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PROJETO BASE ARTÍSTICA E REFLEXIVA PROFESSORES: JÉSSICA DOS ANJOS, JOSIELIO MARINHO, MILÊNA DAFANNI, PÂMELA MELO E RAABE QUEIROZ. MÓDULO I Contatos do projeto: http://pibidbar.blogspot.com.br/ http://www.facebook.com/ProjetoBar

Módulo 2015.1

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PROJETO

BASE ARTÍSTICA E REFLEXIVA

PROFESSORES: JÉSSICA DOS ANJOS, JOSIELIO MARINHO, MILÊNA DAFANNI,

PÂMELA MELO E RAABE QUEIROZ.

MÓDULO I

ALUNO(A):____________________________________________________________

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Redes Sociais

AMIGOS NÃO SE COMPRAM. TEM CERTEZA? ¹

No mundo virtual das redes sociais um pouco de dinheiro faz uma diferença enorme. Por pouco mais de R$ 11 o internauta consegue comprar, isso mesmo, comprar, 4 mil amigos no Facebook. Por menos de R$ 90, cerca de 10 mil pessoas curtem a sua foto no Instagram. A novidade, mais comum do que se imagina, é famosa na web e conhecida como “bots”, uma abreviação de “robots”, ou robôs, em português. Celebridades e políticos, principalmente, utilizam o método para parecerem mais populares do que realmente são. O serviço funciona como uma espécie de fornecedor de internautas, que curtem, comentam e favoritam suas postagens como se fossem humanos. Sites como Swenzy e Fiverr oferecem o bots com preços razoáveis.

Os bots existem há anos e costumava ser fácil distingui-los. As fotos que usavam para seus avatares eram genéricas (muitas vezes de mulheres sensuais), os nomes eram gerados por computador (como April865342) e as coisas que compartilhavam eram, em geral, links para sites pornográficos. Mas os bots atuais têm nomes que soam reais, para camuflar melhor as suas atividades. Seguem horários humanos, suspendendo suas atividades durante a madrugada e as retomando pela manhã. Compartilham fotos, riem das piadas alheias e até se envolvem em conversas aleatórias uns com os outros. E eles existem aos milhões. Não é ilegal ser dono de um bot, comprá- lo ou criá-lo. A legalidade dependerá de como as pessoas utilizem o recurso. O uso dado a eles muitas vezes contraria as normas dos sites de redes sociais.

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¹http://www.revistastatus.com.br/2014/08/11/amigos-nao-se-compram-tem-certeza/

Charge 1:

Linguagem verbal e Não-verbal ²

Oque é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?

Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.

A linguagem pode ser não verbal

Ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo,das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

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Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!

A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

Charge 2

TEATRO

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Teatro, é uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar. Com o auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas, de diretores e técnicos, o espetáculo tem como objetivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público. Também denomina-se teatro o edifício onde se desenvolve esta forma de arte, podendo também ser local de apresentações para a dança, recitais, etc.

EMILIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA – A CASA DOS PRONOMES³

— Chega de adjetivos — gritou a menina. — Eu não sei porque tenho grande simpatia

pelos pronomes e queria visitá-los já.

— Muito fácil — respondeu o rinoceronte. — Eles moram naquelas casinhas ali em

frente. A primeira, menor, é a dos pronomes pessoais.

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E todos se dirigiam para casa dos pronomes pessoais, enquanto Quindim ia

explicando que os pronomes são palavras que também não possuem pernas e se

movimentam amarradas aos verbos.

Emília bateu na porta — toque, toque, toque. Veio abrir o pronome eu.

— Entrem, não façam cerimônia.

Narizinho fez as apresentações.

— E os seus companheiros, os outros pronomes pessoais? — perguntou Emília.

— Estão lá dentro jantando.

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³http://mcbspf.blogspot.com.br/2012/06/monteiro-lobato-emilia-no-pais-da.html

À mesa do refeitório achavam-se os pronomes tu, ele, ela, nós, vós, eles e elas. Esses

figurões eram servidos pelos pronomes oblíquos, que tinham o pescoço torto e

lembravam corcundinhas. Os meninos viram lá o o, o os, o a, o as, o me, o mim, o

comigo, o nos, o conosco, o te, o ti, o contigo, o vos, o convosco, o lhe, o lhes, o se, o si

e o consigo. Dezenove pronomes oblíquos.

