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Este curso é financiado com recursos da Coordenação de Pessoal de Nível Superior - Capes (Edital Capes / DEB Novos Talentos - Programa “Escola Aberta à Universidade Pública”) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq (Edital MCT/CNPq/MEC/CAPES N º 02/2010) TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: CRIATIVIDADE E MULTIMÍDIA Módulo 2 - Áudio e vídeo Atividade 2.2 - Produzindo pocket videos noticiosos

Produção de vídeo de bolso noticioso

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Plano de trabalho para realização de oficinas de mídia-educação sobre produção de vídeo. O material foi produzido por professores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro para oficinas realizadas em projetos de pesquisa e extensão com apoio do CNPq e da Capes.

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Este curso é financiado com recursos da Coordenação de Pessoal de Nível Superior - Capes (Edital Capes / DEB NovosTalentos - Programa “Escola Aberta à Universidade Pública”) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico - CNPq (Edital MCT/CNPq/MEC/CAPES N º 02/2010)

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO:CRIATIVIDADE E MULTIMÍDIA

Módulo 2 - Áudio e vídeoAtividade 2.2 - Produzindo pocket videos noticiosos

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Plano de trabalho - 10 horas

Técnicas básicas de produção de pocket vídeosOBJETIVOS DESTAATIVIDADE

1. Conhecer elementos técnicos eestéticos fundamentais da linguagemaudiovisual;2. analisar criticamente vídeos curtosproduzidos para a internet;3. aprender a produzir videos debolso.

Atividades presenciais – 4 horasAula do dia 24 de novembro1. Estudar os tutoriais de vídeo2. Estudar as técnicas de script para vídeo3. A partir de uma pauta fornecida, produzir um script e gravar um pocket video noticioso4. Usando o Movie Maker, editar o pocket video5. Publicar o resultado no Youtube e incorporar ao blog

Atividades a distância – 6h1. Elaborar uma pauta para pocket vídeo sobre a escola e compartilhar no Moodle – 1h2. Escolher uma das pautas compartilhadas, gravar entrevista, fazer apuração de informações pela internet – 2h3. Gravar, editar e publicar a reportagem – 3h

Pocket vídeo?Aexpressão “pocket video” ou “vídeo de bolso” é usada para nomear um gênero de produção que se popularizou com

as chamadas câmeras de mão e, principalmente, com os sites de compartilhamento tipo Vimeo e Youtube. É difícil precisarcom clareza as características desse gênero: pode ser ficção ou não ficção; é feito por profissionais mas também por ama-dores, são publicitários, de arte, de humor, educativos, de protesto, são até versões moderninhas dos antigos vídeos deaniversário ou casamento.De qualquer forma, os vídeos de bolso ainda continuam na categoria “textos midiáticos” e, por isso, precisam obedecer

algumas regrinhas básicas para que sejam mensagens compreensíveis para o público. Em primeiro lugar, qualquer queseja a sua proposta de vídeo, certifique-se de que ela tem uma estrutura narrativa em termos de começo, meio e fim. Emsegundo lugar, aprenda a distinguir o “olhar do olho” do “olhar da câmera” e, tanto quanto possível, incorpore os códigos doaudiovisual nas suas gravações, com planos e ângulos mais adequados ao que você quer expressar. Isso é o mínimo quesepara a produção de vídeo de simplesmente ligar a câmera e deixá-la gravar. Nas próximas páginas, iremos aprender umpouco mais sobre gêneros, formatos, estruturas narrativas e códigos da linguagem audiovisual.

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CATEGORIAS, GÊNEROS E FORMATOS NA PRODUÇÃO DE VÍDEO

NÃO-FICÇÃO FICÇÃOHÍBRIDOS

Informação

EntretenimentoEducação Publicidade

Outros

Telejornal Entrevista Esquete

Auditório Documentário

AnimaçãoVideoclipe

Novela

SérieReality show

EsportivosCulinários

Game Show

Debate

Religioso

Variedades

Anúncio Televendas

Vídeo aula

Ao vivo

DocudramaVídeo de bolso

Vídeo arte

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ATIVIDADE PRÁTICA EXPLORANDO A LINGUAGEM DO VÍDEO

Adança do esqueletoProdução da Disney, 1929http://youtu.be/h03QBNVwX8Q

Manual de reportagemProduzido por Rafinha Bastoshttp://youtu.be/BHhMLx9Z58g

Dicionário LituanoProduzido por Alexandra, Danilo eJustas, 2006http://youtu.be/eZ-D4WyO3mk

