62
REVOLUÇÃO NICARAGUENSE

Nicaraguan revolution

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Nicaraguan revolution

REVOLUÇÃO NICARAGUENSE

Page 2: Nicaraguan revolution

No dia 19 de julho de 1979, a Nicarágua, um país da América Central com menos de três milhões de habitantes, chamou a atenção do mundo todo. A ditadura de Somoza, a mais longa registrada na America Latina, foi derrubada por um bando de guerrilheiros esquerdistas maltrapilhos, depois de haverem liderado uma maciça insurreição popular. Quando os jovens guerrilheiros vitoriosos da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) marcharam pela capital da Nicarágua, em julho de 1979, a cena festiva lembrava outra vitória revolucionária, ocorrida vinte anos antes. Como Fidel Castro e os demais líderes da revolução cubana de 1959, os combatentes nicaraguenses, em uniformes verde-oliva imundos, alguns até rasgados, agitavam ao alto suas bandeiras de cores vermelha e preta; muitos daqueles homens haviam dei xado crescer a barba, durante o longo período passado nas sel vas. A FSLN, como sua predecessora em Cuba, tinha chegado ao poder liderando uma genuína revolução popular, que com binava táticas de guerrilha rural com levantes urbanos. Como o Movimento Cubano 26 de Julho, a FSLN lutava pela reforma agrária e pelos direitos dos trabalhadores, e contra a ditadura e a dominação dos Estados Unidos. Em ambos os casos, uma ditadura brutal foi derrubada e teve seu exército destruído. O ditador cubano Fulgêncio Batista fugiu para Miami no dia 1° de janeiro de 1959. Anastasio Somoza, cuja família governava a Nicarágua havia quatro décadas, usou a mesma rota de fuga no dia 17 de julho de 1979, levando do Tesouro Nacional tudo o que conseguiu roubar.

Page 3: Nicaraguan revolution
Page 4: Nicaraguan revolution

América Central nos tempos coloniais

• Nos tempos do domínio espanhol, a região da América Central era controlada pela Capitania-Geral da Guatemala e estava administrativamente subordinada ao vice-reino da Nova Espanha (o México atual). Com o processo de independência nacional iniciado em 1821, formou-se em seu lugar uma confederação denominada de Províncias Unidas da América Central (1824-1838), separadas definitivamente do México em 1825.

Page 5: Nicaraguan revolution

Ceremonia solemne de la firma del Acta de Independencia de Centro América, en la Capitanía General de Guatemala, 15 de Septiembre de 1821

Acta del 15 de Septiembre de 1821»

Palacio Nacional de Guatemala, quince de Setiembre de mil ochocientos veintiuno.

Siendo públicos e indudables los deseos de independencia del Gobierno Español, que por escrito y de palabra ha manifestado el pueblo de esta capital: recibidos por el último correo diversos oficios de los Ayuntamientos Constitucionales de Ciudad Real, Comitán y Tuxtla, en que comunican haber proclamado y jurado dicha independencia y escitan á que se haga lo mismo en esta ciudad: siendo positivo que han circulado iguales oficios a otros Ayuntamientos: determinado, de acuerdo con la Escelentísima Diputación Provincial, que para tratar de asunto tan grave se reuniesen en uno de los salones de este palacio la misma Diputación Provincial, el Ilustrísimo Sr. Arzobispo, los Señores individuos que diputasen la Escelentísima Audiencia Territorial, el Venerable Señor Don Dean y Cabildo Eclesiástico, el Escelentísimo Ayuntamiento, el M.I. Claustro, el Consulado y el M.I. Colegio de Abogados, los Prelados Regulares, Jefes y funcionarios públicos, congregados todos en el mismo salón: leídos los oficios expresados: discutido y meditado detenidamente el asunto; y oído el clamor de ¡Viva la Independencia!, que repetía de contínuo el pueblo que se veía reunido en las calles, plazas, patio, corredores y antesala de este palacio, se acordó por esta Diputación é individuos del Esmo. Ayuntamiento.