— Que luxo de criadagem! — admirou-se Emília.

— Cada pronome tem a seu serviço, vários criadinhos oblíquos.

— E ainda há outros serviçais, os pronomes de tratamento, lá no quintal tomando sol.

São eles: fulano, sicrano, você, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Majestade e

outros.

(Trecho adaptado de Monteiro Lobato. Emília no país da gramática. São Paulo: Brasiliense, 1994.)

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TEATRO INFANTIL 4

MONTEIRO LOBATO 

História: Busca Ao Tesouro 

1ª CENA 

Dona Benta: Bom dia! (ou Boa tarde). Gosto muito de contar histórias para as crianças.

Hoje estou aqui para contar mais uma história muito interessante a vocês. É a história de

um tesouro escondido. Um tesouro muito valioso. Todos que tinham alguns problemas e

tocassem naquele tesouro, os problemas desapareciam. A nossa história começa, quando

Pedrinho sonha numa noite de luar. 

Pedrinho: (Deitado em sua caminha, luar ao fundo, a boneca Emília entra) 

Emília: Pedrinho, acorda. Você tem uma grande missão a realizar. 

Pedrinho: O quê? (acordando) Quem está falando? 

Emília: Sou eu, a boneca Emília. Não me conhece mais não? Sou a boneca de

Narizinho. 

Pedrinho: Boneca Emília? Mas bonecas não falam. Deve ser um sonho. Vou voltar a

dormir. (deita-se) 

Emília: Será que eu vou ter que beliscar o seu bumbum? 

Pedrinho: Acho bom, prá eu ter certeza que não é um sonho. 

Emília: (Se aproxima e belisca o seu bumbum) 

Pedrinho: Ái, doeu sabia.! 

Emília: Você não pediu? 

Pedrinho: Pedi, mas não precisava exagerar. 

Emília: E então, está preparado? 

Pedrinho: Preparado prá que? 

Emília: Preparado para encontrar um grande tesouro. 

Pedrinho: Tesouro? Que tesouro? 

Emília: O que você vai procurar. 

Pedrinho: Mas é necessário que eu vá mesmo? Por que eu? 

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Emília: Porque você foi o escolhido. 

Pedrinho: Essa história não está me cheirando bem. Mas se é para o bem de todos, diga

aos seus superiores que eu vou. 

____________________________4http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=725&cat=Infantil

Charge 3

A REDE SOCIAL5

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Era um cara comum, possuía seus anseios e suas frustrações, e em média estava

sempre de bom humor. Gostava de ler (é, talvez não fosse tão comum), assistir filmes e

ouvir música. Não fazia muito sucesso com as garotas. Tinha um emprego razoável.

Enfim, levava sua vida com ânimo, mas sentia que precisava desenvolver mais os

relacionamentos. Levado pela moda digital, ao invés de sair e procurar atividades para

conhecer novas pessoas e aumentar seu ciclo de amizades, melhorando sua vida social,

resolveu comprar um notebook e assinar uma internet dessas de moldem 3G (que nunca

são 3G).

Em 27 de setembro de 2013 Fulano de Tal entrou na rede social

Começou a adicionar todas as pessoas que conhecia de vista, os poucos amigos que

_____________________________5http://www.gentedeopiniao.com.br/lerConteudo.php?news=116588

tinha, a família (inclusive os parentes mais distantes). Em pouco tempo já possuía 1000

amigos na rede social. Recebia convites de jogos, de eventos, até conversava com

alguns pelo bate-papo. Muitas vezes cruzava com alguns deles na rua e nem sequer

lembrava dos fortes laços de amizade que estabeleceram entre curtidas, comentários e

compartilhamentos de status.

Fulano de Tal curtiu o status de Beltrano de Tal

Fulano de Tal compartilhou a atualização de status de Beltrano de Tal

Fulano de Tal comentou a foto de Beltrano de Tal

Entre uma hora de trabalho e outra acessava a rede social pelo celular, postava frases de

efeito, frases de pensadores, as notificações em sua página borbulhavam, cada vez mais

amigos adicionavam-lhe.

