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INCLUSÃO OU INTEGRAÇÃO
O que é ideal e o que é
real.
EMANOELE FREITAS I ENC ONTRO PEDAGÓGIC O C OLÉGIO PEDRO I I
CONCEITOS
INTEGRAÇÃO ESCOLAR
O aluno com necessidades especiais,
são integrados a sala regular na medida em
que demonstrem condições para
acompanhar a turma, recebendo atendimento
paralelo em sala de recurso
INCLUSÃO ESCOLAR
Independente do tipo ou grau de
comprometimento, a pessoa com NEE
DEVEM ser incluídos no ensino regular, cabendo à escola se adaptar para
atender suas necessidades.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
• “a modalidade de ensino que se caracteriza por um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados para apoiar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação formal dos educandos que apresentem necessidades educacionais muito diferentes das da maioria das crianças e jovens”.
(MAZZOTTA,1996,p.11)
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
marco histórico da educação especial no Brasil tem sido estabelecido no período final do século XIX
Instituto dos meninos cegos - IBC
• em 1854, sob a direção de Benjamin Constant
• Imperial Instituto dos Meninos Cegos, foi criada pelo Imperador D. Pedro II (1840-1889) através do
• Decreto Imperial nº 1.428, de12 de setembro de 1854. Foi inaugurada, solenemente, no dia 17 de setembro do mesmo ano
Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES
• primeira denominação Collégio Nacional para Surdos-Mudos, criado por E.Huet, começou a funcionar em 1º de janeiro de 1856,
• Em 1993, um projeto de Lei deu início a uma longa batalha de legalização e regulamentação em âmbito federal, culminando com a criação da Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais, seguida pelo Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que a regulamenta.
A constituição de 1891 instaurou o federalismo e definiu as responsabilidades pela política educacional: aos estados e municípios do ensino primário ao profissionalizante, e à união, o ensino secundário e superior.
na década de vinte,
aparece o livro intitulado
Infância Retardatária, de
Norberto de Souza Pinto.
chega ao Brasil em 1929 Helena Antipoff, uma psicóloga russa que se radicou no país e influenciou o panorama nacional da educação especial. criou o Laboratório de Psicologia Aplicada na Escola de Aperfeiçoamento de Professores, em Minas Gerais, em 1929.
Helena Antipoff Em 1932 criou a Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais, que a partir de 1945, iria se expandir no país.
Em 1939 ela criou uma escola para crianças excepcionais, Complexo Educacional da Fazenda do Rosário
participou ativamente do movimento que culminou na implantação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE em 1954,
Em 1967 a Sociedade Pestalozzi do Brasil contava com 16 instituições espalhadas pelo país.
• A educação especial foi estabelecida como uma das prioridades do I Plano Setorial de Educação e Cultural (1972-1974) e foi neste contexto que surgiu em junho de 1973, o Decreto 72.425, de 3 de julho de 1973, que criou o Centro Nacional de Educação Especial (Cenesp), junto ao Ministério de Educação; que iria se constituir no primeiro órgão educacional do governo federal, responsável pela definição da política de educação especial.
• No final da década de setenta são implantados os primeiros cursos de formação de professores na área de educação especial ao nível do terceiro grau e os primeiros programas de pós-graduação a se dedicarem à área de educação especial.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
Podemos, pois, afirmar que a história da educação de pessoas com deficiência no Brasil está dividida entre três grandes períodos: de 1854 a 1956 - marcado por iniciativas de caráter privado; de 1957 a 1993 – definido por ações oficiais de âmbito nacional; de 1993.... – caracterizado pelos movimentos em favor da inclusão escolar.
• Segregação – Paradigma de institucionalização.
• Integração - Paradigma de Serviços.
• Inclusão - Paradigma de Suporte.
• Modelo assistencialista no qual a instituição tinha caráter de internato e as pessoas eram retiradas do convívio familiar e social para viver em instituições asilares.
SEGREGAÇÃO
• A LDB 4024/61, no seu artigo 88 previa que “a educação de excepcionais deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na comunidade”.
• Os alunos frequentavam a escola regular, mas permaneciam, grande parte do tempo, em classes especiais, nas quais existiam professores especializados, que acabavam por ser responsáveis pela educação do aluno.
INTEGRAÇÃO
• A Constituição de 1988 afirma que “a educação é direito de todos e dever do estado e da família”, devendo ser “promovida e incentivada com a colaboração da sociedade” (art. 205).