Page 6: Nicaraguan revolution
Page 7: Nicaraguan revolution
Page 8: Nicaraguan revolution

Em meados do século XIX, o conflito de interesses que opunha a Grã-Bretanha aos Estados Unidos pelo controle das Antilhas agravou-se. Os dois países foram levados a assinar o tratado de Clayton-Bulwer, pelo qual as partes declaravam trabalhar para a construção de um canal inter-oceânico em território nicaragüense, sem que tenham disso informado a Nicarágua. Reconheciam prerrogativas em relação à sua futura utilização e afirmavam que não tinham qualquer intenção de construir fortificações nem "de ocupar a Nicarágua... ou exercer domínio sobre qualquer território da América Central..."

Page 9: Nicaraguan revolution

William Walker - um flibusteiro

Como muitos países da região, nos anos 50 do século XIX a Nicarágua vivia mergulhada em guerras civis permanentes. Em 1854, um conflito entre liberais e conservadores degenerou em conflito internacional: os liberais chamaram em seu auxílio mercenários americanos. Tinha chegado a hora dos piratas. Entre eles, William Walker, feroz partidário da escravatura e de sua implantação na América Central, que tentou apoderar-se da Nicarágua, proclamando-se presidente em 1856. Apesar da neutralidade oficial anunciada pelos Estados Unidos, um emissário de Walker foi recebido pelo presidente Franklin Pierce, mas os países da América Central acabaram com a aventura

Page 10: Nicaraguan revolution

Bandeira da Nicaragua (durante o governo de Willin Walker)

Page 11: Nicaraguan revolution
Page 12: Nicaraguan revolution

Augusto César SandinoO movimento de Augusto César Sandino foi um movimento anticolonial de libertação nacional já que, depois da traição do levantamento liberal 'constitucionalista' encabeçado por José Maria Moncada, estabeleceu como objetivo lutar contra as manifestações coloniais da dominaçãoimperialistana Nicarágua: a ocupação do território nacional pelo exército norte-americano e a imposição direta pelos Estados unidos do 'pessoal político' de dominação.”(Portocarrero, p.251).

• PORTOCARRERO, Amaru Barahona. Breve estudo sobre a história contemporânea da Nicarágua. In: CASANOVA, Pablo González (org.). América Latina. História de Meio Século. Brasília: Editora da UNB, 1988, p. 251.

Page 13: Nicaraguan revolution

3 de fevereiro de 1933 - General Somoza e Augusto Sandino -

Page 14: Nicaraguan revolution

Na noite de 21 de fevereiro de 1934, depois de

participarem de um jantar no palácio presidencial, em Manágua, Sandino e seus

três companheiros são presos e fuzilados por membros da Guarda

Nacional.

Page 15: Nicaraguan revolution

1936 - Somoza campaigning for the presidency

Page 17: Nicaraguan revolution

A Dinastia Somoza

• O general Anastasio (Tacho) Somoza García, eleito presidente em 1936, durante vinte anos Somoza controlou a política do país, diretamente ou por interpostas pessoas. Assassinado em 1956, foi substituído pelo filho Luís Somoza Debayle (1957-1963). René Schick Gutiérrez (1963-1966), morto no exercício da presidência, foi sucedido por Lorenzo Guerrero Gutiérrez (1966-1967), a que se seguiu Anastasio (Tachito) Somoza Debayle, irmão mais novo de Luís.

• Aproveitando-se do terremoto que, em 1972, arrasou Manágua, Tachito Somoza obteve do Congresso poderes ilimitados. Cresceram a oposição e a guerrilha, esta movida pela Frente Sandinista de Liberación Nacional (FSLN). O assassinato, em janeiro de 1978, do líder oposicionista Pedro Joaquín Chamorro, diretor do mais importante jornal do país, La Prensa, gerou protestos e greves que culminaram na guerra civil.

Page 18: Nicaraguan revolution

Anastasio (Tacho) Somoza García

Elected president in 1936

Anastasio (Tacho) Somoza García (1896-1956) foi, oficialmente, o trigésimo quarto e trigésimo nono Presidente da Nicarágua, mas efetivamente comandou o país como ditador desde 1936 até ser assassinado.

