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Discente:
Rute Jordão
Nº7479
*
Instituto de Medicina Tradicional – Ano lectivo 2014/2015
Disciplina: Medicina Ayurvédica
Docente: Michele Pó
Curso Geral de Naturopatia e Ciências Tradicionais
Holísticas
*
*Esta apresentação tem como objectivos a produção uma
descrição fundamentada sobre a história, partes utilizadas,
princípios activos, propriedades medicinais, indicações, contra-
indicações, formas de administração e posologia da especiaria
Cravinho.
*Além disso, procurou-se efectuar uma comprovação científica
das suas propriedades medicinais através da apresentação de
alguns estudos científicos.
*
1 – História
2 – Partes utilizadas
3 – Princípios activos
4 – Indicações e propriedades medicinais
5 – Contra-indicações
6 – Efeitos colaterais
7 – Formas de administração e posologia
8 – Evidências científicas
9 – Conclusão
10 - Bibliografia
**Planta originária das Molucas e das Filipinas Meridionais,
cultivada em diversos países da zona tropical (Madagáscar,Indonésia, Brasil).
*Ao atingir as ilhas Molucas em 1511, os portugueses ficarammuito impressionados com a riqueza em especiarias (Época dosDescobrimentos). Foram os primeiros europeus a conhecer asplantas produtoras do Cravinho. Considerada uma dasespeciarias mais caras.
*Em 1605, os holandeses ocuparam as ilhas Molucas e expulsaramos poucos portugueses que por ali restavam, assumindo ocomércio do Cravinho.
**O seu nome científico é Syzygium aromaticum (L.) Merr. ouEugenia caryophylus Spreng. Vulgarmente conhecida comoCravo-da-índia, cravo-de-cabecinha, cravoária. Família dasMirtáceas.
*Arbusto ou árvore de porte médio com forma piramidal oucónica (9-12 metros altura). Pode viver mais de 100 anos.Normalmente, as jovens plantas não geram flores durante osprimeiros cinco anos do seu ciclo de vida.
*Usada no Oriente desde há muitos séculos, com o objectivo deeliminar o mau hálito da boca. Na China, no século III a.C. aspessoas mastigavam cravinho antes de se dirigirem aoImperador, como sinal de respeito.
**Botões florais e o óleo essencial.
Inicialmente a flor tem uma coloração rosada, mas com o tempo
fica amarelo-esverdeado e depois torna-se vermelha. É nesta
última fase da flor, mas antes da abertura do gomo, que se
obtém o cravinho. É fundamental colher antes que atinjam esta
fase do vermelho brilhante, quando estão no pico de sabor e
aroma. A colheita geralmente demora de dois a três meses.
*O óleo essencial (15% a 20%) deve existir nos botões florais, no
mínimo, 150 ml/kg.
**Óleo Essencial (15-20%): composto principalmente por eugenol
(60-80%); acetato de eugenol; cavicol; 4-alil-fenol; ésteres;
sesquiterpenos; óxido de cariofileno; epóxido de humuleno;
salicilato de metila; b-amirina.
*Fitosteróis: b-sitosterol, estigmasterol e campestrol; Ácido
Protocatéquico; Ácido Gálico; Ácido Cratególico; Ácido Oleânico;
Ácido 18-dehidro-ursólico.
*Flavonóides: derivados do quercetol e kempferol; Taninos
Elágicos (10-13%).
*
*Apresenta as seguintes propriedades: afrodisíaco, anti-séptico,
aperiente, bactericida e digestivo, analgésico, carminativo
(actividade antiespasmódica), vermífugo, repelente de
insectos, sudorífico, tónico estomáquico e tónico estimulante.
*Assim sendo, encontra-se indicado para dor de dentes,
contribuindo activamente na higiene bucal; flatulência;
micoses; vermes e para as vias respiratórias.
*
*Também usado em indisposições digestivas com uma acção
positiva sobre o mesmo. Contribui em gastroenterites, diarreia
e no combate de infecções. Levemente anestésico, pode ser
usado na síndroma do cólon irritável, pois reduz a sensibilidade
nervosa no intestino, aliviando espasmos e urgência
defecatória.
*O óleo essencial é utilizado na aromaterapia, quando a
estimulação e o aquecimento são necessários, principalmente
para problemas digestivos. A aplicação tópica sobre o estômago
ou no abdómen são ditas para aquecer o aparelho digestivo.
