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Universidade Federal do Pará
Instituto de Ciências da Saúde
Faculdade de Enfermagem
Ofidismo
Discentes: Jonathan Sampaio
Maiza Medeiros
Naianne Reis
Tamyles Morais
Introdução
Dentre os acidentes por animais peçonhentos, o
Ofidismo é o principal deles, pela sua freqüência e
gravidade. Ocorre em todas as regiões e estados
brasileiros e é um importante problema de saúde,
quando não se institui a soroterapia de forma
precoce e adequada.
Principais Serpentes Peçonhentas
no Brasil
Viperidae
Bothrops – Jararaca
Lachesis – Surucucu
Crotalus – Cascavel
Elapidae
Micrurus – Coral
Alguns da Família Colubridae
Philodryas – cobra-verde,cobra-cipó.
Clelia – muçurana, cobra-preta.
Distribuição Geográfica
Bothrops (Jararaca, Jararacuçu, etc.) Lachesis (Surucucu-pico-de-jaca)
Micrurus(Corais-verdadeiras) Crotalus(Cascavel)
Características dos gêneros das serpentes
peçonhentas
Fosseta Loreal
Pupila em fenda
Escamas numerosas na cabeça
Presas inoculadoras
Gênero Bothrops
B. atrox
B. erythromelasB. neuwiedi
B. jararacaB. jararacussu
B.alternatus
B. moojeni
B. atroxB. jararaca
Ações do veneno Bothrops
Sangramentos
locais e
Sangramentos
sistêmicos
Proteolítica
Coagulante
Hemorrágico
Incoagulabilidade
sanguínea, Aumento do
tempo de
coagulação,Sangramentos
locais,Sangramentos
sistêmicos
Dor
Edema
Eritema
Calor
Bolhas
Abscessos
Necrose
Quadro clínico
Manifestações Locais:
• Processo inflamatório agudo
• Dor
• Edema
• Calor e Rubor
• Equimoses
• Hemorragia
Complicações Locais:
• Bolhas
• Necrose
• Abscesso
• Síndrome compartimental
• Amputação
Manifestações Sistêmicas:
• Gengivorragias;
• Epistaxes;
• Sudorese;
• Náuseas;
• Hipotensão arterial;
• Hipotermia;
• Hemoglobinúria;
• Choques.
Complicações: Choques( graves) e Insuficiência renal aguda (IRA).
Gênero Lachesis- Surucucu
•Espécie: Lachesis muta
•Presas: Solenóglifa
•Habitat: Floresta tropical.
•Hábitos: Noturnos
•Animal ovíparo
Quadro clínico
LOCAL: dor, edema, eritema,
equimose, bolha
SISTÊMICO: alteração de
coagulação, hipotensão arterial,
bradicardia, cólica abdominal,
diarreia.
As complicações locais: síndrome
compartimental, necrose, infecção secundária,
abscesso, déficit funcional.
Gênero Crotalus
Subespécie: Crotalus Durissos terrificus(Cascavel)
Habitat: campos abertos, áreas secas, arenosase pedregosas e raramente na faixa litorânea.
Ruído característico do guizo ou chocalho.
Posição de ataque
Ações do veneno Crotalus
Neurotóxico
Miotóxico
Coagulante
Ação pré-sináptica inibi a
liberação da Ach.
Bloqueio neuromuscular.
Mialgia generalizada, Colúria,
Oligúria, Anúria.
Incoalulidade sanguínea, Aumento do
tempo de coagulação, Sangramentos
local e Sistêmico.
Quadro Clínico
Manifestações locais
• Sem dor local ou de pequena intensidade.
• Parestesia local ou regional que pode persistir por tempo
variável.
• Edema discreto ou eritema no ponto da picada.
Quadro Clínico
Manifestações sistêmicas
• Gerais: mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos,sonolência, inquietação, e secura da boca.
• Neurológicas: nas primeiras horas após a picada: fáciesmiastênica.
• Musculares: mialgias generalizadas podem aparecer.
• Mioglobinúria.
• Coagulação: pode haver incoagulabilidade sangüínea ou aumento do Tempo de Coagulação
(TC)
Complicações
Locais: raros pacientes evoluem com parestesias locais
duradouras, porém reversíveis após algumas semanas.
Sistêmicas: Insuficiência renal aguda (IRA), com necrose
tubular geralmente de instalação nas primeiras 48 horas.
Gênero Micrurus (coral verdadeira)
Características:
• Tem anéis de cor negra, vermelha, ou, ainda,branca
e amarela;
• Cabeça pequena e estreita; não possui fosseta
loreal;
• Dentição proteróglifa.
Ações do veneno Micrurus
Ação pré e pós-sináptica inibi a
liberação e fixação de Ach. Bloqueio
neuromuscular.
Neurotóxico
Quadro Clínico
O veneno das corais atua rapidamente. Não há reação no
local da picada. Não há alterações da coagulação. Não há
miotoxicidade. Face neurotóxica. Paralisias progressivas.
Disfagia. Insuficiência respiratória aguda.
Gêneros Philodryas e Clelia
• Philodrya olffersii (cobra verde)
•Clelia plumbea (muçurana)
•Dentição: Opistóglifa
Ações do veneno
• Atividades hemorrágica, proteolítica
e fibrinolítica estando ausentes as
frações coagulantes.
Quadro clínico
• Ocasionam edema local importante,
equimose e dor.
Tratamento dos acidentes ofídicos.
O uso do soro-antiofídico (SAO)
O SAO deve ser específico contra o ofídio causador do acidente.
As associações de SAO usam-se em poucas situações especiais
Sempre que possível o SAO deve ser prescrito EV em dose única
As doses são as mesmas em crianças ou adultos
O uso do soro-antiofídico (SAO).
SAB: Soro antibotrópico
SABL: Soro antibotrópico + antilaquético
SABC: Soro antibotrópico + anticrotálico
SAC: Soro anticrotálico
SAL: Soro antilaquético
SAE: Soro antielapídico
Profilaxia dos acidentes ofídicos
Botas de cano alto evitam quase80 % dos acidentes ofídicos
Luvas nas atividades de riscoevitam cerca de 15 % dosacidentes.
Manter o terreno em volta dacasa limpo, sem frestas nasportas
Evitar o acúmulo de lixo.
Referências Bibliográficas
Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais
peçonhentos. 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001.
Brasil. Ministério da Saúde. Ofidismo: Análise Epidemiológica.
Brasília, 1991.
F.M.O.Pinho & I.D. Pereira. Artigo de revisão: Ofidismo.