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CURSO PARA OS ORIENTADORES DE ESTUDO 2015 - II Encontro IDENTIDADE, ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO Equipe RN Agosto/2015

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CURSO PARA OS ORIENTADORES

DE ESTUDO

2015 - II Encontro

IDENTIDADE, ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO

Equipe RN

Agosto/2015

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PAUTA – 26/08/2015 (quarta-feira)

1. Leitura deleite – Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto (trecho).

2. Objetivos do Caderno no texto sobre Educação do Campo3. Tempestade de Ideias4. Aprofundando o tema – Leitura compartilhada pág. 72 a 76

5. Vivência 16. Exposição Dialogada: Legislação7. Vivência 28. Atividades

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1. Objetivos

• Discutir alguns pressupostos sobre Educação do Campo e as identidades sociais das crianças do campo.

• Relacionar as vivências experienciadas com práticas alfabetizadoras numa perspectiva de educação inclusiva.

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BIOGRAFIA

João Cabral foi um poeta e diplomata brasileiro. Autor de centenas de poemas, entre eles “Morte e Vida Severina”, poema dramático que o consagrou. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Recebeu prêmios por livros de poesia e de contos.

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• João Cabral de Melo Neto (1920-1999) nasceu no Recife, Pernambuco. Filho de Luís Antônio Cabral de Melo e de Carmem Carneiro Leão Cabral de Melo. Irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do Sociólogo Gilberto Freire. Passou sua infância entre os engenhos da família nas cidades de São Lourenço da Mata e Moreno. Estudou no Colégio Marista, no Recife. Amante da leitura, lia tudo a que tinha acesso - no colégio e na casa da avó.

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Em 1930, com a mudança da família para Recife, inicia o curso primário no Colégio Marista. Já com 18 anos, começa a frequentar a roda literária do Café Lafayette, que se reúne em volta de Willy Lewin e do pintor Vicente do Rego Monteiro, que regressara de Paris por causa da guerra. Em 1940 viaja com a família para o Rio de Janeiro, onde conhece Murilo Mendes, que o apresenta a Carlos Drummond de Andrade e ao círculo de intelectuais que se reunia no consultório de Jorge de Lima.

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Durante os anos de 1943 e 1944, trabalhou no Departamento de Arregimentação e Seleção de Pessoal do Rio de Janeiro. Em 1945 publica seu segundo livro "O Engenheiro", custeado pelo empresário e poeta Augusto Frederico Schmidt. Em 1947 ingressa na carreira diplomática passando a viver em várias cidades do mundo, como Barcelona, Londres, Sevilha, Marselha, Genebra, Berna, Assunção, Dacar e outras.

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O poeta e escritor foi casado com Stella Maria Barbosa de Oliveira, com quem teve cinco filhos. Casou pela segunda vez com a poetisa Marly de Oliveira. Em 1992, começa a sofrer de cegueira progressiva, doença que o leva à depressão.Morreu no Rio de Janeiro, no dia 9 de outubro de 1999, vítima de ataque cardíaco.

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Em 1950, publicou o poema "O Cão Sem Plumas“. A partir de então começa a escrever sobre temas sociais. Em 1956 escreveu o poema "Morte e Vida Severina". Trata-se de um “auto de Natal” – uma “peça teatral” que persegue a tradição dos autos medievais.O poema narra a trajetória de um retirante, que para livrar-se de uma vida de privações no interior, ruma para a capital. Na cidade grande o retirante depara-se com uma vida de dificuldades e miséria.

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2. Leitura Deleite – “Assiste ao enterro de um trabalhador de eito e ouve o que dizem do morto os amigos que o levaram ao

cemitério”, trecho retirado da obra Morte e vida SeverinaJoão Cabral de Melo Neto

Essa cova em que estás,Com palmos medida,É a conta menorQue tiraste em vida.É de bom tamanho,Nem largo nem fundo,É a parte que te cabeDeste latifúndio.Não é cova grande,É cova medida,é a terra que queriasVer dividida

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É uma cova grande, Para teu pouco defunto,Mas estarás mais anchoQue estavas no mundo.É uma cova grandePara teu defunto parco,Porém mais que no mundoTe sentirás largo.É uma cova grandePara tua carne pouca,Mas a terra dadaNão se abre a boca.

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Viverás, e para sempre,Na terra que aqui aforas:E terás enfim tua roça.Aí ficarás para sempre,Livre do sol e da chuva,Criando tuas saúvas.Agora trabalharásSó para ti, não a meias,Como antes em terra alheia.Trabalharás uma terraDa qual, além de senhorSerás homem de eito e trator.

Trabalhando nessa terra,Tu sozinho tudo empreitas:Serás semente, adubo e colheita.Trabalharás numa terraQue também te abriga e te veste:Embora com o brim do Nordeste.Será de terraTua derradeira camisa:Te veste, como nunca em vida.[...].

