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O CONFLITO ENTRE ÁRABES E JUDEUS NA PALESTINA GEOGRAFIA - 3º ANO - 2014 PROFª: ROSILANE RIBEIRO MARALHAS

O conflito entre árabes e judeus na palestina

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JUDEUS X ÁRABES E A QUESTÃO PALESTINA

PROFª: ROSILANE RIBEIRO MARALHAS

O CONFLITO ENTRE ÁRABES E JUDEUS NA PALESTINA

GEOGRAFIA - 3º ANO - 2014 PROFª: ROSILANE RIBEIRO MARALHAS

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PALESTINA: UMA PEQUENA REGIÃO DO ORIENTE MÉDIO

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O QUE SÃO ISRAEL E PALESTINA? BREVE HISTÓRICO

A Palestina é uma pequena região do Oriente Médio, o qual, por sua vez, está situado no sudoeste da Ásia.

Era o local da 'Terra Santa' para o povo hebreu (judeus), cujos registros históricos de presença na região apontam para o ano de 1.200 a.C..

Os hebreus foram expulsos da Palestina, pela última vez, em 70 d.C, pelo Império Romano. Espalharam-se, a partir de então, em sua maior parte, pela Europa Oriental e Oriente Médio.

Em 638 d.C, a Palestina foi conquistada pelos árabes, no contexto da expansão do islamismo, e passou a fazer parte do mundo árabe. De 1517 a 1918, a região foi incorporada ao imenso Império Turco-otomano. Vale lembrar que os turcos, embora muçulmanos, não pertencem à etnia árabe. 

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Na 1ª Guerra Mundial, a Turquia lutou ao lado da Alemanha e, derrotada, viu-se privada de todas as suas possessões no mundo árabe.

A Palestina passou então a ser administrada pela Grã-Bretanha, mediante mandato concedido pela Liga das Nações.  Israel é um estado judeu, criado em 1948, na Palestina histórica. A ocupação da área foi feita de forma gradual, a partir do primeiro encontro sionista (movimento internacional judeu), em 1897. Nele ficou definido que os judeus retornariam em massa à região da 'Terra Santa', em Jerusalém – de onde haviam sido expulsos pelos romanos.

 À medida que a imigração de judeus para a Palestina aumentava, foram surgindo os confrontos. No início da 1ª Guerra Mundial, em 1914, já havia 60 mil judeus vivendo na região. Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou drasticamente porque milhões de judeus se dirigiram à Palestina fugindo da perseguição nazista na Europa.

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Sob o domínio da Grã-Bretanha, a Palestina, cuja religião predominante era muçulmana, foi escolhida para a criação do lar judeu, por conta de nela situar-se a Terra Santa, clamada pelos hebreus.

Assim, em maio de 1947, o governo do Reino Unido solicitou à ONU um plano de partição da área entre dois Estados – um judeu e um árabe – estabelecendo que Jerusalém e Belém ficassem sob controle internacional.

Dessa forma, os 700 mil judeus ficariam com 53% do território, enquanto os cinco milhões de árabes que já moravam no lugar, passariam a ficar abrigados nos 47% restantes. A comunidade árabe, sentindo-se prejudicada, não aceitou.

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O INÍCIO DOS CONFRONTOS

A Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano, Transjordânia, Iraque, Arábia Saudita e Iêmen, em formação original), afirmou que a decisão das Nações Unidas significava guerra aos judeus.

Sem consenso, a tentativa da ONU de resolver o confronto com a criação de um Estado duplo (árabe e judeu) fracassou.

Israel declarou, então, unilateralmente a criação de seu Estado em 14 de maio de 1948. Neste ano, os judeus na Palestina já somam 750 mil.

Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprova plano para partilha da Palestina, ou seja, a criação de Israel e de um Estado palestino. Até então, a região era uma colônia britânica. A partilha é rejeitada por árabes e palestinos, que prometem lutar contra a formação do Estado judaico.

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A REAÇÃO ÁRABE

Após a declaração de independência de Israel, os exércitos da Liga Árabe (Egito, Jordânia, Síria e Líbano) atacaram o país.

