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1 Conexões Científicas AcessaSP Relatório Final Pesquisadoras: María Luján Tubio Beatrice Bonami Rosa Título do projeto: Tecnologia Social e Empreendedorismo no Universo Web NAP - ESCOLA DO FUTURO - USP Escola de Comunicações e Artes - ECA Escola do Futuro Universidade de São Paulo Agosto 2014

Observatório de Cultura Digital - Conexões Científicas 2014: "Tecnologia Social e Empreendedorismo no Universo Web"

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Conexões Científicas

AcessaSP

Relatório Final

Pesquisadoras:

María Luján Tubio

Beatrice Bonami Rosa

Título do projeto:

Tecnologia Social e Empreendedorismo no Universo Web

NAP - ESCOLA DO FUTURO - USP

Escola de Comunicações e Artes - ECA

Escola do Futuro

Universidade de São Paulo

Agosto 2014

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ÍNDICE

Sumário Apresentação do Relatório Final ................................................................................................... 3

Tecnologia Social e Empreendedorismo no Universo Web .......................................................... 4

Resumo .......................................................................................................................................... 4

1. Introdução e Justificativa .......................................................................................................... 5

2. Objetivo geral ............................................................................................................................ 8

Objetivos específicos ................................................................................................................. 8

3. Metodologia .............................................................................................................................. 8

4. Capítulo 1: Revisão da Literatura ............................................................................................ 10

4.1 A Inteligência Coletiva e a Democratização dos Meios de Produção: Uma Nova Lógica de

se Pensar o Mercado. .............................................................................................................. 10

4.2 A Ética Hacker e a Democratização dos Meios de Produção ............................................ 15

4.3 Inclusão digital................................................................................................................... 15

4. 3 Empreendedorismo social ................................................................................................ 17

5. Capítulo 2: Mapeamento WEB de Plataformas ...................................................................... 18

5.1 Crowdsourcing e Crowdfunding ........................................................................................ 18

5.2 O Panorama do Crowdfunding no Brasil ........................................................................... 21

5.3 Plataformas de Crowdsourcing ......................................................................................... 24

5.4 Prêmios .............................................................................................................................. 28

5.6 Análise dos Dados Coletados ........................................................................................... 66

5.6.1 Seguidores nas redes sociais: Facebook e Twitter ..................................................... 66

5.6.2 Sistema de Entrega de Brindes ou Recompensas ...................................................... 67

5.6.3 Restrição por Nacionalidade ...................................................................................... 67

5.6.4 Sistema Tudo ou Nada/Parcial ................................................................................... 68

5.6.5 Critérios dos Prêmios ................................................................................................. 68

6. Capítulo 3: Critérios de Elaboração da Matriz para o Portal ................................................... 70

6.1 Os Critérios ........................................................................................................................ 70

6.2 A Matriz ............................................................................................................................. 70

6.3 Portal ................................................................................................................................. 74

7 Considerações Finais ................................................................................................................ 75

8. Bibliografia .............................................................................................................................. 76

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Apresentação do Relatório Final

A seguir, apresentam-se os diferentes capítulos que compõem o relatório final da

pesquisa “Tecnologia Social e Empreendedorismo no Universo Web: Proposta de

Narrativa Transmídia”.

O primeiro capítulo corresponde à revisão da literatura e abarca os temas seguintes:

cultura livre e inteligência coletiva, empreendedorismo social, inclusão digital, ética

hacker e a democratização dos meios de produção. O objetivo desse capítulo é entender

o contexto e conceitos chave que levaram à criação de opções

de crowdfunding e crowdsourcing para captar recursos online.

O segundo capítulo corresponde ao mapeamento WEB de plataformas, que constitui o

foco principal da presente pesquisa. Neste capítulo, em primeiro lugar, exploram-se

de crowdsourcing e crowdfunding.Em segundo lugar, diferenciam-se os tipos de

iniciativas que estão sendo consideradas no mapeamento. Em terceiro lugar, elencam-se

os prêmios de diferentes fundações destinados às iniciativas de empreendedorismo

social estudadas na presente pesquisa a fim de identificar os critérios que são

considerados na seleção de projetos. O capítulo oferece o mapeamento das plataformas

no Universo Web e um análise geral dos dados obtidos.

Finalmente, o terceiro capítulo corresponde aos critérios de elaboração da matriz para o

HotSite.

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Tecnologia Social e Empreendedorismo no Universo Web

Resumo A presente pesquisa pretende rearticular os últimos 13 anos do programa AcessaSP mediante a criação de uma narrativa transmídia em forma de hot site. A perspectiva transmídia se sustenta nos conceitos de Henry Jenkins descritos em Cultura da Convergência (2008), e pretende mapear e caracterizar as plataformas de crowdsourcing e crowdfunding de fomento ao empreendedorismo como tecnologia social em geral no universo online. Para iniciar a pesquisa, analisamos conceitos teóricos pertinentes e a literatura existente sobre empreendedorismo, inclusão digital, informação e cultura livre, cultura digital, e tecnologias sociais para melhor compreender a gênese e o desenvolvimento das iniciativas de fomento ao empreendedorismo social. Posteriormente, mapeamos e descrevemos as plataformas que tentaram incentivar o este tipo de empreendedorismo ao redor do mundo. A partir disso, elaboramos uma matriz que permite comparar as diferentes iniciativas. Finalmente, examinamos alguns aspectos importantes do panorama do crowdfunding no Brasil. A identificação e caracterização das plataformas de crowdfunding e crowdsourcing a nível internacional ajudará na proposição de novos projetos e políticas de acordo com as atuais demandas da sociedade em rede.

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1. Introdução e Justificativa

A pesquisa no campo da comunicação social tem privilegiado, entre outros temas

relacionados, as novas tecnologias da comunicação, a Internet e suas possibilidades de

interação e mediações culturais, sua configuração de sentido e expressões de vozes em

qualquer campo político de enunciação. Ao mesmo tempo em que a aprendizagem

acontece por meio dessas relações, o agir, o aprender e o trabalhar transformam-se em

ações comunicativas.

Nesse ambiente se estabelecem os atores em rede, usuários ativos e notáveis nesses

espaços, em virtude do compartilhamento de informações ou da expressão de opinião.

Para estes usuários a internet se torna um meio de produção de conhecimento

enriquecedor que proporciona uma ampla gama de oportunidades no que diz respeito à

educação, ao desenvolvimento profissional e à aprendizagem ao longo da vida.

Segundo Gustavo Cardoso (PASSARELLI. AZEVEDO, 2010), o mundo não está só

atravessando crises financeiras, políticas e ambientais, mas também uma crise de

comunicação. Este fenômeno, como explica Cardoso, pode ser visto em uma série de

eventos e mudanças de hábitos, tais como: a queda nas vendas de jornais; a proliferação

da distribuição P2P de conteúdo audiovisual; o aumento da publicidade na Internet; o

papel das redes sociais na cobertura diária dos eventos; os modelos Open Access (de

acesso livre disponível na Internet), Open Source (distribuição livre do códifo fonte) e

Open Science (divulgação livre de pesquisa científica); e o caso da produção de mídia

destinado ao compartilhamento online. A crise de comunicação transforma, ou pelo

menos questiona, as dimensões de produção, distribuição e consumo de informações.

Também afeta a maneira que nos aproximamos de entretenimento e conhecimento.

Como Cardoso aponta, nós mudamos de um sistema de esquemas e matrizes de

comunicação de massa baseado em mídia para um modelo baseado na comunicação em

rede.

Esta realidade coincide com o surgimento de um novo conjunto de habilidades, atitudes

e comportamentos que são necessários para participar plenamente na sociedade em rede

de hoje. Como Brasilina Passarelli assinala em Interfaces digitais na educação:

@lucin[ações] consentidas (2007, p. 40), o mundo globalizado é caracterizado por

intensos fluxos de capital, produtos e informações e começou a exigir novas

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competências de seus cidadãos. Essas competências são o que chamamos hoje

"literacias digitais emergentes". Seu desenvolvimento constitui um passo necessário

para se adaptar ao mundo da tecnologia da informação e comunicações.

Nos últimos anos, o crescente acesso às TICs e o desenvolvimento das novas literacias

digitais têm colocado ao alcance de muitos, oportunidades que antes só eram accessíveis

para alguns poucos. No que se refere ao desejo de fazer uma diferença na sociedade, as

TICs têm favorecido a gênese de um espírito de empreendedorismo social em muitos

usuários. A iniciativa “Social Good Brasil” (http://socialgoodbrasil.org.br/), é um

exemplo notável desta tendência.

Para incentivar esse espírito empreendedor que está tão ligado à sociedade em rede,

foram criadas plataformas no universo online para fomentar o desenvolvimento das

habilidades que permitem identificar oportunidades que podem ser transformadas em

iniciativas que contribuam ao desenvolvimento de comunidade, cidade a região. O

objetivo deste tipo de plataformas é simples, mas desafiante: colocar o

empreendedorismo ao alcance de todos, para o benefício de todos.

Nos últimos anos, várias iniciativas tentaram promover o empreendedorismo social

através do uso das TICs. Nesse contexto o AcessaSP, o programa de inclusão digital do

governo do Estado de São Paulo, converteu-se em uma referência indiscutível não só no

Brasil, mas a nível mundial, obtendo (entre outras distinções) o Prêmio da Fundação

Bill & Melinda Gates como melhor programa de inclusão digital (entre 300 programas

de 56 países).

O AcessaSP (www.acessasp.sp.gov.br) foi criado em 2000 para garantir o acesso

democrático e gratuito às tecnologias de informação e comunicação, através da

implantação dos postos de acesso gratuito à internet e capacitação de monitores. Tal

iniciativa é coordenada pela Secretaria de Gestão Pública, com gestão da Companhia

de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), através da Diretoria de

Serviços do Cidadão, e apoiada pelo Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) Escola do

Futuro da Universidade de São Paulo.

Este programa de inclusão digital. pioneiro no cenário nacional brasileiro, sempre

procurou, desde sua concepção, refletir sobre as maneiras de criar condições e dar

suporte para que a atuação dos monitores ultrapassasse o nível de simples motores do

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acesso gratuito ao computador e à internet. Assim, a premissa que norteou a criação do

programa esteve focada para atender dois grandes eixos:

1. Garantir o acesso democrático e gratuito às tecnologias de informação e

comunicação, por meio da instalação física dos Postos Acessa SP;

2. Facilitar o uso de serviços do governo, incentivar a produção de conhecimento e

promover o desenvolvimento econômico, social, pessoal e da cidadania.

Além da abertura e manutenção dos espaços públicos de acesso à internet, o Acessa São

Paulo também desenvolveu diferentes atividades importantes para a inclusão digital,

dentre elas o fomento a projetos comunitários com uso de tecnologia da informação

através do portal da Rede de Projetos.

A Rede de Projetos é uma iniciativa do Programa Acessa SP que incentiva usuários e

monitores a aproveitarem a infraestrutura dos postos de inclusão digital para os mais

variados tipos de projetos, contribuindo com o desenvolvimento social, econômico e

ambiental das comunidades onde estão inseridos. Atualmente, a Rede de Projetos possui

160 projetos ativos (julho de 2014) e um banco de dados. Para acrescentar o impacto

dos projetos futuros e apoiar iniciativas de empreendedorismo social online, a

Coordenadoria está estudando a possibilidade de converter a Rede em uma plataforma

de crowdsourcing e/ou crowdfunding, o que levaria a uma mudança substancial em seu

funcionamento.

Diante disso, a presente pesquisa visa criar uma narrativa transmídia, sustentada nos

conceitos de Henry Jenkins descritos em Cultura da Convergência (Editora Aleph,

2008), a fim de mapear e descrever as plataformas de crowdsourcing e crowdfunding de

fomento ao empreendedorismo como tecnologia social no universo online. A pesquisa

realizada permitirá entender melhor o panorama do crowdfunding ao redor do mundo e

no Brasil em particular, e promoverá a proposição de novos projetos e políticas de

acordo com as atuais demandas da sociedade em rede.

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2. Objetivo geral Realizar um mapeamento e uma descrição das plataformas listadas como iniciativas de

crowdsourcing e crowdfunding que tentaram promover o empreendedorismo social no

universo web.

Objetivos específicos • Descrever a fenômeno das plataformas de crowdsourcing e crowdfunding para

o fomento ao empreendedorismo no universo web;

• Mapear e descrever essas plataformas;

• Identificar os critérios utilizados nos prêmios destinados a projetos de

empreendedorismo online;

• Ampliar as descrições desta nova tendência no empreendedorismo; e

• Criar um hot site para compartilhar e difundir os resultados desta pesquisa.

3. Metodologia

Em primeiro lugar, escolhemos e explicamos conceitos teóricos pertinentes e realizamos

a revisão da literatura existente para melhor compreender a gênese e o desenvolvimento

das plataformas de crowdsourcing e crowdfunding de fomento ao empreendedorismo

social ao redor do mundo no universo online. Discutimos, ainda, conceitos-chave como:

e-cidadania; social good, governo eletrônico; informação livre, cultural digital, cultura

livre, e-ativismo; desenvolvimento das TIC e sustentabilidade.

Posteriormente, identificamos e descrevemos estas plataformas. Para isso, revisamos a

literatura existente, sites e publicações educacionais e governamentais, banco de dados

da Cúpula Mundial das Nações Unidas sobre a Sociedade da Informação (CMSI) e

outras fontes relevantes de informação. Também solicitamos informações a nossos

parceiros e contatos internacionais na tentativa de realizar uma pesquisa mais exaustiva,

a fim de elaborar uma lista anotada com as iniciativas encontradas.

