou só, não tenho amigo,
E a essa hora tardia Como procurar amigo?
O indivíduo
Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.Principalmente nasci em Itabira.Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.Noventa por cento de ferros nas calçadas,Oitenta por cento de ferro nas almas.E esse alheamento do que na vida é porosidade
e comunicação.
A TERRA NATAL
Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.Minha mãe ficava sentada cosendo.|Meu irmão pequeno dormia.Eu sozinho menino entre mangueiraslia a comprida história de Robinson CrusoéComprida história que não acaba mais.
Lá longe meu pai campeavano mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha históriaera mais bonita que a de Robinson Crusoé.
A FAMÍLIA
Murilo Mendes
• O uso linguagem coloquial
OS DOIS LADOS
Deste lado tem meu corpoTem o sonhoTem a minha namorada na janelaTem as ruas gritando de luzes e movimentosTem meu amor tão lentoTem meu anjo da guardaQue às vezes se esquece de me guardarTem o mundo batendo na minha memóriaTem o caminho pro trabalho.
Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida
Tem pensamento sérios me esperando na sala de visitas
Tem a minha noiva definitiva me esperando com flores na mão,
Tem a morte, as colunas da ordem e da desordem.
VINÍCIUS DE MORAES
• Nasceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913. Formou-se em Direito em 1933, porém nunca advogou. Neste mesmo ano, publicou seu primeiro livro de poemas. Ingressou na carreira diplomática em 1946. Começou a compor em 1953, atividade que realizaria o resto da vida. Foi poeta, cronista, autor teatral e compositor famoso. Morreu em janeiro de 1980, consagrado como um dos principais músicos populares brasileiros.
PRINCIPAIS OBRAS• Forma e Exegese
• Poesia: O Caminho para a Distância;
• Adriana, a Mulher
• Novos Poemas
• Cinco Elegias
• Poemas, Sonetos e Baladas
• livro de Sonetos
• Novos Poemas II
• O Mergulhador
• A Arca de Noé
PROSA
•O Amor dos Homens
•Para Viver um Grande Amor
•Para uma Menina com uma Flor
TEATRO
•Orfeu da Conceição
•Pobre Menina Rica
CARACTERÍSTICAS DA OBRA DO AUTOR
• Numa primeira fase, predomina a temática de cunho religioso, há um confronto entre matéria e espírito, o texto é melancólico e o verso, livre.
• Num segundo momento (Adriana, a Mulher e Novos Poemas), surgem os primeiros toques de sensualidade e erotismo, que são marca de sua obra posterior.
SONETOAmor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-sede contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
SONETO DO AMOR TOTAL
Amo-te tanto, meu amor...não canteO humano coração com mais verdade...Amo-te como amigo e como amanteNuma sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestanteE te amo além, presente na saudadeDentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,De um amor sem mistério e sem virtudeCom um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúdeÉ que um dia em teu corpo de repenteHei de morrer de amar mais do que pude.