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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ Seropédica - RJ PPGQ – Programa de Pós-graduação em Química Mestrado Acadêmico em Química Jonas da Silva Santos [email protected] 20 de novembro de 2013 1

Reações hetero diels-alder

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Page 1: Reações hetero diels-alder

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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJSeropédica - RJ

PPGQ – Programa de Pós-graduação em Química

Mestrado Acadêmico em Química

Jonas da Silva [email protected]

20 de novembro de 2013

Page 2: Reações hetero diels-alder

HeteroDielsAlder

Aplicações em síntese orgânica

Page 3: Reações hetero diels-alder

Os primeiros trabalhos 1906 – Wileand 1928 – Otto Diels e Kurt Alder 1949-1951 – Gresham e Steadman 1974 – Danishefsky

Page 4: Reações hetero diels-alder

Dieno e dienófilo

(I) (II) (III)

Page 5: Reações hetero diels-alder

reações com demanda normal de elétrons

reações de demanda inversa de elétrons LUMO

HOMO

ou

LUMO

HOMO

Tendo em conta apenas as orbitais de fronteira, que são as orbitais determinantes da reatividade, a reação de DA pode-se processar por dois caminhos diferentes:

Page 6: Reações hetero diels-alder

HOMO

LUMOGDE

GREHOMO

HOMO

HOMO

LUMO

LUMO LUMO

GRE

GDE

GDEGDE

GRE

GRE

Demanda normal de elétrons Demanda inversa de elétrons

E

Page 7: Reações hetero diels-alder

As reações de DA são muito sensíveis às:

Condições do meio reacional Solventes Impedimento estérico de

dienos/dienófilos

Page 8: Reações hetero diels-alder

Fatores: Princípio da adição syn ou cis Regra da adição endo

c

c

d

d

b

b

a

a

c

c

d

d

b

ba

a

dca

b

a

dc

b

Page 9: Reações hetero diels-alder

Fatores que favorecem a reação Dienos ricos em elétrons e de dienófilos

deficientes em elétrons Solventes Temperatura Pressão Ácidos de Lewis

Page 10: Reações hetero diels-alder

Nos primeiros relatos de uma reação hetero Diels-Alder (HDA ) em 1951 por Gresham e Steadman

Em condições térmicas , R2 = forte EWG(por exemplo Glioxilatos) ou H(formaldeído )

O

R2H

R

OO

R

R2

R

R2

Page 11: Reações hetero diels-alder

1962 : EDG em dieno mostrado para aumentar a reatividade e regiosseletividade

O

R2H

O

OR

R2

OR

Page 12: Reações hetero diels-alder

A cicloadição HDA entre compostos carbonílicos e dienos ocorre com a demanda normal de elétrons

Page 13: Reações hetero diels-alder

Justificativa para o aumento do regiosseletividade

O

EDG

R

EDG

O

H R

O

R

O

H REDG EDG

Page 14: Reações hetero diels-alder

Em 1974, S. J Danishefsky desenvolve um dieno substituido por heteroátomos ricos em elétrons, (E)-1-metoxi-3-(trimetilsililoxi)-1,3-dieno, o qual foi depois utilizada com sucesso em reações de cicloadição de DA normais e hetero. OCH3

TMSO

Page 15: Reações hetero diels-alder

Dieno de Danishefsky o dieno torna-se mais rico em elétrons,

tornando-se mais reativo com dienófilos; regiosseletividade da cicloadição é

melhorada quando dienófilos assimétricos são usados ;

o heteroátomo serve como um identificador para as modificações pós-cicloadição (por exemplo, o éter enol sililo β-alcóxi é convertida na enona correspondente, em condições ácidas).

Page 16: Reações hetero diels-alder

Dieno de Danishefsky Via concertada: complexos de alumínio,

crómio, európio, ródio, zinco e itérbio Via aldol Mukaiyama: complexos de

titânio e boro

R H

O

OTMS

OMe

R

H

O

OTMS

OMe

R

H

O

OTMS

OMe

R

O

O

MeO

O

R

OTMS

aldol Mukaiyama

HDA

Page 17: Reações hetero diels-alder

Hetero Diels-Alder (HDA) Elevados níveis de régio- e diastere-

seletividade; Dieno + heterodienófilo: a cicloadição

procede normalmente como uma reação Diels-Alder com uma demanda de elétrons normal;

Dieno(contém um ou mais heteroátomos e/ou EWG) + dienófilo rico em eletrons: a reação prossegue como uma reação Diels-Alder com uma eletro-demanda inversa;

Page 18: Reações hetero diels-alder

Hetero Diels-Alder (HDA) Heterodiene(EDG)+dieno elétro-deficiente:

reação de hetero-Diels-Alder de elétro-demanda normal pode ocorrer com um dienófilo elétro-deficiente;

Reações de Hetero-Diels-Alder podem ser catalisadas por ácidos de Lewis, geralmente exibindo maior regio- e estereoseletividades que processos não catalisados ;

Usando um auxiliar quiral ou catalisador a reação Hetero-Diels-Alder assimétrica pode ser realizada.