Para a inclusão na matriz, escolhemos os seguintes critérios de seleção: 1) As

plataformas de crowdsourcing não devem estar destinadas à contratação de serviços mas

ao apoio de projetos de empreendedorismo social que precisam de completar ou formar

uma equipe de trabalho, 2) As plataformas de crowdfunding não devem estar destinadas

apenas a ações de caridade ou a interesses pessoais (fazer uma viagem, ir para a

universidade, pagar um tratamento médico etc.), 3) As plataformas não devem ser

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páginas de equity crowdfunding (financiamento coletivo com participação)destinadas só

a conseguir investidores para empresas.

Finalmente, procedemos à elaboração de uma matriz baseada nos dados coletados.

Elencamos, assim, as plataformas para o fomento do empreendedorismo no universo

online. Os resultados da pesquisa são apresentados como projeto de narrativa transmídia

em forma de Portal WEB.

A construção do Portal é baseada na análise das plataformas identificadas a fim de

averiguar a usabilidade do portal bem como informações que sejam relevantes para a

visualização dos indicadores. A partir disso, sua arquitetura é construída baseada em

sessões a serem estabelecidas ao longo da pesquisa de acordo com os dados coletados,

as análises providas da coleta em questão e diálogos estabelecidos com os gestores do

AcessaSP.

Tal página conta com a concepção do design e arquitetura. A estrutura conta com o

elenco de Sessões e Tags multimídias para: apresentação das iniciativas e instituições a

qual esse projeto está relacionado; apresentação da atual pesquisa já com seus resultados

e previsões; links de sites analisados como referência. O aspecto transmídia se traduz na

interação, produção e contribuição dos atores em rede; e uma sessão sobre eventos,

novidades e informações relevantes.

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4. Capítulo 1: Revisão da Literatura

O presente capítulo analisa um recorte da cultura digital no contexto da sociedade em

rede a fim de entender o desenvolvimento do crowdfunding e crowdsourcing como

portais de acesso ao financiamento e ao empreendedorismo social. Para tanto, temos

como objetivo examinar o mapeamento do uso da internet, o mundo aberto da produção

autônoma, o quanto a cultura digital afetou os valores de mercado dos bens digitais e

virtuais, e os mecanismos de incentivo da inteligência coletiva.

4.1 A Inteligência Coletiva e a Democratização dos Meios de Produção: Uma Nova Lógica de se Pensar o Mercado.

Para entender como se dá esse arranjo no qual a sociedade está inserida é preciso

entender a cibercultura. Para defini-la é necessário identificar que ela foi produzida no

espaço contemporâneo e não possui nem centro nem diretrizes, é vazia, sem conteúdo

particular, mas aceita todos os indivíduos e sujeitos ao mesmo tempo, pois cada novo nó

da rede pode tornar-se produtor ou emissor de novas informações.

Para Lévy (1997), a cibercultura que emana do ciberespaço surge a partir da desconexão

de operadores sociais (máquinas abstratas): a universalidade e a totalização. Esses dois

conceitos surgiram acoplados na invenção da escrita, pois a escrita não determina

automaticamente o universal, também o condiciona. Virtualmente, todas as mensagens

encontram-se mergulhadas num banho comunicacional fervilhante de vida, incluindo as

próprias pessoas, do qual o ciberespaço surge progressivamente. O ciberespaço é, assim,

fruto de um verdadeiro movimento social, onde predominam três princípios

orientadores: interconexão, as comunidades virtuais e a inteligência coletiva. Como

contribuidores de cibercultura, há os anônimos e amadores dedicados, que melhoram

constantemente as ferramentas de software de comunicação e não os grandes nomes.

As comunidades virtuais se configuram principalmente como comunidades de

aprendizagem na Web, designando-se também pelo ensino à distância (EaD). A

necessidade de conhecer e de aprender, com o menor custo possível, leva instituições e

empresas a reorganizarem-se para permitir o ensino on-line. Quanto às redes sociais,

elas estão cada vez mais na rotina dos cidadãos. A necessidade de comunicar e conhecer

tem levado milhões de pessoas a utilizar várias interfaces de comunicação. As

plataformas de comunicação têm evoluído de tal forma, que se passou de uma

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comunicação textual, para a comunicação com imagem e som em tempo real. Assim, a

cibercultura como um todo tange o conceito de inteligência coletiva que também foi

elaborado por Levy (2007), mas também por Jenkins (2008) e De Kerkhove (2009).

A inteligência coletiva descreve um tipo de inteligência compartilhada que surge da

colaboração de muitos indivíduos em suas diversidades. É uma inteligência distribuída

por toda parte, na qual todo o saber está na humanidade, já que, ninguém sabe tudo,

porém todos sabem alguma coisa. O termo aparece na sócio-biologia, na ciência

política e em contextos específicos como dinâmicas de revisão paritária e aplicações

de crowdsourcing. Essa definição mais ampla envolve processos como formação de

consenso, capital social, intelectual e humano. Diferentes ações, desde um partido

político até um verbete na Wikipédia, podem ser descritas como uma forma de

inteligência coletiva.

Ela pode ser encarada como uma propriedade emergente entre as pessoas e as formas de

processamento de informações. Pierre Lévy define a inteligência coletiva como:

"uma forma de inteligência distribuída, constantemente reforçada,

coordenada em tempo real, que resultou na mobilização efetiva

das competências. A característica indispensável para esta definição é

a base e o objetivo da inteligência coletiva: o reconhecimento mútuo e

de enriquecimento de indivíduos" (2007).

De acordo com pesquisadores Lévy (2007) e De Kerckhove (2009), o termo refere-se à

capacidade das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para melhorar a

piscina coletiva do conhecimento social, simultaneamente ampliando a extensão das

interações humanas. Tal conceito contribui fortemente para a mudança de conhecimento

e poder do indivíduo para o coletivo.

Enquanto isso, o teórico da mídia Henry Jenkins (2008) aborda o conceito de

inteligência coletiva, onde cada espectador constrói a sua própria mitologia a partir de

fragmentos dispersos disponibilizados nos meios de comunicação. A partir do

agrupamento destes fragmentos forma-se a inteligência coletiva, que pode

eventualmente surgir como uma alternativa de poder. Segundo Jenkins, esta alternativa

está neste momento a ser utilizada apenas para fins recreativos (comunidades virtuais no

Facebook, por exemplo), mas no futuro poderá ser aplicada a fins mais sérios como a

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religião, educação, direito, política, publicidade e até fins militares. A inteligência

coletiva surge assim a partir de comunidades de conhecimento que se formam à volta de

interesses intelectuais comuns.

O conceito de inteligência coletiva é visto por Jenkins como uma “fonte interativa de

poder da mídia” que está intimamente relacionado com a cultura da convergência. Tanto

ele quanto Pierre Lévy apoiaram a alegação de que a inteligência coletiva é importante

para o processo de democratização, uma vez que está interligada com a cultura baseada

no conhecimento, que é sustentada pela partilha de ideias coletivas, contribuindo,

portanto, para a uma melhor compreensão da sociedade diversificada entre os diferentes

atores.

Assim, é possível afirmar que, junto à convergência dos vários meios de comunicação,

há uma mudança cultural. Com a colisão entre os novos e velhos meios de

comunicação, a interação entre o poder da mídia e dos consumidores produz resultados

muitas vezes imprevisíveis. A situação atual implica uma participação muito mais ativa

e direta dos consumidores, obrigando as grandes indústrias a mudarem as suas

estratégias numa direção que converge para as necessidades atuais dos indivíduos.

Sendo assim, o processo de convergência é complexo e em constante mutação, uma vez

que depende da relação da tecnologia com a cultura. A tecnologia assume assim um

papel secundário, sendo que a mudança cultural é que ditará os seus conteúdos. Por trás

das decisões de conteúdo estão os conhecimentos individuais e hoje, as pessoas

detentoras desses conhecimentos aparecem como micro-hits que abastecem de maneira

volumosa as novas formulações do conteúdo disponíveis na WEB 2.0.

Todo esse parâmetro da cibercultura associada à inteligência coletiva, contando com

pessoas anônimas e as ferramentas de produção livre na internet, mudaram o parâmetro

das relações mercadológicas contemporâneas, imperando uma nova lógica de se pensar

as relações estabelecidas pelo ambiente conectado. Um exemplo, é a nota lançada pelo

Manifesto ClueTrain na qual eles alegam:

"Uma poderosa conversação global começou. Através da Internet, as

pessoas estão descobrindo e inventando novas maneiras de compartilhar

conhecimentos relevantes com velocidade estonteante. Como resultado direto,

mercados estão ficando mais espertos - e ficando mais espertos que a maioria

das empresas."– Manifesto Cluetrain (2000).

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Segundo o site oficial do Manifesto, através da Internet, pessoas estão descobrindo e

inventando novas maneiras de compartilhar rapidamente conhecimento relevante. Como

um resultado direto, mercados estão ficando mais espertos que a maioria das empresas.

Entende-se aqui o termo mercado como um conjunto de conversações. Seus membros se

comunicam em uma linguagem informal e natural em contextos variados enquanto as

empresas adotam uma linguagem unilateral e monótona, o que acarreta na recusa dos

mercados em se comunicar com essas entidades.

Segundo Anderson (2006), o conjunto de conversações massificado sofreu uma

transformação e passou de um mercado de poucos hits para um mercado de inúmeros de

nichos e micro-hits. Estamos lidando com uma imensa comunidade de fãs e seguidores

regidos por blogs pessoais e autônomos, e isso interfere na lógica mercadológica, uma

vez que até pouco tempo atrás, seguidores, fãs e demais hits eram contribuidores

financeiros, comprando discos e CDs, por exemplo.

Isso acontece, pois existe uma democratização da aquisição das ferramentas de

produção a qual não anula a venda e compra de outras ferramentas. Por exemplo: os

smartphones e os dispositivos multi-funcionais democratizaram o compartilhamento e o

acesso às redes sociais. No entanto, a proliferação desses dispositivos não anula

totalmente a compra e a venda de CDs de músicos, por mais que o índice de vendas se

aproxime a zero (exemplos como o Wikipedia e o Netflix ilustram essa realidade). Hoje

o objetivo dos produtores ultrapassou a motivação extrínseca do ganho financeiro e

material, e parte de uma motivação intrínseca de fazer algo grande e reconhecido.

A abundância de ofertas na internet oferece milhares de opções aos produtos em massa.

Os imensos mercados de massa estão virando milhões de pequenos mercados de nichos

que acompanham as comunidades virtuais de relacionamento tais como as redes sociais

e os blogs. Os blogs são consequência da democratização das ferramentas de produção:

o advento de softwares e de serviços simples e baratos que facilitam a tal ponto a

editoração online que ela se torna acessível a todos.

Com a redução dos custos de produção e distribuição, Anderson (2006) afirma que a era

do tamanho único está chegando ao fim e em seu lugar surge o mercado de variedades.

Isso dispõe que amadores e profissionais estão competindo de igual para igual, pois a

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internet torna mais barato alcançar pessoas, e isso é evidente pelo maior uso da WEB

2.0: as redes sociais.

As redes sociais sem fios tiveram o maior crescimento do da história dos meios de

comunicação e acompanhou o desenvolvimento da cultura jovem, bem como políticas

públicas que incentivam a manifestação individual. No livro Comunicação móvel e

sociedade: uma perspectiva global (2009) foi verificado uma expansão sem precedentes

da comunicação móvel, tendo como objeto de observação a adoção dessa tecnologia no

background de diferentes economias, políticas, e novas lógicas de se pensar os impactos

sociais e culturais. Em relação aos continentes, a taxa de inclusão se mostra mais

expressiva na Ásia Pacífico (41%), na Europa (32%), nas Américas (21%), na África

(4%) e na Oceania (1%). No Brasil, a penetração da nova tecnologia alcançou 36%,

estatística que fez o país ser considerado, ao lado do Chile, uma exceção da América

Latina.

Através da análise de dados, foi observado que a comunicação móvel é um meio de

comunicação invasivo, mediando a prática social em todas as esferas da vida humana. É

atestado que a comunicação móvel amplia a plataforma tecnológica e essas tecnologias

configuram a lógica em rede de práticas sociais em todos os lugares e contextos, pois “a

tecnologia de comunicação sem fios tem poderosos efeitos sociais ao generalizar e

aprofundar a lógica em rede, que define a experiência humana na atualidade” (2009, p.

334).

O estudo está longe de estar completo, e sua ascendência nas mais diversas sociedades e

contextos não exclui as sociedades subdesenvolvidas e em desenvolvimento. No futuro

tudo estará em plataformas tecnológicas e conectado em uma sociedade em rede.

Isso é previsível, pois diante de uma sociedade de consumo excessivo, a necessidade de

mobilidade e visibilidade é cada vez maior, deflagrando uma constante reformulação

das identidades como formas de assegurar os princípios de inclusão/exclusão elaborados

pelo mercado. É deflagrado também, novos meios de se pensar tanto os bens de

consumo como os próprios meios de produção.

O empreendedorismo do século XXI exige uma nova lógica de comportamento e

tratamento entre as pessoas integrantes desse mergulho comunicacional. Um exemplo é

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a Ética Hacker, que abalou a estrutura pragmática de produção e sugere um novo meio

de trabalho.