INCLUSÃO
2006
Convenção sobre os
direitos das pessoas
com deficiência
2008
Decreto Legislativo
186
Ratifica a Convenção
Decreto Executivo
6.949
Ratifica a Conveção
Decreto 6.571
Dispõe sobre o
Atendimento
Educacional
Especializado
2008
Política Nacional de
Educação Especial na
perspectiva da Educação
Inclusiva
2008 2009
2009
Resolução no. 4
Diretrizes Operacionais
para o Atendimento
Educacional
Especializado na
Educação Básica
2007
Cenário Educacional – Principais Marcos Legais
2008
CN
E /
CE
B N
º17/
20
01
Le
i n
º 1
2.7
64
/2
01
2
DECRETO Nº 8.368, DE 2 DE DEZEMBRO DE
2014
Torna Oficial e explicito a obrigatoriedade e responsabilidades com relação ao profissional especializado/ Mediador.
§ 2o Caso seja comprovada a necessidade de apoio às atividades de comunicação, interação social, locomoção, alimentação e cuidados pessoais, a
instituição de ensino em que a pessoa com transtorno do espectro autista ou com outra
deficiência estiver matriculada disponibilizará acompanhante especializado no contexto escolar,
nos termos do parágrafo único do art. 3o da Lei no 12.764, de 2012.
ESTATÍSTICA DO DEFICIENTE NO BRASIL
ESTATÍSTICA DO TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO
Em 2007 Com uma população de cerca de
190 milhões de pessoas havia cerca de 1 milhão de casos de autismo.
Em 2014 esse número subiu para 2 Milhões, seguindo as bases da
ONU;
OS ATUAIS PARAMETROS EDUCACIONAIS
OS ASPECTOS DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR PARA UMA ABORDAGEM INCLUSIVA DEVEM PREVER:
“ESTRATÉGIAS E CRITÉRIOS DE ATUAÇÃO DOCENTE,
ADMITINDO DECISÕES QUE OPORTUNIZAM ADEQUAR A AÇÃO EDUCATIVA ESCOLAR ÀS MANEIRAS
PECULIARES DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS, CONSIDERANDO QUE O PROCESSO DE ENSINO -
APRENDIZAGEM PRESSUPÕE ATENDER À DIVERSIFICAÇÃO DE NECESSIDADES DOS ALUNOS NA
ESCOLA” (MEC/SEESP/SEB, 1998).
Não é um novo currículo, mas um currículo DINÂMICO, ALTERÁVEL, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos. Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares implicam a planificação pedagógica e as ações docentes fundamentadas em critérios que definem: 1 - O que o aluno deve aprender; 2 - Como e quando aprender; 3 - Que formas de organização de ensino são mais eficientes para o processo de aprendizagem; 4 - Como e quando avaliar o aluno.
RESOLUÇÃO CURRÍCULO NACIONAL DA
EDUCAÇÃO – Nº 02/01 “ARTIGO 8 – AS ESCOLAS DA REDE REGULAR DE ENSINO DEVEM PREVER E PROVER NA ORGANIZAÇÃO DE SUAS CLASSES COMUNS: I II – FLEXIBILIZAÇÃO E ADAPTAÇÕES CURRICULARES QUE CONSIDEREM O SIGNIFICADO PRÁTICO E INSTRUMENTAL DOS CONTEÚDOS BÁSICOS, METODOLOGIAS DE ENSINO, RECURSOS DIDÁTICOS DIFERENCIADOS E PROCESSOS DE AVALIAÇÃO ADEQUADOS AO DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS QUE APRESENTAM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS, EM CONSONÂNCIA COM O PROJETO PEDAGÓGICO DA ESCOLA, RESPEITADA A FREQUÊNCIA OBRIGATÓRIA.”
ADAPTAÇÃO
CURRICULAR DE
PEQUENO PORTE
Repetição da série Programas de reforço e apoio (SAPE)
Adaptações em grupo
Adaptações de grande porte, extraordinárias e significativas
NÍVEIS
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
CENTRAIS
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
INDIVIDUALIZADAS
ADAPTAÇÕES NOS ELEMENTOS
CURRICULARES BÁSICOS
ADAPTAÇÕES NOS ELEMENTOS DE
ACESSO AO CURRÍCULO
ADAPTAÇÕES CURRICULARES NA
AULA
ADAPTAÇÃO NOS ELEMENTOS DE
ACESSO
ADAPTAÇÕES MATERIAIS
UTILIZAÇÃO DE OUTROS
RECURSOS
MUDANÇA NA ORGANIZAÇÃO
ADAPTAÇÕES NOS ELEMENTOS
CURRICULARES BÁSICOS
OBJETIVOS
CONTEÚDOS
METODOLOGIA
ATIVIDADES
AVALIAÇÃO
ADAPTAÇÃO
CURRICULAR DE
GRANDE PORTE
Adaptações de Acesso ao Currículo Adaptação de Conteúdos do Método de Ensino e da Organização Didática.