Reporter Enesto VarellaProdução de Marcelo Tas eFernando Meireleshttp://youtu.be/hAJKH6ZDVn8

Na pasta “Exemplos de vídeos”,você vai encontrar 12 pequenas produções que exemplificam a diversidade de gêneros e formatos desse tipo de texto mi-diático. Assista cada um deles e tente identificar quatro aspectos: 1. Qual é a categoria predominante e por quê? 2. Qual é o gênero dominante e porquê?3. Quais são os recursos de linguagem que você consegue identificar? 4. Qual é a intenção do autor ao fazer este vídeo desse jeito?

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Propaganda, faz diferençaAssociação Brasileira deAnuncianteshttp://youtu.be/7-khPH3sDak

Karen quer tomar caféProdução do Laboratório Aberto deInteratividade - UFSCarhttp://youtu.be/bSM_MsvTBZQ

Encontrando BiancaVídeo “proibido” do MEChttp://youtu.be/ur4iDLDqtCs

Assuma o compromissoVideo canadense anti-bullyinghttp://youtu.be/MDprUnAui2c

ATIVIDADE PRÁTICA EXPLORANDO A LINGUAGEM DO VÍDEO

Na pasta “Exemplos de vídeos”,você vai encontrar 12 pequenas produções que exemplificam a diversidade de gêneros e formatos desse tipo de texto mi-diático. Assista cada um deles e tente identificar quatro aspectos: 1. Qual é a categoria predominante e por quê? 2. Qual é o gênero dominante e porquê?3. Quais são os recursos de linguagem que você consegue identificar? 4. Qual é a intenção do autor ao fazer este vídeo desse jeito?

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HouseAbertura da sérieFernando Meireleshttp://youtu.be/S1B5qsghtr0

HikageDirigido por Sayaka Shimadahttp://youtu.be/bkCg84XgBUg

ATIVIDADE PRÁTICA EXPLORANDO A LINGUAGEM DO VÍDEO

Na pasta “Exemplos de vídeos”,você vai encontrar 12 pequenas produções que exemplificam a diversidade de gêneros e formatos desse tipo de texto mi-diático. Assista cada um deles e tente identificar quatro aspectos: 1. Qual é a categoria predominante e por quê? 2. Qual é o gênero dominante e porquê?3. Quais são os recursos de linguagem que você consegue identificar? 4. Qual é a intenção do autor ao fazer este vídeo desse jeito?

Canal BrasilVinheta do canalhttp://youtu.be/FrWreElyb5Q

The Power of NetworksVideo da ong inglesa RSAhttp://youtu.be/nJmGrNdJ5Gw

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Este vídeo está em inglês. Aproveitepara prestar atenção nos recursosnão verbais

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A diferença entre o “olhar do olho” e o “olhar da câmera” é que esta recorta e enfatiza aspectos da realidade que o nosso olhar “normal” não faz. Mas, como desdemuito cedo assistimos televisão, nossa percepção incorporou os códigos da linguagem audiovisual de tal forma que ela nos parece natural quando estamos assis-tindo. Mas nem todos nós temos habilidade para reproduzir o olhar da câmera quando fazemos nossos vídeos. É mais ou menos como saber ler sem saber escre-ver, porém usando uma linguagem não-verbal. O saber escrever na linguagem do vídeo implica no uso de dois (mas não apenas eles) recursos básicos: os planose os ângulos. Usando as informações do quadro abaixo, os stills das próximas páginas e os vídeos e slides disponíveis na pasta “Planos e Ângulos”, exercite suapercepção dos códigos visuais, identificando os planos e ângulos usados em quatro traillers de filmes bem diferentes: American Pie, Piratas do Caribe, Jogos Mor-tais e ZuzuAngel. Primeiro, assista o vídeo “Tutorial Ângulos e Planos”. Depois, assista os quatro trailhers, procurando identificar o que você aprendeu no vídeo tu-torial. Por fim, abra os slides correspondentes e nomeie o plano de cada still*.