4.2 A Ética Hacker e a Democratização dos Meios de Produção

O Hacker´s Worldview aponta como neutralizar algumas das consequências desumanas

da nossa sociedade em rede. A Ética Hacker (2001) desafia a lógica trabalhista que leva

a sociedade por tanto tempo: a ética protestante do trabalho, como explicitado no

clássico de Max Weber "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" (1930). É

defendido horas flexíveis, criatividade e sentimento no ambiente de trabalho em uma

linha de pensamento, uma filosofia, baseada nos valores de jogo, emoção,

compartilhamento e criatividade, que tem potencial de melhorar toda competitividade e

produção, sejam elas individuais ou corporativas.

A noção verticalizada da comunicação, em que um detém mais poder de discurso que

outro, foi substituída pela igualdade entre os atores, sejam eles profissionais ou

amadores. Os atuais meios de comunicação são horizontais, o que dispensa a hierarquia

de discursos presentes. Uma flexibilidade das políticas trabalhistas incentiva a criação

de novas soluções para as questões colocadas pela sociedade em rede. Esse incentivo

faz parte de mecanismos que apóiam a inteligência coletiva, a qual deflagra uma nova

maneira de pensar o ativismo e as atividades no mundo conectado, pois significa que em

todo momento somos detentores, colaboradores e construtores de conteúdo em algum

lugar do planeta.

Essa nova lógica de se pensar as práticas sociais se reflete no mercado (ou conjunto de

conversações), que através da democracia dos meios de produção e das atividades dos

atuantes nas redes configuram novas competências. Entender essa configuração é

essencial, pois uma vez que se direciona o olhar para essas práticas nesse parâmetro

global, surge uma nova forma de pensar o mundo e suas inter-relações. Esse é o

primeiro passo na direção da construção de plataformas digitais conectadas e em direção

também ao acesso democrático dos meios de comunicação.

4.3 Inclusão digital

Segundo Passarelli (2010), os programas de inclusão digital nas últimas duas décadas da

sociedade em rede podem ser divididos em duas ondas: uma primeira, que está definida

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pelas preocupações, políticas e programas de inclusão digital, e uma segunda, que está

focada nas diferentes formas de apropriação e de produção de conhecimento na web.

No Brasil, tem havido numerosas iniciativas públicas e privadas para diminuir o fosso

digital. Projetos como "Digitando o Futuro", "Piraí Digital", "Ideias" e "AcessaSP"

fazem uma contribuição significativa para o desenvolvimento da literacia digital e da

inclusão social no país. O programa AcessaSP recebeu recentemente o prestigioso

prêmio da Fundação Bill & Melinda Gates como melhor

programa de inclusão digital (entre 300 programas de 56 países).

O maior foco da pesquisa sobre inclusão digital tem sido “o aumento do acesso da

população às tecnologias e suas habilidades para usá-las” (SELWYN. FACER, 2007).

Outros estudos têm focado em questões mais amplas, tais como a conectividade

(SELWYN. GODARD, WILLIAMS, 2001), o hardware e software que as pessoas

podem utilizar (ABBOTT, 2007), o conteúdo e as informações que são entregues

através da tecnologia (SELWYN. FACER, 2007) ou as habilidades digitais ou literacias

em um mais amplo sentido (WESSELS, 2008; PASSARELLI, 2012).

Com o objetivo de mapear e entender as literacias digitais contemporâneas, a Escola do

Futuro da USP tem procurado explorar o contexto de crossmedia das narrativas não-

lineares de WEB 2.0 e o protagonismo emergente dos coletivos digitais sobre a autoria

individual, entre outros tópicos. Por exemplo, o mais recente livro de Brasilina

Passarelli e Hélio Junqueira, Gerações Interativas – Crianças e adolescentes diante das

telas (2012) examina o conjunto de habilidades que as crianças e os adolescentes

precisam para interagir e selecionar o conteúdo quando confrontados com diferentes

tipos de telas, como TVs, videogames, computadores e telefones celulares. Por outro

lado, no livro Atores em rede: Olhares luso-brasileiros (2009), Passarelli e Azevedo

discutem as abordagens metodológicas para analisar comunidades virtuais e a

digitalização dos fluxos culturais e a reestruturação hierárquica da produção de

conhecimento, enquanto olham para o sucesso dos programas do Brasil e Portugal (tais

como AcessaSP e Second Life).

Também é importante mencionar o recente artigo de Marta Kerr Pinheiro e Lilian

Emanueli Márquez, “A cúpula mundial sobre a sociedade da informação: foco nas

políticas de informação” (2013), que avalia o nível de realização de cada uma das metas

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que foram definidas em 2006 pela WSIS. O trabalho realizado por Pinheiro e Márquez é

baseado nas informações publicadas no banco de dados da CMSI, que oferece um

registro das atividades realizadas pelos governos, organizações internacionais, setor

privado, sociedade civil e outras entidades. O seu estudo constitui um primeiro passo

importante para mapear o progresso que cada país tem feito no sentido de realizar os

objetivos propostos.

4. 3 Empreendedorismo social

No Brasil e no mundo, o empreendedorismo é de suma importância não só para o

crescimento dos indivíduos, mas também para o desenvolvimento da sociedade.

A origem do termo empreender significa realizar, fazer ou executar. Dessa maneira,

espera-se do perfil empreendedor o espírito criativo e pesquisador. Ele está

constantemente buscando novos caminhos e novas soluções, o que tange o conceito de

literacia.

O sujeito empreendedor tem um novo olhar sobre o mundo à medida que presencia a

evolução de seu tempo e contexto, valorizando suas experiências e tomando decisões

acertadas. Por conseguinte abre novas trilhas e explora novos conhecimentos.

O empreendedorismo social é um meio para desenvolver uma comunidade, cidade ou

região. O termo “empreendedor social” foi cunhado por Bill Drayton – o Fundador e

Presidente da Ashoka (https://www.ashoka.org/ ) – ao perceber a existência de

indivíduos que conseguem realizar profundas transformações através da identificação de

tendências e propostas inovadoras para resolver problemas sociais e ambientais. Por

meio de sua atuação, os empreendedores sociais aceleram o processo de mudanças na

sociedade e inspiram outras pessoas a se engajarem em torno de uma causa comum.

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5. Capítulo 2: Mapeamento WEB de Plataformas

Este capítulo fornecerá o mapeamento WEB das plataformas de

crowdsourcing e crowdfunding que promovem o desenvolvimento de projetos de

empreendedorismo social. Em primeiro lugar, exploram-se conceitos-chave tais

como crowdsourcing e crowdfunding e diferenciam-se os tipos de iniciativas que foram

consideradas no mapeamento realizado. Em segundo lugar, examinam-se os resultados

de uma pesquisa sobre crowdfunding realizada em 2013 por Catarse.me a fim de

entender melhor o panorama do crowdfunding no contexto brasileiro. Em terceiro

lugar, oferece-se o mapeamento das plataformas no Universo Web, seguida de gráficos

com informação estadística sobre as plataformas mapeadas. Finalmente, como

complemento à pesquisa realizada, identificam-se os critérios principais para a

premiação de projetos de empreendedorismo social.

5.1 Crowdsourcing e Crowdfunding

Jeff Howe (2009) foi o primeiro a discorrer sobre o tema e define crowdsourcing como

a prática de obter os serviços necessários, ideias ou conteúdo solicitando contribuições

de um grande grupo de pessoas e, especialmente, a partir de uma comunidade on-line,

ao invés de empregados ou fornecedores tradicionais. Este processo combina os

esforços de numerosos voluntários auto-identificados ou trabalhadores a tempo parcial,

onde cada colaborador de sua própria iniciativa adiciona uma pequena parte ao maior

resultado.

O termo crowdsourcing é uma junção de "multidão" e "terceirização", que se distingue

de terceirização em que o trabalho vem de um público indefinido em vez de ser

encomendado a um grupo específico. Através desse conceito, pode ser descrito o

processo pelo qual o poder de muitos pode ser aproveitado para realizar proezas como,

por exemplo, transformar uma comunidade de milhares de pessoas em uma empresa.

Mostra também o surgimento do amadorismo como força transformadora que participa

dos processos e impacta no resultado final se mostrando um recurso incalculável.

Atualmente, existem diferentes modalidades de crowdsourcing ao redor do mundo. As

principais permitem 1) contratar serviços específicos através de um pool de

proponentes, ou, 2) realizar projetos mediante a contribuição de voluntários

interessados. No primeiro dos casos, a plataforma de crowdsourcing funciona como

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uma espécie de administrador que oferece oportunidades de emprego para um grupo

específico de profissionais (designers, redatores, etc.). Os interessados fazem uma

proposta mas só um deles pode ser escolhido para realizar o trabalho em questão. Por

exemplo, o site Design Crowd (http://www.designcrowd.com.br/) permite propôr

atividades para criar diferentes tipos de objetos de design (web, logo, cartão de visitas,

crachás, etc.).

O segundo tipo de iniciativa de crowdfunding é mais próximo ao conceito de

empreendedorismo social dado que procura conseguir voluntários para contribuir com o

desenvolvimento de um projeto de interesse general ou social relacionado, por exemplo,

com o meio ambiente, a proteção dos animais ou a criação de um festival de música

clássica. A nível internacional, um dos portais mais famosos de estes tipos de

plataformas de crowdfunding é Catchafire (https://www.catchafire.org). Este portal, que

funciona como mediador entre ONGs e empreendimentos sociais e voluntários

qualificados, cobra por sua mediação. Embora, outros portais permitem que tanto as

pessoas e entidades que propõem os projetos quanto os voluntários possam contatar-se

diretamente.

Dado o foco no empreendedorismo social da presente pesquisa, só consideramos este

segundo tipo de iniciativas para a seleção dos portais de crowdsourcing, seja que

ofereçam o serviço de graça ou não.

O termo crowdfunding (financiamento coletivo) é utilizado para referir-se à captação de

recursos online mediante múltiplas fontes de financiamento, que em geral são pessoas e

entidades interessadas nas iniciativas pleiteadas. O termo também é usado para falar de

doações ou "vaquinhas" feitas online. Os projetos que usam crowdfunding geralmente

têm uma meta de arrecadação que deve ser atingida para que o projeto seja viabilizado.

Caso os recursos arrecadados não atinjam a meta, o dinheiro arrecadado volta para os

doadores. Este funcionamento é chamado "tudo ou nada". Outras iniciativas de

crowdfunding permitem que as pessoas fiquem com a quantidade arrecadada, mesmo se

não atingiram a meta proposta. Nesses casos, a taxa administrativa cobrada pela

plataforma normalmente é um pouco maior. A maioria das plataformas de

crowdfunding cobra uma porcentagem como taxa administrativa sobre o dinheiro

arrecadado mais o custo das transações, mas existem algumas que não descontam nem

taxas e nem o custo da transação, que pode ser cobrado ao doador.

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Existem iniciativas de crowdfunding que focam na realização de ações de caridade (por

exemplo: campanhas de agasalho, para comprar comida depois de desastres naturais,

etc.) Outras permitem também atingir objetivos pessoais de todo tipo (por exemplo,

uma viagem pela Europa, os custos da universidade, a compra de um celular). As

plataformas que focam só em iniciativas de caridade ou de objetivos pessoais não foram

consideradas na presente pesquisa pela falta de foco em empreendedorismo social.

Foram consideradas as que oferecem esse tipo de projetos entre outras categorias

voltadas ao empreendedorismo social em diferentes áreas.

Existe outro tipo de plataformas de crowdfunding que ajudam aos empreendedores a

conseguir investidores para seus projetos ou start-ups. Muitas delas funcionam mediante

um sistema que tem sido denominado "equity crowdfunding" (financiamento coletivo

com participação de empresas financiadoras). Essas iniciativas permitem apoiar projetos

de empreendedorismo e ganhar equity funding na empresa apoiada. Por exemplo,

Crowdfunder (https://www.crowdfunder.com/) oferece uma alta divulgação dos

projetos cadastrados entre possíveis investidores e permite conseguir investimentos bem

significativos. Tem um custo mensal de 299 USD para os empreendedores projetistas.

Crowdfunder: Homepage

As iniciativas de equity-crowdfunding, por serem destinadas ao investimento em

empresas não foram incluídas na presente pesquisa, mesmo se estão relacionadas com o

conceito de empreendedorismo online. O funcionamento delas é diferente e por isso não

podem ser comparadas com as outras plataformas.

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5.2 O Panorama do Crowdfunding no Brasil

A plataforma de crowdfunding Catarse.me realizou uma pesquisa realizada para

"conhecer o perfil das pessoas que fazem o financiamento coletivo acontecer no Brasil",

"compreender os comportamentos, motivações e porquês das pessoas ao apoiarem um

projeto", "analisar o cenário atual do financiamento coletivo no país", e "apresentar um

pouco da ótica dos realizadores de projetos que já passaram pela plataforma do Catarse"

(catarse.me). Aproximadamente 3.300 pessoas responderam um questionário entre julho

e agosto de 2013. A seguir, apresentamos os gráficos mais significativos no contexto da

presente pesquisa, seguidos de observações que permitirão entender melhor o panorama

do crowdfunding no Brasil.

