15
DESENHO MECÂNICO RAZÃO E IMPORTÂNCIA DO DESENHO Quando vamos executar uma determinada peça na oficina de nossa escola ou na indústria , necessitamos receber todas informações e dados sobre a mesma. Estas informações poderiam ser apresentadas de várias formas, tais como: Descrição verbal da peça. Fotografia da peça. Modelo da peça. Desenho técnico da peça. Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam as informações indispensáveis para execução da peça, senão, vejamos: Uma descrição verbal não é o bastante para transmitir as idéias de forma e dimensões de uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Se experimentarmos descrever, usando somente o recurso da palavra, um objeto de maneira que a outra pessoa o execute, concluiremos que isto é praticamente impossível. Fig. 1 A fotografia transmite relativamente bem a idéia da parte exterior da peça mas não mostra seus detalhes internos e nem suas dimensões. Logo, a fotografia também não resolve o nosso problema. Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelo www.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

DESENHO MECÂNICO RAZÃO E IMPORTÂNCIA DO DESENHO

Quando vamos executar uma determinada peça na oficina de nossa escola ou na indústria , necessitamos receber todas informações e dados sobre a mesma.

Estas informações poderiam ser apresentadas de várias formas, tais como:

Descrição verbal da peça. Fotografia da peça. Modelo da peça. Desenho técnico da peça.

Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam as informações indispensáveis para execução da peça, senão, vejamos:

Uma descrição verbal não é o bastante para transmitir as idéias de forma e dimensões de uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Se experimentarmos descrever, usando somente o recurso da palavra, um objeto de maneira que a outra pessoa o execute, concluiremos que isto é praticamente impossível.

Fig. 1

A fotografia transmite relativamente bem a idéia da parte exterior da peça mas não mostra seus detalhes internos e nem suas dimensões. Logo, a fotografia também não resolve o nosso problema.

Fig. 2

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 2: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

EXEMPLO DE UMA LEGENDA COM INFORMAÇÕES E DIMENSÕES BÁSICAS:

2 Porca sextavada 10 M10 – Aço – SAE 10201 Paraf. cab. Sextavada 10 M10 x 30 – Aço – SAE 1020N Denominação Qut. Especificação e material

PARTNERS TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO LTDA

Redutor de Engrenagens HelicoidaisProfessor

Luiz SérgioEsc.

2:1Data:

24/10/2010Aluno: Mat.

Fig. 8

Dimensões da legenda

FORMATOS L HA0, A1 e A2 175 50A2, A3 e A4 120 35

A4 e A5 90 25

Fig. 9

DOBRAMENTO DE PAPEL:

O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos A0, A1, A2 e A3 deve ser o formato A4.

As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda. O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, de acordo com as medidas indicadas nas figuras anexas.

O dobramento deve ser feito em dobras horizontais de acordo com as medidas indicadas nas figuras anexas. Quando as cópias de desenho formatos A0, A1 e A2 tiverem que ser perfuradas para arquivamento, deve ser dobrado, para trás, o canto superior esquerdo, conforme figuras anexas. Para formatos maiores que o formato A0 e formatos especiais, o dobramento deve ser tal que ao final esteja no padrão do formato A4. A figura a seguir mostra um exemplo de cópia de padrão formato A0, dobrada.

Fig. 10

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

L

H

Page 3: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

Neste exemplo o desenho está duas vezes menor que os valores das cotas.

Fig. 14

Note que, embora reduzindo o tamanho do desenho, as cotas conservaram as medidas reais da peça.

ESCALAS RECOMENDADAS

As escalas de redução recomendadas pela ABNT são as seguintes:

1:2 - 1:5 - 1:10 - .............. - 1:100

Quando o desenho de uma peça for efetuado no tamanho maior do que esta,estaremos usando escala de ampliação. Note que as cotas conservaram, também, os valores reais da peça.

A escala de ampliação é indicada da seguinte forma:

Escala 2:1, que se lê “Escala dois por um”, significando que o desenho é duas vezes maior que a peça.

Fig. 15

As escalas de ampliações recomendadas pela ABNT são as seguintes:

2:1 - 5:1 - 10:1

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 4: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

O observador poderá representar a caixa, olhando-a de lado. Teremos uma vista lateral, e a projeção representará uma vista lateral que pode ser da direita ou da esquerda.

Fig. 22

Reparemos que uma peça pode ter, pelo que foi esclarecido, até seis vistas; entretanto, uma peça que estamos vendo ou imaginando, deve ser representada por um número de vistas que nos dá a idéia completa da peça, um número de vistas essenciais para representá-la a fim que possamos entender qual é a forma e quais as dimensões da peça. Estas vistas são chamadas de vistas principais.

Ao selecionar a posição da peça da qual se vai fazer a projeção, escolhe-se para a vertical, aquela vista que mais caracteriza ou individualiza a peça, por isso, é comum também chamar a projeção vertical (elevação) de vista principal.

As três vistas, elevação, planta e vista lateral esquerda, dispostas em posição normalizadas pela ABNT nos dão as suas projeções.

EXEMPLO DE PROJEÇÃO EM 3 PLANOS (PRINCIPAIS)

PROJEÇÃO AXOMÉTRICA

Fig. 23

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 5: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

VISTAS ESSENCIAIS

DUAS VISTAS (DE FRENTE E LATERAL)

Consideremos os seguintes elementos: 1, 2 e 3.