700 mil civis palestinos, a grande maioria, fugiram do conflito, abandonando terras e propriedades, refugiando-se nos países árabes. Inicia-se a primeira diáspora.

Em 1949, Israel vence a guerra árabe-israelense e expande suas fronteiras.

Cisjordânia e Jerusalém Oriental ficam com a Jordânia; Gaza, com o Egito. Os palestinos perdem a área que lhes fora delimitada pelo plano de partilha da ONU.

1949: Expansão das fronteiras de Israel na Palestina e avanço dos países árabes sobre o restante do território . 

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GUERRA DOS SEIS DIAS: O AGRAVAMENTO DO CONFLITO

Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, a vitória de Israel mudaria o mapa da região. O

Estado judeu derrotou novamente Egito, Jordânia e Síria (estes apoiados por outros

estados árabes) e conquistou Jerusalém Oriental, a Península do Sinai (Egito), as

Colinas de Golan (Síria), a Faixa de Gaza e toda a Cisjordânia – região de maioria

árabe e reclamada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) e pela Jordânia.

Entre as guerras envolvendo árabes e israelenses, a de 1967 acentuou as

rivalidades por envolver territórios de outros países árabes.

A partir daí, Israel assumiu uma política de colonização de Gaza e da Cisjordânia por

meio de assentamentos judaicos. Observe o mapa a seguir:

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Desde então, a disputa pelo

território também considerado

sagrado pelos árabes,

transformou a região em uma

das mais tensas do Oriente

Médio.

De um lado, Israel usa seu

poderio militar para manter a

ocupação.

Do outro, os palestinos tentam

até hoje alcançar seu objetivo

de criar um Estado ( país)

próprio.

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A POSIÇÃO DA ONUContrário as ocupações do imediato pós guerra, o Conselho de Segurança da ONU compôs a resolução 242 (1967), que exigia:

A retirada imediata de Israel das áreas ocupadas Que Israel retornasse às fronteiras pré-1967 (observe novamente o mapa).

Porém o governo israelense jamais cumpriu tal exigência, e nem por isso sofreu represálias.

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1973: O CONFLITO SE EXPANDE

Guerra de Yom Kippur, 1973. Desobedecendo às determinações da ONU, Israel manteve suas conquistas.

Essa atitude provocou, em 1973, a Guerra do Yom Kippur e a primeira crise mundial do petróleo.

Após a morte do presidente egípcio Abmael Nasser, principal líder nacionalista árabe, em 1970, Anuar Sadat subiu ao poder.

Os esforços de seu governo centraram-se na recuperação dos territórios que o Egito havia perdido para Israel em 1967.

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1973: GUERRA DO YON KIPPURPara atingir esse objetivo, Egito e

Síria planejaram uma nova ofensiva

armada, concretizada em 6 de

outubro de 1973, dia em que os

judeus comemoravam o Dia do

Perdão ou Yom Kippur.

No início da Guerra do Yom Kippur,

os árabes estavam em vantagem,

mas a imediata ajuda norte-

americana mudou os rumos da

guerra e Israel manteve o domínio

sobre as áreas ocupadas.

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AS INTIFADAS: REAÇÃO POPULAR

Jovem palestino atira pedras contra soldados israelenses em confronto. (Foto: Abbas Momani/AFP) 

Os civis palestinos reagiram à

tomada do território com as

intifadas (que em árabe significa

levantar a cabeça). Milhares de

jovens saíram às ruas para

protestar contra a ocupação

israelense – considerada ilegal pela

ONU.

Em 1987, na primeira intifada,

crianças que jogavam pedras nos

tanques foram mortas por Israel,

provocando a indignação da

comunidade internacional.

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O QUE ALIMENTA O CONFLITO NA PALESTINA

• A postura de Israel de não devolver as áreas ocupadas na Guerra

dos Seis Dias;

• O desentendimento sobre o futuro político de Jerusalém, a cidade

santa para judeus, árabes e cristãos;

• O absoluto controle econômico, militar e social de Israel sobre

toda a Palestina, sacrificando enormemente a vida do povo

palestino;

• O boicote palestino, os quais não reconhecem a legitimidade do

Estado judeu;

• Os atentados terroristas utilizados como estratégia de luta,

sobretudo da parte árabe, como por vezes também ocorre da

parte de judeus radicais;

Em conjunto, esses impasses impedem que os conflitos terminem –

apesar de haver um processo de negociação de paz que já dura anos. 