Distribuição das pessoas que participam no financiamento coletivo no Brasil

Retrato do financiamento coletivo no Brasil - Catarse.me Fonte: Catarse.me

Como podemos observar, segundo a pesquisa realizada por Catarse.me, na maioria das

regiões existe uma correlação entre a população brasileira e a participação no

financiamento coletivo. No norte e no nordeste do país, onde o acesso à Internet é mais

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limitado, existe uma participação menor, enquanto no Sudeste e no Sul, onde o acesso à

Internet é superior do que em outras regiões do país, a participação acompanha essa

tendência.

Gênero, idade e nível de escolaridade

Retrato do financiamento coletivo no Brasil - Catarse.me Fonte: Catarse.me

No Brasil, a idade dos participantes corresponde à população em idade ativa no mercado

laboral. 97% deles tem entre 18-60 anos e a faixa etária mais representativa é a de 25-30

anos, com 31%. Esta faixa corresponde à primeira geração de "imigrantes digitais".

Observa-se ainda que 74% têm estudos universitários completos (de graduação ou pós-

graduação).

Renda mensal Retrato do financiamento coletivo no Brasil - Catarse.me

Fonte: Catarse.me

A maioria (74%) dos participantes tem uma renda mensal de até 6000 reais. As pessoas

que tem uma renda maior normalmente conseguem com mais facilidade financiamento

nos bancos.

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Areas de interesse e falta de projetos relevantes

Retrato do financiamento coletivo no Brasil - Catarse.me Fonte: Catarse.me

A área onde existe maior oportunidade para conseguir financiamento, com base nos

interesses e a falta de projetos percebida pelos entrevistados é "mobilidade e

transporte".

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5.3 Plataformas de Crowdsourcing Achamos apenas 6 plataformas que oferecem o serviço de crowdsourcing baseado no critério de empreendedorismo social proposto na presente pesquisa:

1. Project Free World 2. Catchafire 3. Do something 4. 1% Club 5. Goteo 6. Fandyu

1. Project Free World Web site: http://www.projectfreeworld.org/ Esta plataforma procura conectar as pessoas que mudam o mundo e as que precisam de ajuda a fim de resolver os problemas maiores do planeta. Oferece as categorias seguintes: Redução da pobreza, Igualdade econômica, Infra-estrutura, Direitos humanos, Legitimidade do governo e Taxa de alfabetização. A plataforma não é muito fácil de usar. Quem deseja participar oferecendo sua ajuda é direcionado a plataformas de crowdfunding, a alguns projetos concretos, ou a páginas que oferecem ferramentas importantes para desenvolver projetos sociais. Não facilita realmente o processo de “matchmaking”, colaboração e parceria.

Seguidores Facebook: 838 Seguidores Twitter: 1.715 Palavras Chaves: Social, educação, inovação, empreendedorismo

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Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: não Parcial: não Custo: 0% 2. Catchafire

Web site: https://www.catchafire.org/ É uma comunidade de pessoas que se esforçam para promover o bem social concentrando-se sobre as formas eficientes e eficazes para resolver problemas. Uma maneira de fazer isso é por profissionais com organizações sem fins lucrativos com base em suas habilidades, causa interesse e disponibilidade de tempo correspondente. A plataforma proporciona experiências de voluntariado e transformação, por isso todas as entidades sem fins lucrativos devem ter impacto demonstrável. O objetivo é proporcionar um retorno significativo do investimento para os nossos parceiros e economizar tempo, dinheiro e recursos na busca de pessoas talentosas e apaixonadas que têm o potencial para se tornar defensores de longo prazo. As categorias de seleção são: branding e marketing, comunicações e relações públicas, design, estratégia, website, RH e finanças.

Seguidores Facebook: 6.603 Seguidores Twitter: 13.300 Palavras Chaves: Marketing, publicidade, comunicação, relações públicas, design,

estratégia, tecnologia e finanças. Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 0%

3. Do Something Web site: https://www.dosomething.org/ Esta plataforma é a maior organização de mudança social para jovens. Tem mais de 2,5 milhões de membros trabalhando por diferentes causas, tais como a pobreza, o meio ambiente, etc. A plataforma está muito bem organizada e incentiva os usuários a participarem através de uma interface simples e direta, perguntando aos jovens quais são seus interesses, quanto tempo querem dedicar como voluntários e que tipo de trabalho ou atividade gostariam de fazer. O problema é que é só para cidadãos americanos. Não oferece informação clara ou suficiente sobre a seleção dos projetos. As perguntas do FAQ estão quase todas relacionadas com as bolsas que o site oferece e não responde perguntas sobre o processo de criar e desenvolver projetos.

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Seguidores Facebook: 800.339 Seguidores Twitter: 706.000 Palavras Chaves: Social Para quem: Cidadãos

americanos Tudo ou Nada: não Parcial: não Custo: 0%

4. 1% Club Web site: https://www.onepercentclub.com/en/ Plataforma de crowdfunding e crowdsourcing global que procura realizar projetos em países em desenvolvimento. As pessoas podem propôr campanhas, doar dinheiro para financiar campanhas ou fazer ações específicas (“tasks”) para apoiar as campanhas. O ponto fraco é que a opção de crowdsourcing não é tão evidente na tela de inicio, que propõe, na parte de cima “Procurar campanhas” e “Criar campanha”. Na parte de baixo, na coluna “Do good” a plataforma oferece a serviço de crowdsourcing mediante a opção “Browse tasks”. O funcionamento do serviço de crowdsourcing não é tão claro ou evidente quanto o funcionamento do seviço de crowdfunding.

Seguidores Facebook: 25.405 Seguidores Twitter: 8.020 Palavras Chaves: Social Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 12%

5. Goteo Web site: https://www.onepercentclub.com/en/ Plataforma espanhola de crowdfunding e crowdsourcing para projetos que, além de dar recompensas individuais, também geram um retorno coletivo através do fomento de criative commons, open code e/ou conhecimento livre.

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Seguidores Facebook: 9.275 Seguidores Twitter: 17.000 Palavras Chaves: Criatividade, inovação, social, cultural, ciência, educação, tecnologia e

ecologia. Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: não Parcial: sim Custo: 8%

6. Fandyu Web site: http://www.fandyu.com Plataforma espanhola de crowdfunding e crowdsourcing para realizar projetos de empreendedorismo. A plataforma é apenas para residentes da Espanha. Tem poucos seguidores, mas vários dos projetos expostos na tela de início atingiram seus objetivos.

Seguidores Facebook: 446 Seguidores Twitter: 225 Palavras Chaves: Sem fins lucrativos, criativos, empreendedorismo social Para quem: Cidadãos

espanhóis Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 6%

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5.4 Prêmios Os seguintes prêmios para projetos de empreendedorismo social / tecnologia social foram escolhidos a fim de elaborar uma lista com os quesitos e critérios utilizados para seleção e premiação de projetos.

1. Google Global Impact 2. Pasha Fund - Fundo para inovação social P@SHA 3. Gründer-Garage (Google sponsored) 4. Youth Citizen Entrepreneurship Competition 5. Prêmio Kopf schlägt Kapital, Stiftung Entrepreneurship 6. Do Something 7. Unreasonable Institute 8. Echoing Green 9. The Social Entrepreneur of the Year Competition (Schwab Foundation for

Social Entrepreneurship)

1. Google Global Impact Web site: http://www.google.com/giving/impact-awards.html O Google Global Impact é o prêmio que apoia organizações que usam tecnologias e abordagens inovadoras para lidar com alguns dos mais difíceis desafios da humanidade. O alvo são organizações ágeis e empreendedoras que tenham um projeto específico que ponha à prova uma grande ideia e uma equipe brilhante com uma saudável indiferença ao impossível. Os projetos são avaliados com base em três critérios: 1.Tecnologia, inovação e impacto: Como a tecnologia e a inovação serão utilizados para tornar o mundo um lugar melhor . 2 Do Projeto: Como o Prêmio Impacto Global será implementado. O projeto é factível e realista? É enraizado na pesquisa que identifica o tamanho do problema e como a idéia proposta vai ajudar a resolver isso? Será que o roteiro explica quais os desafios no caminho e como eles serão superados? 3 Equipe: Como a equipe vai executar o plano. A organização tem parceiros e colaboradores? Será que a Organização tem um forte histórico?

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Tipo de prêmio: 3 prêmios escolhidos por um juri de especialistas e um prêmio escolhido por votos da população. Cada ganhador ganha £500000, 10 chromebooks e assistência técnica.

Seguidores Google +: 1.327.118 Palavras Chaves: Educação, Ciência da Computação, Meio Ambiente, Desenvolvimento,

Mulheres, outros. Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: Não Parcial: não Custo: 0%

2. Pasha Fund - Fundo para inovação social P@SHA Web site: http://pashafund.com/program/ O Fundo para inovação social P@SHA é uma colaboração entre o Google e a P@SHA, uma associação de comércio de software paquistanesa, que oferece subsídios para inovadores tecnológicos no Paquistão. Empreendedores, ativistas sociais e organizações sem fins lucrativos que utilizam a tecnologia para atender a necessidades sociais nas áreas de educação, cultura, medicina, meio ambiente e outros problemas comunitários estão qualificados para se candidatar. Tem como objetivo financiar e fornecer suporte para ideias inovadoras e usar a tecnologia seja como uma plataforma de desenvolvimento ou como uma plataforma para a entrega - e se dirige a uma necessidade social específica. Os projetos são examinados por uma equipe (experientes empresários). Os candidatos pré-selecionados são convidados a apresentar suas ideias para uma análise mais aprofundada. Tem como critérios: Identificar o problema social a ser resolvido, apostar uma solução para um problema que existe ou algo a ser agregado no valor da comunidade em que vive. Tem como preceito empurrar os limites. Por último, a tecnologia deve ser um aspecto da solução. A solução pode ser móvel ou software baseado na web que aborda um problema ou serviço ou solução ou um novo modelo usando a tecnologia como uma plataforma para a entrega. Requisitos essenciais: Uma solução única e inovadora para um problema ou um valor social. Extensão da tecnologia para atingir um público mais amplo. Custo-benefício, fácil de usar e eficaz. Algo reproduzível e sustentável.

Tipo de prêmio:

O fundo dependerá da delimitação da proposta e quanto ela require para seu desenvolvimento. Os valores são variáveis.

Seguidores: Não está nas redes sociais

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Palavras Chaves: Empreendedorismo, tecnologia. Para quem: Cidadãos

paquistaneses Tudo ou Nada: nã

o Parcial: não Custo: 0%

3. Gründer-Garage (Google Sponsored) Web site: https://www.entrepreneurship.de/gruender-garage/ Gründer-Garage é uma competição on-line para os empresários de língua alemã (para promover a inovação e financiamento através da Internet), liderado pela corporação Indiegogo, Google, e da Fundação de Empreendedorismo Stiftung (Alemanha). Os empresários que atendam seus objetivos de crowdfunding receberão um subsídio correspondente do Google para alavancar seus projetos. Os participantes têm acesso à formação e orientação da Fundação de Empreendedorismo para criar campanhas de crowdfunding e campanhas que recebem subsídios correspondentes do Google. Tem como objetivo promover a inovação e o financiamento atraves da Internet oferecendo cursos grátis online (exemplos: Fazer que o trabalho seja divertido, como usar o crowdfunding, motivação) e um prêmio de Google (até 10000 euros por projeto) aos projetos que atinjam seus objetivos na plataforma de crowdfunding Indiegogo.

Tipo de prêmio: Até 1.000 euros por projeto Seguidores Facebook: 1064 Seguidores Twitter: 379 Palavras Chaves: empreendedorismo, inovação Para quem: Empreendedores

que falam alemão Tudo ou Nada: nã

o Parcial: não Custo: 0%

4. Youth Citizen Entrepreneurship Competition Web site: https://www.youth-competition.org/ O Juventude Cidadã Entrepreneurship Competition é um programa internacional lançado pela Fundação Goi Peace (Japão), Stiftung Empreendedorismo (Berlim) e da UNESCO. A competição oferece treinamento on-line e oferece uma plataforma global para jovens empreendedores que aspiram a criar mudanças positivas em suas comunidades. Seu objetivo é capacitar os jovens empreendedores para uma mudança positiva.

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Tipo de prêmio: Uma viagem ao “Entrepreneurship Summit 2014” em Berlim. Eles

premiam os três primeiros lugares e o escolhido pelo público nas categorias: melhores idéias e melhores projetos.

Seguidores Facebook: 4252 Seguidores Twitter: 172 Palavras Chaves: empreendedorismo, inovação, impacto social e sustentabiliade Para quem: Pessoas entre 15 e

30 anos Tudo ou Nada: não Parcial: não Custo: 0%

5. Prêmio Kopf schlägt Kapital, Stiftung Entrepreneurship Web site: https://www.entrepreneurship.de/kopf-schlaegt-kapital-wettbewerb-

2013/ A fundação foi criada com capital e de facilidades oferecidas por Günter Faltin (80%) e Dietrich Winterhager (20%). Localizada em Berlim, Alemanha, a fundação visa promover um ambiente positivo para a cultura do empreendedorismo no mundo. A Fundação oferece cursos gratuitos sobre empreendedorismo, além de organizar o evento anual Entrepreneurship Summit e oferece prêmios anuais para startups (Prêmio Kopf schlägt Kapital). Seus princípios norteadores são a originalidade, a inovação e a sustentabilidade. Tem como critério, idéias implantadas com pouco capital ou que empregam um método de financiamento inovador. Só se aplica à competição Startup que já deve ser estabelecida. Pode ter fins lucrativos ou não.