Fig. 27

Com uma só vista não é possível definir exatamente a forma.

Fig. 28

Torna-se assim necessário acrescentar uma segunda vista :

Fig. 29

Deste modo definimos exatamente a forma dos pormenores em questão.

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 6: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

PROJEÇÕES NO 1º DIEDRO

No estudo de projeção que vimos até agora, as vistas tem a seguinte distribuição:

Fig. 47

As projeções com esta disposição das vistas são chamadas " projeção no 1º diedro”, sendo esse sistema recomendado pela ABNT ( ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) como norma para desenhos efetuados no Brasil. Esse tipo de projeção é também usado na em toda a Europa.

O símbolo gráfico deste sistema é o seguinte:

Fig. 48

É deve ser obrigatoriamente indicado nas legendas dos desenhos destinados a intercâmbios internacionais. Nos Estados Unidos e Canadá, entretanto, convencionou-se usar as projeções com disposição diferente, sendo esse sistema chamado de “projeção no 3º diedro”. É importante o conhecimento deste tipo de representação, visto existir no Brasil grande número de indústrias de origem norte-americana e canadense.

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 7: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

Fig. 49

CORTE LONGITUDINAL

Fig. 52

CORTE TRANSVERSAL

Fig. 53

CORTE HORIZONTAL

Fig. 54

Nas vista em corte, os detalhes não visíveis poderão ser omitidos, desde que não dificultem a leitura do desenho.

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 8: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

COTAGEM COM SÍMBOLOS

Fig. 73

COTAGEM DE ÂNGULOS E CHANFROS

A cotagem de chanfro deve ser conforme a figura abaixo:

Fig. 74

Quando o chanfro for a 45º podemos simplificar a cotagem. Exemplo: (7x45º), como o mostrado abaixo:

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 9: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

Fig. 75Eixos e furos de formas variadas podem funcionar ajustados entre si. Dependendo da função do eixo, existem várias classes de ajustes. Se o eixo se encaixa no furo de modo a deslizar ou girar livremente, temos um ajuste com folga.

Fig. 81

Quando o eixo se encaixa no furo com certo esforço, de modo a ficar fixo, temos um ajuste com interferência.

Fig. 82

Existem situações intermediárias em que o eixo pode se encaixar no furo com folga ou com interferência, dependendo das suas dimensões efetivas. É o que chamamos de ajuste incerto.

Fig. 83

Em geral, eixos e furos que se encaixam têm a mesma dimensão nominal. O que varia é o campo de tolerância dessas peças. O tipo de ajuste entre um furo e um eixo depende dos afastamentos determinados.

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 10: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

Entre os desvios de planeza, os tipos mais comuns são a concavidade e a convexidade.

Fig. 88

A tolerância de planeza corresponde à distância t entre dois planos ideais imaginários, entre os quais deve encontrar-se a superfície real da peça.

Fig. 89

CILINDRICIDADE

Um outro tipo de tolerância de forma de superfície é a tolerância de cilindricidade. Quando uma peça é cilíndrica, a forma real da peça fabricada deve estar situada entre as superfícies de dois cilindros que têm o mesmo eixo e raios diferentes.

Fig. 90

FORMA DE UMA SUPERFÍCIE QUALQUER

Finalmente, a superfície de uma peça pode apresentar uma forma qualquer. A tolerância de forma de uma superfície qualquer é definida por uma esfera de diâmetro t, cujo centro movimenta-se por uma superfície que tem a forma geométrica ideal. O campo de tolerância é limitado por duas superfícies tangentes à esfera t, como mostra o desenho a seguir.

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 11: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

Fig. 91CARACTERÍSTICAS DA RUGOSIDADE (Ra)

Classes de rugosidade Desvio médio aritmético Ra (µm)N 12 50N 11 25N 10 12,5N 9 6,3N 8 3,2N 7 1,6N 6 0,8N 5 0,4N 4 0,2N 3 0,1N 2 0,05N 1 0,025

Fig. 107

Como exemplos: um desvio de 3,2 µm corresponde a uma classe de rugosidade N 8; a uma classe de rugosidade N 6 corresponde um valor de rugosidade Ra = 0,8 µm.

INDICAÇÃO DE RUGOSIDADE NOS DESENHOS TÉCNICOS

O símbolo básico para a indicação da rugosidade de superfícies é constituído por duas linhas de comprimento desigual, que formam ângulos de 60º entre si e em relação à linha que representa a superfície considerada.

Fig. 108

Este símbolo, isoladamente, não tem qualquer valor. Quando, no processo de fabricação, é exigida remoção de material, para obter o estado de superfície previsto, o símbolo básico é representado com um traço adicional.

Fig. 109

A remoção de material sempre ocorre em processos de fabricação que envolvem corte, como por exemplo: o torneamento, a fresagem, a perfuração entre outros. Quando a remoção de material não é permitida, o símbolo básico é representado com um círculo, como segue.

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837

Page 12: Prévia - Apostila Desenho - Partners Treinamentos - Resumida

Fig. 110

Desenho Mecânico – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelowww.partnerstreina.com.br - [email protected] – 2564-5623 – 9909-8837