Em 1955, a constituição foi modificada para permitir que ele pudesse concorrer a um novo mandato. Pouco depois de ser nomeado, foi atingido por um tiro no peito, em 21 de Setembro de 1956, disparado pelo poeta Rigoberto López Pérez na cidade de León, e morreu dias após ser removido para um hospital na Zona do canal do Panamá.Os filhos de Somoza, Luis Somoza e Anastasio Somoza Debayle, comandaram o país direta ou indiretamente, através de testas de ferro pelos vinte e três anos seguintes. Apesar da corrupção generalizada e da repressão dos dissidentes, eles foram capazes de manter-se no poder porque os EUA os viam como força anti-comunista e fonte de estabilidade.

Page 19: Nicaraguan revolution

Luis Anastasio Somoza DebayleLuis Anastasio Somoza Debayle, nacido en León, Nicaragua el 18 de noviembre de 1922 y fallecido en Managua el 13 de abril de 1967, hijo del dictador Anastasio Somoza García, fue presidente en funciones, y después dictador y presidente de Nicaragua de 1957 a 1963 tras el atentado contra su padre el 21 de septiembre de 1956 y su posterior muerte el 29 del mismo mes y año. Sus hermanos eran Lillian (la mayor) y Anastasio Somoza Debayle (el menor).

Falleció el 13 de abril de 1967 por un ataque al corazón en su casa de habitación, a menos de un mes de que su hermano Anastasio tomara posesión del poder para su primer período lo cual sería el 1 de mayo de ese mismo año. Al momento de su muerte ya había sucedido la Masacre de la Avenida Roosevelt, en la capital Managua, el 22 de enero en la cual los efectivos de la Guardia Nacional dispararon contra una multitudinaria manifestación de la Unión Nacional Opositora UNO (coalición de partidos opuestos al somocismo).

Page 20: Nicaraguan revolution

Anastasio (Tachito) Somoza Debayle

Anastasio Somoza Debayle (1925 - 1980) Presidente Nicarágua entre 1967 e 1972. E entre 1974 e 1979. Como chefe da Guarda Nacional (GN) manteve-se no poder de forma autoritária e absolutista, durante o período transitório. Foi o último membro da dinastia Somoza, que tinha começado em 1934.

Page 21: Nicaraguan revolution

Nicaraguan dictator Anastasio Somoza with President Franklin Roosevelt in Washington in 1939. Eleanor Roosevelt and Salvadora Somoza stand behind them.

Page 22: Nicaraguan revolution
Page 23: Nicaraguan revolution

Anastasio Somoza García 1948

Page 24: Nicaraguan revolution
Page 25: Nicaraguan revolution

Anastasio Somoza García, rodeado de sus camisas azules y simpatizantes en la entonces Plaza de la República.

Page 26: Nicaraguan revolution

O patriarca com Luis (à esquerda) e Anastasio Jr

Page 27: Nicaraguan revolution

Anastasio Somoza Garcia com os seus filhos Luis e Anastasio Jr

Somoza-children: Anastasio, Jr. e Luis no LaSalle na Academia Militar, Long Island

Page 28: Nicaraguan revolution

1959 - somoza-brothers: Anastasio Somoza e Luis

Page 29: Nicaraguan revolution

1962- fundação da FSLN El FSLN fue fundado en 1962 por un grupo de estudiantes universitarios encabezados por Carlos Fonseca, Silvio Mayorga y Tomás Borge. Éstos recibieron el apoyo del dirigente revolucionario cubano Fidel Castro, ofrecido en parte por el papel que había desempeñado Luis Somoza Debayle en el desembarco de bahía de Cochinos de 1961. A pesar de la influencia de la ideología marxista y leninista, el FSLN no tenía un vínculo directo con el Partido Comunista de Nicaragua. Los sandinistas se oponían a la familia Somoza y a la presión de Estados Unidos sobre Nicaragua, y reclamaban una reforma política y económica radical que condujera a la redistribución de la riqueza y el poder

