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PRISÃO EM FLAGRANTE

Prisão em flagrante

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PRISÃO EM FLAGRANTE

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Conceito É a supressão da liberdade

individual mediante recolhimento. Podemos definir em Direito Processual Penal, prisão em duas formas: Prisão Penal e Prisão Processual

Sendo a primeira aquela que decorre de sentença condenatória com trânsito em julgado. E a segunda é aquela decretada antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, somente nas hipóteses permitidas em lei.

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Conceito Podemos considerar a

situação de flagrância aquele que está cometendo o crime. Essa situação podemos dar exemplo da pessoa que é pega apontando a arma para a vítima do roubo, quem é visto efetuando disparos contra a vítima de homicídio.

Esse caso é de quem encerrou os atos de execução, encontrando-se no local dos fatos, com forte indicação de que praticou a infração penal.

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Flagrante Impróprio Ou quase flagrante, é a situação de quem

é perseguido logo após pelo ofendido, pela autoridade ou por qualquer pessoa, em situação que se faça presumir ser o autor da infração. É a situação do sujeito que foge do local do delito, mas é perseguido.

Mas se faz necessária à perseguição ter-se iniciado de imediato, a expressão “logo após” representa o tempo necessário para que a polícia seja chamada, chegue ao local, tome as informações necessárias, direção de fuga, características, etc.

Muitas doutrinas alegam que depois de iniciada a perseguição não existe prazo para sua efetivação, desde que a perseguição seja ininterrupta. Que não existe prazo de vinte e quatro horas para a efetivação da prisão em flagrante .

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Flagrante Presumido Considera-se em flagrante

quem é encontrado, logo depois, com armas, instrumentos, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

Não existe perseguição, entretanto, localizado ainda que casualmente na posse de uma das coisas mencionadas na lei, que traga condições de surgir seria desconfiança no sentido de ser ele o autor do delito. Em relação à expressão “logo depois” somente deve ser analisado no caso concreto, de acordo com a gravidade do crime, muitas jurisprudências aceitam a ideia de um curto espaço de tempo, 1 ou 2 horas no Maximo.

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Flagrante Necessário e Facultativo

Flagrante Necessário refere-se á autoridades policiais e seus agentes, que têm o dever de prender quem estiver em situação de flagrância. Caso não haja o cumprimento de tal cumprimento, por interesse pessoal ou desleixo, surge caracterizado o crime de prevaricação, punido também na área administrativa da corporação .

Flagrante Facultativo traduz que qualquer pessoa do Povo pode prender quem se encontra em flagrante delito. Não é um ato obrigatório.

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Sujeito Ativo e Passivo Sujeito Ativo: refere-se ao autor da

prisão.

Sujeito Passivo: Em geral, qualquer pessoa pode ser presa em flagrante, mas como quase todas as regras, existem suas exceções:

Presidente da República; (art. 86 inciso 3 da CF)

Os menores de 18 anos; Diplomatas estrangeiros (nos casos

de tratado ratificado pelo Brasil)

Por crimes afiançáveis não podem ser presos:

os deputados e Senadores; os juízes e Promotores de Justiça; os Advogados, nos casos do crime

ser cometido no desempenho de suas atividades profissionais.

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Flagrante Provocado ou Preparado

Se caracteriza quando alguém é convencido ou induzido a cometer a infração penal, e essa mesma que induziu toma providencias para que o suposto culpado seja preso. Deixando claro que por tais providências a prática do delito torna-se impossível.

Podemos adicionar essa ideia com a súmula 145 do STF, que diz que não há crime quando a preparação do flagrante torne impossível a consumação do delito.

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Flagrante Esperado, Forjado e Retardado

Flagrante Esperado é quando por denuncia anônima a polícia fica a espreita em determinado local, esperando o momento da execução do ato delituoso, para efetivar a prisão em flagrante. Essa prisão tem validade, pois não existe estimulo por parte da polícia.

