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ESCOLA ESTADUAL “SOUSA LEITE” TRABALHO DE HISTÓRIA MADRE DE DEUS DE MINAS, 16 DE SETEMBRO DE 2014

O nome da rosa (filme) trabalho

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Trabalho de História - Filme O Nome da Rosa

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ESCOLA ESTADUAL “SOUSA LEITE”

TRABALHO DE HISTÓRIA

MADRE DE DEUS DE MINAS,

16 DE SETEMBRO DE 2014

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O NOME DA ROSA (FILME)

Alunos: Ana Paula nº 03

Igor nº 08

Karen nº 11

Mayara nº 15

Vitória nº19

Professora: Maria Lídia

Série: 1º ano “A”

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INTRODUÇÃO

O Nome Da Rosa é um filme de 1986 dirigido por Jean-Jacques Annaud, baseado no

livro, de mesmo nome, do autor italiano Umberto Eco. O filme conta à história de um mosteiro

na Baixa Idade Média, onde mortes misteriosas assombram o lugar. Em meio a esse cenário

um monge franciscano, William de Baskerville, é chamado para solucionar os assassinatos

ocorridos. Conciliando fé e razão, William, auxiliado de seu aprendiz, Adso de Melk, começa

suas investigações, mas quando está prestes a desvendar o mistério, se vê em uma antiga

situação de seu passado envolvendo a Santa Inquisição. O filme é estrelado por Sean Connery

(William de Baskerville), Christian Slater (Adso de Melk) e F. Murray Abraham (Bernardo Gui) e

recebeu vários prêmios e indicações, tendo, tanto o livro como o filme, um grande público de

leitores e espectadores respectivamente.

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FILME∶ O NOME DA ROSA (ENREDO)

Em 1327, William de Baskerville, um monge franciscano, e seu aprendiz, Adso de Melk,

se dirigem a um mosteiro na Itália. Ao chegar, o abade os recebe e comunica a William sobre a

morte misteriosa de um jovem, interessado, o monge franciscano volta sua atenção a

investigar o caso.

Pouco depois de sua recepção no mosteiro, William reencontra-se com um velho

amigo, também da ordem dos franciscanos, este demonstra sua preocupação em relação aos

acontecimentos ocorridos e ao mesmo tempo “ensina” a Adso o valor da mulher, dizendo-lhe

que “quando uma fêmea se torna sublime de santidade, então ela pode ser um nobre veículo

da graça...”. Ao saírem um pouco do mosteiro, Adso comenta sobre não gostar muito daquele

lugar, enquanto William, discordando da opinião do rapaz, inicia suas investigações

começando com o local onde aquele jovem morrera.

Do lado de fora do mosteiro, em meio a uma subida íngreme, ainda era possível ver as

marcas de sangue do rapaz na neve. Próximo dali estava à torre onde o monge franciscano

concluiu que o jovem não havia se atirado de uma janela do mosteiro como todos pensavam, e

sim do alto daquela torre. Enquanto isso, Adso desviou sua atenção das conclusões de seu

mestre, para observar os camponeses que ali recolhiam alimento que a Igreja disponibilizava,

mas especificamente estava admirando uma jovem, que o despertou um certo encanto.

De volta ao mosteiro, na manhã seguinte mais um jovem é encontrado morto, e dessa

vez a tal morte é atribuída ao Apocalipse. Não convencido, William prossegue em suas

investigações examinando o corpo do rapaz. Não demora muito e Adso e seu mestre

conhecem um estranho monge, Salvatore, mas logo voltam suas atenções para o local onde se

encontram os monges copistas. Lá William é impedido pelo irmão Berengário de ver os

trabalhos que o jovem falecido estava realizando. Não obstante o monge Franciscano volta à

noite em busca do que Berengário tentou esconder, mas o próprio irmão Berengário consegue

fazer com que ele e seu aprendiz saiam e, se separarem. Em meio a essa confusão, Adso entra

em uma casa, onde escuta a voz do abade e reencontra a camponesa que outro dia admirava,

há uma cena de sexo entre os dois, logo depois ele volta a se encontrar com William, que a

pouco antes havia conversado com Salvatore.