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Tipo de prêmio: Coaching, curso e diferentes prêmios dos patrocinadores Seguidores Facebook: 4046 Seguidores Twitter: 1830 Palavras Chaves: Empreendedorismo, inovação Para quem: Empreendedores

que falem alemão Tudo ou Nada: não Parcial: não Custo: 0%

6. Do Something Web site: https://www.dosomething.org/ DoSomething.org é a maior org para jovens e mudança social, com 2,5 milhões de membros. O ponto principal são campanhas de impacto, adotando a idéia de que serve qualquer causa, a qualquer hora, em qualquer lugar. Seu objetivo é recrutar voluntários para participar de campanhas que impactam cada causa.

Tipo de prêmio: Não descreve Seguidores Facebook: 800.339 Seguidores Twitter: 706.000 Palavras Chaves: Social Para quem: Cidadãos

americanos Tudo ou Nada: não Parcial: não Custo: 0%

7. Unreasonable Institute Web site: http://unreasonableinstitute.org/ A cada ano, são combinados uma dúzia de empreendimentos cuidadosamente controlados de todo o mundo com 50 mentores (incluindo o presidente da Whole Foods, um cara que ajudou mais de 20 milhões de pessoas na pobreza, e um herói da Time Magazine of the Planet). Seu objetivo é ajudar a cada um desses empreendimentos escalar significativamente até impactar a vida de mais de um milhão de pessoas cada. Os participantes devem estar: resolvendo um problema social ou ambiental massivo; ter um espírito empreendedor incansável e seu time com fome para garantir que seu empreendimento atinja escala global; além disso, deve ser capaz de exercer funções de liderança; trabalhar em tempo integral no desenvolvimento de seu empreendimento; ter pelo menos 18 anos de idade.

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Tipo de prêmio: Oficina de 5 semanas, possibilidade de financiamento e coaching Seguidores Facebook: 18.790 Seguidores Twitter: 27.600 Palavras Chaves: Social Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: nã

o Parcial: não Custo: 0%

8. Echoing Green Web site: http://www.echoinggreen.org/ O Programa de Parceria de Fundos Echoing Green oferece mais de US $ 3,8 milhões em financiamento de sementes de estágio para apoiar líderes emergentes que trabalham para trazer a mudança social positiva. De milhares de candidatos, apenas cerca de 1% é finalmente premiado com uma bolsa. Incentivar as novas gerações de mentores globais. Os candidatos aprovados apresentam não só uma forma inovadora de abordar as questões sociais, mas também explicar o que é preciso para ter sucesso. É requerente: Finalidade, resiliência, liderança, capacidade de atrair recursos.

Tipo de prêmio: De 80.000 a 90.000 dólares pagos em alíquotas durante dois anos.

Network e treinamento com empreendedores para desenvolvimento

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da proposta aprovada. Seguidores Facebook: 47.389 Seguidores Twitter: 463.000 Palavras Chaves: Social, empreendedorismo Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: nã

o Parcial: não Custo: 0%

9. The Social Entrepreneur of the Year Competition (Schwab Foundation for Social Entrepreneurship)

Web site: http://www.schwabfound.org/content/global-selection Reconhecer bons empreendedores sociais ao redor do Globo. A empresa social alcança a mudança social e / ou ambiental transformadora através da aplicação de abordagens inovadoras e práticas para beneficiar a sociedade em geral, com ênfase em populações carentes. A inovação pode assumir a forma de: um novo produto ou serviço; um novo método de produção ou distribuição; Uma nova oferta de trabalho; a reformulação de um produto já existente para uma população carente; e estruturas organizacionais e modelos de financiamento. A Sustentabilidade Organizacional é interpretada num sentido amplo, ou seja, a organização não é só financeiramente sustentável, mas também pode demonstrar um modelo de negócio sustentável. Organizações e candidatos devem ter pelo menos três anos de operações no momento da sua aplicação. Aplica-se métodos e práticas de negócio para gerar impacto, independentemente de se é para fins lucrativos ou não. No entanto, o empreendedorismo social é um processo de aprendizagem, por sua própria natureza. O empreendedor social deve, então, testar e refinar o conceito inicial, mobilizar os recursos e parceiros necessários para dimensionar o modelo, e melhorar continuamente a oferta. Por esse motivo, espera-se que os candidatos tenham um sistema de monitoramento e avaliação no local. pela Fundação Schwab

Tipo de prêmio: Integrar a rede de Networking da Fundação Schwab e cursos na

Harvard Business School, Stanford University e INSEAD. Seguidores Facebook: 18.877 Seguidores Twitter: 18.300 Palavras Chaves: Empreendedorismo Para quem: Empreendedores

sociais Tudo ou Nada: não Parcial: não Custo: 0%

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5.5 Plataformas de Crowdfunding 1. 1% Club (já listada) 2. 100 days 3. Benfeitoria 4. Biayda 5. Bicharia 6. Catarse 7. Causa Coletiva 8. Change Heroes 9. Clube do Financiamento Coletivo 10. ComeçAki 11. Crowdonomatic 12. Crowdrise 13. Doare 14. Embolacha 15. Eppela 16. Eu Patrocino 17. Eu Socio 18. Fandyu 19. Fundit 20. Fundazr 21. Garupa 22. GoFundMe 23. GoGetFunding 24. Goteo 25. Guigoo 26. Ideame 27. Ignite Intent 28. Impulso 29. Indiegogo 30. JumpStarter 31. Juntos

32. KickStarter 33. Kickante 34. Kiva 35. Kolmea 36. Mimoona 37. Mobilize 38. Moola Hoop 39. Muito Nós 40. Music Raiser 41. Opote 42. Pantreon 43. Partio 44. Peerbackers 45. Pifworld 46. Pledgeme 47. PPL CrowdFunding Portugal 48. Quero Incentivar 49. Rocket Club 50. Salve Sport 51. Sibite 52. Startando 53. Starteed 54. StartSomeGood 55. Ulule 56. Vakinha 57. Variavel 5 58. Verkami 59. We Make It 60. When You Wish Brasil 61. Zarpante

1. % Club Web site: https://www.onepercentclub.com/en/ Plataforma de crowdfunding e crowdsourcing global que procura realizar projetos em países em desenvolvimento. As pessoas podem propôr campanhas, doar dinheiro para financiar campanhas ou fazer ações específicas (“tasks”) para apoiar as campanhas. O ponto fraco é que a opção de crowdsourcing não é tão evidente na tela de inicio, que propõe, na parte de acima “Procurar campanhas” e “Criar campanha”. Na parte de baixo, na coluna “Do good” a plataforma oferece a serviço de crowdsourcing mediante a opção “Browse tasks”. O funcionamento do serviço de crowdsourcing não é tão claro ou evidente quanto o funcionamento do sevico de crowdfunding.

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Seguidores Facebook: 25.405 Seguidores Twitter: 8.020 Palavras Chaves: Social Para quem: todo

mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 12%

2. 100 days Web site: http://www.100-days.net/ Plataforma suíça de crowdfunding para projetos criativos e de inovação. Seu objetivo é arrecadar fundos para projetos cadastrados.

Seguidores Facebook: 2.535 Palavras Chaves: Criativo, inovação. Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

3. Benfeitoria Web site: http://benfeitoria.com/ Plataforma de crowdfunding que tem categorias como cultura/arte, inclusão social, sustentabilidade. Seu objetivo é dar vida a projetos de impacto. Todo projeto que tenha interesse coletivo, promova impacto positivo e cuja proposta se beneficie (e seja viável) por essa dinâmica de crowdfunding - o que vai depender da sua relevância, credibilidade e força de divulgação

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Seguidores Facebook: 38.210 Seguidores Twitter: 1.620 Palavras Chaves: Geral Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 0%

4. Biayda Web site: https://www.biayda.com/eng/ Plataforma turca de crowdfunding para projetos criativos, sociais e de inovação. Seu objetivo é arrecadar dinheiro para projetos criativos, sociais ou inovadores.

Seguidores Facebook: 2.300 Seguidores Twitter: 361 Palavras Chaves: Criativo, inovação, social. Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 7,5%

5. Bicharia Web site: http://www.bicharia.com.br/ Plataforma de financiamento coletivo para ajudar a viabilizar os projetos que envolvam os animais carentes. Queremos permitir que pessoas, entidades e associações consigam financiamento para realizar seus projetos, e assim ajudar, conscientizar e melhorar a qualidade de vida dos animais e da comunidade. Seu objetivo é viabilizar os projetos que envolvam animais carentes. Os projetos são avaliados segundo a concretude, se há um impacto real. É também observado se as pessoas possuem capacidade para gerir o projeto como a organização, divulgação e execução. E por fim, avaliamos o grau de criatividade dele. Quanto mais criativo for, mais chances ele terá de fazer parte do Bicharia.

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Seguidores Facebook: 235.175 Palavras Chaves: Animais, empreendedorismo. Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 14%

6. Catarse Web site: http://www.catarse.me/ Ferramenta que possibilita o financiamento de projetos criativos. O projeto precisa ser finito e ter um objetivo claro. Os projetos devem ser relacionados com uma das seguintes categorias: Artes Plásticas, Cinema, Circo, Educação, Dança, Filmes, Música, Fotografia, Literatura, Teatro, Arquitetura e Urbanismo, Gastronomia, Design, Educação, Moda, Ciência e Tecnologia, WEB, Jogos, Quadrinhos, Jornalismo, Negócios Sociais, Meio Ambiente, Mobilidade e Transporte, e Ativismo. Os projetos devem ter meta financeira realista que contabilize, inclusive, os Custos e Taxas envolvidos em uma campanha. O Catarse não é uma plataforma para angariação contínua de fundos para atividades corriqueiras dessas instituições. O realizador do projeto precisa fornecer todos os detalhes requisitados pelo atendimento sobre sua experiência profissional, provando ser capaz de desenvolver tal produto.

Seguidores Facebook: 10.677 Seguidores Twitter: 12.700 Palavras Chaves: Artes Plásticas, Cinema, Circo, Educação, Dança, Filmes, Música,

Fotografia, Literatura, Teatro Arquitetura e Urbanismo, Gastronomia. Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 13%

7. Causa Coletiva Web site: http://www.causacoletiva.com/ Plataforma de apoio a projetos socioambientais. Tem como objetivo apoiar projetos socioambientais. Pode participar todo projeto que promova a melhoria ambiental e social, cidadania, coletividade, saúde e transparência.

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Seguidores Facebook: 1.000 Palavras Chaves: Social e meio ambiente. Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 10%

8. Change Heroes Web site: http://changeheroes.com/ Fundação para angariar fundos para construir uma escola que vai educar centenas de crianças. As escolas são criadas em países escolhidos pela Change Heroes. Os usuários devem fazer campanhas e conseguir 10.000USD para abrir uma escola no país escolhido.

Seguidores Facebook: 5.359 Seguidores Twitter: 1.621 Palavras Chaves: Educação Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: não Parcial: não Custo: 0%

9. Clube do Financiamento Coletivo Web site: http://www.clubefc.com.br/ Buscador de projetos em outras plataformas. Seu objetivo é ser um facilitador entre as pontas: projetos incríveis e usuários interessados em concretizá-los.

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Seguidores Facebook: 1.500 Palavras Chaves: Geral Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: não Parcial: não Custo: 0%

10. ComeçAki Web site: http://comecaki.com.br/ Plataforma de Financiamento Coletivo abrangente e diferenciada, em que seja realizada a captação de recursos e a contribuição financeira para iniciativas em oito diferentes setores: Ambiental, Social, Cultural, Esportivo, Pessoal, Jornalístico, de Eventos e de Empreendedorismo. Seu objetivo é financiar projetos de tipo: Ambiental, Social, Cultural, Esportivo, Pessoal, Jornalístico, de Eventos e de Empreendedorismo.

Seguidores Facebook: 6.000 Seguidores Twitter: 752 Palavras Chaves: Ambiental, Social, Cultural, Esportivo, Pessoal, Jornalístico, de Eventos e

de Empreendedorismo. Para quem: todo mundo

com CPF Tudo ou Nada: não Parcial: não Custo: 10%

11. Crowdonomatic Web site: https://www.crowdonomic.com/ Plataforma de crowdfunding para empreendedores na Ásia. Seu objetivo é levantar dinheiro para pequenos empreendedores sociais.

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Seguidores Facebook: 6.137 Seguidores Twitter: 373 Palavras Chaves: Empreendedorismo. Para quem: Cidadãos

asiáticos Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 9,5%

12. Crowdrise Web site: https://www.crowdrise.com/ Plataforma de crowdfunding para angariação de fundos online.

Seguidores Facebook: 33.963 Seguidores Twitter: 19.400 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 3%

13. Doare Web site: https://doare.org/ Website de arrecadação de fundos e compartilhamento de informações para Organizações do Terceiro Setor (ONGs, OSCIPs, Fundações, Institutos), Movimentos Culturais e Políticos, Negócios Sociais, Projetos Independentes e Causas Pessoais. A meta é conectar doadores e organizações capazes de promover grandes mudanças na sociedade através de simples ações, utilizando a tecnologia e o alcance da internet para facilitar a realização de projetos que tenham o objetivo de amenizar as desigualdades sociais.