Page 30: Nicaraguan revolution
Page 31: Nicaraguan revolution
Page 32: Nicaraguan revolution
Page 33: Nicaraguan revolution

Tropas Sandinstas

Page 34: Nicaraguan revolution
Page 35: Nicaraguan revolution

19 de julio 1979

Page 36: Nicaraguan revolution

• somoza-carWreckage of Anastasio Somoza’s car in Paraguay, Sept. 17, 1980

Page 37: Nicaraguan revolution

Propaganda da FSLN, nota-se Sandino que a imagem de Sandino vem a cima como que orientando através de seu legado ideológico e experiência revolucionária os guerrilheiros que estão baixo junto com o povo

Page 38: Nicaraguan revolution

campanha de alfabetização

Page 39: Nicaraguan revolution

Jóvenes integrados a las tareas de defensa y producción FSLN - rally

Page 40: Nicaraguan revolution
Page 41: Nicaraguan revolution

Ernesto Cardenal, representante de la Teología de la Liberación

Page 42: Nicaraguan revolution

• Em 1983, João Paulo II, em visita oficial a Nicarágua. O papa, diante das câmeras de televisão, repreendeu severamente a Ernesto Cardenal, de joelhos diante dele, por difundir doutrinas apóstatas e por participar do governo sandinista .

Page 43: Nicaraguan revolution

OS CONTRAS

Eden Pastora Adolfo Calero (centro)

Page 44: Nicaraguan revolution

OS CONTRAS

Page 45: Nicaraguan revolution
Page 46: Nicaraguan revolution

O Caso Irã-Contras

Page 47: Nicaraguan revolution

EUA – década de 1980

Tentativa de satanizar as lutas sociais, que estavam ocorrendo nos anos 80, em particular a Revolução Nicaraguense, transformando-as em uma suposta ponta de lança da penetração soviética na América Latina.Ronald Reagan (1981-1989) -Caso Irã-Contras. O governo Reagan contrariou lei que impunha embargo ao Irã e aos guerrilheiros de Nicarágua, vendendo armas ao Irã em troca da liberdade de reféns americanos no país e enviando os recursos originados da venda aos rebeldes contras nicaraguenses

Page 48: Nicaraguan revolution

Los acuerdos de Sapoá

Page 49: Nicaraguan revolution
Page 50: Nicaraguan revolution

Consenso de Washington• Em novembro de 1989, reuniram-se na capital dos Estados

Unidos funcionários do governo norte-americano e dos organismos financeiros internacionais ali sediados – FMI, Banco Mundial e BID – especializados em assuntos latino-americanos. O objetivo do encontro, convocado pelo Institute for International Economics, sob o título “Latin American Adjustment: How Much Has Happened?, era fazer uma avaliação das reformas econômicas empreendidas nos países da região. Para relatar a experiência de seus países também estiveram presentes diversos economistas latino-americanos. As conclusões dessa reunião receberam, posteriormente, a denominação de “Consenso de Washington”

Page 51: Nicaraguan revolution

Violeta Barrios de Chamorro nasceu em Rivas, Nicarágua, em 18 de outubro de 1929. Viúva de Pedro Joaquín Chamorro, opositor ferrenho do ditador Anastasio Somoza, foi eleita presidente em 1990, derrotando os sandinistas liderados por Daniel Ortega. Em 1997, foi substituída por Arnoldo Alemán

Page 52: Nicaraguan revolution
Page 53: Nicaraguan revolution
Page 54: Nicaraguan revolution

José Daniel Ortega Saavedra (La Libertad, 11 de novembro de 1945) é um ex-guerrilheiro e político nicaragüense. Foi presidente de seu país entre 1985 e 1990, tendo regressado ao cargo em 2007. É membro da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) desde 1962.

Page 55: Nicaraguan revolution
Page 56: Nicaraguan revolution
Page 57: Nicaraguan revolution
Page 58: Nicaraguan revolution
Page 59: Nicaraguan revolution
Page 60: Nicaraguan revolution
Page 61: Nicaraguan revolution
Page 62: Nicaraguan revolution