Solicitações de amizade 125 - Bate-Papo 10 – Notificações 159

Possuía amigos de todos os tipos. A religiosa que postava passagens bíblicas o dia todo

e na calada da noite postava fotos seminua. O revoltado sem causa que postava contra o

sistema o tempo todo de dentro de seu quarto climatizado com tudo pago pelo papai. Os

que só entravam na rede social para mandarem convites de jogos. Os comerciantes que

postavam seus produtos.

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Os atletas que postavam sua malhação periódica. Os artistas postando sua arte e seu

egocentrismo. Os “posta tudo” que postam até quando vão ao banheiro. Os culinários e

seus pratos de comida. Foi quando conheceu uma menina e de todo resto ele se

esqueceu.

Fulano de Tal começou uma amizade com Sicrana de Tal

Conversavam por horas pelo bate-papo. Ela curtia todas as postagens dele e vice-versa.

Fulano de Tal começou um relacionamento sério com Sicrana de Tal

Quando se encontravam pessoalmente eram tímidos e acabavam conversando pelo bate-

papo da rede social através do celular. Ali um de frente com o outro como se ali não

estivessem. O contato físico era quase nulo. Mas os Check-ins eram muitos.

Fulano de Tal está com Sicrana de Tal em Barzinho da Cidade

Sicrana de Tal foi marcada na foto de Fulano de Tal em Shopping da Cidade

Na rede social o namoro ia de vento em polpa. Até que algumas postagens de outros

fulanos para a Sicrana começaram a incomodar o Fulano de Tal. E um dia enquanto ela

foi ao banheiro em uma lanchonete ele resolveu mexer no celular dela.

Sicrano de Tal disse: oi gatinha!

Sicrana de Tal disse: oi lindo!

Sicrano de Tal disse: posso passar ai mais tarde?

Sicrana de Tal disse: pode sim...

Sicrano de Tal disse: e seu namoradinho, não vai tá aí não?

Sicrana de Tal disse: não... ele só vem aqui no fds...

Sicrano de Tal disse: humblz...

Sicrana de Tal disse: tô louca de saudade...

Sicrano de Tal disse: eu também gata...

Sicrana de Tal disse: rsrsrsrs

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Sicrano de Tal disse: combinado então...

Sicrana de Tal disse: blz...

Sicrano de Tal disse: bjus na boca!

Sicrana de Tal disse: bjux...

Clicou no botão Excluir Conta e se suicidou de sua vida social. Ou, quem sabe, talvez

agora ela comece...

SAI DO FACEBOOK6

(Tiago Brava)

Meu amor, sai da internet dá moral pra mim 

Eu já não consigo mais viver assim 

Eu preciso tanto de alguém pra me amar 

Por favor, sai da internet me dá atenção 

Eu não acredito que você vai trocar 

Uma vida inteira de amor, comigo, 

Por um dia inteiro com seu celular 

Você só quer jantar aonde tem wi-fi 

E se não tem você já fala que não vai 

Não mereço essa falta de atenção 

Prefere twittardo que fazer amor 

Ainda bem que o tal do orkut acabou 

Tô vendo que hoje eu vou ter que ficar na mão 

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Só você parece que não vê que eu já me cansei 

Acho que você, parece que não sei 

Sai do facebook, dá moral pra mim 

Esse nosso amor tá mais pra "foreveralone" 

Hoje fui trocado pelo seu iphone 

Sai do facebook, dá moral pra mim

____________________________6 http://www.kboing.com.br/thiago-brava/1-1217582/

Conversa nas redes sociais

YouTube é um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. Foi

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fundado em fevereiro de 2005 por três pioneiros do PayPal, um famoso site da internet ligado a gerenciamento de transferência de fundos.O YouTube utiliza os formatos Adobe Flash e HTML5 para disponibilizar o conteúdo. É o mais popular site do tipo devido à possibilidade de hospedar quaisquer vídeos (exceto materiais protegidos por copyright, apesar deste material ser encontrado em abundância no sistema). Hospeda uma grande variedade de filmes, videoclipes e materiais caseiros.

TRECHO DO AUTO DA COMPADECIDA – ARIANO SUASSUNA7

CHICÓ, depois de estender-lhe o punho fechado

Padre João!