Flagrante Forjado: esse caso ocorre quando são criadas provas inexistentes na busca de se incriminar e prender alguém em flagrante. Sendo nula essa ação e devendo o autor de tal farsa, ser responsabilizado por denunciação caluniosa e caso for funcionário público, responde por abuso de autoridade.

Flagrante Retardado esse tipo de flagrante foi criado pela lei 9.034/95, visando que o policial possa atrasar o momento da prisão, na busca de melhores provas contra autores do delito. Delitos praticados por organizações criminosas.

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Auto de Prisão em Flagrante É um documento elaborado por autoridade

policial, que ficam constando todas as características (circunstâncias) do delito e da prisão. Sem prazo estipulado para sua lavratura, entretanto se o auto de culpa tem prazo de vinte e quatro horas para ser entregue (começa a contar do momento da prisão) o auto da prisão em flagrante deve ser lavrado nesse período.

Como reza o art. 290 do CPP, o auto de flagrante deve ser elaborado no município em que se deu a prisão. Mesmo que a infração se deu em outro local.

Nos casos de falta de autoridade apta para presidir o auto no município que houve a prisão, conduzido será o preso até o município mais próximo. O desrespeito de tais regras não acarreta nulidade, por serem de cunho administrativo.

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Fases do Auto de Prisão Primeiramente, a autoridade deve ouvir o

condutor. Sendo essa pessoa a que leva o preso do local do crime até a delegacia e a apresenta à autoridade policial. Sem necessidade de ela ter presenciado o crime ou ter feito ela o ato de prisão.

Deve ser feita a oitiva de testemunhas, no mínimo duas testemunhas. Se o condutor presenciou o ilícito penal, poderá ser ouvido como testemunha. Se não tiver o número mínimo de testemunhas, o auto poderá ser lavrado pela autoridade, que deverá providenciar para que duas testemunhas de apresentação assinem o auto.

OBS: Testemunhas de apresentação são as que presenciaram o momento que o condutor apresentou o preso à autoridade .

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Fases do Auto de Prisão Seguindo os moldes previstos pelos art. 185 a

196 do CPP, a autoridade deverá interrogar o indiciado. Tendo o direito constitucional de permanecer em silêncio (art. 5,LXIII da CF)

Para menores de 21 anos, se faz necessário a nomeação de curador para acompanhar a lavratura do auto. Sem essa nomeação, o valor probatório da confissão do menor é retirada. Entretanto tal ação não gera nulidade para futura ação penal com base em tal auto de prisão.

Para finalizar o auto, este deverá ser assinado pela autoridade, pelo condutor, testemunhas, curador e pelo indiciado. Caso o indiciado não quiser, não puder, e não souber assinar, o auto será assinado por duas testemunhas que tenham presenciado a leitura do auto ao preso. Ao final da lavratura do auto, o delegado enviará a sua cópia ao juiz competente, nos termos do art. 5, LXII da CF.

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Nota de Culpa Trata-se de um documento pelo qual

a autoridade notifica (dá ciência) ao preso dos motivos de sua prisão, nome das testemunhas, nome do condutor. O prazo para entrega dessa nota é de vinte e quatro horas a contar da efetivação da prisão.

Se não for entregue essa nota de culpa, o flagrante deve ser relaxado. Cabe ao preso, quando a nota é entregue, passar recibo à autoridade, se ela não quiser, não puder e não saiba assinar, caberá à autoridade providenciar duas testemunhas para assinarem o recibo.

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Inexistência de flagrante como prisão processual

Segundo a nova lei 12.403/11 : A prisão em flagrante não é medida cautelar. Ela não tem mais o condão de manter ninguém preso durante a ação penal. OU o magistrado decreta a preventiva, de forma fundamentada (fato + direito), ou aplica medidas cautelares diversas da prisão (art. 319), podendo ainda, em alguns casos, conceder a liberdade provisória com ou sem fiança.