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Palestinos levantam bandeira próximo ao maior assentamento Judaico no subúrbio de Jerusalém. (Foto: Abbas Momani/AFP)

Judeu ortodoxo reza no Muro das Lamentações, em Jerusalém. (Foto: Reuters)

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O QUE SÃO O SIONISMO, JUDAÍSMO E ANTISSEMITISMO?

O SIONISMO foi a principal força por trás da criação do Estado de Israel (1948).Foi no primeiro encontro sionista, realizado em 1897, que se definiu que os judeus retornariam em massa à "Terra Santa", em Jerusalém – de onde foram expulsos pelos romanos nos anos 70 d.C.

Idealizado e divulgado pelo jornalista e escritor austro-húngaro Theodor Herzl, esse movimento político defendia o direito dos judeus de terem sua pátria na região que a bíblia chamou de “Terra de Israel”. O projeto, aprovado em um congresso israelita reunido em Genebra, teve ampla ressonância junto à comunidade judaica internacional e foi apoiado sobretudo pelo governo britânico (apoio oficializadoem 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, pela Declaração Balfour).

A teoria de Herzl – que presenciou o antissemitismo na Europa – era de que, com a existência de um Estado próprio, os judeus poderiam ser politicamente fortes. A idéia de possuir um território era algo "revolucionário" para um povo que tinha sofrido violentas perseguições durante séculos.

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Para os palestinos, o sucesso do movimento sionista significou a frustração de suas aspirações nacionais e a vida sob ocupação em uma terra que eles também consideram sagrada.

O JUDAÍSMO é o nome dado à religião do povo judeu, considerada a mais antiga entre as principais monoteístas.

O hebraico é a língua litúrgica, e a Torá o livro sagrado.

Também há costumes alimentares e culturais específicos do povo judeu.

  Prisioneiro judeu tem os cabelos cortados em campo de concentração nazista. (Foto: AFP) 

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O ANTISSEMITISMO é um movimento extremista que prega o ódio aos judeus.

O movimento foi mais forte na Alemanha, onde durante anos foi construídoo sentimento de que os judeus eram os responsáveis pelos males ocorridos no país. A ideologia teve seu ponto máximo no nazismo, que defendia que os judeus eram moral e fisicamente inferiores aos arianos.

Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), houve o extermínio de cerca de 6 milhões de judeus pela Alemanha nazista, o que provocou forte migração de famílias judias para fora da Europa.

O holocausto causado pelos nazistas justificou a pressão do povo judeu por um território próprio onde suas crenças e tradições fossem respeitadas, conforme defendia o movimento sionista, iniciado no final do século 19.

Esse território já havia sido prometido aos judeus pela Declaração de Balfour e pela Liga das Nações, em 1922. Grande parte deles foi para a Palestina, onde seria criado o Estado de Israel, em 1948.

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O QUE É A FAIXA DE GAZA?

A Faixa de Gaza é uma faixa do território palestino localizado em um

estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.

Marcada pela pobreza e superpopulação, tem 1,7 milhões de habitantes e

está lotada de favelas. Abrange uma área de menos de 40 km de extensão

e outros poucos quilômetros de largura. Quem mora ali tem uma vida de

restrições

A região foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e

entregue aos palestinos em 2005 para fazer parte do Estado da Palestina.

Israel retirou dali, na ocasião, suas tropas e cerca de 7 mil colonos.

Porém, boa parte das fronteiras, territórios aéreos e marítimos de Gaza

 ainda são controlados pelos israelenses.

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A taxa de desemprego em Gaza

ultrapassa os 40% (entre os jovens é

de 50%), e 21% de seus habitantes

vivem em situação de profunda

pobreza.

Em meados de 2013, a limitação de

movimento foi ampliada quando o

Egito impôs novas restrições na

fronteira de Rafah – que nos últimos

anos havia se tornado o principal

ponto de entrada e saída de

palestinos de Gaza.