JOÃO GRILO

Padre João! Padre João!

PADRE, aparecendo na igreja

Que há? Que gritaria é essa?

Fala afetadamente com aquela pronúncia e aquele estilo que Leon Bloy chamava “sacerdotais”.

CHICÓ

Mandaram avisar para o senhor não sair, porque vem uma pessoa aqui trazer um cachorro que está se ultimando para o senhor benzer.

PADRE

Para eu benzer?

CHICÓ

Sim.

PADRE, com desprezo

Um cachorro?

CHICÓ

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Sim.

PADRE

Que maluquice! Que besteira!

JOÃO GRILO

Cansei de dizer a ele que o senhor benzia. Benze porque benze, vim com ele.

PADRE

Não benzo de jeito nenhum.

CHICÓ

Mas padre, não vejo nada de mal em se benzer o bicho.

__________________________________7http://oficinadeteatro.com/component/jdownloads/?task=view.download&cid=110

JOÃO GRILO

No dia em que chegou o motor novo do major Antônio Morais o senhor não o benzeu?

PADRE

Motor é diferente, é uma coisa que todo mundo benze. Cachorro é que eu nunca ouvi falar.

CHICÓ

Eu acho cachorro uma coisa muito melhor do que motor.

PADRE

É, mas quem vai ficar engraçado sou eu, benzendo o cachorro. Benzer motor é fácil,

todo mundo faz isso, mas benzer cachorro?

JOÃO GRILO

É, Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar engraçado é ele e uma coisa é o motor do major Antônio Morais e outra benzer o cachorro do major Antônio Morais.

PADRE, mão em concha no ouvido

Como?

JOÃO GRILO

Eu disse que uma coisa era o motor e outra o cachorro do major Antônio Morais.

PADRE

E o dono do cachorro de quem vocês estão falando é Antônio Morais?

JOÃO GRILO

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É. Eu não queria vir, com medo de que o senhor se zangasse, mas o majoré rico e poderoso e eu

trabalho na mina dele. Com medo de perder meu emprego, fui forçado aobedecer, mas disse a

Chicó: o padre vai se zangar.

PADRE, desfazendo-se em sorrisos

Zangar nada, João! Quem é um ministro de Deus para ter direito de se zangar? Falei por falar,

mas também vocês não tinham dito de quem era o cachorro!

JOÃO GRILO, cortante

Quer dizer que benze, não é?

PADRE, a Chicó.

Você o que é que acha?

CHICÓ

Eu não acho nada de mais.

PADRE

Nem eu. Não vejo mal nenhum em abençoar as criaturas de Deus.

JOÃO GRILO

Então fica tudo na paz do Senhor, com cachorro benzido e todo mundo satisfeito.

PADRE

Digam ao major que venha. Eu estou esperando.

Entra na igreja.

CHICÓ

Que invenção foi essa de dizer que o cachorro era do major Antônio Morais?

JOÃO GRILO

Era o único jeito de o padre prometer que benzia. Tem medo da riqueza do major que se péla. Não viu a diferença? Antes era “Que maluquice, que besteira!”, agora “Não vejo mal nenhum em se abençoar as criaturas de Deus!”.

CHICÓ

Isso não vai dar certo. Você já começa com suas coisas, João. E havia necessidade de inventar que era empregado de Antônio Morais?

JOÃO GRILO

Meu filho, empregado do major e empregado de um amigo do major é quase a mesma coisa. O

padeiro vive dizendo que é amigo do homem, de modo que a diferença é muito pouca. Além

disso, eu podia perfeitamente ter sido mandado pelo major, porque o filho dele está doente e

pode até precisar do padre.

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CINEMA NO B.A.R.

As aventuras dos nordestinos João Grilo

(Matheus Natchergaele), um sertanejo pobre e

mentiroso, e Chicó (Selton Mello), o mais covarde

dos homens. Ambos lutam pelo pão de cada dia e

atravessam por vários episódios enganando a todos

do pequeno vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba.

A salvação da dupla acontece com a aparição da

Nossa Senhora (Fernanda Montenegro). Adaptação

da obra de Ariano Suassuna.

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