*
*Estabelecendo uma analogia com a medicina tradicional chinesa
o cravo-da-Índia é considerado acre, quente e aromático. Este
penetra nos meridianos dos rins, baço e estômago, por isso é
usado para tratar soluços, vómitos, diarreia e em fórmulas
contra a impotência e limpeza de corrimento vaginal.
*
*Contra-indicado para gestantes
(pode provocar contracções na
musculatura do útero)
* Não se deve exagerar no
consumo do cravo, pode irritar
a mucosa da boca. Além disso,
quem tem o estômago mais
sensível também deve usá-lo
com moderação.
*
*O uso externo pode causar eventuais reacções alérgicas em
pessoas sensíveis. O óleo essencial pode causar irritação na
pele.
*
*Infusão: 1 a 1,5 gr por chávena, 3 chávenas por dia, antes oudepois das refeições.
*Uso externo: óleo essencial puro, em solução alcoólica ou oleosa a10%; impregnar uma gaze ou algodão e aplicar em dentescariados.
*Na culinária: É normalmente empregue na preparação de sopas,ensopados, doces, pudins, bolos, pão, vinhos, ponches quentes elicores. O eugenol, presente no óleo essencial, tem acçãobactericida, o que o torna útil para preservar e prolongar avalidade de compotas e conservas.
*
*Na saúde e cosmética: Utilizado em produtos de higiene oral para
desinfectar e promover um hálito agradável. É também eficaz no
combate à acne. O óleo pode ser usado para massajar músculos
doridos, para suavizar estrias e é eficaz no tratamento de unhas
quebradiças, rachadas ou fracas, e de calosidades.
*Na Indonésia empregam-se grandes quantidades de cravo na
confecção de cigarros perfumados (Kretek). É o país responsável
pelo consumo de mais de 50% da produção mundial.
*Estudo 1:
Em Odontologia, suas propriedades anti-sépticas e bactericidaspermitem que se produza preparados de aplicação tópica. Nesteestudo analisa-se a sua propriedade anestésica, comparando com aBenzocaína. Aplicou-se topicamente quatro substâncias na mucosabucal de 73 voluntários adultos: em gel de Cravo-da-índia, 20% debenzocaína em gel, o placebo que se assemelha cravo e umplacebo que se assemelhava a benzocaína.
Verificou-se que o gel de Cravinho apresenta potencial parasubstituir a Benzocaína.
Estudo em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16530911
*Estudo 2:
Neste estudo pretende-se avaliar o potencial quimiopreventivoem cancro de pulmão da infusão aquosa de Cravinho. Observou-se que a incidência de hiperplasia, displasia e carcinomaevidente no grupo controlo cancerígeno nos dias 8, 17 e 26semanas foram efectivamente reduzido após o tratamento cominfusão de cravo. Também se verificou uma redução significativano número de células em proliferação e um aumento do númerode células apoptóticas observado nestas lesões pulmonares apóso tratamento.
Estas observações traduzem uma acção quimiopreventiva doCravo-da-Índia, tendo em conta as suas propriedadesapoptogénicas e anti-proliferativas.
Estudo em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16501250
*
Estudo 3
Óleo essencial de Cravo-da-índia demonstra actividade
inibitória frente a Staphylococccus aureus resistentes a
penicilina, Escherichia coli e Candida albicans, entre outras.
Foi utilizado uma solução concentrada de açúcar como veículo,
não sendo este necessário para a actividade antimicrobiana do
óleo essencial.
Estudo em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2542213
*
*Sabe-se que desde sempre as especiarias são utilizadas na
culinária Ayurvédica, quer para combater os possíveis efeitos
negativos que certos alimentos nos causam, quer no auxílio na
formação de enzimas digestivas, ou seja, facilitam a passagem do
alimento pelo trato intestinal.
*Além disso, têm um papel positivamente na prevenção de
doenças, pois são antioxidantes. Logo, através de uma dieta
específica, combinada com especiarias específicas é possível a
correcção de desequilíbrios e aumento da vitalidade.
*http://cantinhodasaromaticas.blogspot.pt/2010/02/cravinho.html
http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/cravinho.html#.VEVudPnF-Jg#ixzz3GiysyGR2
http://espacocardamomo.wordpress.com/servicos/
https://artedobemviver.wordpress.com/category/pensamentos/
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2542213
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Antifungal+activity+of+the+clove+essential+oil+from%C2%A0Syzygium%C2%A0aromaticum%C2%A0on+Candida%2C+Aspergillus+and+dermatophyte+species.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16530911
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16501250
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17573751
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25473818