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OFFE e o Estado Capitalista Vânia Sierra

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OFFE e o Estado CapitalistaVânia Sierra

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Clauss OFFE

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Biografia• Sociólogo marxista• Ele recebeu o título de PhD pela Universidade de Frankfurt e

sua habilitação pela Universidade de Konstanz. Na Alemanha, assumiu cadeiras de ciência política e sociologia política nas universidades de Bielefeld (1975 a 1989), Bremem (1989 a 1995) e na Universidade de Humboldt de Berlim (1995 a 2005). Ele trabalhou como professor visitante na Universidade de Stanford, Universidade dePrinceton, Universidade Nacional da Austrália, Universidade da Califórnia em Berkeley e a Universidade New School em Nova York. Atualmente, ensina sociologia política em uma universidade privada de Berlim, a Hertir School of Governance.

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Estado Capitalista• O Estado nem está a serviço nem é “instrumento” de uma

classe contra outra. Sua estrutura e atividade consistem na imposição e na garantia duradoura de regras que institucionalizam as relações de classe específicas de uma sociedade capitalista. O Estado não defende os interesses particulares de uma classe mas o interesse comum de todos os membros de uma sociedade capitalista de classe. (1984, p. 123)

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Conceito• O conceito de Estado capitalista “refere-se a uma forma

institucional do poder público com a produção material” (1984, p.123). Esta forma institucional está caracterizada por 4 determinações funcionais: a privatização da produção, a dependência de impostos, a acumulação como ponto de referência (constituição de condições políticas que favoreçam a acumulação), a legitimação democrática.

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Política do Estado capitalista• Conjunto de estratégias segundo as quais se produzem e

reproduzem constantemente o acordo e a compatibilidade entre essas quatro determinações estruturais do Estado capitalista. (p. 125)

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Tese• Nossa tese consiste em afirmar que existe uma e somente uma

estratégia geral de ação do Estado. Ela consiste em criar as condições segundo as quais cada cidadão é incluído nas relações de troca.(1984, p.125)

• O elo entre as estruturas políticas e as econômicas da sociedade capitalista é, portanto, a forma mercadoria. (1984, p. 126)

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A Luta operária• O conteúdo da luta do movimento operário é a luta contra a

forma-mercadoria, isto é, a luta para libertar-se das condições que subordinam a vida e a situação de vida de trabalhadores à disposição capitalista de comprar a força de trabalho, e ao preço de mercado pago por essa força de trabalho. Desde suas formas mais rudimentares, o movimento operário é uma luta contra a forma-mercadoria e contra a lei do valor que nela se concretiza. (1984, p. 126)

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• A política do Estado capitalista consiste em tomar as medidas

e criar as condições para que todos os sujeitos jurídicos introduzam efetivamente nas relações de trabalho a sua propriedade (em bens ou força de trabalho). (1984, p. 128).

• a politica social tenta resolver o problema da transformação douradoura do trabalho não assalariado em trabalho assalariado (Idem,p.15).

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Estado Capitalista• Essas tentativas de estabilizar a própria forma mercadoria, e

generalizá-la com auxílio de métodos de direcionamento político-administrativo, conduzem a uma série de contradições estruturais em sociedades de capitalismo de Estado, que podem se transformar num foco de conflitos sociais e lutas políticas. (1984, p. 132)

• Problema estrutural: Paralização do processo de troca.

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Estratégias:• 1- Contemplação passiva – autoregeneração econômica do

mercado.• 2- Criação de zonas de proteção artificiais, em cujo limites fica

assegurada a vida material, apesar de não participarem das relações de troca (pagamentos de transferências e subvenções).

• 3- criação política das condições para possível relação de troca entre sujeitos jurídicos e econômicos.

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Métodos de direcionamento políticos

• Ordens e proibições legais, bem como incentivos financeiros, visando incentivar um comportamento competitivo (ou reprimir estratégias de comportamento opostas).

• Investimentos estatais de infraestrutura.• Tentativas de impor um modo de alcançar decisões ou de

obter financiamento coletivo, que permita certos grupos fora do processo de troca, negociarem, eles próprios, de forma organizada e previsível, suas condições de troca. (1984, p. 132)

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3 níveis de Contradições Estruturais

• Econômicos – tais medidas ameaçam as relações de troca, limitam o acesso do capital a força de trabalho e do seu emprego de forma mais lucrativa.

• Políticos – para preservar e universalizar a mercadoria o Estado necessita criar outras instituições, cujo modo de operação ultrapassa a forma mercadoria, tais como: hospitais, correios, escolas.

• Ideológicos – a troca mercadoria tem correlato duas normas: 1- os indivíduos necessitam estar dispostos a aproveitar e utilizar efetivamente as oportunidades de troca, esforçando-se para promover a melhoria efetiva de suas posições relativas em tais relações de troca. 2) Acreditar no fracasso como problema da incompetência individual.

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Contradições Estruturais• A contradição ao nível da ideologia pode transformar num

ponto de cristalização para conflitos e lutas políticas destinadas a superar a forma-mercadoria como princípio de organização da reprodução social. (1984,p. 137)

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Referência Bibliográfica• OFFE, Claus. Problemas Estruturais do Estado Capitalista. Rio

de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.