PLANIFICAÇÃOPlano geral - é o mais aberto de todos e mostra paisagens inteirasPlano aberto - mais fechado que o geral e mostra ambientes internos ouexternosPlanoAmericano - foca o personagem do joelho para cimaPlano médio - foca o personagem da cintura para cimaClose - foca o rosto ou objetosSuper close - foca um detalhe do personagem ou dos objetos

Os planos mais abertos são mais objetivos, e servem para localizar o local ea época onde se passa a narrativa, mostrar um encadeamento de fatos etc.

Os planos mais fechados são mais subjetivos; os planos americano emédio são usados quando devemos presta atenção em gestos ou diálogosdos personagens e os closes servem para evidenciar a emoção que o per-sonagem está sentindo naquele determinado momento.

ANGULAÇÃOPanorâmica - a câmera desliza ao longo de um eixo horizontal ou verticalTravelling - a câmera se desloca para dentro da imagemZoom in - a câmera se aproxima de um pontoZoom out - a câmera se afasta de um pontoChicote - a câmera se desloca rapidamente de um ponto a outro, deixanoum rastroPlongée - captação de cima para baixoContra-plongée - captação de baixo para cima

Panorâmicas, travellings e zooms são movimentos que exploram a cena:as panorâmicas são mais descritivas, os travellings e zooms são mais in-trospectivos, porque reproduzem movimentos que dão ao espectador asensação momentânea de estar no lugar do personagem. Esses movi-mentos também fazem o espectador ter a sensação de que está entrandona cena, e são responsáveis por gerar a imersão típica da experiência deassistir um filme.

O chicote é um recurso estético muito dinâmico que liga rapidamente pon-tos diferentes da cena, o plongée dá mais poder ao espectador, que vê acena de cima, e o contra-plongée dá mais poder ao personagem, porquecoloca o espectador num plano mais baixo.

*Um dos significados da palavra inglesa “still “ é “parado” e se refere àscenas congeladas de filmes e vídeos.

ATIVIDADE PRÁTICA PLANOS E ÂNGULOS

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ZuzuAngel foi dirigido por Sérgio Rezende. Lançado em 2006, o filme se baseia na história real da estilista (vivida por Patrícia Pillar), cujo filhoStuart (Daniel Oliveira), entra para a luta armada, é preso e torturado até a morte pelos militares, nos anos 60. Ela então inicia uma batalha con-tra o Estado autoritário para saber do paradeiro do corpo do filho, que havia sido jogado no mar. A estilista morreu num acidente de carro quepode ter sido consequência de sabotagem. O compositor Chico Buarque escreveu a canção “Angélica” em homenagem a ZuzuAngel.

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Usando os stills da página anterior, tente nomear cada um dos planos e procure explicar qualfoi a intenção do diretor ao construir a cena usando o respectivo plano.

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Pense numa piada, numa fofoca que alguém lhe contou em detalhe ou numalonga reportagem de jornal. Aparentemente diferentes, todas essas mensagenstêm uma estrutura em comum: elas têm um começo, um meio e um fim. Essa éa ideia mais elementar de estrutura narrativa, que depois foi apromorada por es-tudiosos dos campos da campo teoria da literatura e da semiologia, e pode seradaptada à produção de vídeos de bolso na escola. Segundo Todorov, a estru-

tura narrativa clássica pode ser dividida em três partes: 1. uma situação de nor-malidade; 2. o surgimento de um conflito, que rompe com a normalidade; 3. asolução do conflito, criando uma nova situação de normalidade, modificada pelocoflito surgido. Tal estrutura é tão universal, que pode ser encontrada nos mitos,contos de fada, filmes de ação, anúncios publicitários, enredos de novela e atéem mensagens extremamente suscintas, como as tirinhas de jornal.

ATIVIDADE PRÁTICA ESTRUTURAS NARRATIVAS

Nesta tirinha, a situação de normalida-debé aquela em que o “motorista de ta-pete voador”, segue seu trajeto. Oconflito surge quando ele precisa frearrepentinamente, e é solucionadoquando sabemos que ele está circu-lando no dia probido para a sua placa.

Nojinsky - Glauco - Folha de S. Paulo, 15/12/2008

Assuma o compromissoVideo canadense anti-bullyinghttp://youtu.be/MDprUnAui2c

Retome o vídeo “Assuma do compromisso”, da campanha anti-bullying. Você consegue nalisar a estrutura da-quela mensagem em termos de começo, meio e fim? E em termos de normalidade, conflito, nova normalidade? Oque faz você identificar o ponto onde termina uma etapa e começa a outra?

