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O Essencial da Oftalmologia dos GatosProf. Felipe Wouk
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Sobre o PapoVet
O PapoVet é uma iniciativa pioneira do Instituto Qualittas de Pós-Graduação em Medicina Veterinária. O programa é exibido a partir das 20 horas (horário de Brasília), ao vivo no YouTube, e conta com a participação de profi ssionais renomados no mercado e atuantes em suas especialidades.
Para participar, é necessário se cadastrar no hotsite (www.qualittas.com.br/programas) para receber o link da palestra.
PROF. FELIPE WOUKPossui graduação em Medicina Veterinaria pela Universidade Federal do Paraná (1977), Especialização em Oftalmologia Veterinária pela Es-cola de Veterinária de Toulouse (1983), Mestrado em Cirurgia Veteriná-ria pela Universidade Federal de Santa Maria (1980) e Doutorado em Biologia e Fisiologia Animal pelo Institut Nationale Polytechnique de Toulouse (1984). Pós-Doutorado em Oftalmologia Veterinária pela Es-cola de Veterinária de Alfort-França (1989). É Professor Titular da Uni-versidade Federal do Paraná, Conselheiro Efetivo do Conselho Federal de Medicina Veterinária, assessor da Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CONAES) e do MEC. Tem experiência na área de Medicina Veterinária e Medicina comparada, com ênfase em Clínica e Cirurgia Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: cicatrização, oftalmologia e cardiologia. É coordenador e professor dos cursos de Oftalmologia Veterinária do Instituto Qualittas.
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Uveites
DoençasCongênitas
Atrofi a retinianaCentral e progressiva
Cataratas e Luxação do cristalin
CeratitesConjuntivites
GlaucomaDescolamentode retinaTrauma
Tumores
Câmara anterior profunda
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Ângulo Camerular
Ligamentos Pectinados Visíveis
Esfi ncter da Iris Pupila
Ausência de cílios
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Campo Visual
Refl exo tapetal
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Fundo do Olho
• Papila óptica redonda, cinza e pequena
- Não mielinizada
- Vasos emergem da periferia do nervo
• Grande zona tapetal
- Composta de ribofl avina e zinco nos gatos
Estrutura da retina
Le fond d’ceil tel que le voit l’observateur
Coupe schématique du fond d’ ceil.
Coupe rétino-choroïdienneLe tapis commence où s’arrête l’épithélium pigmenté surchargé de noir.
neurorétine
membrane de Bruchchoriocapillaire
tapiscouche des gros vaisseaux
sclère
épithélium pigmenté
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FUNDO NORMAL DO GATO
Algumas Doenças Congênitas
• Agenesia palpebral
• Entrópio
• Distiquíase
• Atresia de pontos lacrimais
• Persistência de membrana pupilar
• Catarata
• Olho seco
• Estrabismo
• Iridosquise
• Heterocromia da iris
• Coloboma da papila
• Microftalmia
LESÕES CONGÊNITAS
Agenesia palpebral
• Mais comum em situação têmporo-dorsal
• Pode estar associada a outras anomalias:
- Microftalmia, persistência de membrana pupilar, coloboma de coróide e de disco óptico, displasia de retina
• Tratamento:
- Reconstrução palpebral (blefaropoiese) e lubrifi cante ocular
Holangiótico
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Agenesia palpebral
Alterações associadas
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Estrabismo e Iridosquise
Retalho de rotação
Queilobléfaropoiese
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Hipoplasia de Íris
• Mais comum em cães de coloração diluída com íris hipomelanótica
• Gatos siameses
• Sem tratamento
Hipoplasia de íris + hipoplasia de coróide = diminuição da visão
• Coloboma de íris
Entrópio Congênito
Cisto Uveal Anterior
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Iridosquise
• No feto a pupila é fechada por uma fi na membrana vas-cular, que é reabsorvida (até 6 semanas de vida), então forma-se a abertura pupilar
• Alterações na lente ou na córnea
Persistência da Membrana Pupilar
Heterocromia de Íris
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Lesões Congênitas
• Dermóide corneano
• Catarata
• Displasia de Retina
- Hereditária e infecção por Panleucopenia Viral Felina in-utero
Atresia de Pontos Lacrimais Dilatação dos Pontos Lacrimais