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Seguidores Facebook: 5.352 Seguidores Twitter: 56 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo

com CPF Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 10%

14. Embolacha Web site: http://www.embolacha.com.br/ Plataforma para projetos em música através da contribuição direta do público. O objetivo é apoiar projetos de música para construir novos caminhos para o mercado musical. Vale tudo para fazer a música acontecer. Pode ser um projeto para escrever ou publicar a biografia de um artista, produzir o vídeo clipe de uma banda, promover a turnê de um disco, ajudar na gravação de um DVD ou CD de estréia, custear a fabricação de um CD ou vinil, vale até um projeto para pagar o conserto e pneus novos pra van que leva o artista.

Seguidores Facebook: 1.072 Palavras Chaves: Música Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 15%

15. Eppela Web site: http://www.eppela.com/eng/ Eppela é uma premiada plataforma de crowdfunding que permite criar um projeto, compartilhá-lo com a rede e obter financiamento para sua implementação.

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Seguidores Facebook: 40.000 Palavras Chaves: Cinema, Cultura, Música, Artes, Moda, Gastronomia, Games, Social,

Inovação, Tecnologia. Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

16. Eu Patrocino Web site: http://www.eupatrocino.com.br/ Plataforma de crowdfunding para divulgar projetos para a captação de recursos de forma coletiva.

Seguidores Facebook: 565 Seguidores Twitter: 236 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 12%

17. Eu Sócio Web site: http://www.eusocio.com/ Ambiente virtual que aproxima empreendedores e investidores, viabilizando a realização de investimento coletivo online (equity crowdfunding) em micro empresas e empresas de pequeno porte fundadas no Brasil. Seu objetivo é conseguir investidores em start-ups brasileiras.

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Seguidores Facebook: 814 Seguidores Twitter: 107 Palavras Chaves: Empreendedorismo Para quem: Empreendedores Tudo ou Nada: não Parcial: sim Custo: 5%

18. Fandyu Web site: http://www.fandyu.com Plataforma espanhola de crowdfunding e crowdsourcing para realizar projetos de empreendedorismo. A plataforma é apenas para residentes da Espanha. Tem poucos seguidores, mas vários dos projetos expostos na tela de início atingiram seus objetivos.

Seguidores Facebook: 446 Seguidores Twitter: 225 Palavras Chaves: Sem fins lucrativos, criativos, empreendedorismo social Para quem: Cidadãos espanhóis Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 6%

19. Fundit Web site: http://fundit.ie Fundit é um novo site de crowdfunding para projetos criativos da Irlanda, dando a todos o poder de ajudar as boas idéias acontecem. Seu objetivo é financiar e projetar o setor criativo; uma área que até agora tem sido subutilizada. A abordagem serve para fortalecer o vínculo entre um criador e seu público, que oferece a possibilidade de relacionamentos de longo prazo.

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Seguidores Facebook: 5.764 Seguidores Twitter: 8.715 Palavras Chaves: Cinema, Cultura, Música, Artes, Moda, Gastronomia, Games, Social,

Inovação, Tecnologia. Para quem: Projetos na Irlanda Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

20. FundRazr Web site: https://fundrazr.com/ Este site é dedicado a arrecadar dinheiro para qualquer causa cadastrada através das Redes Sociais.

Seguidores Facebook: 71.000 Seguidores Twitter: 12.000 Palavras Chaves: Saúde, Despesas médicas, acidentes e desastres, funerais e memoriais,

animais e afins, sem fins lucrativos, pequenas empresas, empreendedorismo social.

Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 5% 21. Garupa

Web site: http://garupa.org.br/ Garupa veicula, em uma plataforma de crowdfunding, idéias boas de quem pratica um turismo que protege a natureza, melhora a qualidade de vida das pessoas e a economia do lugar onde acontece. Valorizamos iniciativas e empreendimentos de baixo impacto, que privilegiem o uso de mão-de-obra e de fornecedores locais, façam uso consciente dos recursos naturais, promovam e preservem aquilo que é autêntico de cada lugar. Colaborar com um projeto financiado coletivamente na Garupa é mais do que somente doar

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dinheiro, é dar apoio moral àquela iniciativa, e sinalizar que é aquele o tipo turismo que se quer vivenciar e ver florescer no Brasil. Conectar organizações e pessoas que tenham projetos de turismo inspiradores ao redor do Brasil a viajantes dispostos a divulgar e financiar experiências de viagem mais responsáveis. É essencial que a ideia de empreendimento tenha baixo impacto ambiental, promova o emprego de mão de obra e de fornecedores locais, o uso consciente dos recursos naturais e a valorização dos patrimônios naturais e culturais dos lugares, por exemplo. As propostas podem ser relacionados à criação, ampliação ou melhorias em pousadas e meios de hospedagem, roteiros de viagem, passeios, restaurantes, ateliês, lojas e outros serviços relacionados ao turismo. Projetos que se propõem a abastecer ou capacitar redes de hospedagem, restaurantes ou receptivos locais também podem se enquadrar na Garupa. E mais: só valem iniciativas com um objetivo claro, um fim determinado, e que resultem em um produto palpável (uma pousada ou parte dela, um roteiro turístico novo, uma oficina de cerâmica tradicional apta a receber viajantes-alunos etc.)

Seguidores Facebook: 2.735 Palavras Chaves: Turismo Sustentável Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 0%

22. GoFundMe Web site: http://www.gofundme.com/ Plataforma de crowdfunding do Reino Unido para captação de recursos para patrocinar projetos.

Seguidores Facebook: 119.000 Seguidores Twitter: 51.000 Palavras Chaves: Geral Para quem: Cidadãos dos: Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 5%

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EUA, Canadá, Austrália, União Européia e Reino Unido

23. GoGetFunding Web site: http://gogetfunding.com/ Plataforma de crowdfunding do Reino Unido para captação de recursos para patrocinar projetos.

Seguidores Facebook: 2.134 Seguidores Twitter: 6.476 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: não Parcial: sim Custo: 4%

24. Goteo Web site: https://www.onepercentclub.com/en/ Plataforma espanhola de crowdfunding e crowdsourcing para projetos que, além de dar recompensas individuais, também geram um retorno coletivo através do fomento de criative commons, open code e/ou conhecimento livre.

Seguidores Facebook: 9.275 Seguidores Twitter: 17.000 Palavras Chaves: Criatividade, inovação, social, cultural, ciência, educação, tecnologia e

ecologia. Para quem: todo mundo Tudo ou Nada: não Parcial: sim Custo: 8%

25. Guigoo Web site: http://www.guigoo.com.br/ Ferramenta de fomento que utiliza a exposição e a interatividade para incentivar projetos

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criativos. Empreendedores, designers, cineastas, artistas poderão utilizar esta potente ferramenta para conseguirem viabilizar financeiramente seus projetos com apoio a processos criativos.

Seguidores Facebook: 231 Seguidores Twitter: 64 Palavras Chaves: Arte, Cultura, Criativo, Design Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 13%

26. Ideame Web site: http://idea.me/?gclid=CLD20OjGvrkCFWJp7AodZC0AJw Plataforma de "criadores" (artistas, ONGs e fundadores de startups) na América Latina, que podem financiar os seus projetos através da entrada da comunidade (crowdfunding). Seu objetivo é capacitar os talentos e as causas sociais. Qualquer projeto com objetivo definido e cronograma pode participar. Há 18 categorias em que as propostas podem ser cadastradas. Não são contempladas instituições de caridade nem projetos de empreendedorismo.

Seguidores Facebook: 97.317 Seguidores Twitter: 12.300 Palavras Chaves: Criativo, Social Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

27. Ignite Intent Web site: http://www.igniteintent.com/ Plataforma de crowdfunding indiana para levantamento de fundos online.

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Seguidores Facebook: 685 Seguidores Twitter: 204 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 0%

28. Impulso Web site: http://impulso.org.br Permite que micro-empreendedores de baixa renda e organizações levantem recursos para seus negócios e projetos de empreendedorismo através de financiamento colaborativo (pessoas investindo juntas para financiar um projeto). E em troca os apoiadores receberão dos autores dos projetos, recompensas criativas como forma de agradecimento pela contribuição realizada. O Portal Impulso tem como principio apoiar projetos inovadores e de impacto, que tenham potencial de captação pela internet, que chamem a atenção e com os quais as pessoas possam se identificar. O maior diferencial do Portal Impulso é seu foco em micro-empreendedores de baixa renda. É uma ferramenta poderosa para que empreendedores e ONGs que apóiam estes empreendedores possam captar recursos para viabilizar negócios que tenham um impacto na comunidade e na vida dos empreendedores.

Seguidores Facebook: 5.259 Seguidores Twitter: 504 Palavras Chaves: Empreendedorismo Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 15%

29. Indiegogo Web site: https://www.indiegogo.com Indiegogo é um veículo para fazer idéias tornarem-se realidade. Desde 2008, milhões de contribuintes (dentre eles inventores, músicos, benfeitores, cineastas) tem trabalhado para

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trazer seus sonhos para a vida. A página também oferece informações sobre as melhores práticas para criar uma proposta de crowdfunding.

Seguidores Facebook: 233.313 Seguidores Twitter: 145.881 Palavras Chaves: Empreendedorismo, Música, Cinema, Cultura, Artes. Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 9%

30. Jump Starter Web site: http://jumpstarter.co.za/ Plataforma de crowdfunding sul africana para financiamento de projetos.

Seguidores Facebook: 24 Palavras Chaves: Empreendedorismo, Música, Cinema, Cultura, Artes, Moda, Tecnologia,

Inovação. Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

31. Juntos Web site: http://www.juntos.com.vc/ Organização sem fins lucrativos que possibilita o financiamento de projetos com impacto social. A proposta deve ser adequada com a atuação da Organização e do empreendedor social com o modelo de Crowdfunding. É necessário: urgência de realização; qualificação da equipe que fará o projeto acontecer; atuação em comunidades vulneráveis, situadas em regiões do país com baixos indicadores educacionais, sociais de desenvolvimento humano, entre outros; e existência de capacidade instalada e planejamento definido para realização do projeto.

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Seguidores Facebook: 18.197 Seguidores Twitter: 273 Palavras Chaves: Social Para quem: Todo mundo com

CPF ou CNPJ Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 0%

32. KickStarter Web site: https://www.kickstarter.com/ A plataforma eclética abriga projetos diversos, desde filmes, jogos e música à arte, design e tecnologia. A Kick Starter está cheia de projetos, grandes e pequenos, que são trazidos à vida através do apoio direto de pessoas. Desde o lançamento em 2009, 6,2 milhões de pessoas já doaram US $ 1 bilhão, o que significa o financiamento de 62.000 projetos criativos. As categorias são: arte, banda, dança, design, Moda, Cinema, Comida, Jogos, Música, Fotografia, Publicidade, Tecnologia e Teatro. Os resultados do projeto são compartilhados em comunidades online.

Seguidores Facebook: 922.104 Seguidores Twitter: 863.000 Palavras Chaves: Moda, Cinema, Comida, Jogos, Música, Fotografia, Publicidade,

Tecnologia e Teatro Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

33. Kickante Web site: http://www.kickante.com.br/ Plataforma de crowdfunding para artistas, atletas, empresários e ativistas. Seu objetivo é apoiar projetos grandes e pequenos que influenciem de alguma maneira a comunidade.

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Seguidores Facebook: 33.654 Seguidores Twitter: 417 Palavras Chaves: Design, Educação, Moda, Ciência e Tecnologia, WEB, Jogos, Quadrinhos,

Jornalismo, Negócios, Meio Ambiente, Mobilidade e Transporte e Ativismo Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 17%

34. Kiva Web site: http://www.kiva.org/ Organização sem fins lucrativos com a missão de conectar pessoas através de empréstimos para aliviar a pobreza. Aproveitando a internet e uma rede mundial de instituições de micro-finanças, Kiva permite que os indivíduos dêem valores mínimos como $ 25 para ajudar a criar oportunidades em todo o mundo. Em Parceria com Campo há uma variedade de tipos de organizações, incluindo as de micro-finanças (IMFs), empresas sociais, escolas e organizações sem fins lucrativos. Essas organizações estão unidas por um compromisso comum para servir as necessidades das pessoas em risco social através de serviços financeiros ou usando o crédito para ajudar a expandir o acesso a produtos e serviços a favor dos pobres. Kiva & Campo tem experiência em seus mercados locais e uma missão para aliviar a pobreza emprestando dinheiro e ajudando a criar oportunidades.

Seguidores Facebook: 215.973 Seguidores Twitter: 540.000 Palavras Chaves: Negócios e Empreendedorismo Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 0%

35. Kolmea

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Web site: http://www.kolmea.me/ Plataforma brasileira de financiamento coletivo com foco em sustentabilidade. Tem como objetivo Financiar projetos com foco em sustentabilidade. Como critério, estabelece que os projetos podem ser de qualquer natureza e a sustentabilidade pode estar inserida em alguma parte deles. São aceitos desde projetos sociais até jogos feitos com material reciclado. O que vale é incentivar atitudes sustentáveis.

Seguidores Facebook: 8.586 Palavras Chaves: Sustentabilidade Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 0%

36. Mimoona Web site: http://www.mimoona.co.il Plataforma de crowdfunding israelense para desenvolver o setor criativo

Seguidores Facebook: 9.736 Seguidores Twitter: 679 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

37. Mobilize Web site: facebook.com/mobilizecf/ Página de Facebook para crowdfunding. Você movimenta a sua rede de contatos no Facebook e arrecada o dinheiro que precisa. Tem como objetivo usar o Facebook para arrecadar dinheiro para projetos.

