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O império do efêmero Gilles Lipovetsky

O império do efêmero - Gilles Lipovetsky

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O império do efêmeroGilles Lipovetsky

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GILLES LIPOVETSKY

• 54 anos, nasceu na cidade de Millau, França e foi nesta mesma cidade que deu inicio a sua historia de sucesso intelectual;

• Filosofo, pesquisador e professor titular da Universidade de Grenoble (França) e visitante na New York University (EUA);

• É considerado um guru da pós-modernidade;

• Ele exalta a moda como um fenômeno libertário. Preocupa-se com o projeto intelectual de reconciliar a filosofia com o histórico e o social, na análise de fenômenos da contemporaneidade humana.

• Moda e modernidade, aos seus olhos são uma única coisa;

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• Em, o Império do Efêmero, ele ressalta: “ Não há razão nenhuma para que a filosofia não se interesse por moda”.

• Lipovetsky não reflete a moda apenas como um fenômeno isolado, mas sim a partir de uma racionalidade cientifica;

• Para Lipovetsky: “ A moda é uma estrutura social centrada no presente, já que na moda é preciso sempre mudar. O modelo legítimo na moda é preciso sempre mudar. O modelo legítimo na moda é o atual, diferente das ideologias (em que o tempo marcado é o futuro), ou da tradição (em que o tempo marcado é o passado). A moda, está centrada no atual. No presente. Por isso, muda sempre”.

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APRESENTAÇÃO

• No livro o Império do Efêmero, o autor analisa a moda como tendência histórica e os seus efeitos em longo prazo. Esta abordagem possibilita um olhar mais abrangente e enriquecedor do fenômeno de moda, pois, permite observa-lo como elemento constituinte das sociedades modernas ocidentais, como fenômeno social, mais do que um elemento periférico;

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Primeira parteO feérico das aparências

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MODA COMO FENÔMENO

• “[...] forma específica da mudança social, ela não está ligada a um objeto determinado, mas é, em primeiro lugar, um dispositivo social caracterizado por uma temporalidadeparticularmente breve, por reviravoltas mais ou menos fantasiosas, podendo, por isso, afetar esferas muito diversas da vida coletiva”.

• A teoria, muito comum, da distinção das classes sociais não é suficiente para explicar a moda;

• O vestuário é a melhor via de acesso para estudar o fenômeno pela quantidade e qualidade do material disponível.

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I. A moda e o Ocidente

• A moda nasce com o individualismo no fim da Idade Média;

• Ascensão da burguesia e crescimento do Estado moderno;

• Paradoxo 1: inconstância da moda/ constância da identidade cultural ocidental;

• Paradoxo 2: discriminante social/ agente da revolução democrática;

• Tradição X moderno;

• Variações superficiais: frequentes, extravagantes e arbitrárias;

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• Refinamento do olhar: ver e ser visto tornou-se um prazer;

• Amor cortês e a autonomia do sentimento: superestima da mulher e sua beleza – sedução;

• Moda não é consenso;

• Jogo de liberdade: nuanças, adaptações e rejeições;

• Traje, penteado e maquiagem: signos mais preponderantes da afirmação do EU;

• A moda (e a individualidade) parte dos usuários, os artesãos não possuem autonomia criativa nem status social.

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II. A moda de cem anos

• Metade do séc. XIX até metade do séc. XX;

• Desaparecimento dos trajes folclóricos e atenuação da diferenciação de classes;

• Simplificação do vestuário = moda (NOVO) mais acessível, democrática e uniformizada;

ALTA COSTURA:Charles-Frédéric WorthInovações e tendênciasParis dita a moda

CONFECÇÃO INDUSTRIAL:ImitaçãoPreço acessívelConsumo de massa

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• A Alta Costura psicologizou a moda: modelos que contretizam emoções, personalidades e caráteres;

• Prazer narcísico de se metamorfosear, “mudar de pele”: coexistência da identidade pessoal e a mudança efêmera de si;

• Costureiro = criador, status social de artista;

• Os costureiros não são autocratas.

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III. A moda aberta

• Prêt-à-porter – fusão entre indústria e moda;

• 1960: audácia e juventude (Mary Quant, Cacharel, etc);

• 1970 e 1980: Inovações mais marcantes (Kenzo, Miyake, Kawakubo, Mugler, Gaultier);

• Alta Costura: marketing/ instituição de prestígio/ acordos de licença;

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• Pluralidade e diversos polos criativos;

• Criações individualistas;

• Anti-modas;

• Cultura hedonista (viver o presente), juvenil, de culto ao corpo;

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• “O individualismo na moda é menos glorioso mas mais livre, menos decorativo mas mais livre, menos decorativo mas mais opcional, menos ostentatório mas mais combinatório, menos espetacular mas mais diverso.”

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Segunda parteA moda consumada

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I. A sedução das coisas

• Sociedade de Consumo

• Sedução e o desuso acelerado

• Obsolescência programada

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• Desejo por constantes novidades

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• Mudança e a busca por funcionalidade e confiança;

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Design

• Apresentação, embalagem, informação;

• Melhoria Funcional;

• Necessidades múltiplas: estéticas, psíquicas e emotivas;

• Nova modalidade de sedução;

• Estética Funcional

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• Febre Consumista;

• Prestigio, posição social, diferenciação;

• Valor de troca;

• Individualismo.

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II. A publicidade mostra suas garras

• Expande-se constantemente, não cessa de invadir novos espaços: museus, filmes, esporte, publico infantil...

• Arma chave da publicidade: Surpresa.

• Humanização de marca e publicidade.

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III. Cultura à moda mídia

• Influências: Cinema, teatro,

livros, televisão...

• Estrelas e ídolos

• Informação e Comunicação

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IV. E voga o sentido

• Nos vemos tomados pelo novo: a moda;

• As febres aumentaram com grande velocidade

nos últimos tempos;

• Impera o desejo de ter, e não o consumo pela

necessidade real;

• As opiniões se tornaram vulneráveis, se muda de

opinião como se muda de carro;

• As pessoas querem tudo num instante -

imediatismo;

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• As pessoas estão cada vez mais dando valor, somente ao seu ego, não se importam mais com o outro, somente com seus status.

• Morrer por suas ideias;

• Submissão humana;

• Neofeminismo: Movimento que permitiu a apropriação de novas liberdades para as mulheres;

• As pessoas buscam felicidade nos bem materiais;

• Valores mudaram, é difícil comparar (critica), como o autor compara, “você morreria por sua pátria?”

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V. Os deslizamentos progressivos do social

• Futilidade X Utilidade

• A sociedade é a imitação... Por que criar

moda, pensar moda, usar moda, é como

um vírus de gripe, se espalha rápido

demais;

• “ A imitação, de inicio costume, depois

moda, volta a ser costume... tal é a formula

geral que resume o desenvolvimento total

de uma civilização qualquer”

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• As pessoas estão cada vez mais sozinhas, por que no mercado

existem diversos produtos, que podem satisfazer à elas em

todas as áreas, a ponto de não precisarem uma das outras;

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A moda esta presente

em nossas vidas desde

sempre, e a moda não é

somente vestir, mas tudo o

que nos traga desejo de

possuir, ou de viver.