“Distiquíase” Olho Seco Congênito na Raça Burmese
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Microftalmia
• Fissura palpebral diminuida, procidência da membrana nictitante, secreção purulenta
• Ambos os olhos pequenos e no interior da órbita
Catarata Congênita
Tratamento Cirúrgico
Coloboma da papila
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Afecções Neonatais
• Oftalmia neonatal
• Simbléfaro
OFTALMIA NEONATAL
• Conjuntivite neonatal
• Herpes virus e Chlamydophyla psittaci
• Desfazer o anquilobléfaro
• Doença respiratória concomitante
Herpes Virus Felino
• Herpes Virus
• Prevenção: vacina
- Opções Terapêuticas:
Atb tópico para prevenir infecção secundária
L-lisina oral: Compete com a arginina limitando a replicação viral;500mg a 1500 mg VO SID no alimento
Interferon-alfa tópico e ou sistêmico
Idoxuridine tópica se úlcera de córnea
Simbléfaro
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Limitar o estresse ambiental
FANCICLOVIR: 125 mg gato sid ou bid por 3 meses
Afecções Adquiridas Incluindo o Trauma Ocular
• Úlceras e distrofi as corneanas
• Perfuração ocular
• Proptose ocular
• Sarcoma pós-traumático
• Outras neoplasias
• Infecções
• Problemas neurológicos
• Afecções das glândulas e vias lacrimais
• Glaucoma
• Luxação da lente
• Hipertensão arterial sistêmica
• Doenças da retina
AFECÇÕES DA ÓRBITA
• Proptose Traumática
• Abcesso orbitário/celulite: incomum
• Neoplasia orbitária:
- 90% maligno
- Tumores epiteliais primários
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Proptose Traumática
• Trauma importante da cabeça e face com possível fratura orbitária
Afecções Orbitárias Adquiridas
• Exoftalmia devido pressão retrobulbar por tumores
• Linfosarcoma
• Carcinoma espinocelular
AFECÇÕES DA ÓRBITA
• Celulite orbitária
• Rara no gato
• Secundário a trauma ou infecção dentária
AFECÇÕES DOS ANEXOS OCULARES
Pálpebra
• Entrópio
- Secundário a conjuntivite crônica
Cicatricial
- É a afecção adquirida mais comum dos anexos oculares do gato!
- Entrópio primário em raças braquicefálicas: Persa, Siames
Sarcoma Pós-Traumático
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• Blefarite
- Demodex - raro, prurido variável
- Escabiose - Notoedres cati, muito pruriginoso; lesões envolvem pina, pálpebra, face e pescoço
- Dermatofi tose- mais comum - Microsporum canis
Tratamento tópico com miconazole, clotrimazole, griseofulvina sistê-mica ou cetoconazole
- Fatores mecânicos, químicos, parasitários e microbianos.
- Staphylococcus spp agente microbiano mais frequentemente isolado
- Doença auto-imune:pênfi go e lupus
Hidrocistoma Apócrino
Neoplasias
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Carcinoma Espinocelular
• Incidência maior em gatos idosos
• Metástase regional em linfonodo
Membrana Nictitante
• Procidência resultante de uamento ou diminuição do conteúdo orbitário
• Síndrome de Haw: procidência bilateral em gatos aparentemente normais
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• Luxação da glândula lacrimal
• Raça Burmese
• Carcinomas exigem exérese da membrana nictitante
Sistema Lacrimal
• Schirmer normal: 17 mm ± 6
• Causas de ceratoconjuntivite seca: herpes virus e conjuntivite crônica
Filme Lacrimal
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Sistema Lacrimal
• Obstruções de pontos e ducto nasolacrimal
• Agenesia e mal alinhamento do ponto ventral
• Entrópio nasal inferior no Persa
• Puncta imperfurada
Afecções da Córnea
• Ceratite Herpética
• Ceratite Eosinofílica
• Sequestro Corneano
• Ceratopatia Bolhosa
Dacriocistorrinografi a
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CERATITE HERPÉTICA/CÉRATOCONJUNTIVITE
• Lesão dendrítica inicial patognomônica
- Coloração vital por fl uoresceína e rosa bengala
• Progride com lesões geográfi cas
• Conjuntivite concomitante
• Diagnóstico por IFA, PCR ou citologia com demosntração de corpúsculos de inclusão intranucleares
HERPES
• Tratamento frustrante devido à recorrência
- O vírus permanece latente no gânglio trigeminal
• Tratamento:
- Atb tópico para prevenir infecção secundária (fl uoroquinolona e tetraciclina).
Cultura*
- Antiviral tópico- custoso e exige tratamento frequente; Usado em úlcera de córnea
Idoxuridine 3-4X/dia
Anti-virais orais: Fanciclovir, l-lisina.
