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“Estou me preparando para
lutar e só me arrependo de não
ter visto vocês antes de partir,
mas, mãe querida, não perca a
esperança. Eu posso voltar para
casa um dia.”
“Mãe, seja corajosa, eu vou
ficar bem. Há milhares de
outras mães e relacionamentos
passando pela mesma situação.
E se eu morrer, morrerei com
um bom coração e todo seu
amor em minha mente.”
“Querida Clara, sexta pela
manhã vamos cercar a costa e
partir para a Bélgica. Eu não
deveria te contar isso.”
“Nós recebemos um pequeno
acessório com nosso número,
nome e esquadrão, que
devemos usar no pescoço
para podermos ser
reconhecidos se, por acaso,
morrermos.”
“Temos que lutar como tigres e
pegar nossa comida o mais rápido
que pudermos quando ela chega.
Alguns conseguem pegar muito,
outros não conseguem nada.
Quando temos dinheiro é muito
difícil gastá-lo. Se você for à cantina
tem que esperar cerca de duas horas
para ser servido.”
“Querida, está guerra será pior
do que imaginei. Alguns acham
que não durará mais que um mês,
e outros dizem que vai durar pelo
menos três anos. Nossos oficiais
nos falaram esta manhã que será
uma guerra longa e difícil.”
“Se eu morrer em combate
haverá uma medalha para
mim. Eu espero que você a
pegue e guarde para nosso
menino usar quando ele
crescer.”
Laboratório da morte: as armas utilizadas
na Primeira Guerra Mundial
Metralhadora Lewis
Foi inventada em 1911 pelo coronel
americano Isaac Newton Lewis,
autor de várias invenções militares.
A metralhadora Lewis tinha uma
grande vantagem operacional no
campo de batalha: pesava 12,7 kg,
metade do peso da metralhadora
padrão inglesa.
Taxa de fogo: 550 tiros por minuto
Granada de mão nº 5
Projetada por William Mills, em
1915, foi adotada imediatamente pelo
Exército britânico. Podia ser tanto
arremessada quanto lançada de um
rifle, com o auxílio de um “copo”
acoplado à boca da arma e o uso de
um cartucho vazio para impulsão. A
razão do sucesso estava na sua
simplicidade de uso e na eficiênciaDelay: 7 segundos
Bombardeiro Gotha G
Operado por um piloto e dois artilheiros, o germânico Gotha
foi um dos primeiros bombardeiros pesados a enfrentar
serviço constante durante a Primeira Guerra Mundial. Apesar
de sua lentidão, os Gotha inauguraram a era do “terror aéreo”.
Morteiro Minenwerfer
O Minenwerfer (lançador de minas)
é uma classe de morteiros de curto
alcance usado pelo exército alemão.
Eram utilizados por tropas de
engenheiros para destruir
obstáculos. Foi o terror das
trincheiras aliadas, uma vez que
morteiros eram muito mais
eficientes do que canhões na
devastação.
Taxa de fogo: 6 projéteis por
minuto
Alcance efetivo: 300 a 1 300
metros
Luger
Projetada pelo engenheiro austríaco Georg Luger no final do
século 19, era uma pistola semi-automática, utilizada por
oficiais alemães durante a Primeira Guerra. A arma também era
empregada por militares que não tinham como portar rifles –
como era o caso dos pilotos de aviões. Era uma arma confiável e
certeira, fruto do alto padrão de acabamento.
No total, foram produzidas mais de 2milhões de unidades, mas sempre“estava em falta”, dada suapopularidade.
Cavalos
Quando a Primeira Guerra Mundial começou, os exércitos da
Europa ainda tinham o uso do cavalo como arma de combate.
Logo, porém, o terreno mortal que se formou em torno das
trincheiras, tornou praticamente inúteis os ataques de cavalaria
na Frente Ocidental. Contudo, a necessidade de constante
reabastecimento, o deslocamento de novos e pesados
armamentos e o transporte de tropas exigiam cavalos fortes em
grande escala - automóveis, tratores e caminhões eram
invenções relativamente novas e um tanto raras.
As forças britânicas e francesas
importaram cavalos de suas
colônias e de seus aliados ao
redor do mundo, o que gerou
um fluxo constante de
centenas de milhares de
animais em todo os oceanos da
Terra. Certa estimativa coloca
o número de cavalos mortos
durante os quatro anos de
guerra em cerca de 8 milhões.
Outros animais
Outros animais também provaram o seu valor: cães tornaram-se
mensageiros, sentinelas, fizeram parte das equipes de resgate e
foram usados como pequenos animais de carga. Pombos atuaram
como mensageiros e até mesmo (experimentalmente) como
plataformas de reconhecimento aéreo. Mulas e camelos foram
usados em vários teatros da guerra e muitos soldados tinham
mascotes para ajudá-los a elevar o moral. Apenas um par de
décadas mais tarde, no início da II Guerra Mundial, a maioria das
tarefas militares antes realizadas por animais, estavam sendo
feitas por máquinas.