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3. TEMPESTADE DE IDEIAS

1. Quem é o homem do campo?Trabalhador empregado, meeiro, arrendatário, pequeno agricultor, acampados, assentado, morador dos remanescentes de quilombolas, população ribeirinha, povo indígena e outras pessoas que residem no campo.

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3. TEMPESTADE DE IDEIAS

2. Quais as demandas para o desenvolvimento de uma prática que considera o contexto e a cultura do homem do campo? Diagnosticar a realidade, conversar com as famílias e envolvê-las de acordo com suas potencialidades, ouvir os alunos, observá-los em suas brincadeiras e diálogos para conhecer a cultura local. Interessante também que o professor more na comunidade e já conheça suas vivências, conquistas, lutas...

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3. TEMPESTADE DE IDEIAS

3. Qual é a diferença entreEducação do Campo e Educação Rural?Educação Ruralé destinada aos camponeses que residem e trabalham no campo e recebem pequenos salários pelo seu trabalho, preocupa-se com os conhecimentos elementares de leitura, escrita e educação matemática, não considerando o contexto e as práticas culturais desse sujeito.Educação do campoé dos camponeses, é específica, necessária, justa e acessada em espaços públicos, é voltada para suas organizações de acordo com os interesses sociais da comunidade.

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4. APROFUNDANDO O TEMA

• Leia o texto destacando as ideias principais e identificando as implicações que tais ideias têm no seu cotidiano escolar:

Páginas: 72 até a 76

Socialização e sistematização das aprendizagens

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5. Vivência 1 – O Rio

1. Demarca um rio no meio da sala, colocando suas margens com fita adesiva;

2. A professora solicitar que cada aluno escreva o nome de um animal existente na sua comunidade e recolhe-os. Todos os alunos ficam em uma das margens do rio, com exceção de um, este fica no leito. A professora pega um dos nomes dos animais escritos pelos alunos e apresenta ao aluno do leito para que leia-o.

3. Os outros pedem para atravessar o rio, mas só podem se imitar o animal que esse aluno disser, todos atravessam o rio, imitando o animal proposto. Tal aluno tenta pegar um dos colegas (este aluno também estará imitando o animal). O colega que for pego ficará no leito e assim prossegue de forma que se trabalhe os nomes dos animais existentes escritos pelos alunos.

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5. Vivência 1 – Rio vermelho

Crianças: Posso Passar?Criança do Leito: Sim, mas com uma condição.Crianças: Que condição?Criança do Leito: Imitando um gato, cavalo...

A brincadeira não tem vencedor, o que vale é o prazer de brincar e aprender!

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Atividade de sistematização da vivência

• Cada aluno responde a atividade de escrita individualmente para possibilitar a reflexão sobre a escrita.

• 1. Escolha três dos animais imitados e complete o quadro abaixo.

NOME DO ANIMAL CARACTERÍSTICAS

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OUTRAS POSSIBILIDADES...

1. Mediante a apresentação das crianças e o objetivo da atividade do professor pode ser trabalhado:• As características dos animais como adjetivos;• a classificação dos animais quanto ao lugar em que vive, suas

necessidades, os alimentos que estes consumem ou produzem;

• o desenvolvimento sustentável, o estudo da problemática da sua região e possíveis intervenções produtivas;

• interação com a comunidade – ajuda na discussão da acerca da problemática, dentre outras.

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MAIS POSSIBILIDADES...

• A escrita espontânea e/ou com o professor problematizando e sendo o escriba dos nomes dos animais imitados;

• Separação dos nomes dos animais que começam e/ou terminam com a mesma letra;

• Identificação pelos alunos, em dupla, dos nomes dos animais menores e maiores;

• Contagem das letras do nome do maior animal e do menor;• Comparação entre o tamanho do animal e o tamanho da

palavra que representa o animal ( avançar na hipótese do realismo nominal);

• Probabilidade da medida do animal maior e menor ...

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O que diz a legislação?

Constituição de 1988 em seu artigo 208 afirma que Educação é direito de todos e dever do Estado e da Família“[...] promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

(BRASIL, 1988/2001, p. 2)

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A Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, reconhece e delibera, em seu Artigo 28, que:

Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

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Em 2014, acrescentou-se à LDBEN um novo parágrafo, por meio da Lei n 12.960

Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar (Incluído na LDBEN pela Lei nº 12.960, de 2014).

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Em 2014, acrescentou-se à LDBEN um novo parágrafo, por meio da Lei n 12.960

Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar (Incluído na LDBEN pela Lei nº 12.960, de 2014).

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7. Vivência 2

DESENHE E ESCREVA O QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE FAZER

DENTRO DA ESCOLA FORA DA ESCOLA

NOME:

MUNICÍPIO:

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8. ATIVIDADE

• Pense nas nossas discussões, nas leituras dos textos, nas vivências e na realidade da educação do campo do seu município e elabore uma atividade que contribua para a alfabetização das crianças dessa realidade.

• Socialização