Interferon alfa por boca e tópico
CÉRATOCONJUNTIVITE EOSINOFÍLICA FELINA
• Conjuntivite com lesões em placa espessadas
• Lesões iniciam no limbo nasal/temporal, córnea periférica e conjuntiva bulbar
• Córnea: vascularização com placas róseas de infi ltrados celulares
• Moderado disconforto ocular
• Inicialmente unilateral, eventualmente bilateral
• Diagnóstico: Citologia conjuntival/placas corneanas com eosinófi los e ou mastócitos
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DIAGNÓSTICO
• Citologia: “scraping” de córnea
• Eosinófi los, mastócitos, linfócitos e plasmócitos
Afecções da Córnea
Cératoconjuntivite eosinofílica felina:
• Tratamento:
- Uso cuidadoso de esteróide tópico (acetato de prednisolona 1% , dexametasona 0.1% ou melhor, ALREX, etabonato de loteprednol, 2mg/5ml); Acetato de Megestrol- não é primeira escolha: 5mg/gato VO SID X5 dias, seguido de 2.5 mg/gato VO Q48 hrs X5 dias
*pode induzir diabete
Ceratite Eosinofílica
Ceratite Eosinofílica
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Ceratite Eosinofílica - 10 dias de tratamento
Ceratite Eosinofílica
Ceratite Eosinofílica - 15 dias de tratamento
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Afecções da Córnea
SEQUESTRO CORNEANO
• Persa, Himalaio e Burmese são predispostos
• Aspectos clínicos:
- Lesão negra ou marrom
- Central ou paracentral na córnea
- Circular to ou oval
- Pode estar invadida por vasos e células infl amatórias
- Pode atingir a Descemet
SEQUESTRO CORNEANO FELINO
• “Cornea nigrun” = degeneração do colágeno com acúmulo de pigmento marrom
• Etiologia desconhecida: gatos com infl amação ocular crônica são predispostos
• Patogênese:
- raça braquicefálica- ceratite de exposição (bulbo ocular proeminente, órbita rasa, lagoftalmia), irrita-ção mecânica por pêlos, fi lme lacrimal de baixa quali-dade ou hipoestesia da córnea
- Pode estar associado ao Herpes Vírus Felino
• Necrose corneana
• Invadido por vasos e células infl amatórias
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Afecções da Córnea
SEQUESTRO CORNEANO
• Tratamento:
- Lubrifi cante tópico
- Antibiótico tópico
- Tratamento cirúrgico:
Ceratectomia lamelar
Transposição córneo-conjuntival
HIDROPISIA CORNEANA
• Raro
• Edema súbito e importante do estroma anterior
• Patogênese: “fratura”da Descemet permitindo o súbito infl uxo de fl uido
• Tratamento: fl ap conjuntival compressivo, injeção de ar estéril na câmara anterior
Úlcera traumática
Sequestro Corneano
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Ceratopatia da Flórida (Florida spots)
• Opacidades cinza-esbranquiçados no estroma anterior da córnea com diâmetro de 1 a 8 mm
• Causa desconhecida
Ceratite Ulcerativa por Herpesvirus
• Úlcera dendrítica
Úlcera Traumática
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Afecções dos Anexos Oculares
CONJUNTIVA
• Maioria das conjuntivites em gatos são infecciosas!
• 1. Herpes virus
- FHV-1
- Efeito citopático viral direto
- Hiperemia conjuntival bilateral com secreção serosa
- Inclusões intranucleares na citologia
- Diagnóstico: PCR
- Sequelas: simbléfaro, cicatriz e enrtópio
• Chlamydophila felis
- Conjuntivite unilateral que afeta o olho adelfo se o tratamento não for adequado
- Diagnóstico: citologia conjuntival (inclusões intracitoplasmáticas), PCR
Conjuntivite por Mycoplasma
• Unilateral e depois bilateral em 7-14 dias
• Inicial: epífora e hipertrofi a nodular da conjuntiva
• Formação de pseudomemebranas
• Tetraciclina e cloramfenicol
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CONJUNTIVITE POR CHLAMYDOPHYLA PSITTACI
• Evolução e aspecto clínico parecidos com o anterior
• Pode ocorrer conjuntivite folicular. Tratamento com tetraciclina
CHLAMYDOPHILA FELIS
• Tratamento: Oxitetraciclina tópica (Terramicina) ou Fluoroquinolona (Ciprofl oxacina/Ofl oxacina)
• Doxiclina Oral - 5mg/kg VO BID X 3 semanas
• Potencial risco zoonótico (risco maior para imunodeprimidos)
Conjuntivite Felina
• Infecção recorrente por herpesvirus ou conjuntivites não responsivas ao tratamento com tetracci-clinas é sugestivo de imunosupressão por FeLV ou FIV.