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Seguidores Facebook: 9.888 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 7%

38. Moola Hoop Web site: http://www.moola-hoop.com/ Plataforma de Crowdfunding que ajuda as mulheres com suas pequenas empresas.

Seguidores Facebook: 2.814 Seguidores Twitter: 464 Palavras Chaves: Mulheres, empreendedorismo Para quem: Todo mundo com

US Social Security Number

Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 9%

39. Muito Nós Web site: http://muitonos.com.br Muito Nós é um espaço criado para geração de discussões, movimentos e viabilização de projetos relacionados a cultura. Um espaço de financiamento coletivo para a classe artística: Artes Plásticas, Circo, Dança, Filmes, Fotografia, Música, Teatro, Design, Moda, Quadrinhos, Jornalismo, entre vários outros. É disponibilizado o espaço, bem como a plataforma, e a avaliação do projeto.

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Seguidores Facebook: 1.845 Seguidores Twitter: 45 Palavras Chaves: Artes Plásticas, Circo, Dança, Filmes, Fotografia, Música, Teatro, Design,

Moda, Quadrinhos, Jornalismo Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 10%

40. Music Raiser Web site: http://www.musicraiser.com/ Music Raiser é a comunidade onde os músicos envolvem os fãs na realização de seus projetos artísticos, atribuindo-lhes com exclusividade recompensas. O projeto torna-se financiado, quando a soma de todas as contribuições recebidas da Music Raiser atinge ou ultrapassa 100% da meta econômica necessária para sua realização.

Seguidores Facebook: 19.094 Seguidores Twitter: 1.891 Palavras Chaves: Música Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 15%

41. Opote Web site: http://www.opote.com.br/ Plataforma de crowdfunding para projetos criativos com diversas categorias como projetos sociais e literatura.

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Seguidores Facebook: 11.211 Palavras Chaves: Criativo, Arte, Cultura, Social. Para quem: Brasileiros residentes

no Brasil com CPF Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 10%

42. Pantreon Web site: http://www.patreon.com/ A plataforma permite que os fãs dêem apoio contínuo aos seus criadores favoritos. Seu objetivo é trazer patrocínio de volta para o século 21. Criadores já estão fazendo: vídeos do YouTube e Canais, Web Comics, Blogs, Indie Games, Música, artigos, podcasts, animações, ilustrações, fotografia, qualquer coisa para compartilhar.

Seguidores Facebook: 21.184 Seguidores Twitter: 19.800 Palavras Chaves: Youtube, Vídeos, Canais, Blogs, Música, Compartilhamento, Artes,

Cultura, Mídia. Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 5%

43. Partio Web site: https://partio.com.br/ Plataforma de crowdfunding para projetos culturais. Os projetos que você encontra aqui são aprovados pelo governo para captarem apoio financeiro através das leis brasileiras de incentivo à cultura. Os projetos se utilizam das leis de incentivo à cultura brasileira e por isso permitem que o valor apoiado seja descontado de impostos pagos ao governo. Tem como objetivo financiar projetos aproveitando também a lei de incentivo à cultura do

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governo. O Ministério da Cultura (caso da Lei Rouanet) e a Secretaria da Cultura (ProAC) regulam os procedimentos de apresentação, recebimento, análise, aprovação, execução, acompanhamento, prestação de contas e avaliação de resultados de todas as propostas culturais aprovadas.

Seguidores Facebook: 2.600 Palavras Chaves: Cultura, Mídia. Para quem: Brasileiros residentes

no Brasil Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 10%

44. Peerbacker Web site: http://peerbackers.com/ Peerbackers é um lugar para empresários e indivíduos em todo o mundo para promover e financiar seus empreendimentos, projetos ou idéias - sejam elas com fins lucrativos, sem fins lucrativos ou criativas.

Seguidores Facebook: 1.152 Seguidores Twitter: 3.133 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 5%

45. Pifworld Web site: https://www.pifworld.com/en Plataforma holandesa de crowdfunding para financiar projetos. Tem como objetivo arrecadar dinheiro online para projetos ambientais.

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Seguidores Facebook: 1.790 Seguidores Twitter: 1.641 Palavras Chaves: Social, meio-ambiente, animais, sustentabilidade. Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 0%

46. Pledgeme Web site: https://www.pledgeme.co.nz/ Plataforma neozelandeza de crowdfunding para financiar projetos. Tem como objetivo arrecadar dinheiro online para projetos criativos de empreendedorismo.

Seguidores Facebook: 4.762 Seguidores Twitter: 2.844 Palavras Chaves: Criativo, artes, cultura, mídia, entretenimento, design, tecnologia, conteúdo. Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

47. PPL Crowdfunding Portugal Web site: http://ppl.com.pt/ Plataforma portuguesa de crowdfunding para financiar projetos. Seu objetivo é arrecadar dinheiro online para projetos criativos ou de empreendedorismo.

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Seguidores Facebook: 12.800 Seguidores Twitter: 599 Palavras Chaves: Criativo, empreendedorismo. Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

48. Quero Incentivar Web site: http://queroincentivar.com.br/ Plataforma de crowdfunding para projetos culturais, esportivos e sociais que já estão inscritos nas leis de incentivo do Governo Brasileiro. Para participar é preciso estar cadastrado como projeto aprovado nas leis de incentivo.

Seguidores Facebook: 3.900 Seguidores Twitter: 80 Palavras Chaves: Lei de incentivo. Para quem: Projetistas com

projetos nas leis de incentivo

Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 0%

49. Rocket Hub Web site: http://www.rockethub.com/ Este site de crowdfunding oferece um único tipo de visibilidade através de uma parceria recente com o Projeto A&E de Start Up. Seu objetivo é ajudar artistas, cientistas, empresários e líderes sociais financiar seus projetos usando crowdfunding e aumentando a visibilidade através do Projeto A&E.

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Seguidores Facebook: 10.091 Seguidores Twitter: 28.700 Palavras Chaves: Artes, ciências, empreendedorismo, social Para quem: Projetistas com

projetos nas leis de incentivo

Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 6%

50. Salve Sport Web site: http://www.salvesport.com/ Plataforma de Crowdfunding para financiar projetos relacionados ao esporte. O único que também recebe projetos incentivados para usufruto de renúncia fiscal. Cada colaboração dará direito à dedução de uma parte do imposto devido (que já seria pago ao governo), pela pessoa física ou jurídica. Ou seja, a contrapartida de colaboração de uma campanha, neste caso, será a renúncia fiscal total ou parcial, dependendo da lei.

Seguidores Facebook: 3.073 Seguidores Twitter: 19 Palavras Chaves: Esportes, lei de incentivo Para quem: Todo mundo com

CPF Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 13%

51. Sibite Web site: http://www.sibite.com.br/ Plataforma de crowdfunding para projetos sociais, culturais ou tecnológicos. Tem como objetivo financiar projetos sociais, culturais ou tecnológicos. Qualquer tipo de projeto

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pode ser inscrito, desde que tenham cunho cultural, social ou tecnológico.

Seguidores Facebook: 22.422 Seguidores Twitter: 1070 Palavras Chaves: Social, cultural, esporte, tecnologia Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 0%

52. Startando Web site: https://www.startando.com.br/ O Startando é uma plataforma de crowdfunding − financiamento coletivo − para projetos criativos. Há diversas categorias, por exemplo: design, tecnologia, games, arte, música, cinema, dança, teatro, moda, fotografia, gastronomia entre outros. Seu objetivo é criar uma comunidade capaz de dar vida a boas idéias. O projeto deve ter um objetivo claro, como fazer uma linha de camisetas, um livro ou uma peça de design. Ele deve ser concluído, e algo será produzido a partir dele. O criador também deverá criar recompensas para os apoiadores, de acordo com o valor das contribuições. Atualmente, o Startando não permite projetos de caridade ou os denominados "Minha Vida", como arrecadação para causas pessoais (bolsas de estudo, procedimentos médicos etc.).

Seguidores Facebook: 12.000 Palavras Chaves: Arte, cultura, inovação Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 13%

53. Starteed Web site: http://www.starteed.com/ Financiamento para realização de ideias e vende-las com ajuda dos seguidores. Ambos, criador e seguidor, podem lucrar com os bens arrecadados.

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Seguidores Facebook: 5.799 Seguidores Twitter: 6.871 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

54. Start Some Good Web site: http://startsomegood.com/ Plataforma de crowdfunding para empreendedores sociais, bem como organizações sem fins lucrativos e outros indivíduos empenhados em fazer a mudança. Eles fazem uma abordagem qualitativa para examinar os seguintes componentes importantes de sua campanha. Prezam pelo impacto social, pela inovação, pela viabilidade de campanha e do projeto, pelas redes de compatilhamento e prêmios.

Seguidores Facebook: 8.815 Seguidores Twitter: 32.800 Palavras Chaves: Empreendedorismo social, arte, cultura, educação, saúde, crianças e jovens,

meio ambiente, alimentação, direitos humanos, mídia, política. Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 5%

55. Ulule Web site: http://br.ulule.com/ Ulule permite descobrir e dar vida a projetos originais. Na Ulule, os projetos só são financiados se atingir o seu objetivo inicial. Desde o seu lançamento em outubro 2010, são 5206 projetos criativos, solidários e inovadores que foram financiados com apoio dos internautas de 133 países.

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Seguidores Facebook: 63.535 Seguidores Twitter: 249 Palavras Chaves: Empreendedorismo social, arte, cultura, educação, saúde, crianças e jovens,

meio ambiente, alimentação, direitos humanos, mídia, política. Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 8%

56. Vakinha Web site: http://www.vakinha.com.br/ Plataforma de crowdfunding para arrecadar contribuições entre pessoas para efetuar uma compra única.

Seguidores Facebook: 67.699 Seguidores Twitter: 6.288 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: sim Custo: 0%

57. Variável 5 Web site: http://variavel5.com.br/ A Variável 5 é um projeto, uma plataforma digital de crowdfunding (financiamento coletivo), produtora cultural e agência de comunicação fundada em setembro de 2012. Sua proposta consiste em incentivar o público de Belo Horizonte, envolvido com a cultura de sua cidade, a promover os artistas relevantes no cenário cultural brasileiro e internacional.

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Seguidores Facebook: 46 Palavras Chaves: Cultura Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 11%

58. Verkami Web site: http://www.verkami.com/ Verkami oferece a criadores independentes, empresários, promotores culturais e associações, uma forma de financiar os seus projetos em parte ou na íntegra, com a ajuda do envolvimento de seu público e comunidade.

Seguidores Facebook: 18.978 Seguidores Twitter: 10.400 Palavras Chaves: Criativo, inovação Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

59. We Make It Web site: https://wemakeit.ch/ Plataforma suiça de crowdfunding para financiar projetos criativos.

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Seguidores Facebook: 7.332 Seguidores Twitter: 899 Palavras Chaves: Criativo, inovação Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 6%

60. When You Wish Brasil Web site: http://www.whenyouwish.com.br/ When You Wish é uma nova forma de capitalismo independente ou "indie", onde conta-se uns com os outros, ao invés de depender de bancos ou do governo. Uma nova rede para financiar e descobrir projetos criativos, empreendedores e sociais. Para ser aceito para um projeto é preciso ter um cadastro no Paypal, ter 18 anos e ser residente dos EUA ou em um dos países listados no PayPal Mundial.

Seguidores Facebook: 7.560 Seguidores Twitter: 384 Palavras Chaves: Geral Para quem: Todo mundo que é

cadastrado no Paypal Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 5%

61. Zarpante Web site: http://zarpante.com/ Plataforma de crowdfunding que visa democratizar o mercado para o patrimônio cultural e para as comunidades da língua portuguesa. Seu objetivo é financiar projetos criativos que tenham a arte ou o patrimônio como principal objetivo. Uma descrição realmente convincente e claramente redigida será essencial.

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Seguidores Facebook: 4.143 Seguidores Twitter: 550 Palavras Chaves: Português, artes, cultura, empreendedorismo Para quem: Todo mundo Tudo ou Nada: sim Parcial: não Custo: 30%

5.6 Análise dos Dados Coletados

5.6.1 Seguidores nas redes sociais: Facebook e Twitter

A rede social mais importante para a captação de seguidores é o Facebook. 32,5% das

plataformas de crowdfunding estudadas tem um número muito baixo de seguidores no

Twitter (até 1000). O "Não consta" que corresponde ao 18,2% dos casos muitas vezes

deve-se a que a plataforma não tem conta no Twitter ou tem um número quase

inexistente de seguidores, o que quer dizer que 50.7% das plataformas não usa o Twitter

para a captação de seguidores. Contrariamente, 58.5% das plataformas aproveitam o

Facebook com mais de 5000 seguidores.

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5.6.2 Sistema de Entrega de Brindes ou Recompensas

Na maioria das plataformas, o brinde/recompensa é utilizado como incentivo (55.7%).

As plataformas com "Não Aplica" (36.7%) geralmente não dão a possibilidade de

oferecer brinde ou não tem políticas claras respeito ao oferecimento de brindes.

Geralmente, nas instruções e dicas que aparecem nas plataformas, os brindes são

descritos como fatores chave para o sucesso dos projetos.

5.6.3 Restrição por Nacionalidade

72.5% das plataformas não apresentam restrição de nacionalidade. A tendência global é

permitir a participação de todas as pessoas que possam abrir uma conta de Paypal ou de

Moip. Porém, o fator linguístico pode converter-se em outra limitante na hora de

escolher uma plataforma. Mesmo quando as plataformas estão traduzidas ao inglês e

outras línguas e não têm restrições de nacionalidade, a maioria delas tem projetos

relatados em uma língua só, o que limita o público de projetistas e apoiadores.

