1
MOÇ Ã O DE APOIO AOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DO RS Os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), da Universidade Federal de Pelotas, somados à indignação que se manifesta na totalidade dos servidores públicos estaduais do Estado do Rio Grande do Sul (RS), em decorrência do parcelamento dos proventos imposto pelo governador Ivo Sartori, vêm a público expressar: (1) Solidariedade ao movimento de luta do funcionalismo público estadual do RS, que tem sofrido graves ataques por parte do governador Ivo Sartori, em especial, ao movimento dos professores e dos gestores de escolas, categorias às quais pertencemos ou pertenceremos; (2) Inconformidade com o descaso do governo estadual com as instituições públicas de ensino, que não recebem as verbas de repasse, tornando inviável o funcionamento e a manutenção das mesmas; (3) Desacordo com o parcelamento do pagamento dos salários do funcionalismo público, ato de violência desnecessária, descabida e inconstitucional, chegando ao ponto crítico de a primeira parcela do pagamento referente ao mês de agosto ser o valor ínfimo de R$ 600,00 (seiscentos reais), pois, inúmeras famílias terão que sobreviver com um salário menor que o mínimo, até o recebimento da próxima parcela. (4) Apreensão com a situação de insolvência que passam a maioria do funcionalismo público com dívidas em bancos, falta de recursos para compra de alimentos, remédios e outros produtos de primeira necessidade. Ressalta-se que os bancos, supermercados e demais serviços básicos não parcelam as contas dos trabalhadores; (5) Decepção com a falta de democracia e transparência nas ações do governo estadual para privatizar patrimônio público, sucatear e destruir a estrutura social do Estado do RS. (6) Desalento com o tratamento diferenciado dado aos servidores e assessores: os primeiros, com salários congelados e parcelados; os segundos, com aumento em seus vencimentos e recebimento integral dos salários. Diante dessa realidade, não visualizamos alternativa senão a de resistir e lutar pelo respeito à nossa dignidade como trabalhadores. Resistir e lutar contra aqueles que atentam contra nosso direito de viver com um mínimo de condições e de receber pelo trabalho duramente realizado. Resistir e lutar contra aqueles que com suas malfadadas ações colocam em risco a vida dos trabalhadores e de seus familiares, provocando de forma deliberada injustiça e sofrimento. Assim, consideramos precisa a articulação da unidade entre os servidores públicos para que o direito ao pagamento integral dos salários seja garantido, tendo também em perspectiva os direitos dos trabalhadores que transcendem questões salariais e que assegurem condições dignas de vida e de trabalho. Acreditamos que os bolsistas do PIBID, grupo que congrega docentes atuantes e em formação, têm a responsabilidade de manifestar nesse momento uma postura combativa frente à precarização da educação pública que se agrava cada vez mais e é intensificada pelos cortes orçamentários, tanto por parte do governo estadual, quanto do federal, e que inclusive tem impacto sobre o programa do qual fazemos parte. Sendo assim, reafirmamos nosso apoio à luta do funcionalismo público estadual tendo em vista a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade como norte para nos mobilizarmos em unidade. Assinam esta moção de apoio, Todos os bolsistas do PIBID-UFPEL (alunos de iniciação à docência, supervisores e coordenadores) Aprovada em 02 de setembro de 2015, no IV Seminário PIBID-UFPEL

Nota de apoio aos professores do Rio Grande do Sul

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Nota de apoio aos professores do Rio Grande do Sul

MOÇ Ã O DE APOIO AOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DO RS

Os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à

Docência (PIBID), da Universidade Federal de Pelotas, somados à

indignação que se manifesta na totalidade dos servidores públicos

estaduais do Estado do Rio Grande do Sul (RS), em decorrência do

parcelamento dos proventos imposto pelo governador Ivo Sartori,

vêm a público expressar:

(1) Solidariedade ao movimento de luta do funcionalismo público estadual do RS, que tem

sofrido graves ataques por parte do governador Ivo Sartori, em especial, ao movimento dos

professores e dos gestores de escolas, categorias às quais pertencemos ou pertenceremos;

(2) Inconformidade com o descaso do governo estadual com as instituições públicas de ensino,

que não recebem as verbas de repasse, tornando inviável o funcionamento e a manutenção

das mesmas;

(3) Desacordo com o parcelamento do pagamento dos salários do funcionalismo público, ato de

violência desnecessária, descabida e inconstitucional, chegando ao ponto crítico de a

primeira parcela do pagamento referente ao mês de agosto ser o valor ínfimo de R$ 600,00

(seiscentos reais), pois, inúmeras famílias terão que sobreviver com um salário menor que o

mínimo, até o recebimento da próxima parcela.

(4) Apreensão com a situação de insolvência que passam a maioria do funcionalismo público

com dívidas em bancos, falta de recursos para compra de alimentos, remédios e outros

produtos de primeira necessidade. Ressalta-se que os bancos, supermercados e demais

serviços básicos não parcelam as contas dos trabalhadores;

(5) Decepção com a falta de democracia e transparência nas ações do governo estadual para

privatizar patrimônio público, sucatear e destruir a estrutura social do Estado do RS.

(6) Desalento com o tratamento diferenciado dado aos servidores e assessores: os primeiros,

com salários congelados e parcelados; os segundos, com aumento em seus vencimentos e

recebimento integral dos salários.

Diante dessa realidade, não visualizamos alternativa senão a de resistir e lutar pelo respeito à nossa

dignidade como trabalhadores. Resistir e lutar contra aqueles que atentam contra nosso direito de

viver com um mínimo de condições e de receber pelo trabalho duramente realizado. Resistir e lutar

contra aqueles que com suas malfadadas ações colocam em risco a vida dos trabalhadores e de

seus familiares, provocando de forma deliberada injustiça e sofrimento.

Assim, consideramos precisa a articulação da unidade entre os servidores públicos para que o direito

ao pagamento integral dos salários seja garantido, tendo também em perspectiva os direitos dos

trabalhadores que transcendem questões salariais e que assegurem condições dignas de vida e de

trabalho.

Acreditamos que os bolsistas do PIBID, grupo que congrega docentes atuantes e em formação, têm a

responsabilidade de manifestar nesse momento uma postura combativa frente à precarização da

educação pública que se agrava cada vez mais e é intensificada pelos cortes orçamentários, tanto

por parte do governo estadual, quanto do federal, e que inclusive tem impacto sobre o programa do

qual fazemos parte. Sendo assim, reafirmamos nosso apoio à luta do funcionalismo público estadual

tendo em vista a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade como norte para nos

mobilizarmos em unidade.

Assinam esta moção de apoio,

Todos os bolsistas do PIBID-UFPEL

(alunos de iniciação à docência, supervisores e coordenadores)

Aprovada em 02 de setembro de 2015, no IV Seminário PIBID-UFPEL