Restrições à circulação de pessoas impedem a saída e a entrada de palestinos em Gaza (Foto: Reuters)

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Em 2007, o grupo islâmico Hamas assumiu o controle da região, em votação democrática, causando reação imediata de Israel, que impôs um bloqueio à Faixa de Gaza, restringindo a circulação de mercadorias e de pessoas.

Os bloqueios até hoje criam dificuldades de abastecimento de produtos básicos, como remédios e comida para a população.

Os palestinos que vivem ali estão sujeitos a uma rotina em que movimentos são restritos, há cortes de energia frequentes e a economia local está em frangalhos.

Também há restrições para atividades como agricultura e pesca.

Segundo a ONU, há uma alta proporção de jovens em Gaza. Se a economia local ganhar fôlego, haverá abundância de pessoas em idade de trabalho. Caso contrário, poderá haver mais tensão social, com tendência à violência e ao extremismo.

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No último conflito {1914), 360 fábricas e oficinas foram riscadas do mapa, segundo a Federação das Indústrias de Gaza. Entre as restantes, a maioria teve de suspender a produção devido à chuva de bombas. As perdas já passam de mais de 570 milhões de dólares, o que não é pouco para as empresas de Gaza que, em geral, são modestas.

Segundo informa a Organização de Alimentos e Agricultura da ONU (FAO), 42.000 acres de terras de cultivo sofreram pesados danos.

Metade da criação de aves foi perdida devido aos bombardeios ou pela impossibilidade de os agricultores prestarem cuidados, já que o acesso às granjas próximas à fronteira com Israel ficou impossível. A única usina de energia elétrica de Gaza foi bombardeada e destruída. Somente a reconstrução da usina levará de seis meses a um ano.

 

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Menino palestino carrega bebedouros de frango na Faixa de Gaza. A única fonte de água potável da Faixa de Gaza tem nível de contaminação dez vezes maior do que o normal, impossibilitando o consumo. O bloqueio de Israel ao território, dificulta a entrega de muitos equipamentos sanitários que poderiam ajudar na limpeza da água. Foto: Ibraheem Abu Mustafa / Reuters

Bombeiro palestino tenta conter fogo em incêndio na única central elétrica de Gaza, atingida por um bombardeio de Israel em 29/07/14. (Foto: Ahmed Zakot/Reuters)

NA GUERRA ...O MAIS FORTE PREVALECE

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A estação de tratamento de água precisará ser reconstruída pois foi um dos primeiros alvos dos mísseis certeiros da aviação de Israel. A ONG inglesa OXFAM informa que o bombardeio de poços, tubulações e reservatórios causou a contaminação da água fresca com esgotos e o vazamento de 15 mil toneladas de detritos sólidos pelas ruas de Gaza. De agora em diante, a população de Gaza só poderá consumir metade da água disponível antes da guerra.

Quarteirões residenciais inteiros foram transformados em ruínas pelas bombas. Segundo cálculos da ONU, entre 16 mil e 18 mil lares foram totalmente destruídos e 30 mil sofreram pesados danos. A estimativa é que levarão 18 anos para reconstruir estas casas, caso o bloqueio de Gaza continue, limitando a entrada de pessoas e materiais necessários às obras.

NA GUERRA, A POPULAÇÃO CIVIL É AMPLAMENTE SACRIFICADA

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Jovens palestinos jogam pedras contra soldados israelenses perto de Tulkarem, na Cisjordânia, em janeiro. Fonte: g1.globo.com

26.jul.2014 - Palestinos caminham sobre escombros de suas casas durante um cessar-fogo humanitário de 12 horas. Fonte: notícias.uou.com.br

GUERRA É ISSO...

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Entre 350 mil e 400 mil cidadãos apareceram em busca de abrigo nas instalações da ONU. O previsto eram 50 mil desalojados. A maioria deles obedecia às ordens do exército de Israel para que abandonassem seus lares, que seriam bombardeados.