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5.6.4 Sistema Tudo ou Nada/Parcial

A maioria das plataformas utiliza o sistema "Tudo ou nada" (47.4%) exclusivamente.

Muitas delas percebem que só os projetos que atingem as metas estabelecidas estão em

condições de realizar os projetos e entregar os brindes. Outras aceitam transferir o

dinheiro arrecadado mesmo se a meta não foi atingida, mas cobram uma taxa

administrativa maior nesses casos.

5.6.5 Critérios dos Prêmios

Os seguintes prêmios para projetos de empreendedorismo social / tecnologia social

foram escolhidos a fim de elaborar uma lista com os quesitos e critérios utilizados para

seleção e premiação de projetos.

1. Google Global Impact (http://www.google.com/giving/impact-awards.html)

2. Pasha Fund - Fundo para inovação social P@SHA

(http://pashafund.com/program/)

3. Gründer-Garage (patrocinado por Google)

(https://www.entrepreneurship.de/gruender-garage/)

4. Youth Citizen Entrepreneurship Competition (https://www.youth-

competition.org/)

5. Prêmio Kopf schlägt Kapital, Stiftung Entrepreneurship

(https://www.entrepreneurship.de/kopf-schlaegt-kapital-wettbewerb-2013/)

6. Do Something (https://www.dosomething.org/)

7. Unreasonable Institute (https://www.dosomething.org/)

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8. Echoing Green (http://www.echoinggreen.org/)

9. The Social Entrepreneur of the Year Competition (Schwab Foundation for

Social Entrepreneurship) (http://www.schwabfound.org/content/global-

selection)

A seguir, apresenta-se uma lista com a descrição dos critérios e quesitos mais utilizados.

1. Tecnologia. Os projetos devem usar tecnologia para melhorar o mundo ou

resolver um problema que afete a sociedade.

2. Inovação. Os projetos devem propor uma solução criativa e inovadora para um

problema claramente identificado (ou melhoria importante para a sociedade).

3. Viabilidade. Os projetos devem identificar um problema concreto e propor uma

solução realista e factível. Devem antecipar dificuldades possíveis e explicar

como as resolveriam. Os membros da equipe devem estar bem identificados e

ser capazes de realizar as ações propostas (é importante demonstrar que eles têm

experiência prévia). Os projetos devem explicar como vão usar o dinheiro do

prêmio.

4. Foco no usuário. A solução das propostas deve estar focada no usuário.

5. Sustentabilidade. A solução deve ser sustentável depois do investimento do

dinheiro do prêmio.

6. Escalabilidade. O projeto deve poder ser replicado/multiplicado em outros

lugares ou por outras pessoas.

7. Representação. Os projetistas que ganhem o prêmio devem converter-se em

embaixadores, representando e contribuindo com a associação organizadora.

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6. Capítulo 3: Critérios de Elaboração da Matriz para o Portal

6.1 Os Critérios

Os critérios utilizados para a construção do Portal são:

1. A fácil navegação;

2. Definição de uma Identidade Visual da Pesquisa;

3. Clareza na navegação do Mapa do Site e dos Conceitos; e

4. A abrangência a toda a extensão da pesquisa.

O Portal foi elaborado para ser colocado como uma seção do Web Site da Rede de

Projetos: rede.acessasp.sp.gov.br. A partir disso é possível determinar o público que

acessa e em que meio ele poderá ser veiculado. Ainda, a arquitetura elaborada poderá

sofrer alterações de acordo com a sua implantação (se houver).

A divulgação do mapeamento das plataformas é o objetivo central da presente pesquisa

e, para isso, o Portal será o arremate como um veículo de exposição. Porém, não só as

informações serão contempladas nele, mas as próprias definições dos conceitos

utilizados ao longo da pesquisa. Para isso, junto ao mapeamento será associado um

Quadro de Conteúdos (Table of Contents - TOC) para que o leitor se familiarize com os

termos cunhados na área da comunicação e, consiga identificar, como esse

levantamento pode lhe ser útil na construção do seu projeto.

Além disso, houve uma preocupação na Identidade Visual apresentada pela pesquisa.

Elas seguem a linha gráfica da Interatividade (Traduzida pelas linhas) e pelo estímulo

múltiplo visual (várias cores).

6.2 A Matriz

A matriz apresentada no Portal é a mesma apresentada na sessão do Mapeamento de

Plataformas de Corwdsourcing, Corwdfunding e Prêmios. No entanto para apresentá-la

ela não se apresenta na íntegra e sim como uma Base de Dados: ao selecionar o tipo de

plataforma (Corwdsourcing, Corwdfunding ou Prêmios) é possível acessar os nomes

das plataformas listadas. Ao clicar no nome, aparece uma descrição geral do seu

objetivo e para qual segmento ela é voltada (Social, Cultural, Ambiental, entre outros).

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Caso a proposta interesse ao navegante, ele pode clicar no link Veja+ e acessar seus

dados específicos, tais como: web site, para quem é destinado, custo, Sistema

Parcial/Tudo ou Nada e Palavras Chaves que a descrevem tematicamente.

Além da sessão das Plataformas, é possível acessar o Quadro de Conteúdos nomeado no

site como #TOC. O sistema do TOC é o mesmo do mapeamento: é preciso selecionar

um conteúdo para ver sua descrição. Nessa sessão, estão listados os termos e conceitos

que foram utilizados durante e previamente à construção da pesquisa. Abaixo segue o

TOC esquematizado em tabela:

Cibercultura

Para defini-la é necessário identificar que ela foi produzida no espaço contemporâneo e não possui nem centro nem diretrizes, é vazia, sem conteúdo particular, mas aceita todos os indivíduos e sujeitos ao mesmo tempo, pois cada novo nó da rede pode tornar-se produtor ou emissor de novas informações. Para Lévy (1997), a cibercultura que emana do ciberespaço, surge a partir da desconexão de operadores sociais (máquinas abstratas): a universalidade e a totalização. Esses dois conceitos surgiram acoplados na invenção da escrita, pois a escrita não determina automaticamente o universal, também o condiciona.

Comunidades Virtuais

As comunidades virtuais se configuram principalmente como comunidades de aprendizagem na Web, designando-se também pelo ensino à distância (EaD). A necessidade de conhecer e de aprender, com o menor custo possível, leva instituições e empresas a reorganizarem-se para permitir o ensino on-line. Quanto às redes sociais, elas estão cada vez mais na rotina dos cidadãos. A necessidade de comunicar e conhecer tem levado milhões de pessoas a utilizar várias interfaces de comunicação. As plataformas de comunicação têm evoluído de tal forma, que se passou de uma comunicação textual, para a comunicação com imagem e som em tempo real.

Crowdfunding Crowdfunding é mais próximo ao conceito de empreendedorismo social dado que procura conseguir voluntários para contribuir com o desenvolvimento de um projeto de interesse general ou social relacionado, por exemplo, com o meio ambiente, a proteção dos animais ou a criação de um festival de música clássica.

Democratização dos Meios de Acesso

Existe uma democratização da aquisição das ferramentas de produção a qual não anula a venda e compra de outras ferramentas. Por exemplo: os smartphones e os dispositivos multi-funcionais democratizaram o compartilhamento e o

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acesso às redes sociais. No entanto, a proliferação desses dispositivos não anula totalmente a compra e a venda de CDs de músicos, por mais que o índice de vendas se aproxime a zero (exemplos como o Wikipedia e o Netflix ilustram essa realidade). Hoje o objetivo dos produtores ultrapassou a motivação extrínseca do ganho financeiro e material, e parte de uma motivação intrínseca de fazer algo grande e reconhecido.

Empreendedorismo

A origem do termo empreender significa realizar, fazer ou executar. Dessa maneira, espera-se do perfil empreendedor o espírito criativo e pesquisador. Ele está constantemente buscando novos caminhos e novas soluções, o que tange o conceito de literacia.

Empreendedorismo Social

O empreendedorismo social é um meio para desenvolver uma comunidade, cidade ou região. O termo “empreendedor social” foi cunhado por Bill Drayton – o Fundador e Presidente da Ashoka (https://www.ashoka.org/ ) – ao perceber a existência de indivíduos que conseguem realizar profundas transformações a través da identificação de tendências e propostas inovadoras para resolver problemas sociais e ambientais. Por meio de sua atuação, os empreendedores sociais aceleram o processo de mudanças na sociedade e inspiram outras pessoas a se engajarem em torno de uma causa comum.

Ética Hacker

O Hacker´s Worldview aponta como neutralizar algumas das consequências desumanas da nossa sociedade em rede. A Ética Hacker (2001) desafia a lógica trabalhista que leva a sociedade por tanto tempo: a ética protestante do trabalho, como explicitado no clássico de Max Weber "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" (1930). É defendido horas flexíveis, criatividade e sentimento no ambiente de trabalho em uma linha de pensamento, uma filosofia, baseada nos valores de jogo, emoção, compartilhamento e criatividade, que tem potencial de melhorar toda competitividade e produção, sejam elas individuais ou corporativas.

Inclusão Digital

O maior foco da pesquisa sobre inclusão digital tem sido “o aumento do acesso da população às tecnologias e suas habilidades para usá-las”. Outros estudos têm focado em questões mais amplas, tais como a conectividade, o hardware e software que as pessoas podem utilizar, o conteúdo e as informações que é entregue através da tecnologia ou as habilidades digitais ou literacias em um mais amplo sentido.

Inteligência Coletiva

A inteligência coletiva descreve um tipo de inteligência compartilhada que surge da colaboração de muitos indivíduos em suas diversidades. É uma inteligência distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na

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humanidade, já que, ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa. O termo aparece na sociobiologia, na ciência política e em contextos específicos como dinâmicas de revisão paritária e aplicações de crowdsourcing. Essa definição mais ampla envolve processos como formação de consenso, capital social, intelectual e humano. Diferentes ações, desde um partido político até um verbete na Wikipédia, podem ser descritas como uma forma de inteligência coletiva.

Literacias

Tradicionalmente, a expressão Literacia designa a destreza com uma determinada língua, sobretudo no que diz respeito à leitura, escrita e oralidade as quais desempenham um papel preponderante na comunicação e na compreensão de ideias. Comparativamente, a expressão Literacia Digital pretende designar o uso eficaz da tecnologia digital, tal como os computadores, as redes informáticas, os PDA's (Personal Digital Assistant), os telemóveis, entre outros. O conhecimento, tanto do funcionamento destes equipamentos, como dos programas informáticos que lhe estão associados, pode ser preponderante para essa eficácia. Conhecer como funciona um determinado equipamento aumenta significativamente a probabilidade de o utilizar mais eficazmente.

Programas de Inclusão Digital

Os programas de inclusão digital nas últimas duas décadas da sociedade em rede podem ser divididos em duas ondas: uma primeira, que está definida pelas preocupações, políticas e programas de inclusão digital, e uma segunda, que está focada nas diferentes formas de apropriação e de produção de conhecimento na web.

WEB A World Wide Web (termo da língua inglesa que,

em português, se traduz literalmente por "teia mundial"),

também conhecida como Web ou WWW, é um sistema de

documentos em hipermídia que são interligados e

executados na Internet. Os documentos podem estar na

forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras.

WEB 2.0 Web 2.0 é um termo popularizado a partir de 2004 pela empresa americana O'Reilly Media1 para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a "Web como plataforma", envolvendo wikis, aplicativos baseados em folksonomia, redes sociais e Tecnologia da Informação. Embora o termo tenha uma conotação de uma nova versão para a Web, ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores, ou seja, o ambiente de interação e participação que hoje engloba inúmeras linguagens e motivações.

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6.3 Portal A seguir, algumas imagens da arquitetura do Portal. O material na íntegra se encontra no Anexo 1.

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7 Considerações Finais

O crowdfunding está abrindo novos caminhos para garantir um acesso democrático ao

financiamento e criando novas oportunidades para o fomento do empreendedorismo

social online no Brasil e ao redor do mundo. No Brasil o sistema de financiamento

coletivo online ainda não é muito conhecido pela população, mas está crescendo a

passos largos. O número de plataformas de crowdfunding que são criadas no Brasil e no

mundo aumenta cada dia. Infelizmente, muitas delas não conseguem o sucesso esperado

e terminam fechando ou continuam aparecendo nos motores de busca embora não sejam

atualizadas, o que pode criar confusão entre usuários e apoiadores de projetos

potenciais.

O crowdsourcing como ferramenta de fomento ao empreendedorismo social está menos

desenvolvido que o crowdfunding, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Na

realidade, no Brasil, não existe atualmente uma plataforma que promova o trabalho

colaborativo em um contexto de empreendedorismo social de uma forma sistemática. A

Rede de Projetos do programa AcessaSP poderia converter-se na primeira delas, com

mínimas mudanças no seu funcionamento. O portal da Rede de projetos permite

"inscrever-se" nos projetos publicados, mas não oferece ainda a possibilidade de criar

"vagas" e candidatar-se para trabalhar nos projetos descritos.

O Portal que será criado no novo Portal da Rede de Projetos permitirá levar os

resultados da presente pesquisa aos usuários da Rede, promovendo assim o acesso

democrático à captação de recursos para o desenvolvimento de projetos de interesse

social a través do uso de plataformas de crowdfunding e crowdsourcing no Brasil.

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