De volta ao mosteiro, Adso desabafa com William o que ocorreu com a camponesa, e

revela não estar sabendo se aquilo era amor ou luxúria. Na manhã seguinte o irmão

Berengário é encontrado morto, ao mesmo tempo em que há uma reunião entre outros

monges franciscanos e os representantes do Papa, para discutirem sobre o poder aquisitivo da

Igreja. Enquanto isso, William expõe suas conclusões sobre caso com o abade, afirmando que

há um livro perigoso na biblioteca. O abade, no entanto desconsidera as palavras do monge, e

prepara-se para receber Bernardo Gui, inquisidor conhecido de William. Separando-se de novo

de seu mestre, Adso vai ao local onde a tal camponesa mora e se depara com toda a miséria

em que ela vive com os outros camponeses. A noite, William e Adso vão em busca da

biblioteca, onde provavelmente estaria o suspeito livro. Eles entram na tal biblioteca, que mais

parece um labirinto, encontrando nela livros dos mais famosos filósofos da antiguidade.

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Novamente, Adso e William se separam, mas dessa vez quase se perdem, voltando, pouco

depois, a se reencontrarem para juntos saírem daquele lugar.

Fora do mosteiro, Salvatore está praticando um ritual herege com a camponesa, mas

em um descuidado seu é descoberto pela Santa Inquisição, e ele e a jovem são presos. Adso

indignado pergunta ao seu mestre porque não interferiu, alegando a inocência da camponesa

e descobre na resposta de William parte de seu passado, quando ele fazia parte da Santa

Inquisição e ao se opôs a ela, foi condenado por heresia. Enquanto isso, outro monge, amigo

de William, encontra o tal livro é assassinado, Salvatore confessa seu passado herege e o de

outro monge que acaba se tornando o principal suspeito dos assassinatos, e eles são levados a

tribunal juntamente com a camponesa.

Na hora do julgamento, Bernardo Gui convoca para dar o veredicto o abade e William,

ao mesmo tempo em que Adso pede a Virgem Maria para que salve a vida da camponesa.

William usa de sua destreza nas palavras, para novamente se opor a Santa Inquisição.

Bernardo não satisfeito usa de seus próprios meios e condena Salvatore, o monge suspeito e a

camponesa a serem queimados na fogueira. No entanto, o bibliotecário morre, dando-se a

entender que o mistério não havia sido solucionado e William e Adso voltam à biblioteca,

encontrando lá outro monge, Jorge de Burgos, o verdadeiro autor dos assassinatos. Ao se dar

conta de seus crimes, ele foge e deixa claro a William e a Adso o motivo pelo qual fez aquilo: o

riso. O monge, enquanto corre as escadas do labirinto, diz em alta voz que o riso/comédia faz

com que os homens percam o temor a Deus, deixa também claro que não gosta das obras de

Aristóteles, uma vez que eram contra os princípios da Igreja. Ao expor tudo àquilo que

reprova, Jorge começa a queimar os livros que ali se encontram.

Lá fora as fogueiras são acessas, mas o incêndio que toma conta do mosteiro desvia a

atenção dos inquisidores. Ainda presos na biblioteca, William e Adso tentam salvar alguns

livros, Jorge de Burgos morre em meio às chamas, e com medo o monge franciscano ordena a

seu aprendiz que o abandone e salve sua vida. Ele obedece e ao ver Bernardo Gui indo

embora, tenta impedi-lo afirmando que ele e William encontraram o verdadeiro culpado.

Bernardo não da atenção ao rapaz e segue para longe do mosteiro, mas sua carruagem fica

presa no alto de um morro e os demais camponeses que ali estavam empurram-na para baixo.

Bernardo Gui morre ao cair lá do alto.

De volta ao mosteiro, William consegue sair da biblioteca com alguns livros nas mãos,

mas Adso os derruba no chão ao abraçar o monge. Na manhã seguinte os dois pegam a

estrada de volta para casa, e no meio do caminho Adso reencontra-se com a camponesa, que

conseguiu se salvar de ser queimada. O jovem hesita em continuar seu caminho, mas no final

seu coração o faz abandona-la, para se dedicar a sua vida de franciscano, escolha da qual ele

demonstra não ter se arrependido. O filme termina com as palavras de Adso já idoso,

mencionado sobre seu único amor terreno e é claro sobre seu mestre ou como ele diz seu

“pai”, William de Baskerville.

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ANALISE DO FILME

O filme O Nome da Rosa retrata vários acontecimentos que marcaram o inicio da Baixa

Idade Média até o seu fim com o desenvolvimento e expansão das ideias renascentistas.

