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claudia-sofia-andrade
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OS TRÊS URSINHOS
Era uma vez três ursos
que moravam juntos
numa linda casinha,
no meio da floresta.
O primeiro era umurso pequenino. O segundo era umurso médio, e oterceiro, um ursomuito grande.O primeiro tinhauma voz fininha. O segundo tinhauma voz média e oterceiro, uma vozmuito grossa.
Cada um deles tinha um prato, um prato para asopa.O urso pequeno tinha um prato pequenino, o ursomédio, um prato médio e o urso grande, um pratogrande.
Cada um deles tinha também uma cama e uma cadeira. A cama e a cadeira do ursinho eram pequeninas, a cama e acadeira do urso médio eram médias e a cama e a cadeira dourso grande eram grandes.
Uma bela manhã, os três amigos foram passear pela floresta,deixando a papa a arrefecer nos três pratos sobre a mesa. E,enquanto passeavam, uma menina chamada Caracóis de Ouroapareceu em frente da casita. Era a primeira vez que ela viauma casa tão engraçada.
Cheia de curiosidade, espreitou pela janelae, depois, pelo buraco da fechadura…
Não vendo ninguém, Caracóis de Ouro empurrou aporta e entrou.Encontrou a papa de mel, muito apetitosa, a arrefecer sobre a mesa.
Caracóis de Ouro estavacheia de fome e resolveucomer um pouco daquelapapa apetitosa. Provouprimeiro a papa do ursogrande, mas estavamuito quente. Provou apapa do urso médio, masestava muito fria. Pegou,então, no prato do ursopequeno e provou a papa.A sopa do urso pequenoestava morninha..Caracóis de Ouro achou-atão boa que comeu a papatoda sem deixar nada.
Em seguida, Caracóis de Ouro sentou-se na cadeirado urso grande, mas achou-a dura de mais.
Sentou-se, então, noutra cadeira, a cadeira do urso médio, mas achou-a mole demais.
Finalmente, sentou-se na terceira cadeira, a cadeira do ursopequenino, e a esta não a achou nem muito dura nem muitomole, mas exactamente como convinha.Quis baloiçar-se um pouco nela…
Mas o pé da cadeira partiu-se e eis Caracóis de Oiro de costas nochão e pernas para o ar!Levantou-se, subiu a escada e entrou no quarto de cima, ondeestavam as camas dos três ursos.
Levantou-se e dirigiu-se para o quarto. Começou por se deitar na cama
do urso grande, mas era muito alta para ela. Deitou-se depois na camamédia, mas era ainda grande demais. Deitou-se, por fim, na camapequenina e esta era precisamente à sua medida. Caracóis de Oiroenfiou-se por baixo da manta e adormeceu profundamente.
Entretanto, os três ursos voltaram para casa. Caracóis de Oiro deixara acolher no prato do urso grande.- Alguém mexeu na minha papa, disse o urso grande, com a sua vozgrossa.- Alguém mexeu na minha papa, disse o urso médio, com a sua vozmédia.- Alguém mexeu na minha papa e comeu-a toda, exclamou o ursoPequenino com a sua voz fininha e com vontade de chorar…
Que é que os ursos viram então?A almofada da cadeira grande não estava no lugar.- Alguém se sentou na minha cadeira, disse o urso maior, com a sua voz
grossa.- Alguém se sentou na minha cadeira, disse o urso médio, com a sua voz
média.- Hi, hi, hi! Alguém se sentou na minha cadeira e partiu-lhe uma perna,
chorou o urso mais pequenino, com a sua voz fininha.
Então os ursos subiram para o seu quarto.A almofada do urso grande estava aos pés da cama.- Alguém se deitou na minha cama, disse o urso grande, com a sua voz grossa.- Alguém se deitou na minha cama, disse o urso médio, com a sua voz média.O urso pequenino olhou, também, para a sua cama: a almofada estava no seulugar mas sobre ela qualquer coisa brilhava. Eram… os cabelos de Caracóis deOuro.
Mesmo a dormir,Caracóis de Oiro bemouviu a voz grossa dourso grande, maspensou que era oruído de um trovão. Bem ouviu, a seguir, avoz média do ursomédio, mas pensouque era o barulho dovento.Finalmente, a vozitado urso pequenino eratão aguda que aacordou.Sentou-se a esfregaros olhos e viu osursos mesmo à suafrente.
Cheia de medo, saltou da cama e correu para a janela.A janela estava totalmente aberta, porque os ursos nunca afechavam quando, de manhã, saíam do quarto.Como não era muito alta, Caracóis de Ouro pode saltá-la.Escapando-se muito ligeira, voltou para junto da mamã.