As bombas não pouparam abrigos da ONU matando muitos dos palestinos ali refugiados. Cerca de 2020 pessoas morreram, das quais pelo menos 80% eram civis desarmados. Dessas, 469 eram crianças. Mais de três mil ficaram feridas.

373 mil crianças de Gaza precisam de “ajuda psicológica imediata”. E a Unesco só conta com 50 psicólogos na região, que teriam condições de atender apenas 3 mil crianças.

Todo o sistema de educação infantil de Gaza já está irreparavelmente lesado; 219 escolas não escaparam da mira dos artilheiros e pilotos israelenses, sendo que em 22 delas, nada restou.

 

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Fuga de palestinos de ataque israelense a um bairro de Gaza

Escola palestina destruída após ataques aéreos israelenses. Fonte: jornaljjn.com.br

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Israel justifica as duras medidas tomadas contra os palestinos como

legítimas devido ao fato do Hamas ser um inimigo declarado. Suas

lideranças consideram a organização islâmica como um grupo terrorista

que se recusa a deixar as armas.

Para os palestinos que vivem em Gaza, a situação dos bloqueios

israelenses é insustentável, pois tornam a vida na região extremamente

difícil.

Por essa razão, até mesmo para aqueles que não apoiam o Hamas, o

disparo de foguetes contra Israel, que consideram o causador de seus

tormentos, é uma resposta justa.

 

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Uma multidão de palestinos estão sob os escombros de um prédio que foi destruído durante os combates entre militantes do Hamas e Israel, enquanto assiste a um desfile de militantes do Hamas. Foto: Deutsche Welle 

Grande parte da infraestrutura de Gaza foi destruída; há falta de energia  elétrica e água potável. Fonte: G1.com.br

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Jovens palestinos se escodem após lançarem pedras contra soldados israelenses no vilarejo de Qusra, Gaza.

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OS TÚNEIS DE CONTRABANDO

Uma das alternativas aos bloqueios foram os túneis de contrabando, que

se proliferaram pelo território de Gaza e eram usados pelos palestinos

para a entrada de alimentos, dinheiro, armas, combustível e materiais de

construção.

O fluxo foi interrompido após operação israelense contra os túneis iniciada

em 2013. A consequência foi a escassez desses materiais e a alta nos

preços dos alimentos em Gaza.

Também causou desemprego nas áreas da construção civil e transportes,

que dependem diretamente dos materiais que chegavam pelos túneis de

contrabando.

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Israel usa os túneis como um dos

argumentos para os ataques à Faixa de

Gaza. A ação militar terrestre começou

em 18 de julho de 2014 com o objetivo de

destruir essas passagens subterrâneas,

chamadas por Israel de "túneis do terror".

O Estado judeu afirma que os túneis de

contrabando também são usados pelo

Hamas para preparar plataformas de

lançamento de foguetes e para se infiltrar

em território israelense.  Palestino entra em um túnel de contrabando na fronteira Gaza-Egito. (Foto: Mahmud Hams/AFP) 

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Túneis levam mercadorias que vão de cimento a vacas e carros desmontados. Foto: Heather Sharp - BBC News em Gaza

Proibidos, jovens namorados Emad al-Malalha, palestina e Manal Abu Shanar, egípcio, fazem uso dos túneis de contrabando entre Palestina e Egito para se casarem. Foto:mudancadevida.net.br

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QUEM É O HAMAS?O Hamas é considerado a maior organização islâmica nos territórios palestinos da atualidade.

Um de seus criadores foi o xeque Ahmed Yassin, que pregava a destruição de Estado israelense. Seu nome é a sigla em árabe para Movimento de Resistência Islâmica.

O grupo surgiu em 1987, após a primeira intifada (revolta popular palestina) contra a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. 

Além da faceta militar – com as brigadas Al-Qassam – o grupo que controla Gaza também é um partido político.

Em sua carta de fundação, o Hamas estabelece dois objetivos: promover a luta armada contra Israel e realizar programas de bem-estar social.

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Em 2006, o grupo islâmico venceu as eleições parlamentares palestinas, fato não reconhecido pelo opositor político Fatah.