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Assisita os quatro filmes que estão na pasta “Estruturas narrativas”. “Sor-tie d’Usine” (Saída da Fábrica), de 1895, foi o primeiro filme produzido pelosirmãos Lumière, tidos como os inventores do cinema. “Le jardinier et le petitespiègle” também foi produzido por eles em 1895. “The big swallow” (O grandeengolidor) foi produzido em 1901 pelo cineasta escocês James Willianson,outro pioneiro do cinema. O último deles, “Mary Jane’s mishap” (O acidentede Mary Jane) foi produzido pelo inglês George Albert Smith em 1903.

Sua tarefa é analisar de que maneira, num espaço de oito anos, os pionei-ros do cinema forma moldando uma linguagem própria para essa mídia, que,aos poucos, deixou o “olhar do olho” e adquiriu um “olhar da câmera”.Por fim, assista o filme “Um homem com uma câmera” concebido pelo ci-

neasta russo Dziga Terkov em 1929 e preste atenção nos experimentos vi-suais que ele faz para consolidar um olhar de câmera.

ATIVIDADE PRÁTICA ESTRUTURAS NARRATIVAS

Sortie d’Usine - 1895 Le jardinier et le petit spiègle - 1895 The big swallow - 1901 Mary Jane’s mishap - 1903

OQUEMUDOU NOS PLANOS, ÂNGULOS E ESTRUTURANARRATIVA? HOUVEALGUMAOUTRA INVENÇÃO?

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Você já prestou atenção no jeito como umareportagem é feita? Com pequenas varia-ções, ela é feita do seguinte modo:

1. No estúdio, o apresentador faz uma in-trodução, que é chamada de “cabeça”. Trata-se de um texto curto, que antecipa o assuntoda reportagem e chama o repórter.Assim, por exemplo, se a reportagem será

sobre o aumento dos índices de violência nasescolas, o apresentador vai começar comuma frase do tipo “O Ministério da Educaçãodivulgou hoje resultados de uma pesquisaque monitora casos de violência nas escolasde todo o Brasil. A depredação e as agres-sões verbais entre alunos e professores sãoas campeãs de uma lista enorme de proble-mas, como nos mostra a repórter Ana Silva”.

2.A reportagem começa, geralmente, comcenas captadas no local da pauta, quando orepórter introduz o assunto. A reportagemsobre os índices de violência poderia come-çar com tomadas em plano aberto e planodetalhe de uma escola, mostrando carteirasquebradas, grades nas janelas, arame far-pado no muro. Essas cenas seriam comple-mentas por uma narração em off do repórter,que poderia dizer algo como “É escola, mas

parece uma prisão. A diferença é que, aqui,grades e arame farpado servem para evitarque se entre, não que se saia. São medidasdrásticas, tomadas por muitos diretores, paraevitar a depredação das escolas públicas,que geralmente acontece nos finais de se-mana.”

3. Na sequência, vêm as informações que

devem responder as questões básicas(quem, o que, como, quando, onde e porque)e que podem ser apresentadas de diversasformas: 1. com o repórter falando diretamentepara a câmera; 2. com entrevistas; 3. comnarração em off.A pauta, neste caso, irá explorar os dados

obtidos pela pesquisa para responder as per-guntas básicas:

Plano médio usado para gravar sonora. No script, é preciso anotar a inclusãodo crédito, com o nome e a profissão do entrevistado

Estudando a estrutura da reportagem

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A reportagem é um formato televisivo tãoprevisível, que mereceu este vídeo deboche feito pelo

humorista Rafinha Bastos. Veja emhttp://youtu.be/BHhMLx9Z58g

- Quem são os agentes da violência nas es-colas- Quais são as formas mais comuns de vio-

lência- Em que momentos os casos mais comuns

acontecem- Por que as escolas têm índice tão elevado

de violência- O que está sendo feito para enfrentar esse

problema.4. A estrutura tradicional de uma reporta-

gem de TV costuma ter uma “passagem”. Éum texto que o repórter fala, olhando para acâmera, e que serve para ligar aspectos dapauta. No momento da passagem é que sãoinseridos os créditos do repórter.Assim, por exemplo, se a pauta é sobre o