Page 19: Reações hetero diels-alder

Alguns heterodienófilos

R1

X

R2 R1

N

R2

N

S

R1

N

O

R1

N

N

R2

S

O

O

C

N

N

S

R1

S

S

R3

OR1

O O

R1

carbonilicosX= O, S, Se.

nitrocompostos

iminas e sais de iminio

aza compostos

nitrilas N-sulfiniliminas

N-sulfoniliminasdióxido de

enxofresulfureto

Page 20: Reações hetero diels-alder

Alguns heterodienosX

R2R1

R3

N

N

R2

R1 R3

N

O

R1

R2

N

R3R2

R1 R4

N

N

R2

R1 R3

N

O

R1O

R2

N

R2

R1 R3

N

R3

N

R2

R1 R4

X

R2

X

R1

carbonilas, -insaturadas

comp. nitro, -insaturados

comp. nitroso, -insaturados

1-aza butadienos 2-aza butadienos

1,2-aza butadienos 1,3-aza butadienos 1,4-aza butadienos

1,2-dicarbonílicos

Page 21: Reações hetero diels-alder

Os tipo de interações que podem ocorrer no estado de transição podem ser:

C

H

C

H

HH

HH

C C

HH

XX

sincrônico

C

H

C

H

HH

HH

CC

HH

XX

assincrônico

C

H

C

H

HH

HH

CC

HH

XX

polar-iônico

Page 22: Reações hetero diels-alder

Aplicações Aza-Diels-Alder Grupos Carbonílicos em HDA (Oxi, Tio, Se e

outros derivados) Síntese assimétrica Outras reações:

Multicomponente Dominó Michael Knoevenagel Metátese

Page 23: Reações hetero diels-alder

Aza-Diels-Alder (ADA)

N

G

G

N

G

N

G

G= H,CN,Cl,OH

Page 24: Reações hetero diels-alder

Aza-Diels-Alder (ADA)

TIMMONS,C.; KATTUBOINA, A., MCPHERSON, L., MILLS, J., LI, G., Tetrahedron, 2005, 61, 11837.

Page 25: Reações hetero diels-alder

Aza-Diels-Alder (ADA)

SILVA-FILHO, L. C. ; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Tese (Doutorado em Ciências). 2006.

N

O

NbCl5

CH3CN, t.a.

NH

O

H

H

NH

O

H

H

(I) (II)

R1

R5 R3

R2

R4

R1

R5

R4

R3

R2

R1

R3

R2

R4

R5

Page 26: Reações hetero diels-alder

Aza-Diels-Alder (ADA)

CÓRDOVA, A., SUNDÉN, H., IBRAHEM, I., ERIKSSON, L., Angew. Chem. Int. Ed. 2005, 44, 4877.

Page 27: Reações hetero diels-alder

Aza-Diels-Alder (ADA)

H

O

N

CN

N

H

CN

MW

Page 28: Reações hetero diels-alder

Aza-Diels-Alder (ADA)

LELAIS, G.; MACMILLAN, D. W. C.; Aldrichimica Acta, 2006, 39, 79.

Me3SiO

Ot-Bu

N

OH

N

O

HO

Nb* cat

Page 29: Reações hetero diels-alder

Aza-Diels-Alder (ADA)

hu

Page 30: Reações hetero diels-alder

Grupos carbonílicos

CLAYDEN, J., GREEVES, N., Organic Chemistry, Oxford University Press, United Kingdom, 2000.

S

O

S

S

OH

S

OH

S

OH

S

OH

ác. sulfênico instável éster tiosulfinato

S

O

S

éster tiosulfinato

H

S

OH

S

ác. sulfênico tioaldeido

S

S

HDA

S

S

inibidor da agregaçãode plaquetas

Page 31: Reações hetero diels-alder

Grupos carbonílicos

Jørgensen, K. A., et al.; J. Am. Chem. Soc. 2013, 135, 5200−5207.

Page 32: Reações hetero diels-alder

Avermectin

Dansihefsky,S. J.; Armistead,D. M.; Selnick,H. G.; Wincott,F. E.; Hungate,R. J. Am. Chem. Soc. 1987,109, 119.

Page 33: Reações hetero diels-alder

Laulimalide

Ghosh,A. K.; Mathicanan,P.; Cappiello,J.; Krishnan, K. Tetrahedron Lett. 1997, 38,2427.

Page 34: Reações hetero diels-alder

Phorboxazole A

Paterson, I.; Luckhurst,C. A. Tetrahedron Lett. 2003, 44,3749–3754.

Page 35: Reações hetero diels-alder

Ambruticin

Liu, P.; Jacobsen, E. N. J. Am. Chem. Soc. 2001, 123, 10772.

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