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Apresentação sobre a estética realista com foco no contexto histórico e características da mesma na obra Dom Casmurro.
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Quinhentismo >> Barroco >>Arcadismo >> Romantismo >>Realismo/Naturalismo >> Parnasianismo >>Simbolismo >> Pré-Modernismo >>Modernismo >> Autores Contemporâneos.
Literatura brasileira: estilos de época
Realismo no Brasil
Ifes campus Venda Nova do ImigranteLITERATURA BRASILEIRAProf. Olivaldo Marques
Na segunda metade do século XIX, a ciência impõe-se
como única explicação para todos os problemas da humanidade. A visão idealizada do mundo e da sociedade é substituída por uma concepção de vida pautada em atitudes materialistas e cientificistas.
Desenvolvem-se novas correntes filosóficas e científicas e disseminam-se as ideias liberais, socialistas e anarquistas. A literatura, como expressão do homem em seu tempo, torna-se analista: a pena, transformada em bisturi, corta e recorta o comportamento humano em busca de uma explicação metódica
Contexto histórico
O século XIX foi pródigo em transformações de toda
ordem: políticas, econômicas, sociais, filosóficas e, sobretudo, científicas. Essas mudanças determinaram os rumos do século XX e obrigaram à reformulação de várias perspectivas tidas como fundamentais até então.
O capitalismo industrial já estava em curso, criando uma nova elite e uma nova burguesia. No momento pós-abolição da escravatura, eram pagos salários miseráveis à numerosa classe proletária, gerando conturbações sociais.
Contexto histórico
As ciências fervilham de descobertas,
especialmente as ligadas à Biologia, levando a novas concepções filosóficas e à revisão de conceitos religiosos consagrados
Trecho de Madame Bovary
Dentre as correntes de pensamento, destacamos o Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo, o Marxismo; e a Psicanálise, desenvolvida por Sigmund Freud
Contexto histórico
POSITIVISMO:
Augusto Comte (1798-1857) só admite as verdades positivas, ou seja, as científicas, aquelas que emanam do experimentalismo, da observação e da constatação, e repudia a metafísica.
MANIFESTO COMUNISTA DE MARX: Este manifesto era destinado, sobretudo, à classe operária, pretendendo despertar a consciência de classes."O capital atropela não apenas os limites máximos morais, mas também os puramente físicos na jornada de trabalho. Usurpa o tempo para o crescimento, o desenvolvimento e a manutenção sadia do corpo. Rouba o tempo necessário para o consumo de ar puro e luz solar."(Marx - O capital,1867)
Contexto histórico
EVOLUCIONISMO: Darwin elaborou a teoria da seleção natural, defendendo que a concorrência entre as espécies eliminaria os organismos mais fracos, permitindo à espécie evoluir, graças às heranças genéticas favoráveis dos indivíduos mais fortes e mais aptos.
DETERMINISMO: Todo acontecimento é uma consequência necessária de um acontecimento ou de uma série de acontecimentos anteriores.
• determinismo, de Hippolyte Taine, que defende que o comportamento humano é determinado por três fatores: o meio, a raça e o momento histórico;
PSICANÁLISE FREUDIANA:
Interpretação de sonhos, o subconsciente, o impulso sexual como centro das atividades afetivas.
Contexto histórico
Num momento de efervescências científicas e
filosóficas, acompanhadas de convulsões sociais e de profundas mudanças econômicas, era natural que a arte não permanecesse atada à subjetividade romântica. Era necessário um compromisso maior com a realidade objetiva, para combater o idealismo da escola antecessora.
Contexto histórico
O Realismo fundou uma Escola artística que surge no
século XIX em reação ao Romantismo e se desenvolve baseada na observação da realidade, na razão e na ciência.
O Realismo é um movimento artístico surgido na França, e cuja influência se estendeu a numerosos países europeus. Esta corrente aparece no momento em que ocorrem as primeiras lutas sociais, sendo também objeto de ação contra o capitalismo progressivamente mais dominador. Das influências intelectuais que mais ajudaram no sucesso do Realismo denota-se a reação contra as excentricidades românticas e contra as suas falsas idealizações da paixão amorosa.
História do Realismo
Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da
época, os escritores realistas desejavam retratar o homem e a sociedade em sua totalidade. Não bastava mostrar a face sonhadora e idealizada da vida como fizeram os românticos; era preciso mostrar a face nunca antes revelada: a do cotidiano massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do homem comum diante dos poderosos.
Realismo na literatura
Uma característica comum ao Realismo é o seu
forte poder de crítica, porém sem subjetividade. Grandes escritores realistas descrevem o que está errado de forma natural. Em lugar do egocentrismo romântico, verifica-se um enorme interesse de descrever, analisar e até em criticar a realidade. Em lugar de fugir à realidade, os realistas procuram apontar falhas como forma de estimular a mudança das instituições e dos comportamentos humanos. Na Europa, o realismo teve início com a publicação do romance realista Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert.
Realismo na literatura
No Brasil, esse contexto se inicia em 1881, com Machado
de Assis, que publica Memórias póstumas de Brás Cubas (primeiro romance realista do Brasil).
Durante o período de passagem do Romantismo para o Realismo , o Brasil sofreu inúmeras mudanças na história econômica, política e social.
O Realismo encontrou no Brasil uma realidade propícia para a ascensão da literatura, já que escritores como Castro Alves e José de Alencar haviam preparado o terreno.
Realismo no Brasil
Ver tabela no livro didático.
Linguagem realista
Características realistas observadas na obra
machadiana Dom Casmurro:o A contemporaneidade, pois traça um retrato
fiel da época, dos costumes e ambientes dando ênfase nesse caso à vida de uma família abastada e de classe média alta no Rio de Janeiro do século XIX;
o O retrato fiel também das personagens, fugindo assim das idealizações românticas e dando-lhes aspectos concretos nos quais são expostos o caráter, os motivos e intenções de suas ações;
Romance realista
o A materialização do amor, fugindo deste modo
dos aspectos românticos nos quais o amor por vezes fica apenas no plano das ideias;
o O gosto pelos detalhes, dos quais Machado abusa tornado a narrativa lenta e com pouca ação;
o A análise psicológica constante de seus personagens revelando assim seus conflitos internos, suas tensões, medos e uma extensa gama de sentimentos;
o A análise dos valores sócios da época através de sacadas irônicas e da descrição das personagens.
Romance realista