baixo desempenho dos estudantes nas provasde Matemática do ENEM, o repórter vai entre-vistar pessoas que vão explicar as razões doresultado ruim (professores, pesquisadores,funcionários do Ministério da Educação etc).Depois, ele faz uma passagem, em uma es-cola, e, no texto, relaciona os resultados comas condições de trabalho dos professores, quetambém são ruins. A seguir, ele entrevista umaprofessora que explica porque é tão difícil en-sinar matemática quando o professor dá 40horas de aula por semana, em três escolas di-ferentes, e não tem tempo nem de prepararadequadamente as aulas, muito menos de daratenção aos alunos.

5 Por fim, vem a conclusão, quando o re-pórter geralmente diz alguma frase impactanteque resume o tom que foi escolhido para apre-sentar o assunto.No caso da reportagem sobre os índices de

violência, supondo que a pauta tenha sido feitapara enfatizar a existência da violência em sinas escolas, o repórter poderia dizer algocomo:“Apesar do empenho de muitos diretores e

professores, os índices do MEC mostram queainda vai ser preciso muito esforço para fazerdas escolas locais pacíficos, onde os estu-dantes se reúnem para aprender”.

Por outro lado, se o objetivo da pauta formostrar iniciativas bem sucedidas para en-frentar o problema, o repórter poderia dizeralgo como:“A experiência bem sucedidas como a da

escola estadual Tarsila do Amaral mostra que,apesar dos índices alarmantes do MEC, pro-fessores e diretores estão conseguindo en-frentar o problema. Aqui, temos um exemplopara todo o Brasil. Ana Silva, para o Jornal das10”.

Veja que a reportagem sempre termina como crédito “Nome do repórter para o nome dojornal”.

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ESTUDANDO UMA PRODUÇÃO DE ALUNOS - REPORTAGEM SOBRE A BIBLIOTECA

COMEÇO MEIO FIM

Assista o vídeo “Reportagem Biblioteca Municipal Bernardo Guimarães”, que está na pasta “Exemplos de Vídeos”.Os alunos conseguiram aplicar os conceitos e técnicas estudados? Como avaliar uma atividade desse tipo?

00:00 a 00:34Abertura

Imagens do localOff do repórter

00:34 a 04:35Entrevistas e passagens

Diretora da biblioteca - funcionamentoEstudante 1 - porque usa a bibliotecaBibliotecária - quem é o públicoPassagem 1 - sala de informáticaEstudante 2 - porque usa a bibliotecaPassagem 2 - livro mais antigoDiretora da biblioteca - cuidados

04:35 a 04:46Passagem

Repórter no acervo

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ESTUDANDO UMA PRODUÇÃO DE ALUNOS - REPORTAGEM SOBRE A BIBLIOTECA

COMEÇO MEIO FIM

Assista o vídeo “Mídia-educação - que trem é esse?”, que está na pasta “Exemplos de Vídeos”.Os alunos conseguiram aplicar os conceitos e técnicas estudados? Como avaliar uma atividade desse tipo?

00:00 a 00:55Normalidade inicial

Personagens em uma situaçãocotidiana

00:56 a 03:24Surgimento e desenvolvimento doconflito

Júlia descobre um curso de mídia-educação e convida Clara para ir comela. Clara não quer porque está des-confiada de que é algo estranho. Júliaa convence a ir.

03:25 a 03:33Resolução do conflito

Um mal entendido sugere queClara estava certa: mídia-educa-ção é algo muito estranho...

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Produzindo um script de TV

A reportagem de TV é um texto “multimodal”, isto é, que reúne lingua-gens diferentes na mesma mensagem. Nela, temos imagem, texto vi-sual, texto sonoro e sons não-verbais. Para conseguir organizartodas essas linguagens numa mensagem que seja coerente e inteli-gível para as pessoas, os repórteres e editores costumam trabalharcom um script. O script é um roteiro que têm todas as informaçõesnecessárias para a produção da reportagem.Há uma diversidade de modelos de script, mas o básico é compostopelas seguintes partes:

1. Um cabeçalho com :- Data- Repóter e editor responsáveis- Telejornal onde será exibida (há emissoras que têm diversos telejor-nais no mesmo dia)- Assunto- Tempo de duração