• Importância de diagnóstico se possível laboratorial e precoce
CONJUNTIVA
• Conjuntivite Lipogranulomatosa
- Típica de gatos idosos (11 anos em média)
- Gatos brancos e laranja os mais afetados
- Lesões na conjuntiva palpebral próxima à margem palpebral
- Frequentemente bilateral
- Debridamento cirúrgico
- Pode estar associado a acne
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Uveíte Felina
• Um dos principais problemas oculares dos gatos
• Uveíte anteior, posterior, panuveíte
• 38-70% ocorrem com doença sistêmica
• Sinais clínicos:
- Miose, bléfaroespasmo, lacrimejamento, fotofobia, edema de córnea, “fl are”-Tyndall positivo, hi-pópio, hifema, precipitado cerático, neovascularização da córnea (injeção ciliar) e da iris “rubeosis iridis”, nódulos irianos
- Segmento Posterior: exsudato retiniano, infi ltrado perivascular e descolamento de retina
UVEÍTE ANTERIOR
• Hipotonia,”Flare” , Miose, Quemose, Rubeose, Hipópio, Precipitados ceráticos e formação de sinéquia.
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Uveíte Felina
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Trauma
• Infecção:
- FIV
- PIF
- FeLV
- Toxoplasmosis gondii
- Cryptococcus neoformans
- Blastomycosis dermatitidis
- Histoplasma capsulatum
- Bartonella
• Neoplasia:
- Melanoma de iris
- Linfoma
- Sarcoma ocular primário
- Neoplasia metastática
- Adenoma/adenocarci- noma primário de corpo ciliar
• Cristalino
- Facouveíte (rara em contraste com cães)
Exame sistêmico!!!!
• Exame físico completo,
- Bioquímica e urinálise
• Sorologia
• Testes complementares
Tratamento:• Tratar a causa se possível• Esteróide tópico: frequência vai depender da gravidade da lesão
- 6X/dia em casos graves: prednisolona 1%, dexametasona 0.1% ou etabonato de loteprednol (Alrex)
• AINES: Acular pediátrico
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SEQUELAS DAS UVEÍTES
• Catarata
• Luxação do cristalino
• Sinéquias
• Íris bombé
• Atrofi a de íris
• Phithisis bulbi
• Glaucoma
UVEÍTE POSTERIOR POR FELV
• Glaucoma secundário, corioretinite, tumores uveais anteriores
• Tumores primários
- Íris e corpo ciliar: início – baixo poder metastático
- Corpo ciliar e coróide: descobertos quando causam sérias alterações ao bulbo do olho
- Tumores primários de coróide: infrequentes
- Quadros mais evoluídos: metástase via hematógena
- Adenomas e adenocarcinomas
- Melanocitomas e melanomas
- Sarcoma ocular traumático primário em felino
- Melanoma difuso de íris em felinos
- Meduloepitelioma (neuroectoderma primitivo) – corpo ciliar
Melanoma Iriano
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Tumores Intra-Oculares
MELANOMA IRIANO FELINO
• Pigmento focal na íris
• Progride em meses ou anos
• A progressão coincide com a mudança de um fenótipo benigno para maligno
• Potencial para metástase:
- Tardio: 1-3 anos
- 63% de metástase
MELANOMA DA ÍRIS
• Monitorar:
- Mudança do pigmento de plano para exuberante
- Progressão do envolvimento da iris
Estimado em horas do relógio
- Alteração do formato da iris e da pupila
- Fechamento do sistema de drenagem do aquoso
- Desenvolvimento de glaucoma– sobrevida curta
Melanose da Íris
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Linfoma
Linfosarcoma Ocular
Linfoma Ocular
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PIF
• A forma “sêca” causa maiores alterações oculares
• Uveíte piogranulomatosa, vasculite, corioretinite exsudativa, descolamento de retina, neurite óptica
FIV
• Infecção concomitante com Toxoplasma gondii aumenta a possibilidade de doença ocular
Toxoplasmose
• Múltiplos focos de corioretinite
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Infecções Micóticas Sistêmicas
Criptococose, histoplasmose, blastomicose e coccidiomicose
Glaucoma Felino
• Glaucoma congênito-raro, hereditário no Siames
• Mais comumente secundário a uveíte e massa intra-ocular
• Uma outra forma de Glaucoma Adquirido: “Aqueous Humor Misdirection Syndrome”
• Aqueous Humor Misdirection Syndrome
- Mais comumente visto em gatos de meia idade ou idosos