O FATAH é um partido nacionalista árabe, fundado em 1959 pelo líder palestino Yasser Arafat e que concorda com a criação de dois Estados (Israel e Palestina) para a solução do conflito.

Ocorreu, então, o racha dentro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), após anos de confrontos internos. A divisão fez com que o HAMAS passasse a controlar a Faixa de Gaza, a partir de 2007, e o FATAH ficasse com o comando da Cisjordânia.

Israel e Hamas não dialogam – o Estado judeu considera o grupo islâmico uma organização terrorista.

Por seu lado, o grupo islâmico não aceita as condições propostas pela comunidade internacional para ser considerado um ator global legítimo: reconhecer Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à violência.

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Integrantes do Hamas tomam o escritório do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, do Fatah, em 2007, após o racha provocado pela vitória do primeiro, nas eleições do ano anterior . (Foto: AP)

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QUEM APÓIA E QUEM CONDENA O HAMAS?

O Hamas é parte de uma vertente política do Islã que, com as Revoltas Árabes iniciadas em 2011, está sendo combatida em toda a região.

Primeiro no Egito (com a saída da Irmandade Muçulmana), mas também em países do Golfo. O Irã, seu aliado histórico, deixou de apoiá-lo. Por sua longa história de ataques e sua recusa em renunciar à violência, o Hamas é considerado uma organização terrorista também pelos Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Japão. 

Porém, para o Qatar e a Turquia, o Hamas é visto como um movimento de resistência legítimo.

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POSIÇÃO DOS PAÍSES ÁRABES E DO OCIDENTE NO ATUAL CONFLITO

Uma das menores e mais ricas monarquias do mundo, o Qatar financia a construção de edifícios e estradas em Gaza.

Além disso, fornece ao Hamas centenas de milhões de dólares por ano.

A Turquia já foi aliada de Israel, mas o atual governo é favorável à linha militante do islamismo e se aproximou do Hamas.

Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Jordânia condenam tanto o Hamas quanto Israel pela morte de civis em Gaza.

Irã e Síria, que já apoiaram o Hamas, romperam com o movimento palestino, pois ele favorece os rebeldes que lutam para derrubar do poder o ditador sírio Bassar al-Assad, a cujo governo, o Irã apoia. 

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No Ocidente, os Estados Unidos apoiam os argumentos de Israel. E afirmam que é justa sua decisão de destruir os túneis que o Hamas usa para infiltrar extremistas (terroristas) em território israelense.

Os EUA reconhecem Israel como Estado independente e Israel, por sua vez, éo principal aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio.

Com a ajuda americana, Israel permanece nas áreas ocupadas, desrespeitando resolução da ONU.

Ao mesmo tempo, as negociações de paz na região são tocadas pelo secretário de Estado americano, John Kerry, com respaldo da União Europeia

Os países europeus apoiam Israel nos conflitos no Oriente Médio. Entretanto, a péssima repercussão das muitas mortes de civis na ofensiva atual fizeram com que as manifestações de apoio ficassem mais raras e discretas. 

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Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se cumprimentam após reunião. Americanos são o principal aliado de Israel. (Foto: Larry Downing/Reuters) 

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O Brasil reconhece a existência do Estado Palestino desde 2010. De igual modo, também reconhece Israel como um Estado independente na Palestina.

O governo brasileiro qualificou de “inaceitável” a atual escalada de violência na Faixa de Gaza e convocou seu embaixador em Israel “para consulta”. Essacé uma medida diplomática excepcional, tomada quando o governo quer demonstrar descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro considerou desproporcional o uso da força por Israel e pediu o fim dos ataques.

A reação israelense foi imediata e dura. O porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, afirmou que a medida era “uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continuava a ser um anão diplomático”.

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Resposta do Ministério das Relações Exteriores do Brasil:

“Se existe algum “anão diplomático” o Brasil não é um deles. Somos um

dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os

membros da ONU e temos histórico de cooperação de paz e ações pela paz

internacional”.

Dias depois, o governo de Israel emitiu documento pedindo desculpas pelas

palavras de seu funcionário afirmando que elas não refletiam o pensamento

do país.