Dentre os temas abordados podemos destacar:

- o valor da mulher naquela época: as mulheres eram vistas como o pecado encarnado, pois a

visão de que Eva foi à causa de Adão ter pecado conferiu a todas as mulheres essa imagem. No

entanto, a partir do século XII a imagem de Maria se impõe na sociedade medieval, através

do culto mariano que tem início no século XI no Ocidente. Essa intensa valorização da imagem

de Maria na Idade Média intensificou a presença e a promoção feminina na religião;

- o poder aquisitivo da Igreja e a pobreza dos camponeses: a Igreja era a grande detentora do

poder naquela época, principalmente o poder econômico, enquanto a maior parte dos

camponeses era pobre, tendo também de pagar dízimo ao clero;

- bibliotecas restritas: o acesso à biblioteca é restrito, porque há ali um saber que é ainda

estritamente pagão (especialmente os textos de Aristóteles), e que pode ameaçar a doutrina

cristã. Como diz no final Jorge de Burgos acerca do texto de Aristóteles – a comédia pode fazer

com que as pessoas percam o temor a Deus e, portanto, faz desmoronar todo esse mundo;

- movimentos hereges: heresia seria uma doutrina ou sistema de interpretação, ideias e

práticas que negam ou são contra a doutrina estabelecida. No caso do filme aqueles que

professavam uma doutrina contrária àquela definida pela Igreja como sendo matéria de fé,

eram o monge Salvatore e o monge herege que fora acusado dos crimes;

- o poder da Santa Inquisição: Tribunal da Igreja Católica instituído no século XIII para

perseguir, julgar e punir os acusados de heresia, a Santa Inquisição, liderada no filme por

Bernardo Gui, punia os que eram considerados hereges muitas vezes executado-os

publicamente na fogueira, pois desta forma serviam de exemplo para outros que desejassem ir

contra aos dogmas da igreja.

Há também temas como a violência sexual, no qual a mulher do filme se vende aos

monges em troca de comida e o método investigativo renascentista de conciliar a fé com a

razão, usado por William de Baskerville. No entanto, o principal tema para o desenvolvimento

do enredo é o ato do monge Jorge de Burgos de envenenar as páginas dos livros.

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CONCLUSÃO

O filme O Nome da Rosa tem como objetivo trazer ao espectador um pouco do que

ocorria em alguns mosteiros da Baixa Idade Média, um pouco daquilo que a Igreja tentava

esconder naquela época – os livros proibidos. O suspense da trama aborda também outros

temas dos mais variados que o autor Umberto Eco conseguiu muito bem juntar todos em

apenas um livro, e o diretor Jean-Jacques Annaud em uma ótima adaptação cinematográfica.

Cenas fortes são presença no filme, os métodos sherlockianos do monge franciscano

William de Baskerville também são visíveis e de extrema importância, pois são através deles

que o mistério é desvendado, sem contar que a inocência de seu aprendiz, Adso de Melk,

confere a trama um pouco de suavidade, mesmo num cenário sombrio.

Enfim, o filme, assim como o livro, acaba se tornando um bom meio didático, pois

junta de uma maneira compreensível fatos da Baixa Idade Média – como o valor da mulher, a

vida nos mosteiros, a Santa Inquisição, livros envenenados, entre outros – em um envolvente

mistério ficcional, muito bem interpretado e dirigido, e onde a fé e razão se conciliam no início

do declínio da Idade Média.

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BIBLIOGRAFIA

FILME: O NOME DA ROSA. Disponível em:

<http://www.adorocinema.com/filmes/filme-2402/>. Acesso em: 10 de set. de 2014.

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<http://cinemasmorra.com.br/o-nome-da-rosa/>. Acesso em: 12 de set. de 2014.

<http://www.autobahn.com.br/filmes/o_nome_da_rosa.html>. Acesso em: 12 de set. de 2014.

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<http://cleitonrezende1.blogspot.com.br/2010/06/o-nome-da-rosa.html>. Acesso em: 13 de set. de

2014.

<http://www.coladaweb.com/literatura/analise-de-obras/o-nome-da-rosa>. Acesso em: 13 de set. de

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<http://pedagogiaaopedaletra.com/analise-do-filme-o-nome-da-rosa/>. Acesso em: 13 de set. de 2014.

IDADE MÉDIA. Disponível em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia>. Acesso em: 13 de set. 2014.