- Sinais: aumento gradual da pressão intra- ocular, anisocoria, câmara anterior rasa
Catarata Adquirida Luxação da Lente
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Doenças da Retina
• Defi ciência de Taurina
• Toxicidade de retina- Enrofl oxacina
• Atrofi a Retiniana Progressiva
• Retinopatia Hipertensiva
• Carcinoma Metastático
DEFICIÊNCIA DE TAURINA
• Aminoácido sulfurado
• Gato não sintetiza, precisa obter na dieta
• Altas concentrações na retina (fotoreceptor) e no coração
• Níveis na dieta 500-750ppm
• Fundoscopia: lesão hiperrefl exiva, inicialmente temporal ao disco óptico
• Progride para uma faixa de refl etividade alterada dos dois lados do disco
• Estágio fi nal: degeneração retiniana generalizada
• A degeneração retiniana é permanente
Na maior parte das vezes leva à cegueira
Degeneração da retina por defi ciência de taurina
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TOXICIDADE A FLUOROQUINOLONA (ENROFLOXACINA)
• Sinais clínicos:
- Midríase
- Cegueira
• Provoca degeneração retiniana generalizada
• A cegueira quase sempre é permanente
• Gatos idosos, dose >5mg/kg , doença do trato urinário concomitante = risco maior
• Reação idiossincrásica
ATROFIA RETINIANA PROGRESSIVA
• Abissinio e Siames
• Gen autossômico recessivo
• Doença começa com 1.5-2 anos
• Degeração retiniana generalziada em 2 a 4 anos
• Abissínios podem ser acometidos de uma displasia de cones e bastões com 4 semanas de idade
- Sinais: midríase, nistágmo posicional
PROGRESSIVE RETINAL ATROPHY (PRA)
• Duas formas hereditárias de atrofi a progressiva descritas no gato Abissínio
• PRA diagnosticada no primeiro ano (forma precoce-gen autossômi-co dominante) ou com 3 a 6 anos (forma tardia- gen autossômico recessivo)
Atrofi a Retiniana Progressiva
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RETINOPATIA HIPERTENSIVA
• Gatos idosos > 10 anos
• Pressão Arterial >160 mmHg
• Midríase súbita e cegueira
• Sinais:
- Hifema
- Hemorragia intra-vítrea
- Tortuosidade vascular
- Edema multifocal da retina
- Descolamento de retina
• Patogênese: arteríolas retinianas buscam a auto- regulação > vaso-constrição > necrose da parede vascular > ruptura vascular
• Exame sistêmico indica a causa da hiperttensão
• Tratamento: controle da hipertensão com amlodipina: 0.625mg/gato
• Com o controle da hipertensão, 50% ou mais voltam a ver
Descolamento de Retina
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Tumores Intraoculares
MELANOMA DA IRIS
• Opções de tratamento:
- Enucleation
- Exenteração
SARCOMA PÓS-TRAUMÁTICO FELINO
• Desenvolve-se após trauma do bulbo ocular
• Gatos idosos (12,7 anos em média em um estudo)
• Desenvolve-se muito tempo após o trauma (entre 1- 10 anos)
• Associado à ruptura da cápsula da lente:
- Tumor se desenvolvendo a partir das céls. Epit. da lente
• Sinais: uveíte crônica, hemorragia, bulbo pequeno, glaucoma, massa intra-ocular visível
• Metástase para o cérebro via n. óptico
• Tratamento: exenteração
Síndrome de Haw
• Protrusão bilateral idiopática das terceiras pálpebras
• Denervação simpática
• Colírio de fenilefrina tópico
• Frequentemente associado com doença gastro-intestinal
• Bom prognóstico:resolução expontânea
Síndrome de Claude-Bernard Hörner
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Síndrome da Pupila Espástica
• Alterna anisocoria com pupilas normais
• Maioria dos gatos é positivo para FeLV
• Virus localizado nos nervos ciliares curtos
• Sobrevida curta
Primeiro Relato Brasileiro
• Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.66, n.4, p.1146-1150, 2014
• Key–Gaskell syndrome in Brazil: fi rst case report
• [Síndrome de Key-Gaskell: primeiro relato de caso no Brasil]
• B.B.J. Torres1, G.C. Martins1, P.E. Ferian2, B. C. Martins1, M.A. Rachid1, E.G. Melo1
• 1Escola de Veterinária Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte, MG,
• 2Faculdade de Medicina Veterinária Universidade Estadual de Santa Catarina Lages, SC
Disautonomia felina (Síndrome de Key-Gaskell)
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