Adaptação de Sistema de Avaliação
Adaptação de Objetivos
Adaptação de Temporalidade
O PROFESSOR INCLUSIVO
Nenhum de nós pode fazer as coisas mais importantes sozinho. A parceria e a colaboração são o caminho para enfrentar todos os desafios (autor desconhecido).
O papel do professor, numa escola que se pauta nos princípios de uma Educação Inclusiva, é de facilitador no processo de busca de conhecimento que parte do aluno.
Ele é quem organiza situações de aprendizagem adequadas às diferentes condições e competências, oferecendo oportunidade de desenvolvimento pleno para todos os alunos.
A ação pedagógica do professor deve ser detalhadamente planejada de forma a suprir as necessidades educacionais de cada aluno, criando condições que proporcionam e favorecem a sua aprendizagem, superando as barreiras antes existentes
Principais problemas na
opinião dos professores para
o sucesso da inclusão.
1 – Estamos “ Engatinhando” no que se refere a inclusão 2 – Os professores se sentem muito inseguros diante dos desafios e da falta de conhecimento. 3 – O foco do processo deve ser a aprendizagem do professor e do aluno. 4 – É necessário o acolhimento dos pais, para nos orientar quanto a criança. 5 – É difícil, mas é possível, só precisamos saber como fazer, ter treinamento e capacitação para lidar com o novo.
“A tristeza vem quando me deparo com a realidade das nossas escolas. Pergunto-me porque será que muitos professores resistem tanto a uma pedagogia diferenciada, que gere inclusão, quando, para mim e para tantos outros professores, a sua pertinência é tão óbvia”. ( M.G – Rio de Janeiro/RJ )
“A EDUCAÇÃO É O PONTO EM QUE SE DECIDE QUE SE AMA SUFICIENTEMENTE O
MUNDO PARA ASSUMIR RESPONSABILIDADES POR ELE, E O LUGAR
EM QUE SE DECIDE QUE SE AMA SUFICIENTEMENTE AS CRIANÇAS PARA
NÃO AS EXPULSAR DO NOSSO MUNDO” ( Hannah Arendt)
Anne Sullivan foi uma educadora estadunidense, mais conhecida por ter sido a professora de Helen Keller, uma adolescente surda-cega a quem ensinou por meio da Língua de sinais através do tato. Anne Sullivan também era deficiente; havia sido quase cega, mas depois de nove operações, recuperou alguns graus da visão. Alexander Graham Bell, Andrew Carnegie, Henry H. Rogers e John Spaulding foram apenas alguns dos que as encontraram e as apoiaram, Depois de recuperar parte de sua visão de uma série de operações e de se graduar como a oradora da sala em 1886 no Instituto Perkins para Cegos, ela começou sua longa carreira como professora de Helen Keller. Anne não recuperou sua visão total, mas ao final de sua vida recebeu o reconhecimento da Universidade Templo , o Instituto Educacional da Escócia e a Fundação Memorial Roosevelt pelo ensinamento e desenvolvimento de Helen Keller.
Helen Adams Keller
foi uma escritora, conferencista e ativista social estadunidense. Foi a primeira pessoa surda e cega a conquistar um bacharelado. A história sobre como sua professora, Anne Sullivan, conseguiu romper o isolamento imposto pela quase total falta de comunicação, permitindo à menina florescer enquanto aprendia a se comunicar, tornou-se amplamente conhecida através do roteiro da peça The Miracle Worker que virou o filme O Milagre de Anne Sullivan Tornou-se uma célebre e prolífica escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiência. Keller viajou muito e expressava de forma contundente suas convicções. Membro do Socialist Party of America e do Industrial Workers of the World, participou das campanhas pelo voto feminino, direitos trabalhistas, socialismo e outras causas de esquerda. Ela foi introduzida no Alabama Women's Hall of Fame em 1971.
EMANOELE FREITAS ESCRITORA, PALESTRANTE, MEDIADORA,
FUNDADORA E PRESIDENTE DA AAPA.ORG
MÃE DE AUTISTA E SONHADORA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E REAL!!!!
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