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POR QUE ISRAEL E HAMAS ENTRARAM EM CONFLITO NA FAIXA DE GAZA?

A escalada de violência começou em junho de 2014. Foi o terceiro conflito do tipo desde que o grupo islâmico passou a controlar a região, em 2007.

O estopim foi o sequestro e assassinato a tiros de três adolescentes israelenses.

Israel acusou o Hamas pelas mortes. A organização não confirmou nem negou seu envolvimento.

Durante as buscas pelos adolescentes, na Cisjordânia, as forças israelenses prenderam centenas de militantes do Hamas.

No dia seguinte à localização dos corpos, um adolescente palestino foi encontrado morto em Jerusalém Oriental.

A autópsia indicou que ele havia sido queimado vivo.

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Estudantes israelenses sequestrados e mortos na Cisjordânia. Israel acusa o Hamas, que não nega nem assume a autoria dos crimes. (Foto: Reuters) 

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Israel prendeu seis judeus extremistas e três deles confessaram o crime.

A confissão reforçou a tese de assassinato com motivação política, gerando revolta e protestos palestinos na Faixa de Gaza.

Foguetes foram disparados por ativistas palestinos de Gaza em direção ao país judeu. Israel contra-atacou com bombas.

Em 8 de julho/2014, após intenso bombardeio contra o sul de Israel, o Estado judeu passou para os ataques aéreos contra Gaza.

O Hamas respondeu com foguetes contra a capital de Israel, Tel Aviv, e as forças israelenses decidiram atacar também por terra.

O conflito provocou baixas nos dois lados, porém de forma desproporcional contra os palestinos. Cerca de 2.200 árabes foram mortos, a maioria civil, contra aproximadamente, 80 judeus, quase todos militares.

 

 

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A DIFÍCIL VIDA EM UM TERRITÓRIO SOB CONFLITO MILITAR

Famílias palestinas caminham entre casas destuídas por mísseis israelenses. Fonte: veja.abril.com.br

O Hamas dispara foguetes contra Tel Aviv e Jerusalém na noite de 8 de julho. Os mísseis foram lançados a partir de Gaza e respondiam aos ataques de Israel que tenta vingar a morte dos três adolescentes judeus que foram sequestrados e mortos.

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Soldado de Israel faz oração na fronteira com Gaza; ao fundo, fumaça de ataques. (Foto: Jack Guez/AFP) 

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AS JUSTIFICATIVAS BÉLICAS DOS PROTAGONISTAS DO CONFLITO

Além das mortes dos adolescentes, Israel justifica seus ataques como resposta aos foguetes disparados pelo Hamas em direção à Israel. Seria uma forma de defesa.

Segundo Israel, o grupo islâmico esconde militantes e armas em residências da Faixa de Gaza e, por isso, precisa bombardeá-las, mesmo que isso signifique a morte de civis.

Essa atitude se reflete de forma altamente negativa na opinião pública interna e, sobretudo, internacional.

Do lado palestino, somado à morte do adolescente e às prisões de integrantes do Hamas, está a insatisfação da população de Gaza, a qual considera abusivo o controle de Israel sobre a região.

Por causa dos bloqueios, os moradores dependem do Estado judeu para ter acesso a água, eletricidade, meios de comunicação e dinheiro. 

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13.jul.2014 - Seis foguetes J80 são lançados por militares pró-Hamas na Faixa de Gaza (Palestina) para atingir Israel. Fonte: Notícias Uou.com.br

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A PAZ NA PALESTINA É POSSÍVEL E DEPENDE DA JUSTIÇA E DA VONTADE POLÍTICA DAS LIDERANÇAS DE AMBOS OS POVOS. QUANDO ELAS AS COMPREENDERÃO?

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Fontes: Diversas publicações, entre elas:

http://g1.globo.com/mundo/noticiahttp://www.brasilescola.com/geografia/o-conflito-na-palestina-faixa-gaza.htmeducacao.pesquisablogs.com.br/post.php?http://www.cursoobjetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/questao_palestina.aspxhttp://redes.moderna.com.br/tag/divisao-da-palestina/www.atica.com.br/SitePages/Obra.aspx?cdObra=823

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