2. Uma coluna à esquerda, onde são colocadas todas as informaçõesda pista de imagem do vídeo:- Descrição de tomadas (locais, tipos de plano)- Textos que irão aparecer, tais como créditos e infográficos

3. Uma coluna à direita, onde são colocadas todas as informações dapista de som- Texto narrado em off pelo repórter- Tomadas em que o repórter fala diretamente para a câmera- Efeitos sonoros- Trilha de fundo (também chamada de BG – background)

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Use a pauta abaixo e o arquivo “Modelo de Script” para roteirizar uma pequena reportagem. Depois, faça a edição noWindowsMovieMaker e publique no seu blog.

ATIVIDADE PRÁTICA PRODUZINDO UM VÍDEO DE BOLSO NOTICIOSO

HISTÓRICOEntre agosto e novembro de 2012, oito professores de Ensino Médio da Escola EstadualBernardo Vasconcelos, de Uberaba, MG, participaram do curso “Tecnologias da Informaçãoe Comunicação: criatividade e multimídia”, promovido pela Universidade Federal do Triân-gulo Mineiro. As atividades receberam apoio de dois programas do governo federal: auxílioà pesquisa, concedido pelo CNPq, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e au-xílio a projetos de extensão, concedido pela Capes, órgão ligado ao Ministério da Educação.São 60 horas de atividades, com quatro encontros presenciais de 4 horas cada e o restantecursado a distância, através da plataforma Moodle. Foram 8 participantes, de áreas diver-sas como Português, Física, Inglês e Matemática. O objetivo da pautaa é investigar qual é aproposta do curso e como os participantes a avaliam.

FONTES PARA ENTREVISTAAlexandra Bujokas de Siqueira - coordenadora do cursoMartha Maria Prata Linhares - coordenadora do cursoAo menos duas professoras participantes

PERGUNTAS FUNDAMENTAISPara as coordenadoras:Qual é o objetivo do curso?Como foram organizadas as atividades?

Para as cursistasDo que você mais gostou no curso?Do que você menos gostou?Você acha que é possível usar essa proposta na sua escola?

PAUTA - UFTM encerra curso de mídia-educação ESTRUTURA NARRATIVA

COMEÇOImagens das atividades

Off do repórter explicando o queé o curso

MEIOPassagem 1

Entrevistas com coordenadorasPassagem 2

Entrevistas com cursistas

FIMPassagem 3 com uma conclusão

Na pasta “Tutoriais paraprodução” você encon-tra um vídeo ensinandoa usar ferramentasbásicas do Windows

Movie Maker para editarsua reportagem

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Este material material foi produzido pela equipe dos programas“Universidade Aberta à Escola Pública”, subprojeto 3 “Mapeamento de Serviços Públicos Locais para celular e Internet: Unindo Inclu-são Digital, Aprendizagem da Língua e Exercício da Cidadania em Atividades Extracurriculares”, executado pela Universidade Fede-ral do Triângulo Mineiro com recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do edital CAPES/DEBNº 033/2010 - Programa de Apoio a Projetos Extracurriculares: Investindo em Novos Talentos da Rede de Educação Pública para InclusãoSocial e Desenvolvimento da Cultura Científica.

“Media literacy no Ensino Médio: Desenvolvendo habilidades de acesso, avaliação e produção de conteúdo digital com alunos eprofessores”, com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do editalMCT/CNPq/MEC/CAPES N º 02/2010.

Coordenação: Dra. Alexandra Bujokas de Siqueira

Equipe: Dra. Alexandra Bujokas de Siqueira, Dr. Fábio César da Fonseca, Dra. Martha Maria Prata-Linhares, Dra. Natália Morato Fernan-des, Vivian Freitas da Silveira.

Apoio:Pró-reitoria de EnsinoPró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduaçãoCentro de Educação a Distância e Aprendizagem com Tecnologias de Informação e Comunicação - CeadGrupo de pesquisa “Educação, Mídia,e Novas Cidadanias”Laboratório de Mídia-educação

Produção: Dra. Alexandra Bujokas de Siqueira, Ms. Mariana Pícaro Ceriatto e Ms. Rene Rodriguez LopezEditoração: Alexandra Bujokas de Siqueira

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